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CLÍNICA DE PEQUENOS ANIMAIS III AFECÇÕES DE ORELHAS OTITE Inflamação no conduto auditivo Ocorrentes em animais adultos FATORES PRIMÁRIOS Ácaros C.E (principalmente pelos) Doenças autoimunes (Lúpus/pênfigo) Desordens sebáceas FATORES PREDISPONENTES Predisposição anatômica da orelha Umidade excessiva Glândulas sebáceas FATORES PERPETUANTES Dermatopatias Otopatias (bacterianas; fúngica e pólipos) Tratamento inadequado da otite crônica (excesso de ceruminolítico) SINAIS Meneios cefálicos Dor (principalmente em infecções bacterianas) Rubor Eczema Secreção (bacteriana; ceruminosa, fúngica) Prurido (mais em fúngicas e bacterianas) Odor forte Estenose (complicação de otites crônicas - caso cirúrgico) DIAGNÓSTICO Uso do otoscópio o Permite avaliar a condição do conduto auditivo Ex. Complementares o Parasitológico de cerúen o Citologia (otites recidivantes/controle) o Cultura/Antibiograma (otites recidivantes) Ex. Imagem o Rx de Crânio Avalia a condição da bula timpânica Exame solicitado geralmente, em otites estenosantes o Fibroartroscópio Método caro, porém, muito eficiente Usado para biópsias Remoção de pólipos. TRATAMENTO CLÍNICO Uso de ceruminolítico ATBs o Gentamicina é ototóxico para Felinos. Antifúngicos Antiparasitários Antiinflamatório Lavagem Otológica (fazer quando o conduto auditivo não estiver totalmente estenosado) o Animal anestesiado FELINOS Mais pólipos em regiões inacessíveis Pólipos neoplásicos no conduto São recidivantes e afetam o sistema neurológico (animal com desvio de cabeça e estrábico) TRATAMENTO CIRÚRGICO TÉCNICA DE ZEPP Também chamada de ressecção lateral do conduto vertical (CV) Usado somente para otimizar a ventilação do ouvido, portanto, faz-se o aumento da abertura do ouvido. Não altera a audição do animal Há necessidade de limpeza constante Indicação da técnica de Zepp Otite externa crônica não responsiva ao tratamento clínico Otite externa crônica recidivante Neoplasia ou pólipos pequenos no conduto vertical o Melhora o acesso o Melhora a drenagem o Aumenta a aeração do conduto DESCRIÇÃO DA TÉCNICA DE ZEPP Tricotomia + Antissepsia rigorosa Inserir uma pinça hemostática no conduto, até o fim do CV 1ª incisão de pele: 1 cm abaixo da marcação da pinça Formato da incisão: triangular (formação de um flap) Remover o SC e tecido adiposo Formar um cone com o tecido cartilaginoso; no formato triangular Formação de orifício inferior ao natural (questão estenosado) Remoção do excedente de cartilagem e suturar diretamente a cartilagem à pele. Sutura: PSS o Fio de Nylon ABLAÇÃO DO CV Indicação: o Otite externa crônica o Hiperplasia glandular abundante o Neoplasia por todo o CV DESCRIÇÃO DA TÉCNICA DE ABLAÇÃO DO CV Tricotomia + Antissepsia Incisão em T Seccionar e divulsionar o SC, seguindo o formato T (até o fundo cego) Deve-se tomar cuidado com o Nervo Facial + Glandula Parótida, que devem ser identificado e preservado. Ampliar a incisão até completa soltura do CV e CH Curetar a bula timpânica; onde há formação de secreção (remover todo o epitélio glandular) NÃO ABRIR A BULA TIMPÂNICA (somente em caso de comprometimento) Colocação de dreno para baixo Sutura feita em T ABLAÇÃO TOTAL Indicada em: Otites Externas Crônicas Hiperplasia Glandular Calcificação da cartilagem Estenose do CV e CH DESCRIÇÃO DA TÉCNICA Incisão em T Ressecção do CV e CH Curetar a bula timpânica. Sutura em T, ausência de orifício, totalmente fechado. PÓS-OPERATÓRIO Uso de analgésicos Uso te ATB Uso de Antiinflamatório OSTEOTOMIA DA BULA TIMPÂNICA O QUE É? Remoção da Bula Timpânica DIAGNÓSTICO RX de Crânio para confirmar o comprometimento da bula timpânica Apresenta-se com alta radiopacidade DESCRIÇÃO DA TÉCNICA DE OSTEOTOMIA DA BULA TIMPÂNICA Técnica da Ablação total +... Perfuração da bula timpânica com osteótomo Após a fratura da bula, deve-se curetar(remover todo o tecido glandular, para evitar a formação de secreção, abscessos) Colocação de dreno por 3 a 4 dias Técnica que não há orifícios e o animal permanece surdo. COMPLICAÇÕES: Abscessos Fístula Paralisia Facial Disfunção vestibular OTOHEMATOMA O otohematoma é geralmente secundário à otites Secundário à auto-traumatismo Otohematoma é o acúmulo de sangue, causado pela ruptura de vasos sanguíneos entre a pele e a cartilagem formando uma bolsa de sangue Pacientes com Hiperadrenocorticismo podem desenvolver o otohematoma devido à fragilidade dos vasos sanguíneos e pele. Se o tratamento cirúrgico não for realizado; o sangue é absorvido e em seguida, o corre o fibrosamento da orelha (Orelha seca; torto, enrugada) SINAIS Aumento de volume Consistência flutuante Hipertermia local Contratura causada pela fibrose Fibrose de orelha DIAGNÓSTICO PUNÇÃO: A punção do conteúdo do otohematoma serve tanto para diagnóstico, como também para tratamento terapêutico à cirúrgico- utilizando de técnicas cirúrgicas. Realização de pensos compressivos nas primeiras 48 horas é imprescindível para que se evite a realização da contratura da orelha. TRATAMENTO CLÍNICO - 1ª abordagem Tratamento da otopatia de base o Bacteriana - antibiótico o Fúngica - antifúnfico o Parasitária - antiparasitários o Atopia? o HAC? o Auto-imune? Todo o tratamento independente da causa primária da otopatia, deve-se associar o Antiinflamatório. Geralmente, o mais usado é a Dexametasona, porém, o Depomedrol (metil- prednisona), que é melhore, devido seu efeito de depósito que dura de 15 a 20 dias, podendo-se assim, fazer dose única. TRATAMENTO CIRÚRGICO TÉCNICA DO BRINCO Tricotomia + antissepsia Faz-se 3 incisões na orelha Drenar o conteúdo da orelha Passar um Dreno (cânula perfurada) entre os locais das incisões Fechar as pontas do dreno TÉCNICA DA DRENAGEM E SUTURA COMPRESSIVA Tricotomia + antissepsia Incisão vertical na orelha Drenar todo o conteúdo da orelha; remover os coágulos, pode-se também, infiltrar antiinflamatório (Dexametasona ou Depomedrol) Sutura em fio captonado (fio de sutura com canudos para manudentção da estética da orelha) o Esta sutura pode ou não transpassar a cartilagem; o O intuito é com que se reduza a formação de espaço morto, reduzindo assim, as chances de fibrose na orelha. PÓS-OPERATÓRIO Bandagem Uso de colar elisabetano Complicações: o Necrose o Recidiva o Alterações estéticas da orelha Deve-se tratar a causa primária no pré e pós-cirúrgico.
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