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08/10/2012 1 CARNES Profª Ághata Konrad 2012 Conceito Todo músculo estriado que recobre o esqueleto, bem como vísceras de diferentes animais. CARNES Partes Comestíveis de Animais • Carcaça (ossos) • Cabeça • Cérebro (miolos) • Orelhas • Pescoço • Língua • Estômago (bucho) • Coração • Fígado • Pulmão (bofe) • Rins • Moela (parte do sist. digest. aves) • Intestinos (tripas) • Rabo • Testículos • Úbere • Pés • Couro • Gordura (sebo) • Sangue CARNES Mais Consumidas na Alimentação Humana bovina suína (porco) ovina (cordeiro/carneiro/ovelha) caprina (cabra/cabrito) bubalina (búfalo) de aves (domésticas ou silvestres) peixes e pescados CARNES • China - feiras livres: espetinho de escorpião, barata frita, feto de avestruz cozido, sopa de cachorro e pênis de cobra. • Coreia: churrasco de carne de cachorro. • Tailândia: pênis de tigre. • Itália (região sul): carne de cavalo. Consumo CARNES Consumo CARNES • Camboja: tarantulas (aranhas ) fritas. 08/10/2012 2 CARNES Consumo no Brasil • Estudos mostram que cerca de 28% dos brasileiros têm procurado diminuir seu consumo de carne. • Motivos: saúde e preocupação com o meio ambiente. CARNES Estrutura Tecido muscular Tecido adiposo:˂ ou ˃ quanƟdade (animal magro ou gordo). Entre as fibras ou na parte externa do músculo. Tecido vascular e fibras nervosas. Tecido conjuntivo: ligamentos (cor amarelada, maior elasticidade) e tendões (cor esbranquiçada, consistência rija, maior concentração de colágeno). CARNES Influências na Maciez • Raça do animal • Idade do animal • Sexo do animal: fêmeas – carne mais macia. • Castração • Sistemas de criação: pastagem, confinamento. CARNES • Quanto o músculo é exigido: asas das aves e as patas dianteiras de bois são menos macios. Lombo é o corte de carne mais tenra. • Gordura: abranda resistência da carne. • Quantidade de tecido conjuntivo: cozido longamente, ele se transforma em uma gelatina que torna a carne macia e suculenta, além de enriquecer o molho. CARNES Influências na Maciez Agentes Amaciadores Ação mecânica: secciona fibras da carne CARNES 08/10/2012 3 Agentes Amaciadores Ação enzimática papaína bromelina CARNES Ação química: vinha d’alhos (temperos + vinagre ou vinho). Mais usada para carnes de aves. Agentes Amaciadores CARNES BOVINA • Brasil está entre os países que mais produzem e consomem carne no mundo. • Maior rebanho bovino comercial e maior exportador. • Parte significativa desta produção localizada em áreas de floresta desmatada ou em fazendas com mão-de-obra escrava ou infantil. CARNE BOVINA Exigências quanto à qualidade e à inocuidade dos alimentos. Identificação individual dos animais: tatuagem (face interna da orelha), marcação a fogo, brinco plástico (+ usada atualmente), chip implantado no corpo ou no brinco (técnica + moderna) Rastreabilidade de Bovinos de Corte CARNE BOVINA • Monitora o gado desde o seu nascimento até o abate. • Características como raça e idade na embalagem. • Outras informações na internet. Rastreabilidade CARNE BOVINA 08/10/2012 4 Cortes • Portaria nº 5, de 8 de novembro de 1988. Secretaria de Inspeção de Produto Animal • Maneira de retalhar o animal varia de um país para o outro, e até de um açougue para o outro. • Varia também a nomenclatura usada para cada corte. CARNE BOVINA Portaria nº 5, de 8/11/88 CARCAÇA O bovino abatido, sangrado, esfolado, eviscerado, desprovido de cabeça, patas, rabada, glândula mamária (fêmea), verga e testículos (macho). CARNE BOVINA MEIA CARCAÇA Corte longitudinal da carcaça. CARNE BOVINA 08/10/2012 5 QUARTO Subdivisão da meia-carcaça em traseiro e dianteiro. BOVINO - CARCAÇACARNE BOVINA – CARCAÇA QUARTO DIANTEIRO • Porção anterior (cranial) da meia-carcaça. • Subdividido em: Paleta Dianteiro-sem-paleta CARNE BOVINA – QUARTO PALETA Subdividida nos cortes: Pá Músculo-do-dianteiro CARNE BOVINA – QUARTO DIANTEIRO • Peso máximo da peça: 13,5 kg • Peso mínimo da peça: 12,6 kg • Cor: vermelho cereja PALETA CARNE BOVINA – QUARTO DIANTEIRO PÁ Pode ser subdividida em outros cortes: Raquete Peixinho Coração-da-paleta CARNE BOVINA – QUARTO DIANTEIRO - PALETA DIANTEIRO SEM PALETA Pode ser subdividida em outros cortes: • Peito • Pescoço • Costela-do-dianteiro • Acém • Cupim (raças zebuínas) CARNE BOVINA – QUARTO DIANTEIRO 08/10/2012 6 PEITO (granito) CARNE BOVINA – QUARTO DIANTEIRO – DIANTEIRO SEM PALETA • Necessita de cozimento longo em calor úmido. • Usado em cozidos, caldos, sopas, refogados. • Peso máximo da peça: 5,5 kg • Peso mínimo da peça: 4,8 kg • Cor: vermelho cereja PESCOÇO CARNE BOVINA – QUARTO DIANTEIRO – DIANTEIRO SEM PALETA • Continuação do peito. • Necessita de cozimento longo em calor úmido. • Por ter estrutura muscular semelhante à do peito, pode ser usado nos mesmos tipos de pratos: sopas, guisados, cozidos, caldos, refogados, ensopados, enrolado com temperos ou assado na panela com molho. ACÉM CARNE BOVINA – QUARTO DIANTEIRO – DIANTEIRO SEM PALETA • Necessita de cozimento longo em calor úmido. • Próprio para sopas, guisados, cozidos, caldos, refogados, ensopados. • Peso máximo da peça: 15,3 kg • Peso mínimo da peça: 14,4 kg • Cor: vermelho cereja CUPIM CARNE BOVINA – QUARTO DIANTEIRO • Bovinos de raça ou cruza zebuína. • Conjunto de fibras musculares entremeadas de gordura. • Sabor característico e paladar agradável. • Deve sempre ser cozida lentamente. • Pode ser assado enrolado em celofane especial para culinária que distribui o calor uniformemente e promove o cozimento da carne em seu próprio suco. QUARTO TRASEIRO • Porção posterior (caudal) da meia-carcaça. • Subdividido em: CARNE BOVINA – QUARTO Traseiro-serrote Ponta-de-agulha CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO TRASEIRO-SERROTE Obtido do quarto traseiro após a retirada da ponta-de-agulha. É subdividido em grandes peças: Lombo Alcatra Coxão 08/10/2012 7 CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE LOMBO Obtido do traseiro-serrote, após a retirada da alcatra e do coxão. É subdividido nos cortes: Contra-filé* Capa-de-filé Filé Mignon * Lombo após a retirada do filé-mignon e capa-de-filé CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE CONTRA-FILÉ É subdividido nos cortes: Filé de costela Filé de lombo CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE CONTRA-FILÉ Também conhecido como entrecôt (francês). Carne muito saborosa, suculenta e macia. Ideal para bifes de chapa, churrasco, grelhados e assados ou como carne cozida com legumes, refogados e picadinhos. Deve ser servido mal passado ou ao ponto para que não enrijeça. • Peso máximo da peça: 4,0 kg • Peso mínimo da peça: 3,0 kg • Cor: vermelho cereja CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE CONTRA-FILÉ CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE - LOMBO BISTECA/CHULETA Ideal para bifes e churrascos, preparada na grelha. Contra-filé com osso. CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE - LOMBO TIBONE Corte transversal do filé de lombo, incluindo o filé mignon. Osso em T, com dois cortes, de um lado contra-filé e do outro, filé mignon. Ideal para bifes e churrascos na grelha. 08/10/2012 8 CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE FILÉ MIGNON É o corte mais macio de carne bovina. Tem sabor adocicado e menos acentuado que a alcatra e o contrafilé. É suculento e tem pouca gordura. Fica bem acompanhado de vários tipos de molhos. • Peso máximoda peça: 2,2 kg • Peso mínimo da peça: 1,6 kg • Cor: vermelho púrpura CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE FILÉ MIGNON CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE ALCATRA Pode ser subdividida nos cortes: •Maminha (Ponta de alcatra) •Picanha •Coração da alcatra (Miolo da alcatra) Carne macia com pouca gordura. Ideal para bifes, refogados, assados e ensopados. Excelente para churrasco, no espeto ou em bifes grossos na grelha. Evitar cortes finos pois a carne poderá ressecar. CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE ALCATRA •Peso máximo da peça: 7,1 kg •Peso mínimo da peça: 5,8 kg •Cor: vermelho cereja CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE - ALCATRA •Peso máximo da peça: 1,5 kg •Peso mínimo da peça: 1,2 kg •Cor: vermelho cereja MAMINHA Parte mais macia da alcatra, é suculenta e tem sabor suave. Ideal para assados, carnes de panela ou bifes servidos bem passados - maior teor de gordura. Corte contra as fibras para acentuar sua maciez e sabor. CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE - ALCATRA PICANHA •Peso máximo da peça: 1,5 kg •Peso mínimo da peça: 1,3 kg •Cor: vermelho cereja Parte macia, mais marmorizada e com capa de gordura. Muito suculenta e com sabor acentuado. É própria para assados e bifes. 08/10/2012 9 CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE - ALCATRA Tem fibras curtas e é mais macio que o coxão mole. Ideal para bifes, churrasco ou na grelha, em assados, refogados, grelhados e picadinhos. •Peso máximo da peça: 3,5 kg •Peso mínimo da peça: 2,9 kg •Cor: vermelho cereja CORAÇÃO DA ALCATRA O corte conhecido como baby beef provém do coração da alcatra. CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE COXÃO Subdivide-se em: • Coxão-mole • Coxão-duro • Lagarto • Patinho • Músculo-mole • Músculo-duro CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE- COXÃO COXÃO-MOLE Com fibras curtas e macias, é um corte macio. Ideal para assados, ensopados, picadinhos, escalopes, milanesas, bifes finos e enrolados, ou então moída para refogados e molhos. CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE- COXÃO COXÃO-MOLE •Peso máximo da peça: 9,4 kg •Peso mínimo da peça: 7,7 kg •Cor: vermelho cereja CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE- COXÃO COXÃO-DURO Com fibras mais longas e rijas e gordura concentrada na parte externa, exige cozimento lento. Ideal para assados de panela, rosbifes, carne recheada, cozidos ou utilizado moído em molhos e refogados. CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE- COXÃO COXÃO-DURO • Peso máximo da peça: 5,4 kg • Peso mínimo da peça: 4,4 kg • Cor: vermelho cereja 08/10/2012 10 CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE- COXÃO LAGARTO (TATU) Cor mais clara, fibras longas e magras. Pode ser usado em rosbife, recheado e assado. Cru e cortado em fatias bem finas: carpaccio. • Peso máximo da peça: 2,8 kg • Peso mínimo da peça: 2,0 kg • Cor: vermelho cereja CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE- COXÃO LAGARTO (TATU) CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE- COXÃO PATINHO Menos macio que a alcatra. Usado para bifes, cozido em refogados, assados e preparações de carne moída. Parte inferior do patinho: melhor para escalopes e picadinhos. •Peso máximo da peça: 5,4 kg •Peso mínimo da peça: 4,3 kg •Cor: vermelho cereja CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE- COXÃO PATINHO CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE- COXÃO MÚSCULO-MOLE CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE- COXÃO MÚSCULO-DURO 08/10/2012 11 Medula - ossos da perna do bovino. Osso com músculo: ossobuco. TUTANO BOVINA – QUARTO TRASEIRO – TRASEIRO SERROTE- COXÃO - MÚSCULO CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO PONTA-DE-AGULHA (COSTELA) Pode ser subdividida em outros cortes: Costela-do-traseiro Vazio CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO PONTA-DE-AGULHA (COSTELA) Corte com maior variedade de sabores, texturas e aromas. Exige um tempo de cozimento mais longo para amaciar suas fibras. Usado principalmente para churrasco ou para o preparo de cozidos. CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – PONTA DE AGULHA MATAMBRE • Nome originado do espanhol ´ mata hambre´ (mata a fome). Envolve a ponta de agulha (costela). Cor rosada Deve ser retirado e preparado em separado. Pode ser preparado na grelha ou no espeto Cortado em tiras finas, servido como aperitivo no churrasco ou enrolado e recheado. CARNE BOVINA – QUARTO TRASEIRO – PONTA DE AGULHA VAZIO Pode ser subdividido em: Bife de vazio Fralda Cortes Nobres • Quarto traseiro do animal (menos usados na sua locomoção), mais suculentos e com textura mais macia. • A carne que os brasileiros chamam "de primeira" é a que fica mais macia e suculenta quando pouco cozida, mas não é obrigatoriamente a mais saborosa. • Filé mignon, contra filé, alcatra, maminha, picanha... CARNE BOVINA 08/10/2012 12 Cortes magros 1- Patinho 2- Maminha 3- Músculo 4- Lagarto 5- Filé mignon 6- Coxão duro 7- Coxão mole CARNE BOVINA Cortes gordurosos 8- Acém 9- Alcatra 10- Contra-filé 11- Cupim 12- Picanha 13- Fraldinha 14- Costela CARNE BOVINA Carne de Vitelo • Vitelo: Novilho com menos de 6 meses de idade. • Filhotes machos de vacas leiteiras. • Carne branca: novilho abatido com 3 a 4,5 meses de idade. • Carne rosada: novilho abatido com 5 a 6 meses de idade. • Vitelo de leite: abatido com 20 dias. • Vitelo de confinamento: alimentado com pasto e ração depois do desmame. CARNE BOVINA Raça Angus Cocção: gordura derrete parcialmente e impregna a parte magra, tornando-a tenra e saborosa. • Carne marmorizada (gordura entremeada na carne): maciez e sabor. •De 3 a 6 mm de gordura (exigências européias) CARNE BOVINA • Aumenta risco de contaminação • Reduz valor nutritivo CARNE BOVINA LAVAR CARNE BIFE • Fatiamento no sentido transversal à fibra, seccionando-a, evita que a carne fique dura após a cocção. • Espessura ideal: 1 a 1,5 cm. • Cortes ideais: mignon, contra-filé, picanha, alcatra, patinho... CARNE BOVINA Principais Cortes 08/10/2012 13 CUBOS O corte deve obedecer a um mesmo padrão de tamanho e formato: boa apresentação e cocção uniforme. Para picadinho: cubos de ± 2 cm. Para espetinho: cubos de ± 3 cm. Para carne de panela: cubos de ± 4 cm. CARNE BOVINA Principais Cortes ISCAS • Tiras de ± 5 cm comprimento e 1 cm largura. • Per capita 120 a 150 g CARNE BOVINA Principais Cortes MOÍDA • Maior superfície de contato: maior risco de contaminação microbiana. • Preparações: Almôndegas, hambúrgueres, recheios de massas, refogada com legumes... CARNE BOVINA Principais Cortes Chateaubriand Formato arredondado. 350 g. 6 a 7 cm de altura. Principais Cortes de Filé Mignon CARNE BOVINA Medalhão Formato arredondado. 220 g. 3 cm de altura. CARNE BOVINA Principais Cortes de Filé Mignon Escalope • 50 g • batido para diminuir a espessura. CARNE BOVINA Principais Cortes de Filé Mignon 08/10/2012 14 Temperaturas de Cocção • Carnes com muito tecido conjuntivo como pescados e aves, usar temperaturas mais brandas, entre 50 a 60 °C. Ponto Temperatura Ao ponto 60 a 70 °C Bem passada 70 a 80 °C Muito bem passada 80 a 90 °C CARNE BOVINA Cocção x Textura • Cocção rápida: carnes com menos tecido conjuntivo • Cocção lenta: carnes com mais tecido conjuntivo e mais gordura • Cocção lenta e abafada: carne com mais tecido conjuntivo e menosgordura CARNE BOVINA • Peças de carne com gordura que as recobre – evitam perda do suco da carne – melhoram sabor. • Peças com mais de 2 Kg garantem melhor apresentação – carnes reduzem de tamanho após a cocção a seco. CARNE BOVINA Assados • Carne, depois de cortada, é salgada e desidratada. • Secagem rápida, formando uma espécie de casca protetora que conserva a parte de dentro da carne úmida e macia. • Apesar do nome, raramente é exposta ao sol. • Antigo nome: 'carne-de-vento‘. • Exige clima muito seco - regiões semi-áridas do Nordeste. • Não necessita de cozimento muito longo. CARNE-DE-SOL CARNE BOVINA CARNE-DE-SOL Normalmente, o processo é realizado em condições precárias de higiene e sem controle de qualidade. CARNE BOVINA CARNE-DE-SOL CARNE BOVINA 08/10/2012 15 CARNE-DE-SOL CARNE BOVINA Carne bovina desossada, salgada e expostas ao sol até desidratar. CHARQUE CARNE BOVINA CHARQUE Sal mais grosso do que o usado para produzir carne-de-sol. CARNE BOVINA CHARQUE Cortes da ponta de agulha e, em menor proporção, do dianteiro bovino. CARNE BOVINA Pré-preparo: • Carne-de-sol: imersa em água, ± 2 h: reidratar e reduzir o teor de sal. Aspecto final bastante semelhante à carne fresca. • Charque: imersa em água de um dia para outro, trocando a água 2 ou 3 vezes, podendo-se deixar a vasilha na geladeira. Depois, fervida por alguns minutos, elimina o excesso de sal. Sabor mais acentuado. USO NA CULINÁRIA CARNES SECAS CARNE BOVINA Carne de Aves 08/10/2012 16 Frango Frangos de corte: peso médio de 2,5 kg em 42 dias de idade. Entre 1960 e 1997, o peso do frango no abate passou de 1,6kg para 2,25kg e a idade de abate, de 56 para 45 dias (Zanatta, 2002). • Seleção e melhoramento genético • Nutrição balanceada • Manejo: controle de temperatura, umidade do ar, ventilação e higiene das instalações, controle de doenças • Além de ser proibido no Brasil, o uso de hormônios é inviável: não há tempo para que faça efeito nas aves - ciclo de vida curto. Carne de Aves Frango Colonial ou Caipira • Frango de leite ou galeto: ave abatida com até 3 meses de idade, com cerca de 600 g de peso. • Frango comum: ave abatida entre 3 e 7 meses de idade. Chega a pesar mais de 1 Kg. • Frango capão: frango castrado para engordar mais. Abatido com cerca de 7 meses. • Galinha ou galo: ave adulta (mais de 7 meses). Pesa cerca de 1,5 Kg. O galo tem a carne mais rija que a da galinha e menos gordura – precisa de mais tempo de cozimento. Ração balanceada + pasto, sobras de horta + BP + abate em abatedouro com inspeção municipal, no mínimo. Carne de Aves Ave Chester • Ave desenvolvida por meio de estudos genéticos. • A Perdigão é proprietária da fórmula genética. • Peito e coxas -70% do peso total. • Não são vendidos os ovos. Carne de Aves Ave Fiesta • Originária da Escócia e aperfeiçoada nos EUA. • Peito e coxas -70% do peso total. • Sadia deteve o registro da marca. Carne de Aves Peru • Consumo per capita no Brasil: 1 kg/hab/ano. • Peru inteiro - consumo limitado - compete com aves temperadas; consumo concentrado em ocasiões festivas. • Cortes in natura concorrem com cortes de frango. • Exceção: processados (presuntos, salsichas, hambúrgueres...) – forte apelo de carne branca, saudável, ↓ teor de gordura. • BR - 3º lugar entre os principais exportadores (7%), ficando atrás apenas dos EUA e da União Européia (91%) Carne de Aves 08/10/2012 17 Pato Brasil: 20g/pessoa/ano. França: 1kg/pessoa/ano. Venda de carne de pato cresce de 5 a 10% ao ano no Brasil. Hoje é possível encontrar pato congelado nos principais hipermercados do País. Carne de Aves Pato COR Vermelha. TEXTURA Mais saborosa, macia e menos fibrosa se o abate ocorrer entre 100 e 120 dias de vida da ave. SABOR Forte, levemente amargo. Marreco: nome dados pelos colonizadores do Vale do Itajaí/SC ao Pato de Pequim. Carne de Aves Preparo • Em vinha d’alhos - mais tenra e melhor sabor. • Tempo de cocção varia de acordo com o tamanho e a idade da ave. Carne de Aves Carne Suína • Porco: mamífero descendente do javali. • Porco jovem = leitão/ leitoa. • Hebreus e muçulmanos consideram sua carne impura. • Por ser um animal de pequeno porte, o porco pode ser comprado inteiro ou em partes. Carne Suína Consumo • Brasil: um dos maiores exportadores e um dos países que menos consome carne suína. • Dos 12 kg consumidos por ano 9 kg são de itens processados como embutidos. • Conceito de que carne suína não é saudável. • É preciso esclarecer a importância nutricional da carne suína. Carne Suína 08/10/2012 18 VALORES NUTRICIONAIS PORÇÃO DE 100g FRANGO BOI PORCO Calorias (kcal) 140 240 275 PTN (%) 27 21 24 LIP (%) 3 15 19 Gordura saturada (%) 0,9 6,4 7,0 Colesterol (mg)** 89 118 86 Ferro (mg) * 1,2 3,0 1,1 Fontes: Nutritive Value of Foods USDA (2001) * Ministério da Agricultura ** Universidade de SP CONSUMO PERCAPITA Brasil 2010 36,6 kg/ano 12,1 kg/ano 33,9 kg/ano 35,9 kg/ano Fonte: UBA/ABIPECS/CNPC/ABEF 1995 8,75 kg/ano Europa: 45 kg/ano Carne Ovina • Cordeiro de leite: animal de até 3 meses que ainda não desmamou. • Cordeiro: animal entre 4 meses e 1 ano. • Carneiro: animal adulto e castrado. • Ovelha: fêmea adulta que fornece leite e lã. • Carne mais consumida: cordeiro. • Maior produtor nacional: RS – 23% do total Carne Ovina Animais silvestres: típicos da fauna brasileira. Animais exóticos: pertencentes à fauna de outros países. A caça de animais silvestres é proibida no Brasil. Abate temporário pode ser liberado para controle populacional. Existem produtores autorizados pelo IBAMA para criar, abater e comercializar esse tipo de carne. Carnes Silvestres e Exóticas 08/10/2012 19 Avestruz Carne muito popular na Europa, no Japão e nos EUA Carne Silvestres e Exóticas SABOR Semelhante ao da carne bovina TEXTURA Macia, lembra filé mignon Friogorífico Avestro. Barueri/SP – líder mercado brasileiro de carne de avestruz SABOR Marcante TEXTURA Rija, seca Assada Faisão Carne Silvestres e Exóticas Perdiz Considerada tão sofisticada quando o faisão. Presente na culinária de inúmeros países, sobretudo os europeus. SABOR Suave. Carne Silvestres e Exóticas Codorna SABOR Suave TEXTURA Macia Carne Silvestres e Exóticas Pombo SABOR Varia segundo a idade e o alimento do animal. Lembra galinha caipira ou angola. TEXTURA Firme. • Brasil: baixo consumo. • Mercados europeu e asiático: alta demanda. Carne Silvestres e Exóticas Coelho SABOR Mais acentuado que do coelho doméstico. TEXTURA Parecida com peito de frango. Carne Silvestres e Exóticas 08/10/2012 20 Lebre • Roedor selvagem, semelhante ao coelho. • Carne avermelhada e negra. • Sabor mais intenso que a carne de coelho. Carne Silvestres e Exóticas Capivara SABOR Remete, de longe, ao porco. TEXTURA Muito firme. Carne Silvestres e Exóticas Paca SABOR Entre o da carne de ave e a de suíno. TEXTURA Macia. Sua presença vem aumentando no cardápio de restaurantes e churrascarias, assim como nas butiques de carnes especiais. Carne Silvestres e Exóticas Cateto Espécie de porco-do-mato SABOR Parecido com o da carne suína. TEXTURA Firme CORTES MAIS USADOS: carré, costela e pernil Cozida, assada Carne Silvestres e Exóticas Javali Primo selvagem do porco. COR: mais escura que a do porco. SABOR: lembra o porco, só que muito mais acentuado. TEXTURA: firme. Pode ser grelhada ou assada. Carne Silvestres e Exóticas Veado SABOR: muito próximodo da carne de vaca. TEXTURA Consumida ligeiramente mal passada, do contrário, é muito seca. Carne Silvestres e Exóticas 08/10/2012 21 Rã SABOR: próximo da carne de frango e peixe. TEXTURA parecida com a da carne de frango. Carne Silvestres e Exóticas Pessoas com maior renda e melhor nível sociocultural consomem em restaurante . Parte mais apreciada: coxas Rã População mais pobre continua a obter a carne de rã por meio da caça. Carne Silvestres e Exóticas Jacaré SABOR Lembra o de frango e o de peixe (cação). TEXTURA Muito firme. Mais consumida no MT. Grelhada, assada, frita. Carne Silvestres e Exóticas Carne Silvestres e Exóticas Tartaruga Iguaria do culinária do Amazonas: “Tartarugada” Criadouros de tartarugas para abate. SABOR lembra a carne de vitelo TEXTURA macia, suculenta Carne Silvestres e Exóticas Peixes e Pescados 08/10/2012 22 • Peixes • Mariscos (crustáceos e moluscos) • Cetáceos (mamíferos dos quais são usados o óleo, a pele e os ossos: baleia e golfinho) • Quelônios (carne com carapaça: tartaruga) Peixes e Pescados • Têm, geralmente, + água e - LIP que a carne bovina • A sua gordura é, na maior parte, insaturada • O valor nutritivo das suas proteínas é idêntico Peixes Peixes e Pescados Peixes Populares • Pescados em águas mornas e rasas - fácil obtenção. • corvina • pescada • cavalinha • sardinha • Menor custo e maior consumo. Peixes e Pescados Peixes Finos • Pescados em águas profundas, não litorâneas e com equipamentos mais sofisticados. • Atum • Badejo • Garoupa • Linguado • Robalo • Maior valor e preço. PEIXES E PESCADOS Peixes Com relação ao sabor e à qualidade de sua carne, podem ser divididos em quatro grupos básicos: 1a linha - Badejo, Cherne, Linguado, Merluza, Namorado, Robalo 2a linha - Abrótea, Anchova, Atum, Dourado, Garoupa, Pescada 3a linha - Bonito, Cação, Cavala, Corvina, Pescadinha, Tainha 4a linha - Bagre, Cavalinha, Congro, Espada, Manjuba, Sardinha Peixes e Pescados Peixes “Magros” • Bacalhau • Badejo • Carpa • Corvina • Garoupa • Linguado • Peixe-espada • Pescada • Robalo • Tainha Peixes e Pescados 08/10/2012 23 Peixes Gordurosos • Atum • Arenque • Anchovas • Cavala • Sardinha • Salmão Peixes e Pescados Peixes Ricos em Ômega-3 • Atum • Bacalhau • Linguado • Salmão • Sardinha • Tilápia • Truta Peixes e Pescados Consumo no Brasil Aumentou nos últimos anos. (Min. Pesca e Agricultura) 2003 - 6,43 kg/habitante/ano 2009 - 9,03 kg/habitante/ano Consumo recomendado (OMS): 12 kg/habitante/ano Peixes e Pescados Pesca Extrativa Litoral SC Anchova, Tainha Peixes e Pescados Piscicultura de Água Doce em SC Principais espécies cultivadas: carpas, tilápia e truta. Peixes e Pescados Peixe limpo, eviscerado, com ou sem cabeça. O método mantém os nutrientes e apura o paladar e é ainda mais eficiente por conta do baixíssimo teor de gordura e alta concentração de proteínas nos peixes. No Brasil, o hábito de consumir este peixe chegou com os portugueses. Peixe Salgado e Seco Peixes e Pescados 08/10/2012 24 Peixe salgado e seco, geralmente do gênero Gadus. Gadus morhua (Cod), Gadus macrocephalus. Outros peixes salgados e secos também são comercializados com o nome de bacalhau. A granel: manta Embalado: pedaço, desfiado... Bacalhau Peixes e Pescados Cor vermelha: camarões da alimentação. Salmão natural: dieta variada = carne branca, cor-de-rosa suave, vermelho vivo.. Consumido cru, defumado, assado, cozido, grelhado... . Salmão PEIXES E PESCADOS Mais da metade do salmão consumido no mundo provém de viveiros de criação (Chile e Noruega). Pesca só no Alasca e na Rússia. Europa e América do Norte. Peixe salgado e defumado. Pode ser em conserva. Arenque Peixes e Pescados Anchova (Peru, Chile), aliche (Itália) Sardinha: peixe brasileiro que mais se aproxima ao aliche No Brasil, é comum confundir a anchova com o aliche Anchova, aliche e sardinha sofrem um processo semelhante de "anchovização", ficando durante 100 dias numa solução de óleo de soja e sal. Anchova e Aliche Peixes e Pescados Caviar • ovas de esturjão não-fertilizadas, salgadas Peixes e Pescados CRUSTÁCEOS • Nome por causa da composição do seu exoesqueleto de carbonato de cálcio, que forma uma crosta. • Hábitos aquáticos, sendo a maioria marinha. 08/10/2012 25 Camarão CRUSTÁCEOS Há fazendas de camarões em Laguna/SC rosa, pistola, sete barbas Lagosta CRUSTÁCEOS Siri CRUSTÁCEOS Caranguejo CRUSTÁCEOS MOLUSCOS Animais invertebrados, marinhos, de água doce ou terrestres. Polvo MOLUSCOS 08/10/2012 26 Lula MOLUSCOS Têm um corpo mole, protegido dentro de uma concha altamente calcificada, fechada por fortes músculos. Grande (acima de 8 cm); Média (de 7 a 8 cm) Baby (até 7 cm). SC: principal produtor nacional. Florianópolis: 95% da produção. Ostras MOLUSCOS Ostras e pérolas • Quando um parasita invade o corpo da ostra, ela libera uma substância chamada madrepérola, que se cristaliza sobre o invasor impedindo-o de se reproduzir. Depois de cerca de três anos esse material vira uma pérola. MOLUSCOS Mexilhões Também conhecidos como mariscos. Há mariscos de mar e mariscos de mangue. Cultivada em SC. Tal como a ostra, o mexilhão tem a capacidade de produzir pérolas, algumas delas com grande valor no mercado. MOLUSCOS Vôngoles MOLUSCOS Vieiras • Águas salgadas. • Cultivada em pequena escala em SC. • Abundante na América do Norte. MOLUSCOS 08/10/2012 27 Caracóis/caramujos • Espécies comestíveis e não comestíveis. • Comestíveis: conhecidos internacionalmente pela palavra francesa Escargot. • A maioria dos restaurantes franceses importam da França. MOLUSCOS REFERÊNCIAS AVICULTURA INDUSTRIAL Disponível em: <http://www.aviculturaindustrial.com.br> BRASIL. Ministério Público Federal. Disponível em: <http://www.carnelegal.mpf.gov.br> DALCIN, Cristiano Rigo. Maricultura. Diário Catarinense. Florianópolis, 2009. EMBRAPA: Disponível em <http://www.cnpgc.embrapa.br> REFERÊNCIAS ORNELLAS, Lieselotte. Técnica dietética: seleção e preparo de alimentos. 8. ed. São Paulo: Atheneu, 2007. PHILIPPI, Sônia. Nutrição e técnica dietética. Barueri: Manole, 2006. REVISTA GLOBO RURAL. Disponível em: <http://revistagloborural.globo.com> SERVIÇO DE INFORMAÇÃO DA CARNE Disponível em: < http://www.sic.org.br> ZANATTA, A. F. (Coord.) Análise da competitividade da cadeia agroindustrial de carne de frango no estado do Paraná. Curitiba: IPARDES, 2002. Disponível em: <http://www.pr.gov.br/ipardes/pdf/relat%F3rio_aves.pdf>
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