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Civil IV Contratos em Espécie

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Ementa:
Locação de Coisas OK 
Empréstimo (comodato e mútuo) OK
Prestação de serviço, OK
AV2	
Empreitada OK 
Depósito, OK
Mandato, OK
Transporte, OK
Seguro
Jogo & Aposta OK
Fiança. 
baseado no livro Direito Civil Pablo Stolze Contratos em Espécie e Carlos Roberto Gonçalves 
Bibliografia
Silvio de Salvo Venosa - Curso de Direito Civil 
Carlos Roberto Gonçalves - Direito Civil Brasileiro 
Pablo Stolze - Contratos em Espécie - Novo Curso de Direito Civil
Flavio Tartuce - Direito Civil Vol 3
DA LOCAÇÃO DE COISAS
CONCEITO E ELEMENTOS
	Comment by iPad: Cedendo algo que não é seu, algo que fica por tempo determinado. É um negócio jurídico pelo qual uma pessoa (denominada locador, arrendador ou senhorio) se obriga a ceder a outra (denominada locatário, arrendatário, inquilino) a utilizaçao de um bem seja ele móvel ou imóvel.
Locação de coisas, segundo o art. 565 do Código Civil, é contrato pelo qual “uma das partes se obriga a ceder à outra, por tempo determinado ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa retribuição”. É bilateral (envolve prestações recíprocas), oneroso (ambas as partes obtêm proveito), consensual (aperfeiçoa-se com o acordo de vontades), comutativo (não envolve risco), não solene (a forma é livre) e de trato sucessivo (prolonga-se no tempo). É típico ou nominativo tem previsão e efeitos na lei em vigor, caso será um contrato não reconhecido pelo direito o mesmo será baseado nos princípios e costumes do direito seguindo a Lei de introdução do Direito 	Comment by iPad: Conceito de Contrato Código Civil 
Verifica-se, assim, que três são os elementos fundamentais da locação de coisas: o objeto, o preço e o consentimento. Caso não possua valor no contrato o juiz ira se basear no valor de mercado no caso dos usos e costume do lugar. Ele é pre estimado pois conheço as clausulas mesmo não citando. Se não tem prazo é indeterminado
	Comment by iPad: Possível questão de Prova 
O objeto pode ser coisa móvel ou imóvel. O bem móvel deve ser infungível; se fungível, será contrato de mútuo. Admite-se, no entanto, a locação de coisa móvel fungível quando o seu uso tenha sido cedido ad pompam vel ostentationem (para ornamentação), como uma cesta de frutas com adornos raros, por exemplo.
O preço, denominado aluguel ou remuneração, é essencial para a sua configuração, pois haverá co modato, e não locação, se o uso e gozo da coisa forem cedidos a título gratuito.
O consentimento pode ser expresso ou tácito. É capaz de locar quem tem poderes de administração.
* LER LEI DO INQUILINATO
OBRIGAÇÕES DO LOCADOR	Comment by iPad: (Aquele que cede, mas NÃO apenas o locatário , pois pode ocorrer uma sublocação desde que presente no contrato, ela jamais será presumida)É comum que o locador seja denominado proprietário numa relação locatícia, contudo essa expressão pode ser utilizada de forma incorreta, pois nem sempre o locador é necessariamente o proprietário do bem; É o caso das sublocações, quando o locatário tiver o expresso consentimento do locador. 
As obrigações do locador, especificadas no art. 566 do Código Civil, consistem em: 
Entregar ao locatário a coisa alugada (inc. I). A entrega deve ser feita com os acessórios
 Manter a coisa no mesmo estado (inc. I, 2ª parte). Compete ao locador realizar os reparos necessários para que a coisa seja mantida em condições de uso, salvo convenção em contrário. Mas correm por conta do locatário as repa- rações de pequenos estragos, que não provenham do tempo ou do uso, nas locações de imóveis. Se o bem deteriorar-se no curso da lo- cação, sem culpa do locatário, este poderá pedir redução proporcional do aluguel ou rescindir o contrato, caso já não mais sirva para o fim colimado.
Garantir o uso pacífico da coisa (inc. II). Deve o locador abster-se da prática de qualquer ato que possa perturbar o uso e gozo da coisa, como também garantir o locatário contra perturbações de terceiros. Responde, ainda, pelos vícios e defeitos ocultos da coisa locada, anteriores à locação conforme o art. 568.
OBRIGAÇÕES DO LOCATÁRIO
servir-se da coisa alugada para os usos convencionados e tratá-la como se sua fosse (art. 569, I)
 pagar o aluguel nos prazos ajustados (inc. II)
levar ao conhecimento do loca- dor as turbações de terceiros, fundadas em direito (inc. III); e d) restituir a coisa, finda a locação, no estado em que a recebeu, salvo as deteriorações naturais (inc. IV).
Se empregar a coisa em uso diverso do ajustado, ou do a que se destina (prédio residencial usado como comercial, p. ex.), ou danificá-la abusivamente, poderá o locador, além de rescindir o contrato, exigir perdas e danos.
É obrigatório o fornecimento de recibo de quitação, com especificação das parcelas do aluguel e demais encargos.
OBSERVAÇÕES 
É permitido ao locador reaver a coisa locada antes do vencimento do prazo, desde que seja ressarcido o locatário das perdas e danos resultantes. Admite-se, também, que a coisa seja devolvida ao locador, desde que o locatário pague, proporcionalmente, a multa prevista no contrato.
A locação sem prazo determinado exige prévia notificação do locatário. Se este, notificado, não restituir a coisa, pagará, enquanto a tiver em seu poder, o aluguel que o locador arbitrar, e responderá pelo dano que ela venha a sofrer, embora proveniente de caso fortuito.
Para bens móveis Art 565CC ao 578 
Para bens Imóveis Lei 8.241/91 Locação de Imóveis Urbanos / Lei do Inquilinato
	* Urbanos 
	* Para Temporada 
	* Não Residencial
Para Imóveis Rurais Lei 4504/69
	Decreto 59.566/66
Tal norma reguladora da locação imobiliária urbana abrange a disciplina da locação residencial urbana (arts 46 e 47), a locação temporária de temporária também denominada time sharing (art 48 e 50) e a locação não residencial, incluída para fins comerciais (art 51 a 57) com a incorporação de regras do antigo Decreto 24.150/34.
A lei de Inquilinato é expressa no excluir de seu alcance os apart hoteis, hoteis residencia ou equipados. Os apart Hoteis possuem forma de ocupação diferenciada da locação.
Pode ocorrer que o apart assim estruturado a ocupação se dê por contrato de locação e moradia alcançado assim a Lei do Inquilinato.
Cumpre destacar, também que a locação para exploração agrícola ou pecuária de prédio rústico, ou seja, o arredondamento rural é regida pelo Estatuto da Terra (Lei 4504 de 30.11.1964).
MODALIDADES DE LOCAÇÃO
> Residencial Comum
A- Locação com prazo contratual de 30 meses ou mais; nessa hipótese o contrato se resolve no termino do prazo estipulado, independente de aviso ou notificação. Ocorrendo a prorrogação, caberá denuncia motivada (denuncia vazia)a qualquer tempo com 30 dias para desocupação.
B- Locação com Contrato Inferior a 30 meses, ajustada verbalmente ou por escrito: findo o prazo ajustado, a locação prorroga-se automaticamente por tempo indeterminado.
C- Por Temporada 
Contrato pelo prazo de 90 dias. A locação deve ter fins específicos como prática de lazer, realização de cursos, tratamento de saúde, obras em seu imóvel e outros.
> Locação NÃO Residencial 
A- Comercial = Abrange locatários comerciantes ou industriais. O Contrato poderá ser firmado por qualquer prazo, como prorrogação por tempo indeterminado.
B- Civil = Abrange locatários com atividades civis , suas sedes, escritórios, estudiosos, consultórios.
C- Especial = Abrange ensino, hospitais, asilos, estabelecimento de saúde e outros autorizados.
> Locação de Imóvel Urbano 
Não serão regidos por esta lei as locações de imóveis públicos garagem autônomas, espaços destinados a publicidade, apart hoteis e outros elencados no art 1 "a, bem como arrendamento mercantil.
LOCAÇÃO DE PRÉDIO URBANO
Malgrado não possa o locador reaver o imóvel locado, na vigência do prazo de duração do contrato, admite-se, contudo, a retomada ao final deste, nas locações ajustadas por escrito e por prazo igual ou superior a trinta meses. A resolução opera-se com o fim do prazo, independentemente de notificação ou aviso.Dá-se, na hipótese, a resolução do contrato sem motivação. Mas se o locatário continuar na posse do imóvel por mais de trinta dias, sem oposição do locador, presumir-se-á prorrogada a locação por prazo indeterminado, mantidas as demais cláusulas e condições do contrato . Ocorrendo a prorrogação, o locador só poderá denunciar o contrato se conceder prazo de trinta dias para desocupação. Assim, findo o contrato por prazo determinado, o locador tem o prazo de trinta dias para ingressar com ação de despejo. Decorrido esse prazo, fica obrigado a promover a notificação do locatário.
A morte do locador acarreta a transferência do contrato aos herdeiros, a do locatário, a sub-rogação nos seus direitos, podendo continuar a locação: 
a) nas locações com finalidade residencial, o cônjuge sobrevivente ou o companheiro e, sucessivamente, os herdeiros necessários e as pessoas que viviam na dependência econômica do falecido, desde que residentes no imóvel; 
b) nas locações com finalidade não residencial, o espólio e, se for o caso, seu sucessor no negócio.
Se for preterido no seu direito, poderá reclamar do alienante as perdas e danos ou, depositando o preço e demais despesas do ato de transferência, haver para si o imóvel locado, se o requerer no prazo de seis meses, a contar do registro do ato no Cartório de Imóveis, desde que o contrato de locação esteja averbado.
Nas ações de despejo por falta de pagamento, o pedido de rescisão da locação poderá ser cumulado com o de cobrança dos aluguéis e seus acessórios. Nessa hipótese, citar-se-á o locatário para responder ao pedido de rescisão e o locatário e os fiadores para responderem ao pedido de cobrança, devendo ser apresentado, com a inicial, cálculo discriminado do valor do débito. O locatário e o fiador poderão evitar a rescisão da locação efetuando, no prazo de quinze dias, contado da citação, o pagamento do débito atualizado, independentemente de cálculo e mediante depósito judicial, incluídos os aluguéis que se vencerem até a data do pagamento, multas, juros, custas e honorários de advogado.
DIREITO DE RETENÇÃO
Direito em virtude do qual uma pessoa a que detém coisa alheia tem justo motivo para diferir a restituição até o pagamento do que lhe é devido, em razão desta coisa, pelo proprietário. Requisitos : 
a) detenção da coisa alheia; 
b) conservação dessa detenção ; 
c) crédito líquido, certo e exigível do retentor em conexão com a coisa retida e 
d) inexistência de exclusão legal ou convencional do direito de retenção.
 03/03/2015
CARACTERÍSTICAS
A- Típico /Nominativo = tem previsão e efeitos na lei em vigor, caso será um contrato não reconhecido pelo direito o mesmo será baseado nos princípios e costumes do direito seguindo a Lei de introdução do Direito
B- Bilateral = Constitui-se da união de 2 vontades (um cede a prestação do bem e o outro de querer utilizar-se do bem), envolve prestações Recíprocas e distintas.
C- Consensual = aperfeiçoa-se com o acordo de vontades
D- Comutativo = não envolve risco. Nos comutativos (compra e venda), as contraprestações, além de serem certas e determinadas, equivalem-se, enquanto que, nos aleatórios, elas podem ser desproporcionais (seguros) ou são aqueles que dizem respeito às coisas ou fatos futuros, onde as partes assumem o risco pela verificação de um evento futuro e incerto (art. 458 CC).
E- Não solene = a forma é livre. "São solenes os contratos que exigem formato previsto em lei (fiança ou seguro), ou seja, contrato solene é o pacto que exige na sua constituição, sob pena de nulidade forma prescrita em lei, como a realização do ato por meio de instrumento público, enquanto que os não solenes (compra e venda de bem móvel) são livres na forma, independem de qualquer formalidade para que tenha validade." Embora na lei do inquilinato conceda maior proteção ao inquilino. Cabe ressaltar que o contrato de locação pode ser verbal ou escrito
F- Trato sucessivo = prolonga-se no tempo.
G- Oneroso = ambas as partes obtêm proveito, SEMPRE. Importa em vantagens e sacrifícios para ambas as partes; ao locador ceder o uso e ao locatário pagar o preço. Se a Cessão da coisa é GRATUITA, tipifica-se como um contrato de Comodato e não de locação.
H- Relação Duradoura = Preciso que o tempo passe. O tempo lhe é essencial visto que o contrato é firmado em um momento e seus efeitos se prolongam ao tempo.
I- Por tempo Determinado = Prazo para começar e terminar.
J-Por tempo Indeterminado = Prazo para começar mas não possui prazo para terminar. Se silenciar (não dizer o tempo) já é um contrato por tempo indeterminado.
OBJETO DA LOCAÇÃO
A- O objeto pode ser coisa móvel ou imóvel. Requisito Indispensável o bem móvel deve ser infungível; se fungível, será contrato de mútuo (empréstimo de coisa fungível e não locação) . Admite-se, no entanto, a locação de coisa móvel fungível quando o seu uso tenha sido cedido ad pompam vel ostentationem (para ornamentação), como uma cesta de frutas com adornos raros, por exemplo.	Comment by iPad: Possível questão de Prova - Um bem fungível é aquele que pode ser trocado por outro da mesma espécie. Por exemplo: dinheiro. Quando você empresta dinheiro pra alguém, você não irá receber aquelas mesmas cédulas de volta, mas sim, outras cédulas de mesmo valor. - Já o bem infungível é aquele que não pode ser substituído por outro da mesma espécie. Exemplo: Uma obra de arte exclusiva ou uma jóia de valor original e única. Esta obra de arte e esta jóia jamais poderão ser substituídas, pois não existem outras com o mesmo valor e da mesma espécie. 	Comment by iPad: 
O bem Fungível pode-se tornar Infungível= Ex Camisa do Neymar autografada. Se perder a Camisa ela por si só é fungível mas o Autografo a torna infungível. Será sempre de comum acordo entre as partes o bem ser Infungível e se tornar fungível. 
OBS: EM ALGUNS CASOS, MESMO QUE A COISA SEJA SUBSTITUÍVEL (FUNGÍVEL) POR CONVENÇÃO DAS PARTES, ELA PASSA A SER INFUNGÍVEL PODENDO DESSA FORMA SER OBJETO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO.
	Comment by iPad: 
Infungibilidade jurídica é aquela convencionada entre as partes, declarando a infungibilidade de que a coisa é fungível, ou seja, as partes podem estabelecer que não é possível a substituição do bem móvel. 
 B- Objeto do Contrato ser apto a utilização e fruição 
 Quando ao objeto da coisa locada, art 565 adverte que se trata de bem não fungível. Isso porque incumbe ao locatário restitui-la ao locador uma vez findo o contrato, nos termos do art 569,IV. Ficaram, portanto excluídas da locação as coisas consumíveis, como exemplo a energia elétrica. 
O objeto do contrato deve ser apto à utilização e fruição pelo locador. Objeto inidôneo , neste ou em qualquer outro contrato, torna nulo o negócio. Não é necessário que o locador tenha o poder de dispor da coisa, pois pode até não ser seu dono, como ocorre com o usufrutuário**, basta que tenha o poder de cede-la, da-la em locação.
** Usufrutuário é a pessoa que tem a posse, não tem o domínio mas pode locar. 
A locação de bens imóveis pode ser do todo ou de parte, podendo compreender a locação de uma casa, ou de apenas um muro ou faxada com intuito publicitário.
Doutrina Usada : Silvio de Salvo Venosa 
		
Características da locação de coisas
	1. Se, durante a locação, se deteriorar a coisa alugada, sem culpa do locatário, a este caberá pedir redução proporcional do aluguel, ou resolver o contrato, caso já não sirva a coisa para o fim a que se destina.
	2. O locador resguardará o locatário dos embaraços e turbações 
	3. Se o locatário empregar a coisa para uso diverso do ajustado, e para o que se destina, ou ainda se ela se danificar por abuso do locatário, poderá o locador, além de rescindir o contrato exigir perdas e danos.
	4. Se a obrigação de pagar o aluguel pelo tempo que faltar constituir indenização excessiva, será facultado ao juiz fixá-la em bases razoáveis. 
	5. Morrendo o locador ou o locatário, transfere-se aos seus herdeiros a locação por tempo determinado.
	6. Salvodisposição em contrário, o locatário goza do direito de retenção, no caso de benfeitorias necessárias, ou no de benfeitorias uteis, se estas houverem sido feitas com expresso consentimento do locador. [3: ]
	7. Se a coisa for alienada durante a locação, o adquirente não ficará obrigado a respeitar o contrato, se nele não for consignada a cláusula de vigência. 
	
Hipóteses de extinção de locação de coisas 
	1. Havendo prazo estipulado a duração do contrato, antes do vencimento não poderá o locador reaver a coisa alugada, senão ressarcindo ao locatário as perdas e danos resultantes, nem o locatário devolve-la ao locador, senão pagando a multa prevista no contrato. 
	2. A locação por tempo determinado cessa de pleno direito findo o prazo estipulado, independentemente de notificação ou aviso.
	3. Se, findo o prazo, o locatário continuar na posse da coisa alugada, sem oposição do locador presumir-se-á prorrogada a locação pelo mesmo aluguel, mas sem prazo determinado.
	4. Se, notificado o locatário, não restituir a coisa pagará, enquanto a tiver em seu poder, o aluguel que o locador arbitrar, e responderá pelo dano que ela venha a sofrer. Se o aluguel arbitrado for manifestamente excessivo, poderá o juiz reduzi-lo, mas tendo sempre em conta o seu caráter de penalidade.
10/03/2015
4- RETRIBUIÇÃO (Preço)
O preço por sua vez, é a remuneração paga pela utilização da coisa, e se denomina aluguel ou renda.
O mais comum é que o preço seja fixado em dinheiro, podendo ser convencionado e constituído de outra espécie, mas sempre redutível a um valor.
O pagamento do aluguel, é feito periodicamente , podendo ser por semana ou mês ou temporada, conforme as partes, assim o estipularem. Cabe ressaltar que se as partes nada estipularem sobre o assunto, serão aplicados os usos e costumes locais, ou seja, no Brasil é aplicado o pagamento mensal 
Ausência de pagamento é doação.
Pag 197 Pablo stolze
	DA LOCAÇÃO DISCIPLINADA PELA LEI 8.245/91
	A locação é um contrato consensual, não solene, pelo qual uma das partes, mediante remuneração paga pela outra, se compromete a fornecer-lhe, durante certo lapso de tempo, o uso e gozo de uma coisa infungível. 
	A locação de imóveis urbanos é regulada pela Lei 8.245/91. Os imóveis urbanos são definidos pela sua destinação econômica e não por sua localização. A destinação do imóvel há de ser para moradia habitual ou fim empresarial.
	REGRAS GERAIS
	I-) NÃO SERÃO, PORÉM, REGULADAS PELA LEI 8.245/91 a locação dos imóveis urbanos: 
	a-) de propriedade da União, dos Estados e dos Municípios, de suas autarquias e fundações publicas. 
	b-) caracterizados por vagas autônomas de garagem ou de espaços para estacionamento de veículos.
	c-) com relação aos espaços destinados à publicidade.
	d-) caracterizados como apart-hóteis, hotéis-residência ou equiparados, 
	e-) o arrendamento mercantil, conhecido como leasing em qualquer de suas modalidades. 
II -) SOLIDARIEDADE LEGAL
	Em caso de haver mais de um locador ou locatário entende-se que são solidários, se o contrato não estipulou regra diversa. De acordo, com o art. 265 do Código Civil, a solidariedade não se presume, ela é fruto da lei ou da vontade das partes. 
	No art. 2º da Lei do Inquilinato temos um exemplo de solidariedade legal, já que de acordo com a regra nele estipulada a pluralidade de locadores e a de locatários gera solidariedade entre eles. 
		
III-) VÊNIA CONJUGAL NO CONTRATO DE LOCAÇÃO
	A locação pode ser convencionada por tempo determinado ou indeterminado, não podendo ser perpétua por ser um contrato temporário. Porém, se convencionado por prazo igual ou superior a dez anos, dependerá de vênia conjugal do cônjuge do locador e do locatário.
	Não havendo vênia conjugal no contrato celebrado, o consorte que não a deu estará desobrigado de respeitar o prazo excedente do contrato. 
	CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO
	Se não houver prazo, a locação será por prazo indeterminado. Havendo prazo determinado, o locador, antes de seu vencimento não poderá retomar o imóvel alugado, nem com pagamento da multa, já que esta faculdade é só do locatário.
	Mas, o locatário também não poderá devolvê-la ao locador sem o pagamento da multa, de acordo com o critério da proporcionalidade, como descreve o art. 4º da nova Lei 12.112/09. 
	O locatário, porém, ficará dispensado de multa se a devolução do imóvel decorrer de transferência de emprego (privado ou público) devendo este notificar o locador num prazo mínimo de 30 dias.
	O contrato por prazo determinado, ajustado por escrito e com prazo igual ou superior a trinta meses cessará com o fim do prazo estipulado, independentemente de notificação ou aviso.
	Mas, quando ajustado verbalmente ou por escrito com prazo inferior a trinta meses, findo o prazo a locação prorroga-se automaticamente, por prazo indeterminado, somente podendo ser retomado o imóvel nas hipóteses do art. 47.[4: ]
	Durante o prazo de vigência do contrato, o locador só poderá retomar o imóvel, nas hipóteses descritas no art. 9º da Lei 8.245/91 ( denúncia cheia) 
5- Prazo (Lapso Temporal) 
No caso de locação predial urbana poderá ser estipulado por qualquer prazo, mas, se for por igual ou superior a 10 anos, dependerá de vênia conjugal, se um dos consortes for locador, por força do art. 2036 do C; cabe ressaltar por força do art. 1647 do CC a possibilidade de vênia conjugal só será possível nos casos em que as partes optem em casar pelo regime de comunhão parcial de bens ou comunhão universal de bens. Cabe ressaltar que nos regimes de separação de bens e separação obrigatória é dispensável a vênia conjugal porque a doutrina e a legislação compreendem que os bens neste tipo de regime não se comunicam.
Prédio Rústico = quando o local locado tem ligação direita com a atividade rural. Ex : Sítios dentro da Cidade.
Vincula-se ao local da prestação de serviço. É a expressão jurídica utilizada para aquelas pessoas que alugam imóveis geograficamente situados como urbano porém envolvido do ponto de vista econômico elaborativo como atividade nitidamente agropastoril (atividades realizada no campo, ou seja , no meio rural).
Em se tratando de prédio rústico a locação poderá ser concedida por prazo certo como a prazo indeterminado; Nesse caso, presume-se a contratação pelo tempo indispensável para uma colheita Art 92 Parag 9 Lei 4504/64
Prédio Rústico diferente de tombamento 
Tombamento = Patrimônio historio tombado pela Adm Publica.
5.1 Locação Residencial
 
	Nas locações ajustadas por prazo igual ou superior a trinta meses, a resolução do contrato ocorrerá findo o prazo estipulado, independentemente de notificação ou aviso. 
	Findo o prazo ajustado se o locatário continuar na posse do imóvel alugado por mais de trinta dias, sem oposição do locador, presumir-se-á prorrogada a locação por prazo indeterminado, mantidas as demais cláusulas e condições do contrato. Com isso, o locador poderá denunciar o contrato a qualquer tempo concedido o prazo de trinta dias para a desocupação, ou indenizar o locador em 1 mês de aluguel. 
	A locação ajustada verbalmente ou por escrito com prazo inferior a 30 meses, findo o prazo, a mesma prorroga-se automaticamente por prazo indeterminado, somente podendo ser retomado o imóvel nas hipóteses do art. 47º.
	A extinção do contrato de locação de imóvel urbano quando requerida pelo locador denomina-se denúncia.
As espécies de denúncia são:
	Denúncia cheia também chamada de motivada, depende da existência de fato descrito em lei ( arts. 9º e 47º);
	Denúncia vazia também chamada de imotivada, independente de justificativa do locador.
	Quando a locação for ajustada por tempo indeterminado, o locatário poderá mediante aviso ao locador com antecedência de 30 dias dar por findo o contrato.
	A retomada do imóvel pelo locador é feita por meio de uma ação de despejo, salvo se a locação terminar em razão de desapropriação ou imissão na posse. Em resumo quando o locador não precisar notificar ou aviar ao inquilino que ele quer o imóvelde volta. Isso em se tratar no contrato de 30 meses (igual ou superior). Se o inquilino não sai será renovado o mesmo por tempo indeterminado
Desafaziemento da Locação Art 46/47 da Lei 8245/91
Breve Resumo do Contrato de Locação 
Sabe-se que a palavra locação destina-se a proporcionar as pessoas o uso e gozo temporário de uma coisa não fungível, mediante uma prestação pecuniária, conforme preceitua o Art. 565 do Código Civil de 2002. Locação é, portanto, o contrato, verbal ou escrito, que se destina a proporcionar o uso e gozo temporário de coisa infungível, mediante remuneração. Esse tipo de contrato tem como partes: o locador (senhorio ou arrendador) e o locatário (inquilino ou arrendatário). A retribuição ou a prestação pecuniária denomina-se aluguel ou renda.
O contrato de locação é bilateral (sinalagmático), pois gera obrigações recíprocas; oneroso, pois tem propósito especulativo; consensual, vez que se origina do acordo de vontades; comutativo, visto que as prestações são certas e não aleatórias; não solene (escrito ou verbal), pois sua realização é de forma livre, sendo apenas exigida em casos especiais; e trata-se de um contrato de execução continuada, pois as prestações são periódicas, não se extinguindo com o pagamento.
Apesar de ser consensual, o contrato de locação, não é personalíssimo (intuitu personae) nem para o locador e nem para o locatário, vez que o mesmo admite a cessão e a sublocação, não se extinguindo assim pela morte de qualquer deles. Entretanto, nada impede que no contrato de locação fique convencionado entre as partes sobre a impossibilidade de cessão e sublocação, o que restaria como configurada o caráter personalíssimo. 
Doutrina usada Carlos Roberto Gonçalves 
 COPIAR AULA DIA 17/03 DO CADERNO DA NANCI 
24/03/2015 
6- OBRIGAÇÕES DO LOCADOR E LOCATÁRIO (art. 22 a 26 da Lei do Inquilinato)
 Obrigação do locador - Aquele que pode ceder
	As obrigações do locador consistem em:
	a-) entregar ao locatário a coisa alugada, com suas pertenças, em bom estado de servir ao uso a que se destina, e a mantê-la nesse estado, pelo tempo do contrato. Pode-se pleitear a anulação do contrato e também pleitear perdas e danos. Efeito "ex tunc"
	b-) garantir ao locatário, durante o tempo do contrato, o uso pacífico da coisa, respeitando sua vigência. Locação residencial ( locação cheia e vazia ) Locação não residencial (Ação renovatória)
	c-) garantir o uso pacífico da coisa. Uso manso e pacífico. Ex: Casa de shows em bairro residencial sem isolamento acústico.
			
Obrigações do locatário - ficará na posse da coisa 
	Resumem-se a:
	a-) servir-se de coisa alugada para os usos convencionados ou presumidos, conforme a natureza dela e as circunstâncias, bem como trata-la com o mesmo cuidado como se sua fosse. Ou seja não poderá locar como imóvel residencial e ter fins lucrativos naquele local como uma empresa.
	b-) pagar pontualmente o aluguel nos prazos ajustados, e, em falta de ajuste segundo o costume do lugar.
	c-) levar ao conhecimento do locador as turbações de terceiros, que se pretendam fundadas em direito. O Principio da boa Fe objetiva aponta tal atitude.
	d-) restituir a coisa, finda a locação, no estado em que a recebeu, salvo as deteriorações naturais ao uso regular. 
Garantias Locatícias
	No contrato de locação, o locador pode exigir do locatário as seguintes garantias:
1-) Caução
a-) de bens móveis, a ser registrada no Cartório de Títulos de Documentos;
b-) de bens imóveis, a ser averbada na matrícula do imóvel;
c-) se a caução for em dinheiro, não poderá esse valor exceder a três meses de aluguel.
2-) Fiança
O fiador poderá ser substituído ou ser substituída a garantia nos casos de:
a-) morte do fiador
b-) ausência, interdição, recuperação judicial, falência ou insolvência do fiador, declaradas judicialmente
c-) alienação ou gravação de todos os bens imóveis do fiador ou sua mudança de residência sem comunicação do locador
d-) exoneração do fiador
e-) prorrogação da locação por prazo indeterminado, sendo a fiança ajustada por prazo certo;
f-) desaparecimento dos bens móveis
g-) desapropriação ou alienação do imóvel
h-) exoneração de garantia constituída por quotas de fundo de investimento
i-) liquidação ou encerramento do fundo de investimento de que trata o inciso IV do art. 37
j-) prorrogação da locação por prazo indeterminado, uma vez notificado o locador pelo fiador de sua intenção de desoneração, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante 120 dias após a notificação do locador
3-) Seguro de fiança locatícia
O seguro fiança locatícia abrangerá a totalidade das obrigações do locatário.
DO CONTRATO DE EMPRÉSTIMOS
Os empréstimos
De bens fungíveis denomina-se MÚTUO
De bens infungíveis denomina-se COMODATO[5: ]
DO COMODATO
	Trata-se de empréstimo gratuito de bem infungível, móvel ou imóvel.
	O comodante TRANSFERE A POSSE DIRETA ao comodatário por prazo determinado. 
	No comodato há somente a transferência da posse, já que a propriedade continua com o comodante.
	Obrigações do comodatário 
	As obrigações do comodatário se resumem-se a:
	a-) conservar a coisa como se fosse sua, pois se a pessoa for desleixada, sua culpa será analisada, pois o comodato é um contrato de confiança. O comodatário é responsável pelos danos causados (indenização).
	b-) as despesas de conservação da coisa são de responsabilidade do comodatário (luz, água, condomínio, IPTU).
	c-) se a coisa corre riscos de deterioração o comodatário deve salvá-la. 
	d-) o uso da coisa deve ser feito de acordo com os termos do contrato, sob pena de inadimplemento que gera a resolução do contrato e a responsabilidade civil por perdas e danos.
	e-) restituir a coisa findo o prazo ajustado, sob pena de pagar aluguel arbitrado pelo comodante. 
		Caberá ação de reintegração de posse para retomar o BEM IMÓVEL após o vencimento do comodato, e ação de busca e apreensão se for BEM MÓVEL. 
	Havendo mais de um comodatário eles são solidários entre si ( art. 585 CC). Trata-se de um exemplo de solidariedade legal. 
EXTINÇÃO DO COMODATO
 
O Contrato de COMODATO extingue-se pelo exaurimento do seu prazo do seu prazo de vigência, caso seja pactuado por prazo indeterminado, será considerado cumprido quando esgotada a finalidade de sua utilização.
DO MÚTUO 
Características e Conceito		
O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis, pelo qual o mutuário obriga-se a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade.
O mutuante transfere o domínio da coisa emprestada ao mutuário. Por conta deste, que se torna proprietário, correm todos os riscos dela desde a tradição 
É empréstimo para consumo, pois o mutuário não é obrigado a devolver o mesmo bem, do qual se torna dono (pode consumi-lo, aliená-lo, abandoná-lo, p. ex.), mas sim coisa da mesma espécie. Se o mutuário puder restituir coisa de natureza diversa, ou soma em dinheiro, haverá respectivamente troca ou compra e venda, e não mútuo, salvo, no último caso, se o empréstimo for de dinheiro, que é bem fungível. 
Difere do comodato porque: 
a) é empréstimo de consumo, enquanto o primeiro é de uso; 
b) tem por objeto coisas fungíveis, e aquele, bens infungíveis;
c) o mutuário desobriga-se restituindo coisa da mesma espécie, qualidade e quantidade, mas o depositário só se exonera restituindo a própria coisa emprestada; 
d) acarreta a transferência do domínio, o que não ocorre no comodato; 
e) permite a alienação da coisa emprestada, ao passo que o comodatário é proibido de transferir a coisa a terceiro
É contrato real, porque aperfeiçoa-se com a entrega da coisa emprestada, não bastando o acordo de vontades ou promessa de em- prestar. É tratado no Código como contrato gratuito, embora o empréstimo de dinheiro seja, em regra, oneroso, com estipulação de juros, sendo por isso denominado mútuo feneratício.
Caracteriza-se, ainda, como contrato unilateral, porque entregue a coisa emprestada (instante emque se aperfeiçoa).
Constitui contrato não solene (por não ser exigida nenhuma formalidade especial para a sua celebração) e temporário, pois será doação se não houver prazo determinado ou determinável e for, assim, perpétuo.
Prazo do contrato
O mútuo é, por excelência, um contrato com prazo determinado, quer seja por estipulação das próprias partes, mais comum, quer seja por aplicação supletiva do art. 592 do Código Civil (art, 1.264 do CC-16). Assim, não havendo sido estipulado prazo, este será:
 a) até a próxima colheita, se o mútuo for de produtos agrícolas, assim para o consumo, como para semeadura;
 b) de trinta dias, pelo menos, se for de dinheiro:
c) do espaço de tempo que declarar o mutuante, se for de qualquer outra coisa fungível. Na hipótese prevista na alínea “c”, regra nitidamente subsidiária, o próprio mutuante irá declarar o prazo do contrato, caso este não tenha por objeto produtos agrícolas ou dinheiro, assinado prazo para pagamento.
Partes e objeto
O presente contrato é pactuado entre duas partes; o mutuante (cedente da coisa) e o mutuário (tomador do empréstimo). No âmbito do mercado financeiro, as instituições de crédito freqüentemente figuram no Rolo ativo da relação, emprestando dinheiro, segundo as normas definidas pejo Banco Central do Brasil.
Garantia de restituição ao mutuante
Como forma de resguardar o direito do mutuante, prevê o Código Civil, cm seu art. 590 (art. 1.261 do CC-16), a possibilidade de exigir do mutuário garantia, se, antes do vencimento da dívida, este último sofrer notória mudança em sua situação econômica. A garantia possível de ser exigida poderá ser real (penhor, hipoteca, antricrese) ou fidejussôria (fiança). 
Nada impede ainda a caução de dinheiro, mediante depósito em conta corrente, e mediante autorização judicial. 
Mas devemos observar que a norma estabeleceu como conditio sine qua para a constituição da garantia que tenha havido notória mudança na situação econômica do devedor.
Extinção
Como se trata de um contrato temporário, o mútuo extingue-se com o advento do seu termo, ou, antes dele, se o mutuário efetuar o pagamento. 
Todavia, se o mutuário, uma vez vencida a dívida, não pagá-la, a dissolução se dará por meio da resolução do contrato, podendo o mutuante, neste caso, exigir a devida compensação pelo prejuízo sofrido, incluindo-se os juros de mora. Nada impede, outrossim, na mesma linha do que desenvolvemos quando tratamos do comodato, que o contrato se desfaça por meio de resilição unilateral (por manifestação de vontade de qualquer das partes, se houver estipulação neste sentido) ou bilateral (mediante distrato).
	EXCEÇÃO 
	Mútuo em dinheiro é o único empréstimo que pode ser oneroso por admitir a cobrança de juros. 
	
	
DO CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
	A prestação de serviço, que não estiver sujeita às leis trabalhistas ou a lei especial, será redigida pelo Código Civil. Atualmente o Código Civil disciplina a prestação de serviços em relação às pessoas físicas ou jurídicas, bem como ao trabalhador autônomo que realizam atividades de pequeno porte, os quais são executados sem habitualidade e sem submissão.
	O contrato de prestação de serviços é bilateral, gera direito e obrigação para ambas às partes, uma vez que o contraente se obriga a prestar o serviço contratado, e o contratante, por sua vez, fica obrigado a remunerar o prestador de serviços.
	 A remuneração é ajustada em dinheiro, entretanto, pode ocorrer o ajuste de forma diversa com relação ao pagamento, que pode ser convertido em alimentos, vestuário, moradia, etc.
 O contrato de prestação de serviços pode ser acordado pelo prazo máximo de quatro anos. Findo o prazo, as partes podem recontratar pelo mesmo prazo, ou diverso. 
Exclui-se de sua contagem, o período que o prestador de serviços não cumpriu com a sua parte, ausentando-se de suas obrigações por sua exclusiva culpa.
 Entretanto, haverá exceção nos casos em que o prestador não trabalha por motivos de doença, ou por outro motivo considerável.
	Uma das características mais importantes do contrato de prestação de serviços é o seu caráter personalíssimo, portanto caso ocorra a morte de uma das partes, o contrato é imediatamente extinto.
		 DO CONTRATO DE DEPÓSITO 
		Depósito é o contrato pelo qual um dos contratantes (depositário) recebe do outro (depositante) um bem móvel ou imóvel, obrigando-se a guardá-lo, temporária e gratuitamente, para restituir-lhe quando for exigido.
		O depósito é contrato unilateral e gratuito, exceto se, excepcionalmente, for ajustada uma remuneração ao depositário, hipótese em que o contrato se tornaria bilateral e oneroso.
		Modalidades de depósito
		Depósito voluntário ou convencional = é aquele resultante da vontade das partes, feito na forma escrita, por meio de escritura pública ou instrumento particular.
		Depósito necessário ou obrigatório (NAO se presume gratuito)= é aquele que independe da vontade das partes, e se subdivide em:
			Depósito legal = aquele imposto pela lei; Art 647, I
			Depósito miserável = feito em caso de calamidade pública, como incêndio, inundação, naufrágio, em que o depositante utiliza a primeira pessoa que aceita depositar os bens; Art 647 II
			Depósito do hospedeiro = aquele que compreende as bagagens dos viajantes ou hospedes de hospedarias, incluindo internatos, colégio e hospital. 
		Depósito Judicial = aquele determinado por mandado judicial, que entrega à terceiro coisa litigiosa móvel ou imóvel, com intuito de preserva-la até decisão da causa. 
Obrigações do depositário:
– Obrigação de guardar a coisa alheia – é a obrigação inerente e principal do contrato de depósito. A Lei prevê que o depositário poderá devolver a coisa ou depositá-la judicial- mente, se o depositante se recusar a recebê-la, quando, por motivo plausível, não puder continuar a guardá-la (art. 635 da Lei no 10.406/2002).
– Obrigação de conservar a coisa alheia – essa obrigação é uma conseqüência da obrigação de guardar. Conforme artigo 629, o depositário é obrigado a conservar a coisa como se sua fosse. O depositário não responde pela deterioração ou perda do bem em caso de força maior, cabendo a ele, porém, provar a ocorrência de força maior (art. 642 da Lei no 10.406/2002). Caso o depositário não cumpra essa obrigação, deverá reparar o prejuízo do depositante.
– Obrigação de restituir a coisa – O depositário deve devolver o bem ao depositante quando solicitado, independentemente do prazo inicialmente ajustado entre as partes.
A coisa deve ser restituída no estado em que foi recebida pelo depositário, acompanha- da dos frutos e acrescidos.
Uma das sanções previstas para o descumprimento da obrigação de restituir o bem depositado é a prisão civil, sendo assim uma das exceções ao princípio de que ninguém pode ser preso em razão de dívidas.
Nesse sentido, o art. 652 da Lei n° 10.406/2002 dispõe: “Seja o depósito voluntário ou necessário, o depositário que não restituir quando exigido será compelido a fazê-lo me- diante prisão não excedente a um ano, e ressarcir os prejuízos”.
Obrigações do depositante:
Como vimos, o contrato de depósito é unilateral quando o contrato é gratuito e bilateral quando o contrato é oneroso. Mesmo nos casos em que o contrato é unilateral, cabem ao depositante algumas obrigações que não decorrem da natureza do contrato de depósito em si, mas sim de obrigações subsidiárias, como a de reembolsar as despesas feitas pelo depositário na guarda da coisa e de indenizá-lo pelos prejuízos que venha a ter em razão do depósito.
Depósito de coisas fungíveis
É o chamado depósito irregular. Em regra, ocorre quando o bem depositado é dinheiro. O legislador entendeu que nesses casos deveriam ser aplicadas as regras referentes ao mútuo. Há discussão na doutrina quanto à natureza do depósito bancário, pois de acordo com Teresa Ancona Lopez: “... nos depósitos bancários, feitos comomeio de guardar valores e perceber rendimentos e juros, não há um depósito, mas um genuíno empréstimo por força da intenção das partes”. A autora conclui: “em conclusão, os chamados depósitos bancários não são depósitos, mas sim empréstimos”.
 Depósito Necessário
O depósito necessário ocorre nas seguintes hipóteses:
– depósito para desempenho de obrigação legal; e
– depósito que se faz em situação de calamidade.
Estes são equiparados ao depósito necessário e ao depósito de bagagens em hospedarias. Ao contrário do depósito voluntário que se presume gratuito, o depósito necessário presume-se oneroso.
		
Características do depósito
		a-) o depósito gera obrigação de custódia, pois o depositário deverá guardar a coisa que lhe foi confiada.
		b-) é permitido o depósito para melhoramento da coisa (ex. veículo entregue para guarda, limpeza e lubrificação)
		c-) a restituição da coisa deve ocorrer na ocasião ajustada ou quando reclamada. 
		Relembramos que não cabe mais prisão civil em face do depositário infiel, conforme posicionamento do STF.
		d-) a temporariedade, pois não pode ser perpétuo o contrato de depósito, sob pena de termos uma doação.
		 Extinção do depósito
		a-) vencimento do prazo
		b-) manifestação unilateral do depositante 
		c-) iniciativa do depositário que não quer mais guardar a coisa
		d-) perecimento da coisa por caso fortuito ou força maior
		e-) morte ou incapacidade do depositário
		f-) após vinte e cinco anos ( Lei 2.313/54) quando a coisa não for reclamada (hipótese que será recolhida para o tesouro nacional)
		
CONTRATO DE MANDATO
 Conceito: “Relação contratual mediante a qual uma das partes (o mandatário) se obriga a praticar, em nome e por conta da outra parte (mandante), um ou mais atos jurídicos. O mandato é uma espécie de representação voluntária, em que o representante (mandatário) atua em nome do representado (mandante)”. Em resumo Mandato é o negocio jurídico que uma pessoa, recebe poderes de outra, para que em nome desta última, praticar atos ou administrar interesses.
Esse contrato esta presente em nosso dia a dia Ex: a entrega de um trabalho na faculdade.
“Em diversos sistemas (Itália, Suíça e Alemanha), admite-se o mandato sem representação. Contudo, no direito brasileiro, em que o legislador inseriu a representação como elemento essencial do mandato, a atuação do mandatário em nome próprio desnaturaria o mandato”
“A despeito das controvérsias em torno do tema, admite-se que o mandatário possa efetivamente praticar atos que não revistam a forma de negócio jurídico. Em regra, qualquer ato jurídico poderá ser objeto do contrato de mandato, exceto aqueles que somente pela própria pessoa podem ser praticados, em relação aos quais não é admissível a representação. São os denominados atos personalíssimos”
“O mandato é contrato intuitu personae, pois se celebra em razão da pessoa do mandatário.
O mandato presume-se gratuito se não for estipulada remuneração. No entanto, caso o seu objeto corresponda ao daqueles que o mandatário trata por ofício ou profissão lucrativa, presumir-se-á oneroso.
Não há dúvida de que o mandado, sobretudo quando oneroso, produz obrigações recíprocas.
A confiança que o permeia, contudo, impede que o mandatário vincule o cumprimento de sua obrigação ao cumprimento das obrigações atribuídas ao mandante. Sua natureza unilateral resulta precisamente da inexistência de sinalagma entre as obrigações de ambas as partes. Ou seja, inexiste nexo de causalidade ou de funcionalidade entre as obrigações, de forma que uma seja a razão jurídica da outra. Não se aplica, por isso mesmo, no caso do mandato, a exceção do contrato não cumprido, extinguindo-se o mandado tão-somente nas hipóteses previstas pelo legislador.
Registre-se, ainda, a classificação do mandato como um contrato preparatório, habilitando o mandatário para a prática de certos atos que não estão nele contidos, de modo a conferir-lhe poderes para executá-lo.
Repete o CC a autorização para que os menores relativamente incapazes possam atuar como mandatários, independentemente da assistência de seus representantes legais”.
 
DISTINÇÕES TERMINOLÓGICAS 
Procuração x Mandato
Procuração: “A procuração constitui-se negócio jurídico autônomo, abstrato e unilateral, pelo qual o representado outorga ao representante os poderes de representação: é o instrumento de outorga da representação”
“A procuração não cria uma obrigação para o procurador de praticar atos, mas o poder de agir em nome do outorgante, diferenciando-se, nesse aspecto, do mandato, em que o mandatário tem a obrigação de praticar atos jurídicos no interesse do mandante. A procuração torna-se o expediente pelo qual o mandatário faz ver a terceiros, com quem contrata, o conteúdo e a extensão dos poderes de representação que lhe foram conferidos pelo mandante. Em rigor, a procuração constitui-se instrumento da representação e não do mandato, visto que objetiva outorgar os poderes de representação, a fim de que o ato praticado pelo representante vincule o representado, como se este próprio tivesse realizado pessoalmente o negócio”. 
A procuração pode ser elaborada por um instrumento particular ou público. “Nada impede que a procuração seja verbal. Entretanto, a procuração se vinculará à forma sob a qual se realiza o ato a que o contrato de mandato se destina. Se o ato tiver que ser celebrado por escrito, não se admitirá mandato verbal (art. 657).
“O CC estabeleceu, no art. 657, a regra da atração da forma, determinando que a procuração se revista da mesma formalidade do ato a ser praticado pelo mandatário. Embora da literalidade do art. 655 se extraia a idéia de que o substabelecimento poderá revestir a forma particular em qualquer hipótese, deve-se interpretar o dispositivo sistematicamente com o art. 657, entendendo que o substabelecimento poderá revestir a forma particular tão-somente nas hipóteses em que o ato objeto do mandato e, por conseguinte, a procuração, não exigir a forma pública, tendo sido ela utilizada apenas facultativamente pelos interessados”
Pela regra anterior, somente a procuração judicial não precisava ter a assinatura reconhecida em cartório. Atualmente, o NCC não exige que seja feito o reconhecimento de firma. Mas pode o terceiro exigir. Assim, em regra, a procuração particular não tem mais reconhecimento de firma da assinatura. 
Contrato consigo mesmo: “O negócio celebrado consigo mesmo é anulável, salvo se houver autorização da lei ou do representado. A jurisprudência consagrou o entendimento de que o contrato consigo mesmo deve ser admitido, desde que não haja patente conflito de interesses ou vedação pelo mandante”.
Mandatário x Comissário: “Ambos agem por conta de outrem, mas só o mandatário atua em nome alheio."
 Mandato outorgado por incapaz: “Há que se regular as hipóteses em que se faz indispensável, para a melhor tutela do interesse do absolutamente incapaz, a celebração de contratos de mandato ou, simplesmente, a outorga de poderes representativos. Nestes casos, com efeito, o representante legal poderá, ele próprio, atuar como mandante, outorgando poderes a representante que, em última análise, ao agir em nome e por conta do representante legal, representará e tutelará os interesses do incapaz. Admite-se, por outro lado, que o relativamente incapaz outorgue poderes representativos, mas com a imprescindível interveniência de seu representante legal, que o assistirá (concorrência de vontades) e, juntamente com ele, dará o instrumento de outorga de poderes (procuração). Neste ponto, a maioria da doutrina entende que a procuração deverá ser revestida da forma pública. Tratando-se de mandato judicial, outorgado por relativa ou absolutamente incapaz, admite-se o instrumento particular”
 
Pluralidade de partes
Mandante = É quem outorga poderes para outrem em seu nome.
Mandatário= Trata-se do indivíduo que assume a obrigação de vincular o mandante.
Vale destacar que não há regras quanto as partes em especial a sua capacidade, noentanto é importante dizer que o relativamente incapaz também pode assumir a posição de mandatário, assumindo o mandante, porém, o risco de tal contratação.
Havendo pluralidade de mandantes, haverá solidariedade entre eles (art. 680). “O vínculo de solidariedade limita-se à relação interna do mandato, ou seja, aos mandantes em relação ao mandatário, não se estendendo à relação externa, isto é, aos terceiros com quem o mandatário contrata em nome dos mandantes”
Características 
	Quanto a sua modalidade contratual - Típica e Nominada 
	Quanta a natureza da obrigação é unilateral, vale destacar que o contrato de Mandato se enquadra na classificação de bilateral imperfeito, que é aquele que pode, eventualmente, durante a sua execução, gerar efeitos à parte contrária, por fato superveniente. 
	Em geral é estipulado em sua forma gratuita.
	Não Solene.
	Individual e Personalíssimo.
	Por fim é um contrato acessório.
 
Havendo pluralidade de mandatários, há as seguintes situações: 
a) MANDATO EM CONJUNTO: todos os mandatários têm que fazer juntos;
b) MANDATO DISJUNTIVO: qualquer um dos mandatários pode cumprir;
c) MANDATO SUCESSIVO: somente poderá ser cumprida a obrigação depois que uma primeira obrigação for cumprida, cada um tem a sua obrigação, mas existe uma ordem de preferência.
Atenção: nos termos do art. 672, o mandato outorgado a vários mandatários presume-se como solidário, ou seja, “cada mandatário pode agir por si, como se fosse o único. Desejando dispor de modo diverso, deverá o mandante consignar expressamente no instrumento” 
 
Classificação do mandato: 
a) MANDATO JUDICIAL (CLÁUSULA AD JUDICIA): é o mandato para advogado atuar em juízo. Pode ser para o foro em geral (artigo 53, CPC) ou para administração geral (artigo 661).
b) MANDATO EXTRAJUDICIAL (CLÁUSULA AD NEGOTIA):
c) MANDATO ESPECIAL: “aquele que se relaciona à prática de um ou mais negócios determinados e especificados no instrumento. Não se admite, nesses casos, por analogia, a prática de atos diversos dos contidos na procuração”
d) MANDATO GERAL: “é o mandato relativo a todos os negócios do mandante, sem especificação.”
e) MANDATO EM TERMOS GERAIS: “alude à prática de atos genéricos, não especiais. Entende-se como expressão dos poderes de administração os atos necessários e suficientes a conservar determinados bens ou patrimônios, sem implicar a alteração de sua medida ou substância”
f) MANDATO COM PODERES ESPECIAIS: “é aquele outorgado para os fins que ultrapassam a administração ordinária (alienar, hipotecar, etc)”
 
Direitos e obrigações das partes:
“Em regra, somente os atos praticados dentro dos limites dos poderes outorgados pela procuração vincularão o representado. Nesse sentido, os atos praticados com excesso de poderes, isto é, sem poder de representação ou por quem não tenha mandato, serão ineficazes em relação ao mandante, considerando-se o mandatário mero gestor de negócios. Ressalte-se, ainda, que por estes atos poderá o representante responder pessoalmente perante terceiros.
Há abuso quando o mandatário usa, conscientemente, os poderes que tem, sem os exceder, mas de forma a infringir as instruções ou a vontade do mandante.
Considera-se aparente o mandato estipulado por alguém que se apresenta como mandatário, suscitando a percepção de agir em nome e no interesse de um mandante. Uma vez caracterizada como justificável a confiança do terceiro naquilo que afinal se revelou mera aparência, reputar-se-á válido o ato e vinculado o suposto mandante ao terceiro. Tal ônus somente se justifica se o representado contribuiu com sua ação ou omissão para a produção da situação geradora da confiança.
Tratando-se efetivamente de contrato de mandato, a não atuação em nome do mandante configura inadimplemento, independentemente de ter o mandatário atuado por conta (e no interesse) do mandante. Consequentemente, sobrevindo danos ao mandante, por força de tal inadimplemento, o mandatário deverá indenizá-lo.
O mandatário encontra-se pessoal e exclusivamente obrigado para com o terceiro se, com este, celebrar negócio em seu próprio nome.
Da interpretação conjunta destes dispositivos, extrai-se que o mandatário tem o direito de reter, do objeto da operação que lhe foi cometida, tudo o que lhe for devido em virtude do mandato, incluindo-se sua remuneração ajustada e reembolso de despesas.
O dever do mandatário de prestar contas transmite-se aos seus herdeiros.
O ato praticado fora dos poderes do mandato não vincula o mandante (art. 662), embora este se obrigue pelos atos praticados pelo mandatário em desacordo com as instruções recebidas, desde que nos limites dos poderes conferidos.
Cuidando-se de mandato oneroso, a obrigação de pagar a remuneração do mandatário subsiste independentemente da obtenção efetiva dos resultados esperados pelo mandante. O que se exige é que o mandatário tenha cumprido bem seus deveres, tais quais as instruções recebidas [obrigação de meio]
Pelos atos culposos do mandatário o mandante também responderá perante terceiros, desde que o dano tenha sido provocado no cumprimento do mandato e dentro dos limites deste. A hipótese caracterizará solidariedade passiva (art. 275), ressalvado para o mandante o direito de regresso em face do mandatário (art. 285)” 
Submandato 
O instrumento do submandato é o substabelecimento. O submandato é acessório ao mandato, assim a nulidade deste determina a nulidade aquele.
Em princípio é possível o submandato, exceto em dois casos:
a) existência de vedação na procuração;
b) natureza da obrigação, (personalíssima = características pessoais do mandatário).
O EOAB não permite a outorga de mandato para a sociedade de advogados.
O substabelecimento pode ser feito com (tanto o submandante quanto o submandatário podem praticar o ato) ou sem reserva de poderes (só quem pode praticar o ato é o submandatário).
“Permitindo-se expressamente o substabelecimento (art. 657, §2º), e uma vez substabelecidos os poderes, passa a existir uma relação contratual direta entre o mandante e o substabelecido, que, assim, também se torna mandatário. Neste caso, em regra, o substabelecente ficará isento de responsabilidade no que diz respeito aos atos praticados exclusivamente pelo substabelecido. Exceção haverá apenas há hipótese de ter agido o substabelecente com culpa in eligendo.
No silêncio da procuração, não tendo o mandatário poderes expressos para substabelecer, caso o faça, terá ele responsabilidade perante o mandante pelos atos praticados pelo substabelecido dolosamente.
Existindo vedação expressa pelo mandante a respeito do substabelecimento, o mandatário, caso viole tal disposição, responderá não só pelos atos do substabelecido, mas também por todos os outros danos, cuja causa será presumidamente atribuída ao substabelecimento, até mesmo pelo fortuito, salvo prova em contrário, cujo ônus cabe exclusivamente ao substabelecente. Indo além destas sanções, inova o CC ao reputar ineficaz, perante o mandante, os atos praticados pelo substabelecido em expressa violação à cláusula que vedava o substabelecimento”.
 
Extinção do mandato
 REVOGAÇÃO: o mandato é extinto por determinação do mandante. “O mandante não é obrigado a explicar os motivos que o levaram à revogação do mandato, nem pode o mandatário insurgir-se, alegando que ela é injusta, caprichosa, infundada, intempestiva, fruto da cólera e do ressentimento. O único direito que o mandatário tem é o de receber a competente remuneração, além das eventuais perdas e danos. Não obstante a faculdade do mandante de revogar ad nutum os poderes, aquele que abusivamente o fizer se sujeita a ressarcir os prejuízos causados pelo mandatário. Podem as partes convencionar a irrevogabilidade dos poderes outorgados ao mandatário. Contudo, por tratar-se de contrato fundado na confiança, tem o mandante a faculdade de revogá-lo unilateralmente a qualquer tempo, a despeito da cláusula de irrevogabilidade. A procuração geral para todos os negócios não revoga a especial anterior, se a ela, expressamente, não se referir,e a especial posterior só revoga a geral anterior no que concernir ao seu objeto peculiar”
 
RENÚNCIA: o mandato é extinto por determinação do mandatário. “A inoportunidade da renúncia não tem o condão de torná-la ineficaz, mas sujeita o mandatário renunciante a indenizar o mandante pelos prejuízos causados. A renúncia será sempre expressa” 
MORTE DE QUALQUER DAS PARTES: “determina a extinção do contrato, não sucedendo em tal relação contratual os herdeiros da parte falecida. Diante da morte do mandante, são reputados válidos os negócios firmados com os terceiros de boa-fé enquanto a ignorar o mandatário. Caso se configure, ao revés, a má-fé do representante, que contrata com terceiros de boa-fé, valerá o ato, mas responderá o mandatário por perdas e danos perante os herdeiros do mandante. Por outro lado, o mandatário deverá concluir o negócio já iniciado se houver perigo na demora. Em caso de morte do mandatário, seus herdeiros deverão comunicá-la ao mandante e limitar-se-ão às medidas conservatórias nos negócios pendentes. Deverão dar-lhes continuidade caso haja perigo na demora, com observância dos limites de ação a que o próprio de cujus se encontrava sujeito”. 
 
Procuração em causa própria (art. 685)
 “Instituiu-se a procuração in rem propriam. Por ela, o credor não cedia a sua obrigação, mas outorgava, a quem desejava transmiti-la, poderes para demandar o devedor o seu adimplemento. Executado e recebido o débito, o mandatário in rem propriam ficava com o respectivo valor para si. Ou seja, o mandatário em causa própria constituía-se, a rigor, em um cessionário da ação, possuía o dominus litis.
A maior parte dos autores entende que a procuração em causa própria equivale, em seus efeitos, a uma cessão de direitos. Investe o mandatário na qualidade de titular dos direitos transferidos, não sendo apta, evidentemente, a transferir a propriedade. Transfere-se, tão-somente, o crédito. Para que se transfira, posteriormente, a propriedade, a procuração em causa própria deve conter todos os requisitos exigidos para o negócio a que se quer dar cabo e deve-se proceder a um especial modus adquirendi – a tradição, para os móveis; a transcrição, para os imóveis.
O mandato “em causa própria” é absolutamente irrevogável. A morte de qualquer das partes não significará a extinção do mandato em causa própria. Prescinde o mandato em causa própria de prestação de contas do mandante.
		
DO CONTRATO DE TRANSPORTE
	Contrato de transporte, Segundo Silvio de Salvo Venosa, é um negócio jurídico pelo qual um sujeito assume a obrigação de entregar coisa em algum local ou percorrer um itinerário a algum lugar para uma pessoa. 
	Este disciplinado no Código Civil nos artigos 730 a 756. 
Por meio do contrato de transporte o transportador assume uma obrigação de resultado, qual seja, transportar pessoas ou coisas de um lugar a outro. 
Para o beneficiário do transporte, passageiro, remetente ou destinatário, nasce a obrigação de retribuir pagando o bilhete ou o frete. 
Portanto, o contrato de transporte é bilateral, sinalagmático, oneroso, comutativo e consensual, aperfeiçoando-se pelo simples consentimento das partes.[6: ][7: ]
Pode ocorrer ainda, que o contrato de transporte seja cumprido por vários transportadores, tal fato ocorrendo, cada qual responderá pelos danos que causar. 
TRANSPORTE DE PESSOAS 
No contrato de transporte de pessoas a obrigação do transportador é levar pessoas de um lugar a outro. 
Relembrando, que a obrigação abrange não apenas a pessoa, como também sua bagagem.
A responsabilidade do transportador abrange os danos que sejam acometidos contra a pessoa ou seus bens.
A responsabilidade do transportador é objetiva, e, portanto, tem o dever de reparar o dano.
A exceção é quando há uma das excludentes de responsabilidade civil, qual seja, culpa exclusiva da vítima, e/ou caso fortuito ou força maior. 
Mesmo sendo um fato de terceiro, a responsabilidade do transportador é objetivo, pois o Código Civil, adotou a teoria do risco integral.
	TRANSPORTE DE COISAS 
O transportador obriga-se a efetuar o deslocamento e a entrega da coisa conduzida no seu destino, responsabilizando-se, desde o momento em que recebe a carga, por eventuais perdas ou avarias causadas. Acerca do assunto em apreço, Carlos Alberto Gonçalves já preconizou: “A responsabilidade do transportador, que é presumida e limitada ao valor constante do conhecimento, começa no momento em que ele, ou seus prepostos, recebem a coisa; e só termina quando é entregue ao destinatário, ou depositada em juízo, se aquele não for encontrado. (...) Pode-se considerar, pois, que o transportador assume uma obrigação de resultado:transportar o passageiro são e salvo, e a mercadoria sem avarias, ao seu destino. A não-obtenção desse resultado importa o inadimplemento das obrigações assumidas e a responsabilidade pelo dano ocasionado. Não se eximirá da responsabilidade provando apenas ausência de culpa. Incumbe-lhe o ônus de demonstrar que o evento danoso se verificou por caso fortuito, força maior ou por culpa exclusiva da vítima, ou ainda por fato exclusivo de terceiro” (Responsabilidade Civil, São Paulo, 8ª ed, Editora Saraiva: 2003, págs. 284 e 309). 
DO JOGO E APOSTA
 Consiste o jogo no contrato aleatório pelo qual duas ou mais pessoas prometem certa soma àquela dentre as contraentes a quem for favorável certo azar. A aposta, por sua vez, é o contrato aleatório em que duas pessoas de opinião diferente sobre qualquer assunto, concordem em perder certa soma, ou certo objeto, em favor daquele entre os contraentes cuja opinião se verificar ser a verdadeira.
Quem ganhar o jogo ou a aposta não poderá cobrar judicialmente a quantia ou o objeto ganho. No entanto, não pode ser recobrada a quantia que voluntariamente se pagou em razão de jogo ou aposta, em se tratando do cumprimento de obrigação natural, marcada pela soluti retentio, consoante o art. 882 do CC, havendo, então, um débito, desacompanhado, porém, da sua exigibilidade.
Proibidos são os jogos de azar, em que o fator sorte tem caráter absoluto ou predominante. Tolerados, por sua vez, são os que não transpõem o limiar da ilicitude, mas nem por isso conquistam os favores da lei, hipóteses em que o resultado não depende exclusivamente da sorte, como o bridge, a canastra, o biriba, etc.
Classificação:
EMPREITADA 
Noção e caracteres 
Locação de obra ou empreitada é o contrato pelo qual um dos contraentes (empreiteiro) se obriga, sem subordinação ou dependência, a realizar, pessoalmente ou por meio de terceiro, certa obra para o outro (dono da obra), com material próprio ou por este fornecido, mediante remuneração determinada ou proporcional ao trabalho executado. É obrigação de resultado. 
O contrato para elaboração de um projeto não implica a obrigação de executá-lo, ou de fiscalizar-lhe a execução (art. 610, § 2o). Sua ideia deve ser levada a efeito por outrem, sem que o projetista tenha o dever de fiscalizar tal execução. 
Características: 
a)  Bilateralidade, por criar obrigações recíprocas. Um é credor da obra, e o outro, do preço; 
b)  Comutatividade, porque cada parte recebe da outra prestação equilavente à sua, podendo, 
desde logo, apreciar tal equivalência; 
c)  Onerosidade, pois cada um dos contraentes transfere ao outro certos direitos e vantagens, 
mediante contraprestação; 
d)  Consensualidade, já que não exige, para sua validade, forma especial. Aperfeiçoa-se com o 
simples consentimento dos contraentes, desde que tenham capacidade e legitimação para 
tanto; 
e)  Indivisibilidade, visto que objetiva a conclusão da obra. Não se permitirá, em regra, a sua 
exequibilidade fracionada. Todavia, esse caráter não é absoluto, pois a obra poderá ser realizada por partes, sempre que o negócio estipulado o permita (art. 614); 
Modalidades
Empreitada por preço fixo: Se a retribuição for estipulada para a obra inteira, sem considerar o 
fracionamento da atividade. O preço será fixado deantemão, em quantia certa e invariável. Se não 10 
admitir qualquer alteração na remuneração, seja qual for o custo da mãe de obra ou dos materiais, ter- se-á empreitada por preço fixo absoluto, e o empreiteiro não poderá exigir do dono da obra quantia maior que a estipulada (art. 619). Todavia, essa espécie de empreitada não será incompatível com o parcelamento das prestações, pois não deixará de ser global o preço, pela circunstância de se ajustar o pagamento escalonadamente, desde que determinado em função da obra como conjunto. 
Indaga-se a admissibilidade ou não da aplicação da rebus sic stantibus. Admite-se a possibilidade de revisão dos contratos em caso grave, quando a superveniência de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, por ocasião da celebração do ajusto, torna muito oneroso o contrato, gerando a impossibilidade subjetiva de sua execução. 
Empreitada por medida: Se na fixação de preço se atender ao financiamento da obra, considerando-se as partes em que ela se divide ou a medida. Há presunção de que a obra paga está verificada, por ser direito do comitente averiguar, antes do pagamento, se o que foi entregue podia ser aceito. Essa espécie de obra favorece o dono da obra, possibilitando-lhe alterar o projeto principal, aumentando ou diminuindo os trabalhos contratados. 
Empreitada de valor reajustável: Se contiver cláusula permissiva de variação de preço em consequência de aumento ou diminuição valorativa da mão de obra e dos materiais. 
Empreitada por preço máximo: Se se estabelecer um limite de valor que não poderá ultrapassar o empreiteiro. 
Empreitada por preço de custo: Se o empreiteiro se obrigar a realizar o trabalho, ficando por sua responsabilidade o fornecimento de materiais e o pagamento de mão de obra, mediante o reembolso do dispendido, acrescido do lucro assegurado. 
Empreitada de lavor: Se o empreiteiro assumir apenas a obrigação de prestar o trabalho necessário para a confecção, a produção, a construção ou a execução da obra. 
Empreitada de materiais ou mista: Se o empreiteiro, ao se obrigar à realização de uma obra, entrar, em razão de lei ou contrato (art. 610, § 1o), com o fornecimento dos materiais necessários à sua execução e com a mão de obra, contraindo, concomitantemente, uma obrigação de fazer e de dar. 
Direitos e obrigações do empreiteiro 
a)  Perceber a remuneração convencionada. Tem direito ao preço da obra e aos acréscimos feitos por solicitação do comitente. O empreiteiro, frustrada a execução da obra pelo dono, fará jus à remuneração proporcional ao serviço realizado, ao pagamento das despesas feitas e a uma indenização razoável calculada em função do que teria sido ganho se concluísse a obra. O prazo prescricional para a ação de cobrança do preço é de dez anos. 
b)  Exigir do dono da obra que a aceite, uma vez concluída nos termos do contrato (art. 615). 
c)  Requerer a medição das partes concluídas, quando a obra se constitui por etapas, presumindo- 
se a seu favor a verificação de tudo o que foi pago. 
d)  Reter a obra, em função do trabalho a que se obrigou, recusando-se a entrega-la até que o 
comitente satisfaça a sua obrigação (art. 476). 
e)  Constituir o comitente em mora, consignando judicialmente a obra. 
f)  Ceder o contrato de empreitada, desde que não seja personalíssimo, dando origem a 
subempreitada, parcial ou total, que se dará quando o empreiteiro contratar sob sua responsabilidade, com outra pessoa, a execução da obra que se encarregara, com anuência do comitente. 
g)  Suspender a obra, na forma do art. 625. 
h)  Corrigir os vícios ou defeitos que a obra apresentar, pois o comitente não é obrigado a recebê-la defeituosa, podendo resolver o contrato, enjeitando a obra, ou recebê-la com abatimento proporcional no preço. 
i)  Pagar os materiais que recebeu do dono das obra se, por imperícia ou negligência os inutilizar, e responder por perdas e danos se, sem justa causa, suspender a execução da obra empreitada, rescindindo-a unilateralmente, tendo, porém, para que não haja enriquecimento indevido do comitente, direito à remuneração ao trabalho já realizado. 
Direitos e deveres do dono da obra 
a)  Suspender a obra, desde que pague ao empreiteiro as despesas e os lucros alusivos aos serviços já executados, e ainda uma indenização razoável, calculada em função do que teria ganho, se concluísse a obra (art. 623). 
b)  Rejeitar a obra ou pedir abatimento no preço, no caso do art. 616 c/c 615, 2a parte, i.e., se houver descumprimento do ajuste (afastamento das instruções recebidas e dos planos dados) ou das regras técnicas da arte. 
c)  Ressarcimento, no caso de diminuição no preço do material ou mão de obra superior a um décimo do preço global convencionado em se tratando de empreitada mista (art. 620). 
d)  Cientificar o projetista no caso de necessidade de alteração do projeto (art. 621). 
Responsabilidade do empreiteiro quanto: 
a)  À solidez e segurança do trabalho nas empreitadas relativas á construções de grande envergadura, respondendo, independentemente da ideia de culpa, durante o prazo mínimo de garantia de cinco anos (art. 618). Aparecido o vício dentro do prazo de cinco anos, o dono da obra terá cento e oitenta dias para propor a ação. 
b)  Aos riscos da coisa, se ele forneceu os materiais, até o momento da entrega de quem a encomendou, se este não estiver em mora. Estado, correrão os riscos por sua conta (art. 611). 
c)  Ao preço dos materiais empregados na obra, perante os fornecedores, se a empreitada for mista. 
d)  Aos danos causados a terceiros, em regra, nas construções de grande porte, anão ser que o dono da obra o tivesse escolhido e empregado mal, hipótese em que a responsabilidade abrangeria o comitente. 
Responsabilidade do comitente quanto: 
a)  Aos riscos de transporte da coisa confeccionada, se ela for remetida por ordem sua para lugar diverso daquele que estava ajustado no contrato, exceto se o empreiteiro se afastar de suas instruções. 
b)  Aos riscos da obra, se a empreitada for só de lavor. Enquanto o trabalho não se concluir, cada contratante responderá pelo que lhe pertence, o comitente pela coisa, o empreiteiro pela mão de obra. 
Cessação 
a)  Execução da obra ou adimplemento da obrigação; 
b)  Morte do empreiteiro, se o contrato for personalíssimo, caso contrário seus sucessores continuaram a obra; 
c)  Resilição unilateral, por parte do comitente, que indenizará o empreiteiro das despesas por ele feitas e do valor da mão de obra, pagando, ainda, o lucro razoável que poderia ter tido se viesse a concluí-la; 
d)  Impossibilidade da prestação, por caso fortuito ou força maior; 
e) Resolução por inexecução contratual, caso em que o inadimplemente deverá ressarcir as perdas e danos. 
DO CONTRATO DE SEGURO
O Contrato de seguro está disciplinado no Código Civil, nos artigos 757 a 802. 
O Contrato de seguro, o segurador se obriga mediante o pagamento do prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados. (art. 757) 
Somente poderá figurar como segurador entidade legalmente autorizada para este fim. 
   O contrato de seguro exige o cumprimento de algumas formalidades, deve ser sempre escrito, representado pela apólice ou bilhete de seguro.
Porem, entre as segurados contratadas deve se eleger aquela que irá administrar e representar as demais. 
 Não é caso de obrigação solidária, mas a seguradora administradora, poderá intentar contra as demais, ação de regresso, nos limites da responsabilidade de cada uma.
 O contrato de seguros será nulo quando o risco for proveniente de ato doloso do segurado. 
                         O segurado que estiver em mora no pagamento do prêmio também não terá direito à indenização, caso haja a ocorrênciado sinistro antes da purgação da mora. Caso a conduta do segurado seja suscetível de agravar consideravelmente o risco coberto, deverá de imediato comunicar ao segurador, sob pena de perder o direito à garantia, caso se prove que se silenciou por má-fé. 
  Ocorrido o sinistro, cabe ao segurado informá-lo de imediato ao segurador, tomando também todas as providencias necessárias para minorar todas as suas conseqüências, sob pena de perder o direito à indenização. 
 Feito o comunicado ao segurador, por sua conta correrão todas as despesas necessárias para o salvamento do segurado, limitando-se, contudo, à previsão contratual.
                        Pode ocorrer também a mora do segurador no pagamento da indenização referente à ocorrência do sinistro. Nesse caso, o segurador deverá indenizar o segurado no valor devido, corrigido monetariamente, bem como acrescido dos juros moratórios legais.
DO SEGURO DE DANO 
 O seguro de dano é um contrato pelo qual o segurador obriga-se para com o segurado, mediante prêmio, a lhe pagar uma indenização se ocorrer um sinistro previsto no contrato ao patrimônio do segurado.
DO SEGURO DE PESSOA 
O seguro de pessoa subdivide-se em:
 seguro de saúde
 seguro de vida 
O seguro de saúde  garante o pagamento e ou a cobertura das condições médico-hospitalares em caso de enfermidades. 
O seguro de vida consiste no pagamento pela segurada de um capital a um beneficiário do segurado, após sua morte ou invalidez permanente.
DO CONTRATO DE FIANÇA
	Nas palavras do Prof. Cassettari “Fiança é o contrato pelo qual o fiador garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra.
	A fiança é garantia pessoal, já que o que garante o cumprimento da obrigação é o patrimônio da pessoa do fiador.
	Não se confunde com garantia real, onde quem garante é a coisa, o bem.
 Assim, sendo, a fiança tem como objetivo dar maiores garantias e possibilidades de o credor receber a sua dívida. 
 O fiador, quando assume a obrigação de garantir um contrato é responsável nos exatos termos em que se obrigou e, caso não haja o pagamento da dívida, responde com todos os seus bens.
 	 A fiança pode ser convencional ou contratual, judicial e legal. 
 A fiança convencional ou contratual é aquela acessória em relação ao contrato principal, se a obrigação principal for nula, esta também será. 
 A fiança judicial ocorre quando o fiador judicial presta fiança em processo judicial, quando cauciona o processo por meio de fiança. 
 A fiança legal decorre de preceito legal, ou seja, a própria lei determina que uma pessoa garanta o pagamento da dívida em relação a outra pessoa em virtude de uma relação jurídica; a lei pode, também, exigir a fiança para o exercício de determinados atos da vida civil.
		Efeitos da fiança
 O fiador só poderá ser acionado para responder pela dívida afiançada após o descumprimento da obrigação pelo devedor principal.
 		Benefício de ordem
 O benefício de ordem é um direito que tem o fiador de só responder pela dívida se, primeiramente, for acionado o devedor principal e este não cumprir a obrigação de pagar.
 Entretanto, se houver pluralidade de fiadores há responsabilidade solidária entre os co-fiadores, salvo se declararam o benefício de divisão (art. 829 CC), caso em que cada um dos fiadores responderá pela sua parte no pagamento. 
 A responsabilidade de cada fiador poderá ser limitada, não sendo responsável se não pela sua parte (art. 830 CC). 
 O fiador que pagar a dívida, sub-roga-se nos direitos do credor em todos os direitos relativos ao credor originário. 
 Exoneração da fiança
	 Exoneração de fiança no contrato por prazo determinado- A fiança se extingue no momento em que se dá por encerrado o prazo contratado. 
 Exoneração de fiança no contrato por prazo indeterminado, o fiador permanecerá responsável enquanto o contrato estiver vigorando, mas em ambos os casos o fiador pode dela se exonerar.
 
  Extinção da fiança
 Extinguindo-se o contrato principal, extingue-se também a fiança, visto que é um contrato acessório em relação ao principal. 
 O Código Civil prevê hipóteses que extinguem a fiança por liberação do fiador:
Moratória concedida pelo credor ao devedor, sem consentimento do fiador, isto é, o credor concede novo prazo ao devedor para que cumpra a obrigação, após o vencimento desta.
Sub-rogação nos direitos do credor em relação ao devedor. O fiador, ao afiançar, sabe que poderá ser compelido a pagar a dívida, no entanto, prevê a possibilidade de reaver o que pagou ao credor, junto ao devedor. Se o credor frustra essa garantia, extingue-se a garantia.
 Dação em pagamento constitui forma de pagamento, por . objeto diverso do que este era obrigado a lhe dar. 
Retardamento do credor na execução em que se alegou benefício de ordem (art. 839). Se do retardamento da execução resultar que o devedor venha a ficar em estado de insolvência, o devedor fica exonerado de pagar a dívida, se provar que os bens indicados quando apontado o benefício de ordem, na época eram suficientes para quitação da dívida.
	Modalidades de fiança
Fiança bancária é um compromisso contratual pelo qual uma instituição bancária garante o cumprimento de obrigação de seu cliente. Em outras palavras, Fiança bancária é um contrato por meio do qual o banco, que é o fiador, garante o cumprimento da obrigação de seus clientes (afiançado) e poderá ser concedido em diversas modalidades de operações. 
Seguro fiança é um tipo de seguro com o objetivo de garantir o fiel cumprimento das obrigações contratuais estipuladas pelas partes.  
 Na Lei do Inquilinato (8.245/91), o seguro fiança consiste no pagamento de determinada quantia, calculada com base no valor mensal do aluguel. Esta garantia proporciona ao proprietário a garantia de que, na falta de pagamento dos aluguéis e demais taxas condominiais, poderá acionar o seguro para receber.

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