Buscar

Aparelho circulatório em répteis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aparelho circulatório em répteis
Introdução: 
Taxonomia:
A classe Reptilia vai ser dividida em quatro principais grandes grupos:
Ordem Testudinata – também conhecidos como quelônios, são as tartarugas, jabutis e cágados
Ordem Crocodylia – crocodilos, jacarés e gaviais
Superordem lepidosauria:
Ordem Squamata – serpentes e lagartos 
Ordem Sphenodontia – tuataras (vive na Nova Zelândia e é o único gênero vivo dessa ordem)
Coração dos quelônios e lepdossauros: 
Nesses répteis, o seio venoso trata-se da primeira câmara que recebe sangue venoso e contém o marcapasso. Válvulas atrioventriculares proeminentes protegem a entrada para o ventrículo.
O cone arterial (ou bulbo cardíaco) aparece durante o desenvolvimento embrionário inicial, porém é dividido, no adulto, para formar as bases (tronco) de três grandes artérias que saem do ventrículo: o tronco pulmonar e os troncos aórticos sistêmicos, direito e esquerdo.
O arco sistêmico direito dá origem a toda circulação carótida para a cabeça e, então, se curva caudalmente para se unir ao arco sistêmico esquerdo, formando a aorta dorsal. 
Apresenta os átrios totalmente divididos em esquerdo e direito, e uma câmara única forma o ventrículo, no entanto esse ventrículo é subdividido em três compartimentos que são interconectados: a cavidade venosa e a cavidade pulmonar, separadas uma da outra por uma crista muscular e a cavidade arterial, conectada com a cavidade venosa por meio de um canal interventricular.
A artéria pulmonar que se dirige aos pulmões parte da cavidade pulmonar e ambos os arcos sistêmicos partem da cavidade venosa. As veias pulmonares chegam ao átrio esquerdo e as veias sistêmicas chegam ao átrio direito.
Especificamente, a partir do seio venoso, o átrio direito recebe sangue desoxigenado que retorna do corpo. O átrio esquerdo recebe sangue oxigenado que volta dos pulmões.
A cavidade arterial se enche com sangue rico em O2 proveniente do átrio esquerdo, por sua vez, quando o átrio direito sofre contração grande parte do sangue que enche a cavidade venosa consiste em sangue pobre em O2 vindo do corpo. A cavidade pulmonar também recebe sangue pobre em O2 pela sua conexão com a cavidade venosa. Além disso, quando as válvulas AV direitas se abrem, elas ficam localizadas na abertura do canal interventricular, fechando-o temporariamente.
Quando o ventrículo começa a se contrair, a maior parte do sangue na cavidade venosa vai fluir para a cavidade pulmonar.
Da cavidade pulmonar o sangue é mandado para a artéria pulmonar em vez dos arcos sistêmicos, porque a circulação pulmonar oferece menos resistência periférica que a circulação do corpo e, ao mesmo tempo, as válvulas atrioventriculares se fecham. 
As válvulas atrioventriculares que antes estavam obstruindo o canal interventricular agora estão fechadas, agora o sangue rico em oxigênio pode passa da cavidade arterial, para a cavidade venosa. A continuação da contração do ventrículo comprime a crista muscular contra a parede oposta e evita que a maior parte do sangue rico em oxigênio entre na cavidade pulmonar. O sangue rico em oxigênio, agora na cavidade venosa, sai pelos arcos sistêmicos. 
Em muitos casos, ambos os arcos sistêmicos recebem o sangue rico em oxigênio, mas suas saídas da cavidade venosa são posicionadas de tal maneira que quando alguma mistura entre os sangues rico e pobre em oxigênio ocorre, a distribuição do sangue para os dois arcos sistêmicos não é a mesma. O arco sistêmico direito, que se localiza próximo da cavidade arterial, recebe mais sangue rico em oxigênio, ao passo que o arco sistêmico esquerdo, cuja origem está próxima da cavidade pulmonar, recebe mais sangue pobre em oxigênio.
OBS.: há um assincronismo quanto ao momento das contrações das paredes do ventrículo. Em consequência, o sangue desoxigenado é propelido na artéria pulmonar antes de o sangue oxigenado ser colocado em movimento. Quando as paredes ventriculares adjacentes se contraem, o sangue oxigenado se depara com alta resistência na artéria pulmonar quase cheia. Em consequência, o sangue oxigenado sai pelos arcos sistêmicos, visto que estes oferecem a menor resistência.
Controle do fluxo sanguíneo:
O sistema é bem flexível nos lepidossauros e nas tartarugas, porque a distribuição dos dois tipos de sangue depende muito da resistência periférica relativa nos pulmões e no corpo.
Quando os pulmões estão sendo ventilados e a resistência pulmonar é baixa, até 60% do volume de sangue bombeado pelo coração vai para os pulmões, e mesmo uma parte do sangue que passou pelos pulmões é direcionada de volta para os pulmões. Um desvio esquerda-direita ocorre e o sangue torna-se, então, completamente saturado de oxigênio.
Quando os pulmões não estão sendo ventilados, o oxigênio nos pulmões é consumido, as arteríolas pulmonares contraem-se, e a resistência pulmonar aumenta; o mesmo acontece quando os animais mergulham. Sob essas circunstâncias, menos sangue é mandado para os pulmões e parte do sangue pobre em oxigênio é mandada de volta para o corpo; ocorre, portanto, um desvio direita-esquerda. A mistura dos sangues rico e pobre em oxigênio que vai para o corpo não significa, necessariamente, que menos oxigênio é entregue para os tecidos, já que a maior concentração de dióxido de carbono nesse sangue misturado faz com que a hemoglobina libere uma quantidade de oxigênio maior do que o normal
Coração dos crocodilianos:
O átrio está totalmente subdividido em duas câmaras distintas, esquerda e direita, e o seio venoso desemboca no átrio direito. A veia pulmonar entra no átrio esquerdo nos adultos, mas não se abre no átrio esquerdo durante o desenvolvimento embrionário. O que inicialmente eram veias pulmonares separadas, uma proveniente de cada pulmão, une-se em um único tronco, a veia pulmonar, que entra no seio venoso. Entretanto, à medida que prossegue o desenvolvimento embrionário, essa parte do seio venoso, juntamente com a veia pulmonar associada, incorpora-se no átrio esquerdo em desenvolvimento.
O ventrículo está dividido por um septo interventricular anatomicamente completo em câmaras esquerda e direita distintas. O tronco pulmonar e o arco sistêmico esquerdo se abrem para fora do ventrículo direito de paredes espessas. O arco sistêmico direito se abre para fora do ventrículo esquerdo.
O forâmen de Panizza, que é um canal estreito, conecta os dois arcos sistêmicos.
Em um crocodilo que respira, o átrio direito se enche com sangue sistêmico desoxigenado e o átrio esquerdo se enche com sangue pulmonar oxigenado. 
A contração dos átrios transporta o sangue para os respectivos ventrículos. Quando os ventrículos sofrem contração, o sangue flui através das portas mais próximas de menor resistência. No momento da sístole, a pressão é maior no ventrículo esquerdo. O sangue oxigenado ali contido entra na base do arco aórtico direito; todavia, em virtude de sua alta pressão, entra também no arco aórtico esquerdo pelo forame de Panizza. A pressão elevada no arco aórtico esquerdo mantém as válvulas lunares em sua base fechadas, deixando apenas a via pulmonar de saída para o sangue do ventrículo direito. Em consequência, ambos os arcos aórticos transportam sangue oxigenado para os tecidos sistêmicos e a artéria pulmonar transporta sangue desoxigenado para os pulmões.
OBS.: A explicação anatômica da origem da aorta esquerda a partir do ventrículo direito, em crocodilianos, está relacionada com o fato de que durante o mergulho ou em outra situação de apnéia, em que a oxigenação está comprometida, o sangue do ventrículo direito pode ser desviado da circulação pulmonar para a sistêmica. Dessa forma, a aorta esquerda levaria sangue hipoxigenado para as porções caudais do corpo e o coração, o cérebro e as porções craniais ainda estaria sendo ejetado pelo ventrículo esquerdo, via artérias carótida comum, subclávias e coronárias, presente em crocodilos 
Controle do fluxo sanguíneo:
Quando um crocodilo mergulha, esse padrãode fluxo sanguíneo cardíaco se modifica devido a um desvio cardíaco. A resistência ao fluxo pulmonar aumenta em virtude da vasoconstrição do suprimento vascular para os pulmões e da constrição parcial de um esfíncter na base da artéria pulmonar. Por fim, um par de válvulas de tecido conjuntivo, as válvulas em roda dentada, no efluxo pulmonar se fecha. Em consequência, a pressão sistólica dentro do ventrículo direito, mas não no esquerdo, aumenta substancialmente, tornando-se igual e excedendo um pouco a pressão existente dentro do arco aórtico esquerdo.
O sangue no ventrículo direito tende agora a sair pelo arco aórtico esquerdo, em lugar de sair pelo circuito pulmonar, que apresenta uma alta resistência ao fluxo sanguíneo. O desvio de sangue do ventrículo direito para circulação sistêmica representa um desvio cardíaco da direita para a esquerda. O sangue presente no ventrículo direito, que iria fluir para os pulmões em um crocodilo respirando, segue, em vez disso, um percurso através do arco aórtico esquerdo, alcançando a circulação sistêmica e se desviando dos pulmões
O desvio pelo forâmen de Panizza permite não apenas desviar da esquerda para a direita como também da direita para a esquerda, dependendo das diferenças nas pressões nos arcos sistêmicos esquerdo e direito, na artéria pulmonar e nas posições das válvulas associadas; esse é um dispositivo versátil que pode se ajustar rapidamente às necessidades de oxigênio em diversas condições ambientais

Outros materiais