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Transtornos de Ansiedade Aspectos diagnósticos Ansiedade: resposta normal do organismo a situações de perigo Ansiedade ≠ medo Quando é desproporcional às possíveis causas aparentes, persistente e interfere de maneira significativa no funcionamento global do indivíduo, deve ser considerada patológica “Estado emocional vivenciado com a qualidade subjetiva do medo ou da emoção a ele relacionada, desagradável, dirigida ao futuro, desproporcional a uma ameaça reconhecível, com desconforto somático subjetivo e alterações somáticas manifestas” Aubrey Lewis Manifestações somáticas da Ansiedade Boca seca Cefaléia Dor ou desconforto torácico Fraqueza Hiperreflexia Insônia Midríase Parestesias Reação de sobressalto exagerada Sensação de sufocamento e instabilidade Sinais de Tensão Motora Sintomas cerdiovasculares (tremores, fatigabilidade, inquietação) Sintomas gastrointestinais (palpitações, extrassistolias) Sintomas genitourinários (náuseas, vômitos, diarréia, “bola na garganta Sintomas respiratórios (“falta de ar” Sintomas vasomotores (extremidades, ondas de calor e frio,..) Tonturas e Vertigem Visão borrada e Zumbido no ouvido Manifestações psíquicas da Ansiedade Agressividade Apreensão Desejo de escapar de certas situações Despersonalização e desrrealização Ideação suicida Irritabilidade, impulsivideda, Nervosismo Pânico Medo de ficar louco ou fora de si Medo de perder o controle Medo de morrer Prejuízo da atenção/concentração Preocupações desnecessárias e exageradas Sensação de desassossego, mal estar Sensação de “estar sempre ligado”. “estimulado” Sensação de perigo iminente Tensão Transtorno Manifestação clínica TP (F41.0) Crises de pânico inesperados e recorrentes, medo de futuras crises de pânico e/ou das consequências dessas crises Agorafobia (F40.0) Medo e evitação de certos lugares onde pode ser difícil conseguir ajuda ou sair (p. ex., pontes, túneis, restaurantes, supermercados, transporte público) em caso de necessidade, tipicamente associados ao medo de sofrer crises de pânico nessas situações Transtorno de estresse pós-traumático (F43.1) Exposição a um evento que ameace a vida ou cause danos físicos, seguida de: (1) imagens perturbadoras, recordações, pesadelos; (2) evitação de tudo que evoque lembranças associadas a traumas passados; (3) hiperexcitação (p. ex., assustar-se facilmente, irritabilidade, dificuldade para se concentrar, insônia) TAG (F41.1) Preocupações excessivas e descontroladas sobre fatos/eventos do dia a dia; fadiga, tensão muscular, insônia; agitação, irritabilidade, dificuldade para se concentrar TAS (F40.1) Medo e evitação de situações sociais específicas (p. ex., medo de urinar em banheiros públicos, medo de comer em restaurantes, medo de falar em público) ou de situações sociais em geral TOC (F42) Pensamentos inoportunos repetidos, impulsos ou imagens reconhecidas como irracionais; comportamentos ritualísticos compulsivos, como o de limpeza ou checagem Fobias específicas (F40.2) Medo e evitação de local, atividade ou situação específicos (p. ex., medo de sangue ou de agulhas, de procedimentos odontológicos, cachorro, altura), que comprometem o funcionamento ou a vida cotidiana Dados Epidemiológicos Mais comuns nas mulheres que nos homens Início da idade adulta. Prevalência (o período de vida): 29% Nos Hospitais Gerais 30% das consultas solicitadas à Psiquiatria, são avaliadas como sendo decorrentes de um transtorno somatoforme, principalmente de somatização. Transtorno de Ansiedade Generalizada - CID10: F41.1 Transtorno crônico de ansiedade, caracterizado por preocupações irreais ou excessivas, acompanhada de diversos sintomas somáticos. Fenômeno Central Preocupação constante, concomitante a sintomas somáticos e psíquicos persistentes. Diretrizes diagnósticas Tensão motora, hiperatividade autonômica, apreensão, na maioria dos dias por pelo menos várias semanas e geralmente por vários meses. TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo) EPIDEMIOLOGIA Até há 15 anos = quadro raro Hoje: até 2,5% da população geral: “epidemia oculta” Homens = mulheres 4ª doença psiquiátrica mais freqüente grande incapacidade (10 mais) Semelhança do quadro clínico em todo o mundo Alta taxa de comorbidade: TAG e Depressão Maior 2/3 não se tratam Intervalo de 17 anos entre o início dos sintomas e a procura de tratamento Doença “do segredo” QUADRO CLÍNICO Obsessões Compulsões Relação de e/ou Anancástico: ananké - necessidade OBSESSÕES Do latim obsidere: assédios, invasões Idéias, imagens, que assediam a consciência Dúvida, ruminação, medo de perder o controle, impulsos contrários à vontade Caráter coercitivo - incontroláveis Conteúdo absurdo ou desproporcional Vivência angustiante COMPULSÕES Do latim compellere: forçar contra a vontade Comportamento intencional, repetido, mesmo sabendo que é irracional Rituais: verificação, contagem, toque, cruzar limiares, ordenação (just right), colecionismo, simetria Alívio da ansiedade CID 10 Sintomas presentes por pelo menos 2 semanas consecutivas e causando ansiedade, prejuízo Reconhecidos como próprios Oposição do indivíduo O pensamento ou ato não é prazeroso GÊNESE: TEORIAS Neurobiológica: núcleo caudado, gânglios de base, relação com doenças neurológicas (Tourette, Sydenham) Cognitiva:padrões e crenças Psicodinâmica: conflito psíquico
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