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Competência Tributária e Classificação de Tributos

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Competência Tributária:
Princípio Federativo -> autonomia política -> competência legislativa -> competência tributária.
O poder político é descentralizado
AUTONOMIA - capacidade de auto organização.
AUTONOMIA POLITICA - ter aptidão/ prerrogativa/ competência de legislar sobre certas matérias do Supremo.
Ter competência tributária - é ter aptidão de emitir/editar normas tributárias, expedir regras tributárias, legislar sobre tributos, os limites da competência tributária - são 6 as características.
Características Tributárias:
1 - Privatividade: A competência tributária no Brasil é privativa. 
 -> art. 153 e incisos, art. 155 e incisos e art. 156 e incisos, todos da CF. A Constituição estabeleceu faixas privativas de competência de instituição de cada tributo.
2 - Indelegabilidade: A competência tributária é indelegável, não pode ser delegado para outro ente, senão a constituição perderia essa imagem de rigidez.
 -> art. 7º, CTN - competência indelegável.
Função de Legislar sobre tributo:
Competência tributária: Faculdade de dispor sobre tributos, salvo atribuições de fiscalizar, arrecadar..., ou seja, exercícios de tarefas administrativas.
Capacidade tributária ativa: é a competência administrativa, pode ser delegada, mas a competência tributária não.
3 - Irrenunciabilidade: Não pode haver a renúncia, seria uma desobediência da norma federal. Sob pena de transformar a lei em "letra morta".
4 - Incaducabilidade: Não perece, não se extingue com o tempo, podendo os entes exercerem suas capacidades a qualquer momento. Não há perca com o decurso do tempo.
5 - Inalterabilidade: Não pode o próprio ente alterar a competência de incidência de seu tributo, por ser uma alteração de sua própria competência.
6 - Facultatividade: É a permissão de tributar, de criar, alterar a instituição imposta, é a permissão que se recebe da CF, PERMISSÃO, NÃO OBRIGAÇÃO de criar um tributo.
Classificação Jurídica dos tributos.
(Classificação estabelecida por norma constitucional) - Classificação Positivada.
Tributo -> gênero
Imposto, Taxa e Contribuição de melhoria -> espécie de tributo.
Questões chaves para definir o tributo
1 - Investigar se está diante de um tributo?
R= Verificar que se enquadra no art.3º, CTN.
2 - Qual o tributo criado? Qual é a espécie?
R= Sim, foi criado pois se enquadra no art. 3º, CTN
-> Taxa, imposto ou contribuição de melhoria?
 -> art. 145, CF e art. 5º, CTN.
3 - Como efetivamente identificar uma espécie tributária?
R= art. 4º, CTN.(a natureza jurídica específica do tributo é determinado pelo fato gerador da obrigação tributária -> hipótese de incidência do tributo).
Base de cálculo = permite dimensionar economicamente o fato gerador.
1 - IMPOSTO = art. 16, CTN -> definição: tributo não vinculado.
hipótese -> mandamento
fato gerador obrigação tributária
fato Estatal poder político agindo, quem realiza o fato gerador é o Poder Público - > Tributo vinculado = taxa ou 											 contribuição de melhoria.
fato gerador qualquer - > Tributo NÃO vinculado: IMPOSTO - art. 16, CTN
imposto = advém de fato qualquer, comportamento do particular, de situação independente de qualquer atividade estatal.(Não vinculado ao Poder Público) = comportamento da vida privada -> fato gerador.
=> art. 153 - impostos federais
=> art. 155 - impostos estaduais
=> art. 156 - impostos municipais
 DF - competência dúplice. 
MERO CONHECIMENTO DE DETALHES:
1 - Impostos incidem sob o comércio exterior
art. 153, CF => imposto de exportação 
 imposto de importação
2 - dos impostos que incidem sobre o patrimônio e a renda:
- âmbito federal => IR, ITR, IGF
- âmbito estadual => IPVA
- âmbito municipal => IPTU
3 - dos impostos sobre a produção, circulação e transmissão:
- âmbito federal => IPI, IOF, 
- âmbito estadual => ICMS, ITCMD 
- âmbito municipal => ISS, ITBI
2 - TAXAS
(vinculada ao desempenho de atividades estatais)
Poderão instituir tributos: U, E, DF, M
Taxa de serviço
Instituição: O legislador deve editar 2 leis, 1ª lei administrativa(criar e disciplinar o poder de polícia ou serviço público de como deverá ser prestado) - lei de criação e regulamentação do serviço, a 2ª lei tributária (tem hipóteses de incidência a prestação do serviço público disciplinado pela 1ª lei) - quem se utilizar do serviço deverá remunerar o poder público.
Devido como uma remuneração de uma realização de um serviço público. Utilização do caráter efetivo ou potencial de serviço público, específico e divisível.
Prestado sob regime de direito público, por taxa de serviço fruído e fruível.
"uti universi" - serviço prestado a um grupo indeterminado ou pelo menos indeterminável, de modo indistinto, caráter coletivo, público, difuso. p.ex: segurança pública, iluminação pública.
"uti singuli" - é aquele prestado para um grupo determinado ou determinável de pessoas, quem se beneficia individualmente da prestação do serviço, pode-se manusear avaliar. = > específico e divisível. p.ex: serviço de tratamento de água.
Princípio da retributividade - quando paga-se ao Estado a taxa devida a prestação de serviço prestado pelo Estado.
Taxa de serviço fruído => taxa devida pelo serviço efetivamente prestado, quando de utilização facultativa.
Taxa de serviço fruível => serviço potencialmente prestado. (serviço de utilização obrigatória, mesmo que na prática não se utiliza).
Base de cálculo possível - deverá ter uma grandeza econômica que esteja relacionada ao custo do serviço prestado.
Taxa de serviço fruível = Serviço público de utilização compulsória, basta ser o serviço criado, e posto a disposição do cidadão já autorizando a cobrança da taxa, não precisa nem haver a prestação efetiva do serviço.
Taxa de serviço fruído = se diferencia, na qual neste caso a prestação de serviço deve ser efetivamente prestado.
Taxa de polícia
Hipótese e incidência possível -> o exercício regular do Poder de Polícia.
Custo do serviço prestado deve ser a base da cobrança da taxa de serviço.
Poder de polícia - poder de disciplinar, fiscalizar art. 78, CTN, uma atividade estatal que limitar ou disciplinar direito, em relação, e manifesta-se por meio da edição de leis, decretos e atos administrativos.
Base de cálculo possível -> ser uma medida do custeio utilizado pelo poder público em relação as atividades que foi obrigado a realizar em função do exercício do poder de polícia até o ato final, o qual defere ou indefere, concede ou denegar.
Taxa de polícia 1ª lei norma de direito administrativo (cria, atribui o exercício do poder de polícia, vai regular o ato de polícia), caso verifique que a pessoa será incidida do poder de polícia, utiliza-se a 2ª norma na qual regula-se a 2ª lei, onde vai usar a hipótese para o poder de polícia.
TAXA - PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO E DIVISÍVEL.
TARIFA OU PREÇO PÚBLICO - TAXA E PREÇO PÚBLICO NÃO É TRIBUTO, NÃO PRECISA DE LEI, PRESTAÇÃO DE CARÁTER CONTRATUAL E VOLUNTÁRIO, HAVERÁ PREÇO TODA VEZ QUE SE EXIGIR EM CONTRA PARTIDA UMA CONTRA PRESTAÇÃO(SE REGIME DE DIREITO PRIVADO), QUANDO O ESTADO PRESTA SERVIÇO QUANDO NÃO HÁ A EXIGENCIA/OBRIGAÇÃO LEGAL, MAS UMA AUTORIZAÇÃO PARA EFETUAR A PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DO ESTADO.
Bem inservível do Poder Público => Desafetação do bem => leilão em hasta pública para particular. 
=> Estado desfazendo de bens. => tarifa ou preço público.
3 - CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
Só pode ser criado por lei.
Competência da U, E, DF, M
Hipótese de incidência possível: valorização imobiliária causada por obra pública. limite global X limite individual.
Toda edificação, reparação, ampliação ou manutenção de bem imóvel pertencente ou incorporado ao patrimônio público.
atividade estatal indiretamente causa a consequencia de valorização.
Deve-se observar o limite individual - é a mais valia do imóvel por valorização por obra pública, não se pode cobrar valor a mais do que o valor de aumento pela valorização.
4 - EMPRESTIMOS COMPULSÓRIOS - modalidadede tributo
Pode ser criado por meio de lei complementar.
circunstancias de criação=
1 = atender despesas extraordinárias da união decorrente de calamidade pública, guerra externa ou sua iminência.
NÃO PRECISA OBEDECER O PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE.
VIGENCIA IMEDIATA.
2= caso de investimento público de caráter urgente de relevante interesse nacional.
DEVERÁ OBSERVAR O PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE - art. 150,III, "b", CF.
Lei complementar deve estipular o tempo de cobrança do tributo e estabelecer as condições do resgate deste tributo.
Saber do destino dado ao valor arrecadado é informação relevante, vinculado ao custeio da despesa que motivou sua criação.
5 - OUTRAS CONTRIBUIÇÕES
A = interventivas(CIDE) - criadas para propiciar meios investimentos para que o Estado Brasileiro passa a intervir no meio econômico, por meio de órgão fiscalizadores, integram a estrutura da União para fiscalizar pessoas jurídicas, empresas, possam exercer o direito a livre iniciativa sem prejudicar o meio ambiente deve ser fiscalizada.
Caput se omite quanto a sua instituição, podendo ser por lei simples, lei delegada, leis ordinárias ou até medida provisória.
Podendo ser cobradas de pessoas juridicas de direito privado, ou sociedades empresárias que exploram atividades econômicas sujeitas a relação e fiscalização pelo poder público.
Domínio econômico - campo de atuação precípua do setor privado dos particulares, campo da livre iniciativa.
B = corporativas - ex: entidade corporativa- OAB, imposto sindical
C = sociais gerais - p.ex: FGTS, salário educação, etc...
destinadas ao custeio da seguridade social - são programas governamentais para assegurar a saúde, previdência e assistência social. p.ex: saúde, previdência, assistência social
TODA CONTRIBUIÇÃO QUE NÃO SE ENCAIXAR NA SAÚDE, PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL, SERÁ CONSIDERADA GERAL.
***NÃO PODE TER O MESMO FATOR GERADOR, E BASE DE CÁLCULO, NÃO PODE TER CUMULATIVIDADE***
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
Conceito: são normas jurídicas presentes no texto constitucional estabelecendo a incompetência das pessoas políticas para instituir e cobrar tributos de certas categorias de pessoas, relacionados a certos fatos, bens ou valores protegidos pela CF.
Normas imunizantes serão sempre encontradas na CF
Delimitar negativamente a U, E, DF, e M a tributar.
art. 153, IV, salvo §3º
 , III,CF - ler
art. 153, V c.c. §4º, II, CF - ler
art. 5º, XXXIV, "a", "b", CF - ler
art. 195
art. 150, caput, VI, "a", CF, instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços uns dos outros.
* Pessoas políticas - U, E, M, DF ( autarquias e fundações públicas) - são hipóteses de imunidade tributária recíproca.
Não podem cobrar impostos uma das outras mais taxas e contribuições de melhoria pode ser cobrada uma das outras.
B=Templos de qualquer culto= assegurado a todo templo e seus bens são resguardados de imunidade tributária, desde que estes sejam relacionados aos cultos, como locais, veículos utilizados para a finalidade de culto.
C= partidos políticos= partidos e todos seus bens, utilizados com a finalidade do partido.
D= livros, jornais, periódicos e o papel da imprensa=veículo transmissor do pensamento, das ideias, cultura de ideias, garantia de liberdade de imprensa , difusão da cultura de ideias, NÃO IMPORTANDO O CONTEÚDO.

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