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DIREITO-PREVIDENCIÁRIO - 1º e 2º Semestre

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
CONTINUAÇÃO.
Classificação tributária. Dentro desta vamos achar a CF dizendo que os tributos são:
Impostos: centro da forma indireta
Taxas
Contribuições de melhoria
Empréstimos Compulsórios
Contribuições Sociais: 
CIDE – Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico. Ex: quando abastecemos o veículo.
Contribuições sobre atividades profissionais. Ex: Quando o advogado para sua anuidade para a OAB. Caso ele não pague, é primeiramente notificado par adimplir essa anuidade e depois, se não pagou, será inscrito o débito em dívida ativa e depois ocorre a execução fiscal. E poderá ter suspensão da atividade profissional. 
Contribuições de seguridade social: centro da forma direta das contribuições sociais. Analisa o financiamento da Seguridade Social. É vinculada, tem direção. O imposto, só saberá a sua vinculação por meio da Lei Orçamentária.
Todas as bases vão financiar a Seguridade Social (art. 195).
Vamos encontrar as contribuições de Seguridade Social ampla> base receita ou faturamento – surge a COFINS, ou seja, quando as empresas pagam a COFINS, estão financiando a Seguridade Social de maneira ampla (Saúde, Assistência Social e Providência Social), por isso são tidas como contribuições de Seguridade Social ampla. 
Contribuição Social sobre o Lucro, PIS e COFINS de Importação. São contribuições amplas e vão financiar as 3 áreas que integram a Seguridade Social. 
Podemos identificar as contribuições sociais stricto senso, direcionadas diretamente para a Previdência Social. Ela é arrecadada pela Receita Federal e tem que ser encaminhada diretamente ao INSS. 
Contribuição de empresa: É a contribuição previdenciária, a contribuição que incide sobre a remuneração (sobre a folha de salário), ou seja, sobre a renda dos trabalhadores. Ela é arrecadada e é encaminhada diretamente ao INSS. A empresa tem a obrigação de pagar tributos, sendo a contribuição social que incide sobre a folha de salário, e esse dinheiro vai para a Receita Federal que tem o dever legal de repassar o valor ao INSS.
A contribuição ampla é aquela que financia as 03 áreas da Seguridade Social (Saúde, Previdência Social e Assistência Social) e a contribuição restrita é a que financia a Previdência Social apenas.
Há uma discussão sobre a existência ou não do Déficit Previdenciário. Será que existe mesmo ou não?
Para entendermos essa dinâmica, temos que nos voltar à essa classificação das contribuições sociais (restrita ou ampla). O Brasil tem problema demográfico, em que a expectativa de vida hoje é em torno dos 75 anos e é lógico que esse fato traz uma pressão, mas não, necessariamente, um déficit. 
O que ocorre é uma venda desse “déficit”, porque, na verdade não faltam recursos (utilização lícita) para utilizações distintas. Quando fazem o encontro dessa conta, consideram-se apenas as contribuições das empresas e dos trabalhadores, aquelas que são restritas ao INSS e se esquecem das outras fontes que trazem recursos para a Seguridade Social (amplas). Pois, a Previdência Social é financiada por via direta, mas também por via indireta. 
O déficit que é vendido é de R$50 bilhões porque, para essa conta só entram as contribuições sociais que incidem sobre folhas de salários e da remuneração dos trabalhadores. 
A verdade é que o houve antecipação da dívida para o FMI, de onde veio essa grana?
Há muitos anos em que se aplica a Descentralização das Receitas da União, em que 20% dos orçamentos serão usados onde houver maior necessidade. Na época entendeu-se necessário para antecipar a dívida ao FMI. Mas nunca se explicou à socidade e nem consultou esta.
DRU é um dos componentes que alimentam essa questão do déficit. 
Algumas isenções de pagamento de contribuições – clube de futebol paga apenas 05% de valor de arrecadação de bilheteria, trocando a contribuição de 20% das folhas de salário. É um valor pífio essa arrecadação de bilheteria, deixando de entrar recursos, mas, não, necessariamente se dá déficit. 
A EC 42/2003: há 10 anos que o Regime Próprio vem pagando sobre a totalidade da remuneração. Pois, somente em 2004 houve essa alteração. O problema é que muitos terão acesso e na verdade não contribuíram e isso deixa uma conta a pagar. 
Conceito Jurídico do Tributo.
Art. 3º do CTN. “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”
Prestação pecuniária: paga em dinheiro – moeda ou em valor que possa exprimir .
Não constitua sanção de ato lícito: não é para punir o contribuinte, se fosse uma punição não seria tributo, mas uma multa ou auto de infração. 
Instituída em lei: o tributo precisa ser criado por lei, caso não seja, será inconstitucional. Vai depender da divisão e da distribuição da competência tributária – União, Município, Estado e Distrito Federal. 
Atividade administrativa vinculada: identificado que ocorreu fato gerado para cobrar esse tributo, devendo haver fiscalização e cobrança de tributo. As ferramentas de fiscalização eletrônicas são mais seguras e mais simples, pois, os mapas fiscais são gerados, eleitos por atividades, o que torna mais difícil de fazer “jeitinhos” e burlar o sistema. O próprio contribuinte faz o cadastro de dados por guia eletrônica.
Vão se aplicar todas as características dos tributos às contribuições, pois, estas possuem natureza tributária. 
Decadência e Prescrição do crédito tributário.
Para falarmos nisso, temos que falar em como surge, como é constituído esse crédito tributário. 
A contribuição social de seguridade social pode ser classificada em sentido restrito ou amplo e tem natureza tributária. 
A lei 8.212/91 é a lei de custeio da Seguridade Social, o fato gerador, ou seja, aquele evento ocorrido no momento fenomenômico que se materializa e se materializando vai fazer surgir a obrigação de se pagar tributos. Deve-se pagar a contribuição no mês seguinte ou subsequente. 
Fato gerador de contribuição para a empresa, qual é a base que a empresa paga, mesmo havendo hoje uma desoneração? Pagamento que incide sobre a folha de salários, folha de pagamento. A empresa que teve ou tem segurados prestando serviços à ela, por este fato ela tem que remunerá-los pagando salário, no caso de serem empregados ou pagando um valor relativo à prestação de serviços (tomador de serviço ou autônomo). 
Exemplo: Fato gerador em 07/2014 – Pagou os salários, ou o valor relativo à prestação.
Pagamento da contribuição – nasce no mês imediatamente seguinte, a obrigação vai surgir em agosto/2014. Portanto em relação a esse fato gerador ocorrido em 07/2014 a obrigação de pagar a contribuição surge em 08/2014. A lei determina que a data última para pagamento da contribuição é dia 20. Ou seja, nesse exemplo, a empresa terá que pagar a contribuição até dia 20/08/2014.
Dentro do terreno ideal surge o fato gerador, sendo assim, haverá o pagamento e a obrigação se exaure porque foi cumprida. Se tiver tudo dentro do campo ideal, significa que tudo está fluindo de acordo com a legislação. 
Porém, se passar do dia 20/08/2014 e a empresa não pagar? Teremos a possibilidade de constituição desse crédito tributário para identificar quem deve e quanto deve. Haverá, então, o estabelecimento e a determinação dos acréscimos legais pelo não cumprimento do determinado em lei.
A partir da constituição do crédito é que conseguimos entender a questão da decadência e prescrição tributária. 
Passado o dia 20/08/2014- data para haver o pagamento da contribuição social, a Fazenda Pública reaverá esses valores, havendo o lançamento, ou seja, um auto de infração (multa pecuniária) será materializado, como uma sanção pelo descumprimento legal tributário. Esse lançamento tributário é o ato que vai materializar o crédito tributário. 
Mas, o que se faz com ele? Quanto o contribuinte deve, qual o período deste lançamento, qual o fundamento legal, ou seja, o que se refere esse valor/crédito tributário, qual o fundamentoda multa? A resposta à essas perguntas é o que vai conter o lançamento tributário e apenas os agentes públicos (auditores), todos vinculados a Secretaria da Receita Federal do Brasil. Cabe a eles (auditores) atuarem e materializarem esse crédito dentro do lançamento. 
No momento em que deveria ser pago, quando surgiu o fato gerador, até o lançamento, qual o prazo de decadência? 
Art. 171 - A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em determinação de litígio e conseqüente extinção de crédito tributário.
Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar a transação em cada caso.
 
Art. 172 - A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo:
I - à situação econômica do sujeito passivo;
II - ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato;
III - à diminuta importância do crédito tributário;
IV - a considerações de eqüidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso;
V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante.
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no Art. 155.
 
Art. 173 - O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento.
 
Art. 174 - A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em 5 (cinco) anos, contados da data da sua constituição definitiva.
Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I - pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Alterado pela LC-000.118-2005)
II - pelo protesto judicial;
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor.
STF Súmula Vinculante nº 8 - Sessão Plenária de 12/06/2008 - DJe nº 112/2008, p. 1, em 20/6/2008 - DO de 20/6/2008, p. 1. Constitucionalidade - Prescrição e Decadência de Crédito Tributário. São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do decreto-lei nº 1.569/1977 e os artigos 45 e 46 da lei nº 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário.
Tanto o prazo prescricional como o prazo decadencial é de 05 anos. A lei de custeio 8.212/91 previa o prazo de decadência e prescrição distinto ao que o CTN estabeleceu. Antes da edição dessa Súmula o prazo de decadência era de 10 anos de contribuição Aí, a Súmula Vinculante nº 8 de 2008 vinculou apenas um prazo, decidindo que essa lei de custeio, por ser uma lei ordinária e não complementar , como dita a CF. Por isso, na Súmula n. 08/2008, o STF entendeu que o prazo ditado pela Lei de Custeio é inconstitucional, por ser uma lei ordinária e não complementar e entendeu que o CTN foi recepcionado pela CF como lei complementar, mesmo tendo sido criado em 1960. Pois, o art. 146 - Cabe à lei complementar: III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários. 
A partir daí o prazo de decadência e prescrição de qualquer tributo e contribuição é de 05 anos, como prevê o CTN. 
Então, o fato gerador é de 07/2014, o prazo para o pagamento é até dia 20/08/2014. A partir desta data, o contribuinte que não pagou se tornou inadimplente. A empresa não pagou, terá 05 anos de decadência e 05 anos de prescrição. 
Art. 173 - O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
Decadência
Ano fiscal, ou seja, começa a contar a partir de 01/01/2015 e extingue em 31/12/2019. Ou seja, a partir de 01/01/2020 ocorre a decadência. Não há mais possibilidade de constituir o crédito, de efetuar o lançamento. Não poderá mais materializar, pois, pela inércia do Fisco não pode mais haver a constituição desse crédito, ele passa a ser inexigível. Isso não significa dizer que o fato gerador não ocorreu, pois, ele aconteceu em 07/2014, mas após o ano fiscal seguinte, contados 05 anos, se a Fazenda Pública não materializar esse lançamento, dizendo quem é o contribuinte inadimplente e quanto é a sua dívida, haverá a decadência do crédito tributário. 
Porém, mesmo havendo a decadência, a empresa/contribuinte continua devendo ao Fisco. 
Se a Fazenda constituiu o crédito (lançamento) um dia após os 05 anos do prazo, o crédito tributário decaiu, não podendo ser materializado.
Neste intervalo de 05 anos, a Fazenda Pública tem que materializar/constituir esse lançamento.
Supondo que o crédito foi materializado, houve o lançamento (ato administrativo, por ter sido a Fazenda Pública que realizou), aí é oportunizada a ampla defesa e contraditório ao contribuinte, a fim de este se defender e apresentar sua defesa fiscal/impugnação. Neste momento que se materializa, não houve o alcance desse crédito pela decadência, porque ele foi constituído, abrindo a etapa do processo fiscal – ampla defesa e contraditório. Portanto, havendo materialização do crédito tributário, não há o que se falar em decadência. 
Havendo o contraditório e não existindo comprovação pelo pagamento do crédito constituinte, o contribuinte realmente deve. Se ele pagar a dívida ou já houve o pagamento anterior, o crédito materializado é desconstituído. 
Por enquanto a via para a impugnação é administrativa. Cabe até recurso nesta via, sendo a última oportunização. Havendo a manutenção do crédito, para que a Fazenda Pública cobrá-lo, ela precisa fazer a inscrição em dívida ativa (ato administrativo) gerando dois documentos fiscais (físico ou eletrônico): TDA e o CDA. O TDA é o Termo de Dívida Ativa, um documento que proporciona à Fazenda Pública saber a expectativa de recebimento de cada crédito, em virtude da dívida. O CDA é a certidão de Dívida Ativa, criado e produzido materialmente pela Fazenda Pública, é um título executivo extrajudicial. Depois da emissão dessa dívida, como a Fazenda Pública pode cobrar?
Antes embasava em Execução Fiscal. Mas hoje, a Fazenda Nacional (tributos estaduais ou outras contribuições) manda a certidão ao Cartório, para fazer o protesto e a negativação de inadimplentes. A vantagem é que o índice de pagamento via protesto é alto e sem custo para a Fazenda Pública. O custo para realizar o protesto é do próprio protestado. São enviados ao Cartório tanto os créditos tributários quanto os não tributários. Não havendo o pagamento via Cartório, (CDA já realizada), vai se aparelhar a chamada Execução Fiscal. 
Recapitulando: o prazo de decadência está correndo (01/01/2015-31/12/2019), o período em que a Fazenda Pública tem para constituir o crédito tributário. 
Havendo materialização e constituição desse crédito, não há que se falar mais em decadência. Lançou-se e saiu o resultado final da materialização/constituição. Começa-se a partir daí, o período prescricional. Sendo este o prazo que a Fazenda Pública tem para cobrar o contribuinte (havida já a constituição), contado a partir da constituição. Os dois prazos são de 05 anos, porém, com finalidades distintas.
Não pagou, haverá a inscrição na Fazenda Pública, não terá a Certidão Negativa de Dívida Ativa. Há algumas situações em que a lei diz que suspende a exigibilidade do cível.Valor do que é devido ou cobrado. Instrumentalizar uma ação judicial e aí uma decisão judicial suspende essa exigibilidade.
Prescrição
Vamos supor que o resultado do lançamento do crédito foi em 10/10/2014, ou seja, materializou-se o valor devido e quem deve.
Materializado, começa a contar o prazo prescricional – 10/10/2014-10/10/2019. Restou o que é devido, aí a Execução Fiscal é ajuizada apenas em 07/2020. Porém, nesta data o crédito já está prescrito, a dívida não pode ser mais cobrada. Por meio da exceção de pré executoriedade o contribuinte alega que o valor não pode ser cobrado porque o crédito está prescrito.
Na Lei 6.380/80 (Lei de execução fiscal) exige-se a garantia, podendo ser caução ou penhora. 
Contribuição dos Segurados. 
Empregados domésticos 
Empregados e Trabalhadores avulsos.
Para identificá-los temos que olhar o art. 12 da Lei 8.212/91. São as mesmas pessoas que compõem o artigo 11 da Lei 8.213/9.
Art. 12. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:
II - como empregado doméstico: aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos;
VI - como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, serviços de natureza urbana ou rural definidos no regulamento;
Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas:     (Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993)
        II - como empregado doméstico: aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos;
  VI - como trabalhador avulso: quem presta, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, serviço de natureza urbana ou rural definidos no Regulamento;
Art. 3º CLT- Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.
Aquele que tem contrato por prazo determinado e que presta serviço também estará vinculado como empregado, em termos previdenciários.
No art. 20 da Lei de Custeio (8.212/91), terá o padrão de quanto e como esse contribuinte pagará para o RGPS. 
Art. 20. A contribuição do empregado, inclusive o doméstico, e a do trabalhador avulso é calculada mediante a aplicação da correspondente alíquota sobre o seu salário-de-contribuição mensal, de forma não cumulativa, observado o disposto no art. 28, de acordo com a seguinte tabela: (Redação dada pela Lei n° 9.032, de 28.4.95).
	Salário-de-contribuição
	Alíquota em %
	até 249,80
	8,00
	de 249,81 até 416,33
	9,00
	de 416,34 até 832,66
	11,00
(Valores e alíquotas dados pela Lei nº 9.129, de 20.11.95)  
§ 1º Os valores do salário-de-contribuição serão reajustados, a partir da data de entrada em vigor desta Lei, na mesma época e com os mesmos índices que os do reajustamento dos benefícios de prestação continuada da Previdência Social. (Redação dada pela Lei n° 8.620, de 5.1.93)
Natureza tributária na modalidade contribuição social estrito senso (restrita – direta) –carregado e direcionado ao INSS - que vai usar os recursos também para pagamento das prestações. 
Segundo o art. 20 da Lei de Custeio, a contribuição irá incidir sobre o salário de contribuição – base de cálculo. Sobre o que vai haver incidência.
Gradação e tabela: gradação progressiva de alíquota. Quanto maior o salário de contribuição, maior será alíquota sobre essa remuneração. Os padrões são majorados anos após anos. Todo o dia 01/01 de cada ano é a data base dos benefícios pagos pelo INSS e também os parâmetros sobre os quais incidem sobre a contribuição.
O segurado empregado paga contribuições, destinatárias desta proteção e terão uma modalidade salarial. Pelo princípio da equidade na participação do custeio, quem recebe mais paga mais, quem recebe menos paga menos. 
Até X salário de contribuição, sua alíquota será de 8%, se tiver entre X e Y salário de contribuição, a alíquota será de 9% e, por fim, se for de Y a Z, a alíquota passará a ser 11% (teto). 
Os empregados têm o dever de financiar. No momento em que forem pagar a remuneração, terá que reter a contribuição e deverá contribuir de acordo com a alíquota correspondente ao seu salário de contribuição. Com isto, o segurado empregado satisfaz a contribuição (aquilo que a lei determinou), cumprindo o que deveria ter cumprido.
O que acontece com frequência é o não repasse das contribuições retidas no salário dos empregados à Receita Federal pelos empregadores, dos quais ficam com o dinheiro. Esse empregador que não repassa está cometendo um tipo penal, previsto no Art. 168 A do Código Penal que prevê: Apropriação Indébita Previdenciária
Art. 168-A - Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo é forma legal ou convencional: (Acrescentado pela L-009.983-2000)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
O empregado cumpriu a obrigação dele, ou seja, ele teve a retenção da alíquota referente à contribuição em seu salário. Na verdade, quem não cumpriu foi o empregador. 
Esse empregado sofre algum dano?
Não, essa substituição tributária é uma determinação dada ao empregador e não ao empregado, pois, este já teve seu desconto. Mesmo que a empresa incorra nesse crime, o empregado não poderá suportar o descumprimento que a legislação estabelece, em função do princípio da automaticidade das prestações que esse empregado-segurado não pode ser penalizado por um ato do seu empregador e tem como finalidade evitar o ônus duplo, ou seja, o prejuízo duplo do empregado de, além de ter sido descontado em seu salário a alíquota da contribuição, ele não receberá a proteção.
Na Lei de Custeio esse princípio vai se materializar no art. 35, §5º: Art. 33.  À Secretaria da Receita Federal do Brasil compete planejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas à tributação, à fiscalização, à arrecadação, à cobrança e ao recolhimento das contribuições sociais previstas no parágrafo único do art. 11 desta Lei, das contribuições incidentes a título de substituição e das devidas a outras entidades e fundos. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009).
§ 5º O desconto de contribuição e de consignação legalmente autorizadas sempre se presume feito oportuna e regularmente pela empresa a isso obrigada, não lhe sendo lícito alegar omissão para se eximir do recolhimento, ficando diretamente responsável pela importância que deixou de receber ou arrecadou em desacordo com o disposto nesta Lei. 
Por conta desta substituição tributária, a lei diz que o dinheiro da contribuição não entrou, mas para a lei se presume que está regular, porque o trabalhador teve a retenção da alíquota do INSS em seu salário, portanto, este terá acesso.
O crime de apropriação indébita da Previdência é bem comum e, muitas vezes, vai gerar conflitos. A não proteção ao empregado, do qual teve desconto em seu pagamento, não encontra fundamento na nossa legislação. 
Como fica a situação daquele que ganha acima do teto?
Não irá aumentar a base de cálculo para efeito de financiamento, tanto faz o quanto ele ganha, ele somente paga 11% (máximo – teto) sobre os R$4390,24. É o que prevê na nossa legislação. 
Mesmo se a pessoa ganhava R$15.000,00, ele (a) contribuía apenas 11% sobre os R$4390,24. Não dá para pagar acima do teto, a lei estabelece vários regimes previdenciários com padrões e finalidades diferentes. A Previdência Social dá a tutela de base como hipótese de substituir a renda que está entre o salário mínimo e o teto (R$4390,24), ou seja, essa é a responsabilidade do Estado.
Para manter o padrão de renda com a aposentadoria, no caso da pessoa que recebia R$15.000,00, ela terá que se calçar da Previdência Privada (Regime Complementar), complementando a sua renda. Essa previdência não visa garantir tutela debase, mas complementar a renda. Ela é facultativa, responsabilidade do particular, mas também é contributiva. Ou seja, quem quiser proteção além, tem ferramenta previdenciária para isso. 
Empregado doméstico.
O empregado doméstico terá a mesma tabela. 
É o empregado que trabalha em atividade sem finalidade de lucro e a prestação dentro do domicílio.
Ex: Dna Maricota trabalha num ambiente residencial/doméstico e neste local não há atividade lucrativa, mas ela recebe contraprestação (salário). Ela é ,previdenciariamente, contribuinte. O enfermeiro home care que é contratado para cuidar do paciente que precisa de cuidados intensivos. O piloto de helicóptero que presta serviço especificamente para a família também é um empregado doméstico.
A remuneração vai ser enquadrada dependendo do mês, se auferir mais, terá uma alíquota X. Mesmo o empregado doméstico, ele pagará diferentes alíquotas, podendo ser uma governanta que receba mais que uma empregada doméstica de uma família de classe média. 
Trabalhadores avulsos. 
São os portuários: capataz, estivador.
Eles não prestam serviços para uma só pessoa. 
É uma pessoa física que presta serviço a um ou mais empresas sem vínculo empregatício. Há uma intermediação pelo Órgão, que faz o meio de campo para a prestação de serviço. Ou pelos Sindicatos ou pelo OGMO – específico órgão para trabalhadores avulsos em área portuária. A lei na década de 90 é alterada e o Sindicato perde a intermediação.
Há trabalhadores avulsos fora da área (prof. De trabalho disse que não há). Aí o Sindicato que vai intermediar e repassar para a Receita Federal. É descontado quando há o pagamento pelo OGMO para o trabalhador avulso.
Pelo princípio da liberdade associativa, o sindicato pode indicar qualquer pessoa, mas de fato não indicará pessoa que não for sindicalizada. 
Se ele não é sindicalizado ele não paga contribuição sindical. 
O Gato é o intermediador do safrista, é o explorador de mão de obra alheia. Mas é diferente da pessoa física do trabalhador avulso. Há uma série de discussões acerca do boia fria e do gato que faz a intermediação deles, em função da vulnerabilidade que os boias frias enfrentam.
As alíquotas são variáveis e progressivas.
Projeção na relação de benefícios.
O cálculo, ou seja, a forma/padrão do salário de contribuição irá repercutir: seu eu pagar mais, receberei mais. Ás vezes o fator previdenciário acaba retirando com duas mãos o benefício, reduzindo em média 40% do seu benefício. Esse fator previdenciário aumenta conforme a expectativa de vida do brasileiro aumenta. Há uma tendência a aumentar. 
Contribuição dos contribuintes individuais. 
Vão se dar da mesma forma utilizando o conceito de salário contribuição como base de cálculo. Qual são os contribuintes individuais e como contribuem?
São os profissionais liberais (advogados, médicos, etc.), autônomos e equiparados, pequeno produtor rural, extrativista, etc e empresários em geral. 
A lei detalhe e determina quem será rotulado para fins previdenciários os contribuintes individuais. 
Sob essa nomenclatura encontramos vários tipos de trabalhadores. Surge em 1999, porque antes havia uma forma e nomenclatura própria para efeito previdenciário,
Art. 21 da Lei 8.212/91. A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo será de vinte por cento sobre o respectivo salário-de-contribuição. Ou seja, nunca será menor que 20% do salário mínimo, bem maior que o teto R$4390,24. 
O contribuinte individual não escolherá o quanto irá contribuir. 
Arts 28 e 29 da Lei 8.212/91. 
Art. 28 Entende-se por salário-de-contribuição:
I - para o empregado e trabalhador avulso: a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa; (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97)
II - para o empregado doméstico: a remuneração registrada na Carteira de Trabalho e Previdência Social, observadas as normas a serem estabelecidas em regulamento para comprovação do vínculo empregatício e do valor da remuneração;
III - para o contribuinte individual: a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observado o limite máximo a que se refere o § 5o; (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 1999).
IV - para o segurado facultativo: o valor por ele declarado, observado o limite máximo a que se refere o § 5o.
Contribuinte individual padrão
Ou seja, a lei diz que o salário de contribuição é a remuneração efetiva - o que obteve de rendimento, portanto, não há escolha da contribuição a ser recolhida. 
A lei determina isso, mas na prática não é exatamente isso que ocorre.
Via de regra os empresários, os autônomos, profissionais liberais auferem renda maior que R$4390,24 (teto), portanto, deverão pagar 20% sobre o teto. Mas, como eles pagam?
No caso dos advogados, eles pagam, via de regra, sobre o salário mínimo. Qual o efeito disso (não estão se observando da previsão legal)?
Sob a ótica do contribuinte, ele está economizando, porém mais para frente quando for buscar a proteção social, por ter contribuído menos que o padrão legal previu, ele receberá o equivalente ao que contribuiu se foi o mínimo, receberá um salário mínimo. Ou seja, a economia que ele fez foi apenas hipotética, porque lá na frente ele colherá o fruto que plantou. Isso acontece porque não há fiscalização por não pagamento de contribuição previdenciária. 
Há como se fosse um acordo entre a Lei de Custeio (8.212/91) e a Lei de Benefícios (8.213/91), de que o contribuinte individual terá que pagar 20% sobre o salário de contribuição, se pagou pelo salário mínimo, receberá por este. Não há auditor fiscal de pessoa física. Se houve o pagamento mínimo, terá proteção mínima, baseado no cálculo que efetivamente pagou. O sistema não terá esse ônus, de remunerar a mais aquele que pagou a menos, porque a proteção será com base na contribuição paga. As leis, portanto, se estabelecem desta maneira. 
Quando o contribuinte não pagou contribuição, este não receberá proteção, porque ele precisa comprovar que efetivou o pagamento das contribuições. Ele não terá acesso se ele não pagou. Ele pode até parcelá-las, mas terá acesso apenas ao final do pagamento dessas parcelas. Não terá fiscalização, mas você colhe o que planta. 
Art. 21, §1º. Os valores do salário-de-contribuição serão reajustados, a partir da data de entrada em vigor desta Lei , na mesma época e com os mesmos índices que os do reajustamento dos benefícios de prestação continuada da Previdência Social.
Ou seja, serão reajustados a partir de 01/01.
Contribuinte individual – MEI
Com a EC 20/41/42, a CF passa por dentro da parte previdenciária, determinando o mecanismo de pagamento de contribuição aos trabalhadores informais. Eles são atraídos para a formalização e tendo ocorrência do fato gerador, tanto tributário quanto previdenciário, haverá o pagamento de contribuições. 
O número de trabalhadores na informalidade é de mais ou menos 27 milhões, não entrando os desempregados. São aqueles que não estão na formalidade, não recebem FGTS, férias remuneradas, registro na CTPS, etc. 
Com essas EC, vai ser criado esse mecanismo de atração, através da figura do MEI (micro empresário individual), via de regra era o trabalhador que estava na informalidade e que passa a ter essa proteção previdenciária e começa a ser formal. Sob a ótica previdenciária e social é importante. No sentido de que as contribuições aumentam e essas pessoas são alcançadas para possuírem uma segurança, ou seja, por possuírem proteção social. Pois,se vieram a sofrer um acidente que reduza a capacidade laborativa ou até mesmo retire, como também, quando ficam idosos, passam a ficarem vulneráveis, e mais um problema social se origina. Se eles não possuem essa proteção previdenciária, poderão procurar Assistência Social, desde que haja estado de necessidade, o que é difícil de provar e de conseguir certos auxílios. A característica da Previdência Social é a contribuição, o que aumenta a arrecadação, sendo melhor atrair essa pessoa para que tenha proteção social ampliada (além da Assistência Social). Se a pessoa está na informalidade, ela não contribui e aquele que contribui custeia a Seguridade Social. 
No começo dessas alterações, a legislação previa que o MEI contribuiria com 11% do valor do salário mínimos. Mas, a partir de 2011, a alíquota passou a ser 5% sobre o salário mínimo. É um valor bem abaixo do padrão, de 20% sobre o salário de contribuição. 
Qual o pacote de proteção social que o contribuinte MEI terá acesso?
O mesmo pacote, com as mesmas proteções que o contribuinte que recolhe 20%, com ressalva a aposentadoria por tempo de contribuição. 
Quando se cria essa ferramenta, faz-se de uma maneira interessante sob a ótica do custeio. O MEI terá a mesma proteção, mas com custo menor e a única proteção que não terá é a aposentadoria por tempo de contribuição, sendo que todas as outras estão incluídas no pacote. Ou seja, se ele paga somente 5% sobre o salário mínimo, ele retribui muito pouco e as prestações são pré-estabelecidas e o seu benefício será de um salário mínimo, portanto, será muito vantajoso aos MEI’s. É por isso que há críticas em relação a essa determinação, sob a alegação de inconstitucionalidade. 
Pois, a alíquota, por ser muito baixa, sob a ótica do custeio fere o equilíbrio, em que não será suficiente nem para o pagamento do próprio benefício daquele contribuinte que pagou 5% sobre o salário mínimo. A finalidade é realmente para atrair esses trabalhadores para a formalidade, pautando-se no princípio da solidariedade/isonomia/equidade, em que, quem ganha mais custeia aquele que ganha menos. 
Porém, o contribuinte individual tem limite para aderir e limite na atividade para ser aderida. 
Contribuinte individual sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico.
Dentro dessas ferramentas, achamos outra figura, no art. 21, II. - 5% (cinco por cento):    (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011)
a) no caso do microempreendedor individual, de que trata o art. 18-A da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006; e    (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011)     (Produção de efeito)
b) do segurado facultativo sem renda própria que se dedique exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencente a família de baixa renda. (Incluído pela Lei nº 12.470, de 2011)
É a aposentadoria da dona de casa que está incluída numa família de baixa renda (até dois salários mínimos). Interessante porque está dentro do movimento de inclusão social, figura que visa cobrir aquela lacuna, da sem proteção. A dona de casa trabalha em casa e, portanto, visando cobrir essa lacuna, essas mulheres poderão se aposentar, pagando 5% sobre o salário mínimo, tendo acedo àquele pacote de proteção previdenciária (ressalva da aposentadoria por tem de contribuição). Apenas aquela dona de casa inserida na família de baixa renda. É aquele segurado facultativo de baixa renda, ele escolhe em contribuir com os 5% e ter esse pacote de proteção. 
Nossa legislação prevê que, para a inscrição e validação desse segurado facultativo, este terá que se cadastrar no CAD único, para ter acesso aos benefícios. Então a dona de casa vai até o CAD, que são dados alimentados pelos Municípios, o mesmo mecanismo utilizado para o acesso de assistência social, faz a inscrição e valida e aí poderá ter acesso ao pacote de proteção previdenciária. Esse segurado precisa se enquadrar no que a lei determina.
Para poderem se aposentar por tempo de contribuição terão que pagar a diferença da contribuição. Ou seja, complementar a contribuição mensal da diferença entre o percentual pago e os 20% do salário de contribuição.
Art. 21, §3º.O segurado que tenha contribuído na forma do § 2o deste artigo e pretenda contar o tempo de contribuição correspondente para fins de obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição ou da contagem recíproca do tempo de contribuição a que se refere o art. 94 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, deverá complementar a contribuição mensal mediante recolhimento, sobre o valor correspondente ao limite mínimo mensal do salário-de-contribuição em vigor na competência a ser complementada, da diferença entre o percentual pago e o de 20% (vinte por cento), acrescido dos juros moratórios de que trata o § 3o do art. 5o da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996. (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011). 
Não é interessante a eles, pois, terão que complementar na forma padrão. Contudo, não é vedado, há o dispositivo, caso queiram eles terão que complementar. 
Art. 21, § 4o  Considera-se de baixa renda, para os fins do disposto na alínea b do inciso II do § 2o deste artigo, a família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal - CadÚnico cuja renda mensal seja de até 2 (dois) salários mínimos.
Não haverá fiscalização da efetivação dessas contribuições, porém, haverá consequências caso não sejam observadas. Poderá ser exigida a qualquer tempo, sob pena de indeferimento do benefício.
Questão de decadência e prescrição no caso de um advogado contribuinte. Supor que um advogado começou a trabalhar em 1992 e nunca pagou a contribuição previdenciária. Mesmo ele alegando que pagará dos últimos 5 anos até a data presente, porque não cumpriu a sua obrigação, não deixando de ser exigível com o decurso do tempo. Para se aposentar ele terá que regularizar os anos que faltam para a sua aposentadoria. Ou seja, para que o contribuinte individual receba o pacote de prestação previdenciária no valor que a lei estipula, ele deve pagar a sua contribuição individual.
Contribuinte individual prestador de serviço.
Só terá contribuição individual, mesmo ele não pagando diretamente para a Receita, o que presta serviços a outra empresa. 
Pois, pela lei 10.666/03: Art. 1º § 1o Será devida contribuição adicional de nove, sete ou cinco pontos percentuais, a cargo da empresa tomadora de serviços de cooperado filiado a cooperativa de trabalho, incidente sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, conforme a atividade exercida pelo cooperado permita a concessão de aposentadoria especial após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente.
Então, o contribuinte individual prestador de serviço terá sua contribuição descontada/retida de sua nota fiscal. O que a empresa paga ao prestador, é descontada na porcentagem da alíquota correspondente e enviado o valor à Receita Federal.
Se uma empresa tiver 15 contratos de prestação de serviços, será retido 11% de cada contrato, a fim de pagar a contribuição individual à Receita Federal. Caso houve pagamento a mais, cabe o pedido de restituição pela via administrativa, levando todos os documentos. O prazo para pedir a restituição é de 5 anos, contados da data efetiva da retenção. 
Esse contribuinte individual prestador de serviço tem regularidade de contribuição, portanto, se o risco social ocorrer, ele terá acesso a proteção previdenciária. 
A não adimplência da contribuição social individual se projeta ao seu dependente previdenciário e a ele mesmo. No caso do advogado que esqueceu de pagar a contribuição, caso ele venha a morrer, como ficará a questão da pensão por morte aos seus dependentes?
Segundo o entendimento do TRF, caso a inadimplência seja superior a 36 meses, os dependentes perdem o direito e não consegue nem regularizar a situação. Mas, caso a inadimplência esteja entre 36 meses, os dependentes podem regularizar a situação e receberem a pensão. Projeta efeitos e consequências negativas. Isso ocorrecom frequência com empresário em geral, às vezes confundindo as contribuições da PJ com as da PF (dele, enquanto pessoa física, seja pelo pro labore ou pela remuneração que recebe). Muito empresário paga pelo salário mínimo, aí se vier a morre, a pensão dos dependentes será de um salário mínimo. 
Segurado Facultativo. 
Pagará o padrão de 20% sobre o intervalo do salário mínimo e o teto do salário (R$4390,24).
Quem são? Toda e qualquer pessoa maior de 16 anos (depois da EC 20) que queira ter proteção previdenciária. Cabe a eles escolher, observando esse intervalo (salário mínimo e o teto de contribuição), porém, a única exceção é a dona de casa.
Art. 21. A alíquota de contribuição dos segurados contribuinte individual e facultativo será de 20% sobre o respectivo salário de contribuição. 
Art. 22 da Lei 8.212/91. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 22, é de: I - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa. 
A empresa pagará 20% sobre a remuneração, em geral, que ela paga aos empregados e sobre o que ela toma de serviços. Isso é interessante quando a gente observa que uma parte desses trabalhadores, melhor, a maior parte que estão naquela empresa não são empregados, mas prestam serviços (terceirização). Ou seja, vemos trabalhadores que trabalham naquela empresa, mas não possuem contrato de trabalho com ela.
O Brasil está em processo de mutação. Acabou de sair MP sobre isso, desoneração de folha de pagamento, trocando a incidência, migrando para a base de receita ou faturamento ao invés da folha de pagamento. Por causa da extinção da figura do trabalhador. Mas, não tanto por essa ótima, mas também desonerar para diminuir o custo Brasil, o peso que o empregado tem para esse tipo de atividade.
Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de:
II - para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos: (Redação dada pela Lei nº 9.732, de 1998).
a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve;
b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio;
c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave.
São conhecidas como GILRAT (Grau de incidência de incapacidade laborativa sobre os riscos ambientais do trabalho – RAT), antiga SAT (Seguridade de acidente de trabalho). A base que ela incidirá, as vezes, é muito grande de acordo com o grau de risco. Isso vai gerar discussões quanto a validade e a constitucionalidade. Há muitas empresas que possuem filiais e dependendo da atividade de cada uma, terão graus de nocividade distintos, portanto, uma filial pode ter uma incidência de 1% e as restantes de 2%. Por isso que a divisão é feita por CNPJ, porque o setor administrativo geralmente não possui agente nocivo, não havendo necessidade de calcular a alíquota de 3%. Ou seja, uma mesma empresa pode ter inúmeros estabelecimentos e cada um com um padrão de risco diferente. 
Incluiu-se a incidência de contribuição à empresa que tenha agentes nocivos (riscos ambientais do trabalho). Por exemplo: fornos de alto calor, trabalhadores expostos a temperaturas abaixo de 10º, expostos a produtos químicos, etc. Conforme o grau da atividade, aumenta ou diminui a alíquota. 
Esses trabalhadores receberão aposentadoria especial sob a ótica de benefícios. O custeio é o pagamento para aposentadoria especial. Alíquotas de 12-15 anos de exposição, 9 – 20 anos ou 6% - 25 anos de exposição - sobre o salário de contribuição desse salário do trabalhador. Quem irá pagar é a empresa, o trabalhador não financia sua aposentadoria especial, sendo o ônus total do empresário. 
Direito Previdenciário II – Prof. Ionas
Revisão
Regimes Previdenciários (conjuntos de regras previdenciárias):
RGPS
Básico, voltado, em regra, aos trabalhadores. Portanto, o público alvo são os trabalhadores em geral. Aqueles que trabalham em setores privados. A Previdência pública é regida por normas cogentes (interesse público). 
A Previdência Social é gerida por uma Autarquia – INSS, Pessoa Jurídica de Direito Público Interno – dotada de autonomia financeira, administrativa, etc. Uma das formas de descentralização da administração pública é o INSS (autarquia federal). A União a criou por meio de leis, mas são pessoas jurídicas diferentes. Esses trabalhadores seguem um regime jurídico público, embora, trabalham para uma pessoa jurídica de direito privado, submetem-se à previdência pública. 
O professor, por exemplo, como funcionário da PUC, está vinculado ao RGPS, mesmo sendo uma instituição de ensino privada. 
Os fundamentos constitucionais estão previstos no art. 201 da CF (Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
 I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;
 II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
 III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
 IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
 V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º). São pressupostos que traçam o perfil constitucional do Regime Geral – básico. Se não for servidor público, está vinculado ao RGPS. 
É um modelo previdenciário contributivo, ou seja, o trabalhador que paga ou o não trabalhador que contribuiu. É um seguro social, portanto, há a ideia elementar de seguro, no sentido de que, só há proteção os que contribuem. 
Modelo compulsório: segurado obrigatório, ou seja, ele paga porque é obrigado a pagar para que viabilize o sistema. Aqueles que estão em atividade financiam os que estão em inatividade.
Modelo de filiação prévia: ideia de seguro, para que o sistema opere é pressuposto que o trabalhador esteja filiado à esse seguro. Se o segurado tornou-se inválido, tem direito, todavia, se não era segurado e tornou-se inválido, ele não tem direito. A invalidez não se remete a doença preexistente, ela precisa vir a ocorrer quando o segurado já é vinculado à Previdência Social.
Modelo de Sistema limitado de Previdência Social: R$400 bi só o INSS/ mais de 30 milhões de benefícios. É um sistema que não alcança a todos, somente os filiados (trabalhadores, dependentes, não trabalhadores que querem proteção). Riscos – afetam as pessoas enquanto trabalhadoras. 
Ex 1: Aposentadoria por invalidez, o trabalhador perde a capacidade laboral, ou seja, ele não pode mais trabalhar. Por sua vez, receberá essa aposentadoria que tem o condão de substituir a renda. 
Ex 2: o trabalhador já chegou na idade de se aposentar, já está desgastado, em desvantagem competitiva com os demais e já contribuiu ao sistema.
Caso fuja do escopo de um Seguro Social, há questionamentos. 
Disciplinado pela Lei 8.213/91, gerido pela Autarquia Federal (INSS).
RPSP
Tratamento diferenciadoaos servidores públicos, mas não todos. São também trabalhadores que trabalham em órgãos públicos. Aqueles que possuem vínculo estável e efetivo – Previsto no Estatuto do Servidor Público. É o trabalhador estatutário. Seja através de nomeação (Quinto Constitucional) ou de concurso público, estabelecem com o poder público um vínculo estável – estatutário. Depois de cumprido o estágio probatório, o servidor só do poder público se fizer alguma bobagem ou se quiser. 
O cargo de confiança, aquele em comissão, como por exemplo, o Secretário de Saúde de São Paulo. É um cargo de livre nomeação e exoneração, é de provimento temporário, pode tanto ser nomeado quanto exonerado sem demais esclarecimentos (ad nutum). Isso foi feito para evitar aposentadorias que estes cargos tinham, aposentando-se como se fossem servidores públicos.
Cargos em comissão são regidos pela CLT, estando fora desse regime. O servidor público contratado em regime temporário (Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: IX- a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; da CF – contratação simplificada e temporária para atender aquela demanda emergencial), bem como empregados públicos não estão vinculados ao RPSP. São contratados sob o regime da CLT.
A administração pública pode contratar o trabalhar sob o regime da CLT (salvo juiz, auditor, promotor, procurador do estado, etc) ou por meio de concurso público, conforme prevê o Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. 
Há aqueles que, mesmo estatutário, não estão vinculados ao RPSP, ou seja, aqueles que estão vinculados aos entes federais que não têm seu regime próprio. Há alguns municípios, mais de 3000, que não possuem regimes próprios e esses servidores públicos municipais não têm vínculo com o RPSP, mas devem estar vinculados alguma regime, que deve ser o RGPS. 
Ex: Itupeva não tem regime próprio, então o servidor municipal (terá estabilidade de emprego) está vinculado ao Regime Geral, sendo o INSS quem pagará sua aposentadoria, tendo o município que recolher as contribuições. 
Regra de transição – enquanto não for criado o Regime Próprio, será a lei do Regime Geral que determinará o tempo, e a indenização será por conta do INSS. 
FGTS – substituto da estabilidade, por isso o servidor público não term. Somente o celetista (CLT). Somente o servidor público que for contratado pela CLT.
Fundamento constitucional básico é encontrado no Art. 40 da CF. As regras básicas de autonomia dos entes federais para definir as regras dos regimes próprios. Porém, a autonomia é limitada, estando também no art. 40 – regras sobre o teto, transição, previdência complementar, etc.
Quem administra? Órgão gestor – depende de qual regime estamos tratando.
Normas gerais: Lei 9.718/98? Lei nacional que estabelece regras gerais para que o Estados e Municípios criem seus Regimes Próprios – Autarquias Estaduais e Municipais. Verificar na legislação, por exemplo, no estado de São Paulo, é a SPPrev o Regime Próprio dos servidores públicos do Estado de São Paulo. Para os servidores públicos federais a lei não obriga a criação de uma autarquia. Quem irá pagar a aposentadoria é o órgão que o servidor está vinculado. Por exemplo, AGU é o órgão de gestão dos procuradores federais, portanto, será ele quem pagará a aposentadoria dos procuradores da União. O TRF pagará a aposentadoria dos juízes federais, a Receita Federal pagará a dos auditores fiscais, etc.
Haverá muitas leis que regem o Regime Próprio, basta que este exista. Lei 8.112/90 – servidor público federal; no Estado de SP terá a lei paulista, no Município, a lei paulistana, etc.
É um modelo compulsório, voltado aos servidores públicos estatutário, gerido por leis específicas dos servidores públicos (federais, estaduais e municipais).
Previdência Complementar.
É uma previdência privada. Destinada a qualquer pessoa, pertencente à outro regime ou não. 
É autônoma em relação aos outros regimes. 
Fundamentada por contrato. Garantem pagamentos futuros àqueles que contratam. As pessoas podem ter várias outras motivações para contratarem uma previdência privada. 
Fundamento constitucional: Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar.
Quem administra? Há dois tipos de instituição:
Entidades Abertas.
Abertas à qualquer tipo de pessoa. Geralmente são ligadas aos grandes bancos: BB prev, Bradesco Prev, Itaú Prev. 
Entidades Fechadas. 
Famosos fundos de pensão: Comercializa plano de previdência apenas aos empregados de empresa ou grupos de empresa ou vinculados alguma associação – CRM/OAB/Petrobras Petros. Esses funcionários contribuem se quiserem, portanto, caso queiram, pagam um adicional. 
Qual a lei que disciplina?
Lei Complementar 109/2001, a qual estabelece as normas gerais da Previdência Complementar. Responsabilidade atribuída aos gestores dos fundos de pensão, etc. Novidade prevista no Art. 40, §§14-16. 
§ 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência complementar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98).
EC 20/98 facultou à União, Estados e Municípios a instituição de um teto de previdência do Servidor Público igual ao do INSS. Se quiser pode reduzir, mas desde que crie para este uma Previdência Complementar. Foi o que aconteceu o ano passado. A diferença era que o teto do servidor público era de mais ou menos R$30 mil e o do regime geral de mais ou menos R$4500. Agora, aposenta-se com o teto e é facultado às Previdências Complementares complementar os servidores. Quem já estava no sistema não é obrigado a se submeter à esse regime. 
Beneficiários
RGPS
Toda pessoa física, natural que se vincula ao sistema previdenciário tornando-se apto para o exercício de direitos e cumprimento de obrigações perante o sistema previdenciário. Toda aquela pessoa que tem aptidão, potencial jurídico, direito subjetivo, em tese, de requerer prestações do INSS (do RGPS). Toda aquela pessoa que é alcançada pela cobertura (comum aos modelos de seguro que compõem riscos que estão na apólice) do sistema previdenciário. Aquela pessoa que pode requerero benefício do INSS. É toda pessoa que pode requerer o benefício perante o RGPS.
São protegidas contra os riscos sociais. 
São 02 tipos (pessoa física):
Segurados
São beneficiários do RGPS que se vinculam ao sistema por 01 dos 02 motivos:
Exerce atividade profissional remunerada:
Trabalhador (empregado autônomo, empregado doméstico, etc), sendo, portanto, segurado obrigatório, beneficiário do RGPS que se vincula ao sistema pelo fato de trabalhar. Todo trabalhador é segurado obrigatório, ou pelo RGPS ou RPSP. 
Todo e qualquer trabalhador – exerce atividade profissional remunerada. Cada uma desta com sua característica própria, específica: Subdividiu-se em 5 categorias, a partir do art. 11 da lei 8.213/91 e do art. 14 da lei 8.212/91. Essa subdivisão tem utilidade prática. Dependendo do tipo de segurado obrigatório, haverá regras diferentes tanto no que diz respeito ao acesso tanto em relação à forma (alíquotas, presunções, etc.)
Empregado
Empregado doméstico (Uma empregada doméstica com 8 meses de gravidez e carteira assinada há 3 meses, terá o direito ao salário maternidade, pois, não há carência) ≠ Diarista (Uma diarista com 8 meses de gravidez e apenas 4 meses de contribuição, não recebe o salário maternidade, porque, tem 10 meses de carência)
Trabalhador avulso
Segurado Especial
Contribuinte Individual
Ex: Servidor Público (juiz de direito), não pode contribuir facultativamente ao RGPS.
Contribuiu voluntariamente (não trabalhador): 
Segurado facultativo, pelo menos ter 16 anos, não vinculado ao RGPS nem ao RPSP.
Concretiza a ideia de universalidade da cobertura e do atendimento, mas é limitado, apenas aos trabalhadores vinculados ao sistema, ou por obrigatoriedade ou facultativamente, desde que contribuem. 
Por que o fato de não receber remuneração, retira a obrigatoriedade do segurado essa condição de segurado obrigatório?
Porque, em tese, não tem capacidade econômica. A do lar não tem objeto necessário para a cobertura, que é a remuneração do trabalhador. É ausente a receita, no caso da dona de casa.
Invalidez – vive pela remuneração do trabalho, mas, por invalidez não poderá mais trabalhar. Será uma substituição relativa à renda desse trabalhador.
Quem tem esse objeto sempre é o trabalhador, pois, recebe a remuneração. O estagiário treina para ser um trabalhador, por isso não é segurado obrigatório. É o “empregado mais barato”, não é trabalhador, recebe uma bolsa-auxílio. Então, ele pode aderir ao sistema, voluntariamente, mas submete-se às normas desse sistema (RGPS).
Empregado – Art. 3º CLT.
É o trabalhador que recebe remuneração, subordina-se ao empregador, recebe contraprestação (salário), exerce o trabalho pessoalmente e de forma habitual, etc.
A legislação previdenciária faz algumas equiparações para o enquadramento no sistema previdenciário (FGPS).
O exercente de mandato eletivo se não tiver RPSP, ele estará vinculado ao RGPS, ele estará equiparado ao empregado. Ex: vereador – trabalhador, então recebe remuneração, é vinculado ao RGPS, não é empregado da Câmara, nem celetista, mas um agente político e equiparado a um trabalhador.
Acontece com todos os agentes políticos que não estão vinculados ao RPSP. Se ele não está comtemplado com esse Regime Próprio, eles são equiparados, para fins de enquadramento (Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: (Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993) I - como empregado: (Redação dada pela Lei nº 8.647, de 1993) h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social ;)
Empregado doméstico.
É aquele que trabalha para pessoa ou família no âmbito residencial em atividade sem fins lucrativos. 
Ex: Motorista que exerce atividade para a família, levando as crianças para escola, a esposa no salão de beleza, etx. Ele deve exercer a atividade apenas no âmbito familiar, sem vinculação com atividade com fins lucrativos. Como, por ex., levar as petições do seu empregador, que é advogado, no fórum.
Trabalhador avulso.
Na maioria das vezes é o portuário. Há intermediação obrigatória (a lei obriga isso) do Sindicato ou do OGMO. Ele trabalha para várias pessoas, mas sem vínculo empregatício. Ele é colocado no mercado através dessa estrutura intermediária. Os chapas que ficam nas rodovias se oferecem diretamente ao trabalho, portanto, não são trabalhadores avulsos, mas trabalhadores eventuais.
Segurado Especial.
É o tipo de trabalhador rural, mas há trabalhadores rurais que não são segurados especiais. Pode ter trabalhador rural avulso. 
O pequeno trabalhador rural, quem segunda a lei, trabalha em regime de agricultura familiar – mutirão familiar, esquema de produção rural em que todos os integrantes da família participam. Pode ser meeiro, arrendatário familiar, basta que trabalhe junto com a família. A lei permite número limitado de trabalhadores. O colaborador perde a condição de segurado especial, ele é contratado, muitas vezes, de maneira sazonal. 
O trabalhador rural passou a receber aposentadoria, antes era somente o chefe de família. A partir de 1991, passou a remunerar a mulher também.
Contribuinte individual – figura residual
Todos os trabalhadores devem estar enquadrados no sistema previdenciário. Se há alguém que trabalha, recebendo remuneração, mas não se enquadra em nenhuma das opções supramencionadas. 
É heterogênea, desde a diarista até o diretor de uma multinacional. O autônomo – advogado, médico, o personal trainer, dono da padaria, simples acionista, etc. Não é empregado dele mesmo, nem empregado doméstico, tampouco segurado especial, nem há intermediação (trabalhador avulso). 
Se alguém foi enquadrado como segurado obrigatório, essa pessoa não pode contribuir como segurado facultativo. Mas, há uma exceção, é o caso do segurado especial. Caso ele queira contribuir facultativamente, é o único segurado obrigatório que pode contribuir de maneira facultativa. Por que somente ele? Há relação com um dos princípios de seguridade social.
A CF de 1988 inseriu o trabalhador rural em condições de igualdade ao trabalhador urbano.
Antes, o Prorural dava direito a 3 ou 4 benefícios ao trabalhador rural e o urbano tinha 9 ou 10. Havia uma diferenciação. A CF, por sua vez, acabou com essa distinção, dando acesso, em tese, aos trabalhadores rurais. Antes da CF de 1988, os benefícios eram tarifados, com valor único. Enquanto que o benefício dos trabalhadores urbanos eram calculados entre o piso e o teto (variando). O trabalhador urbano podia atingir o teto, enquanto que o rural era fixo, tarifado.
Com o advento da CF de 1988, os trabalhadores rurais passaram a ter acesso aos mesmos benefícios (principio da equivalência e uniformidade). O Art. 39 da lei 8.213/91 garante ao trabalhador rural o benefício tarifado em um salário mínimo, não incluindo a possibilidade de se aposentar por tempo de contribuição. Assim sendo, ele não tem direito a todos os benefícios, violando aquele princípio. É exatamente por isso que a lei dá a ele a possibilidade de contribuir facultativamente, podendo receber mais do que um salário mínimo e poder se aposentar por tempo de contribuição. Ele escolhe o quanto vai querer pagar. Aí sim o princípio não será violado. 
Dependentes
Para fins previdenciários é todo beneficiário (requerente do benefício) do RGPS que se vincula ao sistema pelo fato dele manter com o segurado, laços de família e dependência econômica (causas de vinculação). A vinculação do dependente do RGPS é em certa medida, sob certos aspectos, acessória. É acessória porque depende da manutenção de outro vínculo, o de depender de uma outra pessoa que tem vínculo com o sistema previdenciário. Se este segurado perder esse vínculo, o dependente também perde o benefício.
O professor contou do caso da empregada que ele contratou para trabalhar em sua casa, mas esta estava resistindo em levar a CTPS para registrar porque ela era aposentada por invalidez. A mesma mulher casou com um senhor acima de 75 anos, este tinha umacasa. Ao casar com ele, automaticamente o regime seria o de separação total de bens, é uma previsão legal. Esse homem morreu, deixou essa casa, na qual ela residia, mas não teria direito a propriedade, apenas ao uso. Mas conseguiu a pensão por morte do marido. Esta é acessoriedade da aposentadoria. Mas são benefícios de características diferentes. A aposentadoria é um direito personalíssimo, não há como exercer o direito em nome do outro, ou seja, não pode ser transferido. Quando o aposentado morre, o ou os dependentes não podem exercer o direito a essa aposentadoria, passando esta a ser pensão por morte.
O sistema previdenciário vai além do segurado, porque não existiria seguro social em sentido de segurança social de forma completa se aquele núcleo familiar não fosse atingido. Traria insegurança social se o modelo de previdência não previsse um regime que atingisse esse mínimo núcleo familiar. É por isso que existe a figura do dependente. Previsto no art. 16 da lei 8.213/91. Estabelece 3 classes de dependentes:
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011). 
DEPENDÊNCIA ECONÔMICA PRESUMIDA. DEPENDENTE PREFERENCIAL. PREFERÊNCIA SOBRE TODAS AS OUTRAS CLASSES. 
II - os pais; 
PROVAR DEPENDÊNCIA ECONÔMICA-NÃO PRECISA SER ABSOLUTA, O LEGISLADOR NÃO EXIGE QUE OS PAIS DEPENDAM EXCLUSIVAMENTE DO FILHO. (Ex: Velhinho aposentado pelo INSS – recebia um salário mínimo- vivia com o filho e não pagava nenhuma despesa da casa. Portanto, havia uma dependência econômica, habitual, necessária e relevante do pai em relação ao filho, não excluindo sua dependência para com o filho) 
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; (Redação dada pela Lei nº 12.470, de 2011)
PROVAR DEPENDÊNCIA ECONÔMICA. (Mesmas características dos filhos).
 § 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes.
 § 2º.O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)
 § 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal.
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada.
 O cônjuge separado judicialmente com direito a alimentos conserva como dependente para fins previdenciários. 
Anterior a lei 8.213/91 só configurava como dependente a cônjuge mulher ou o marido inválido. Essa lei procurou equiparar os cônjuges, sendo reciprocamente dependentes para fins previdenciários. Falou do reconhecimento da união estável de casais homoafetivos, de que o Poder Judiciário tem criado jurisprudência em relação á essa questão. Chegava alguém pleiteando (casal homoafetivo), o INSS indeferia o pedido e apontava esse fundamento legal: Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.§ 3º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
Criou-se um problema e foi levada até o STF, o MPF ajuizou uma ação e o STF, então, reconheceu os efeitos civis, de direito de família e direitos previdenciários para esses casos. O INSS, portanto, teve que alterar regimentos internos para que fossem modificadas as decisões em relação a isso.
O STF interpretou de maneira sistêmica (união estável também pode ser de homo afetivo), não proíbe a identificação de outras formas, não é taxativo, mas exemplificativo. O STF deu essa abertura, mas até ela vai?
O filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos. Para a emancipação, hoje, basta ter acima de 18 anos. A lei 8.213/91 estava em vigor o CC 1916 – os emancipados pela idade era de 21 anos e não 18 (CC 2002). Ficou uma antinomia dentro da própria lei. Hoje, a emancipação pela idade se dá é a partir dos 18 anos.
Por meio de uma Portaria reduziu-se a idade, porém, esta não pode modificar a lei. Aí a Administração Pública disse que estava resolvendo essa contradição. Prevaleceu-se a idade de 21 anos, entendendo que a lei Previdenciária é lei especial e o CC é uma lei geral que trata de capacidade civil. Se antes dos 21 anos o dependente se emancipa, tudo bem, ele perde o direito. Ex: casou aos 19 anos, emancipou-se, portanto, perde o direito. Além do filho menor de 21 anos, pode ser o filho inválido, de qualquer idade, para fins previdenciários. O inválido é aquele incapaz para o trabalho, para fins previdenciários.
Existe outra hipótese, o do filho portador de deficiência mental ou intelectual. É uma norma mais nova (há mais ou menos 3 anos). É o filho que tem deficiência que o torna absoluta ou relativamente incapaz decidido judicialmente (incapaz para os atos da vida civil). Ele pode até trabalhar, mas de qualquer forma uma doença mental que pode limitar. Ex: Síndrome de Down que trabalha continua sendo dependente dos pais, porque ele apresenta limitações, mesmo laborando. Sobra uma capacidade laborativa-residual. As crianças subnutridas que ficam limitadas faltou nutrientes, o cérebro limitado, ficou sem estímulo por ter faltado nutrientes (proteínas, vitaminas, etc).
A lei ainda diz que equipara-se aos filhos: enteado e tutelado, provando-se a dependência econômica do dependente. Provada sua dependência, ficaria em pé de igualdade com os demais dependentes e, portanto, a pensão seria dividida (per capta) igualmente entre aqueles que estão na classe I.
Havia, anteriormente, a pessoa designada, a qual o segurado podia indicar uma pessoa com menos de 21 anos e mais de 60 anos que dependia economicamente do segurado, mas essa classe foi suprimida.
Pergunta: Alguém era segurado da Previdência e sustentava sua mãe (doente, pobre, viúva) casa depois de conhecer e se apaixonar por uma mulher que ganha 10 vezes mais que ele. Com uma semana de casado, o rapaz morre. Quem irá receber a pensão?
O INSS irá aplicar a lei administrativamente. O benefício vai para a viúva – dependência presumida (art. 16, I). Pode se admitir que a dependência presumida seja relativa, há muitas divergências em relação a esse assunto, entendendo que a presunção poderá ser relativa ou absoluta. Caso ela seja relativa, há possibilidade de salvar a velhinha. Há que encontrar alguma lacuna para que esse beneficio seja dividido e fundamentar na equidade.
Essa relação de dependência prevista no art. 16 é uma relação taxativa (fechada –não inclui novos elementos) ou uma relação exemplificativa (aberta – admite novos elementos)?
No entendimento do professor, essa relação é taxativa. Não quer dizer que não haja espaço para interpretação exemplificativa. Pois, dá para interpretar até os limites semânticos da lei, como por exemplo: incluir o sobrinho no lugar do irmão, é interpretar além dos limites semânticos. 
O STF, quando decidiu que o companheiro (a) que vivia em união estável (relação homoafetiva), fez uma interpretação mais elástica dentro do conceito de companheiro. É diferente no caso de duas irmãs que vivem juntas, não são casadas, apenas moram na mesma casa. Mas, não são companheiras, portanto, não dá para estender a esse caso o conceito de companheira, pois, estaria estendendo ao limite máximo da semântica. 
Dinâmica do vínculo previdenciário.
Quando alguém se torna segurado, como mantém esse vínculo, qual o exato instanteda extinção dele? Essa dinâmica não se remete à Saúde – Assistência Social, mas apenas para a Previdência Social.
É importante para a Previdência Social por causa do caráter contributivo, estamos falando de Seguro Social. Há elementos mínimos de seguro – contributivo e vínculo com a seguradora. Por exemplo, não é possível fazer seguro de um carro já roubado. Por meio de um contrato – vínculo, relação jurídica – cria-se direitos e obrigações nessa apólice.
É transportar esses elementos mínimos do seguro para a Seguridade Social, com algumas ressalvas. Imagina um seguro que não necessitaria desses elementos, iria inviabilizar o modelo Previdenciário enquanto seguro. 
Então, como se inicia esse vínculo previdenciário?
É necessário distinguir dois conceitos:
Filiação
É o vínculo abstrato que estabelece entre o segurado e o RGPS e que torna aquele segurado potencialmente apto para o exercício de direitos e para o cumprimento de obrigações perante o sistema. Não está falando do vínculo de dependentes. 
É o momento do vínculo – filiação, ou seja, quando o trabalhador começa a trabalhar, é compulsório, ele não escolhe, é a partir do momento em que inicia o trabalho, pois, a partir do momento em que você começa a trabalhar, é sua obrigação, caso seja autônomo, contribuir para o sistema previdenciário. Então, em tese, a partir desse instante, é sujeito de direitos e obrigações.
Portanto, mesmo que esse trabalhador autônomo não começou a recolher as contribuições, ou seja, ele não se inscreveu no sistema, ele é filiado, porque ele já deve à Previdência, pois, é segurado obrigatório. 
Deu exemplo do pedreiro que estava trabalhando numa obra de construção civil e uma barra de ferro atravessou a cabeça dele. Esse trabalhador já estava vinculado ao sistema, ou seja, já era filiado, mesmo que sua CTPS não estivesse regularizada. A empresa, portanto, é que deveria regularizar esse vínculo e inscrevê-lo no sistema. Acidente de qualquer natureza dispensa carência, ou seja, se o trabalhador começou a trabalhar no mesmo dia em que sofreu o acidente, ele já era filiado e teria direito ao auxílio. Aí, cabe a empresa regularizar o vínculo dele, pagar as contribuições que devem e as que vão se vencer. 
Inscrição
É o ato de cadastramento do segurado perante o sistema. Pode ser realizado pela internet, posto do INSS, Correio, pelo empregador, etc.
Ele concretiza o vínculo abstrato, tornando o segurado efetivamente apto para requerer (exercer direitos) benefícios. Ele regulariza aquele vínculo (filiação). A inscrição e a filiação não coincidem, necessariamente, no mesmo momento. O vínculo apenas se formaliza por meio da inscrição.
Tanto é que, poderá ser inscrito em dívida ativa quando já tiver cadastrado, ou seja, inscrito. 
Um profissional liberal que trabalha ao longo de 5 anos sem pagar contribuição previdenciária não tem inscrição perante o sistema. Ele passou num concurso de juiz e quando vai se aposentar pode contar esses 5 anos que trabalhou como advogado, porém, ele terá que recolher as contribuições desses 5 anos mais juros de mora (atrasada, nasceu com o exercício do trabalho e não com a inscrição) e correção monetária. 
Com a inscrição ele regulariza o vínculo que criou quando começou a trabalhar. (Segurado obrigatório).
O segurado facultativo não pode recolher retroativamente sem vínculo. É apenas pela inscrição que se inicia o vínculo. Portanto, para o facultativo esses dois conceitos se misturam, porque esse segurado só estará vinculado ao sistema quando ele estiver inscrito e confirmada através do pagamento da primeira contribuição.
Como se mantém esse vínculo?
Quando alguém para de trabalhar ou contribuir, o vínculo não se rompe abruptamente. Essa prorrogação desse vínculo se chama: Período de graça. É o período em que o segurado mantém o seu vínculo no sistema previdenciário, independentemente de trabalhar ou contribuir ao sistema. É uma flexibilização da regra do direito privado, se você não renova o seguro, seu vínculo será extinto. Aqui não, para evitar a extinção do vínculo abruptamente e o trabalhador perder a proteção.
Ex: Imagina que um trabalhador trabalhe por 10 anos numa empresa e receba um telegrama de dispensa e que ainda está sem previdência. Essa segunda informação é falsa. Porque o empregador por demitir, mas a proteção social continua, esse vínculo não se rompe, mas é prorrogado por um período, o de graça. 
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração; (MAIS COMUM, USUAL)
III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória;
IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;
V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar;
VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. 
HIPÓTESE DE PRORROGAÇÃO – Sem nunca ter perdido a condição de segurado, ganha mais 12 meses.
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
HIPÓTESE DE PRORROGAÇÃO – É aquele que tem capacidade (aptidão) e disponibilidade para o trabalho, ou seja, ele quer trabalhar, mas não encontra trabalho. A lei exige que ele prove por meio do registro de órgão competente – SINE – recolocação do trabalhador no mercado de trabalho. 
§ 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social.
§ 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos.
Perda da condição de segurado
Não é bem após o período de graça. 
Ex: Último dia de contribuição foi em março de 2011. Só tem 12 meses de período de graça. Em princípio, iria até março de 2012. O contribuinte, trabalhador deve voltar a pagar a partir do 01/04/2012. Mas, a lei diz o seguinte: o segurado tem até o dia 15 do mês seguinte para recolher o mês anterior. Portanto, até o dia 15/04/2012 é a data para efetuar o pagamento. É como se fosse um “chorinho”. Se ele não pagar dia 15/05, ele perde a condição de segurado, não tendo continuidade no vínculo previdenciário. 
Fev 2003-Fev 2004. O prazo para efetuar o pagamento é até dia 15/04/2004 (sábado, prorroga até o 1º dia útil subsequente). A pessoa morreu no sai 17/04/2004. Ele ainda era segurado, independentemente da hora em que faleceu. Ele somente perderia a condição de segurado se morresse a partir das 0 horas de 18/04/2004. 
Carência (falta de alguma coisa): Lei 8.213/91: Art. 24-27.
Falta de pagamento de contribuição. É algo que é próprio de alguns contratos, planos de saúde, por exemplo. 
Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências.
 Parágrafo único. Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa data só serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com, no mínimo, 1/3 (um terço) do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência definida para o benefício a ser requerido. (Vide Medida Provisória nº 242,

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