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Economia - notas de aulas

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Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 1 
 
www.trilhacerta.com – iniciante – universidades – Direito 
 VT – elaborar uma OPA, com um breve descritivo da empresa 
(exemplo: vantagens competitivas da empresa no mercado). 
Depois: 1 - fatores de risco. 2 – descrever o passo a passo da OPA 
(oferta pública de ações). Acessar www.cvm.gov.br e/ou sites de RI. 
Até 10 páginas. Para 15/10/2013 
 
ANTENÇÃO: o conteúdo destas notas de aulas refletem o minha compreensão sobre o que foi 
ministrado em sala de aula. Ao estudar por apontamentos de outro aluno, você estará lendo o 
entendimento deste, e não necessariamente o que foi dito pelo professor. Ademais, as notas de 
aulas podem sofrer alterações na esquematização, na ordem, bem como acréscimos de outras fontes 
de pesquisa (geralmente transcritas usando fonte itálico). 
Professor Ricardo Cancio – ricardocancio@usp.br 
20/08/2013 
Introdução ao curso e visão 
geral da economia 
 
1 - Introdução ao mercado 
financeiro 
S (poupança) = I (investimento) 
1) Noções gerais/mercados 
a) Mercado de crédito – venda de crédito 
b) Mercado de capitais – venda de ações 
c) Mercado monetário – títulos de renda fixa 
d) Mercado cambial 
2) Emissão e negociação (mercado de ações) 
- Mercado primário - 
- Mercado secundário 
OPAs (oferta pública de ações) 
3) Tipos de investidores – existem dois tipos: o institucional, que investem em ações, ganhos de 
capitais 
4) Função do mercado financeiro 
5) Desenvolvimento financeiro e crescimento econômico 
Mercado de renda variável 
 
 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 2 
 
27/08/2013 
NO PREGÃO online, onde mostra os valores percentuais de variação da bolsa tem uma sigla ON 
(ordinária, pode votar) ou PN (extraordinária) 
03/09/2013 
Introdução de macroeconomia 
A macroeconomia busca analisar a economia como se fossem 
10/09/2013 
Macroeconomia 
Mercado do trabalho – procura (demanda) - oferta – equilíbrio 
1 – o mercado de bens e serviços 
1.1 – conceitos e identidades 
VA (valor adicionado) = VBP (valor bruto do produto) - - consumo de bens e serviços (tudo que foi 
utilizado para produzir o produto) 
Renda (agregada) = salario + lucro + aluguéis 
DA (demanda agregada) = C (consumo) 
Produto (agregado) = despesa (agregada) = renda (agregada) – Para haver equilíbrio tem que haver 
igualdade entre o que produzido, a demanda e a renda. 
Acrescentado o investimento e poupança, porque nem tudo é consumido, também se poupa. 
Y (PIB) = C (consumo) +S (poupança) 
DA = C+I (investimento) 
Neste caso a poupança (origem, o ofertado) deve ser igual ao investimento pra poder haver 
equilíbrio. 
Lembrar 
Y (oferta agrada) = DA (demanda agregada) 
Para o PIB estar em equilíbrio o poupado deve ser investido, como mostra a equação abaixo. 
C+S = C+I 
S = I (poupança = investimento) 
2 – determinantes do nível de consumo 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 3 
 
Depende do Nível de renda 
Rendimento permanente - pode-se ter uma renda fixa e outra variável, a tendência é gastar mais de 
acordo com a renda fixa. 
Nível de riqueza 
Taxa de juros 
Expectativas 
The General Theary (Kkeynes) (consumo ligado ao rendimento) 
3 – a função consumo 
 
(Existe um consumo mínimo ou autônomo que sempre vai existir porque todo mundo tem que 
comer beber morar) 
C = α (consumo mínimo) + βY (β propensão marginal ao consumo e Y renda disponível) medida em 
decimal, ou seja, 0,1 = 10%. 
Exemplo: C= 100 + β = 0,9 Y = 3000 
100 + 2700 (0,9x3000) = 2800, sobrou para investir 300 
4 – a função poupança 
Y = C + S 
S = - α + (1-β)Y 
S = -100 + 0,1(3000) = -100 + 300 = 200 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 4 
 
 
 
5 – o investimento (planejado) 
Investimento planejado 
 
Investimento contabilizado 
Lembrar 
I = S 
6 – fora do equlibrio 
 
 
consumo 
 45 graus 
Rendimento 
I = S 
I = 200 
S = α + (1-β)Y 
200 = - 100 + (0,1)Y 
200+100 = (0,1)Y 
300 = Y 
0,1 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 5 
 
Y = 3000 
7 – acrescentando o governo 
Y = C + S + T (tributos) 
DA = C + I + G (gastos do governo) 
Sendo que Y = DA 
S + T = I + G 
S – I = G – T 
Fórmula do PIB original 
Y = C + i + G + (Y-M) 
17/09/2013 
Os macro economistas divergem 
• ideias e acontecimentos 
• Novos acontecimentos, novas teorias surgem (1929) 
Dificuldades em realizar experimentos controlados (2001) 
Panorama mundial 
EUA 
Situação atual 
Produto agregado PIB 
Taxa de desemprego 
Inflação 
Problemas 
Déficit orçamentário 
Deve ser reduzido? 
Diminuição da taxa de crescimento 
Nível de poupança e pesquisa 
Nível de investimento e acumulação de capital 
Desigualdade salarial 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 6 
 
Baixo crescimento 
Comércio internacional 
Zona do Euro 
Situação atual 
Produto agregado 
Taxa de desemprego 
Inflação 
Problemas 
Alto nível de desemprego 
Alto déficit 
Integração europeia 
Moeda comum 
Facilita o comercio 
Dificulta as políticas 
Macro economias 
JAPÃO 
1960 a 1990 
A queda brusca 
Índice Nikkei (estouro da bolsa) 
Como resolver? 
Queda nos juros 
Inflação 
1 – Produto agregado 
PIB nominal (soma das quantidades de bens finais produzidas vezes preços correntes, isto é, atual) 
PIB REAL 
Escolha um ano base 
Soma das quantidades de bens finais produzidos vezes preços do ano base 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 7 
 
2 – as principais variáveis macro economias 
L (força de trabalho) = N (empregados) + U (desempregados) 
2.1 – Taxa de desemprego 
μ = 
�
�
 
2.2 – desemprego e atividade 
Lei de Okum 
Crescimento do PIB e queda do desemprego 
Implicações sociais e desemprego 
2.3 – A taxa de inflação 
PIB nominal em alta, mas o real permanece igual 
 
01/10/2013 V2 
Inflação, Desemprego e Mercado de Trabalho 
1. Introdução 
O Desemprego e a inflação são vistos como os principais desafios do Governo 
- Fronteiras nacionais – a abertura comercial dos pais traz a competitividade internacional 
- A progressiva fragilização das fronteiras nacionais. Abertura comercial – acaba a proteção, caem as 
barreiras contra a indústria estrangeira e surge a competitividade internacional 
- Forte fragmentação do processo produtivo. 
- A alteração nos padrões de produção, nos sistemas de gestão e na forma de utilização da mão - de - 
obra. Alguém pode ser empregado de uma empresa brasileira e morar na Índia, trabalhando de 
modo virtual. 
- No Brasil, a abertura comercial em 1990 trouxe para as empresas a necessidade de competir 
 
Inflação 
No Brasil, uma trajetória conturbada com sucesso desde o plano Real. 
 
Importante: A inflação e desemprego impactam no produto e, portanto, não podem ser analisados 
de forma independente. 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 8 
 
2. Produto Potencial 
PIB potencial = A capacidade máxima de produção da economia dado o uso pleno dos seus fatores de 
produção disponíveis e principalmente da tecnologia disponível. É o máximo que o PIB poderia 
render e para isso é necessário: 
- fatores de produção – utilizar os três fatores de produção 
- tecnologia disponível – entenda-se da infraestrutura à tecnologia 
Exemplos de fontes de crescimento do produto: 
 I) Aumento populacional; 
 II) Novas terras para produção agrícola; 
III) Aumento da formação bruta decapital fixo; 
IV) Descoberta de um poço de petróleo ou jazida de ferro; 
V) Inovações tecnológicas; 
VI) Maior qualificação dos trabalhadores. 
2.1 – Fontes de crescimento 
- aumento da população 
- Novas terras/agrícolas 
- FBKF – formação bruta de capital fixo 
- Petróleo 
- Tecnologia 
3. Hiato do Produto 
Outra variável importante para analisarmos as variações do emprego e da inflação é o hiato 
do produto. Ele é representado pela diferença entre o produto potencial e o produto 
efetivo (PIB ou PNB). É a diferença entre o PIB atual e o PIB potencial. 
4. Desemprego 
Os conceitos a seguir são importantes para definição e entendimento do desemprego. 
População total = População com menos de 10 anos + População com mais de 10 anos 
(População em Idade Ativa = PIA). 
População em Idade Ativa (PIA) = População Economicamente Inativa (PEI) + População 
Economicamente Ativa (PEA). 
PEI = Incapazes, aposentados, pessoas que desistiram ou estão impedidas de trabalhar, 
etc.... 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 9 
 
PEA – desempregados ocupados – é a soma dos desempregados mais os ocupados. Exemplo: 20 
desempregados e 80 ocupados, temos o PEA = 100. A taxa de desemprego será: 20/100 = 
PEA = Desempregados + Ocupados. 
A partir destes conceitos definimos: 
1) A taxa de desemprego (TD) como sendo a relação entre o número de desempregados (D) 
e a PEA. 
TD= D/PEA 
Taxa de desemprego 
�
���
 D = desempregados PEA = população economicamente ativa. 
No Brasil, as mais conhecidas metodologias de cálculo da taxa de desemprego são as do 
IBGE e a DIEESE São Paulo. 
4.1 Tipos de desempregos 
4.1.1 Desemprego friccional - Ocorre quando um ou mais indivíduos se desempregam de um 
trabalho para procurar outro. Quem está desempregado temporariamente, deixou o emprego, 
está a procura de outro e vai encontrar, é um desemprego temporário. O quadro econômico está 
estável. 
4.1.2 Desemprego estrutural - Resulta das mudanças da estrutura da economia. 
O desemprego causado pelas novas tecnologias - como a robótica e a informática - recebe 
o nome de desemprego tecnológico. Mudanças na tecnologia, formas de trabalho, a 
mecanização do campo, falta de qualificação profissional. Todas geram este tipo de desemprego. 
4.1.3 Desemprego conjuntural ou cíclico - Decorre da variação cíclica da vida econômica, 
isto é, das épocas de expansão ou de recessão econômica. o quadro econômico mudou, a 
economia caiu e o quadro conjuntural não está bom causando desemprego por um tempo 
indeterminado. 
4.2 Subemprego 
É uma situação econômica localizada entre o emprego e o desemprego. 
Ocorre normalmente quando a pessoa não tem recursos ou condições para se manter 
parada enquanto procura emprego. Não está desempregado totalmente, faz pequenos serviços, 
no mercado informal de trabalho. 
 
 
 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 10 
 
4.3 Taxa natural de desemprego 
Parcela de trabalhadores permanentemente desempregados. Marx os chamou de “Exército 
Industrial de Reserva”. Como constituem uma oferta de mão-de-obra permanente acabam, 
por vezes, a pressionar para baixo o salário dos que se encontram empregados. 
5. Lei de Okun 
A Lei de Okun é uma teoria que propõe uma relação inversa entre desemprego e produto interno 
bruto. (� − �
) = 
 (�� − �) Em que: 
"U" é a taxa de desemprego corrente; 
"Un" é a taxa de desemprego natural, é uma taxa que sempre existe, há sempre um certo número de 
pessoas desempregas; 
" 
 " é uma constante; 
"Yp" produto potencial; e 
"Y" produto corrente. 
- Relação inversa entre produto (PIB) e desemprego 
Exemplo: U=8% -Um 6% 
"A Lei de Okun foi desenvolvida pelo economista Arthur Okun, em 1962. Ela mostra que o 
hiato do produto é proporcional à diferença entre a taxa de desemprego e a taxa natural de 
desemprego. 
A pesquisa na qual se concentrou era quanto deveria crescer a economia para que a taxa de 
desemprego caísse em um ponto percentual. Descreve uma relação linear entre as 
mudanças na taxa de desemprego e o crescimento do produto nacional bruto: por cada 
ponto percentual de diminuição do desemprego, o PIB real cresce em três por cento. A lei 
está baseada em dados da década de 1950 e é válida somente para taxas de desemprego 
entre o 3 e 7,5%." 
6. Inflação 
A inflação é definida como o aumento generalizado do nível dos preços. Em caso contrário, ocorre 
a deflação. 
Tipos de inflação 
a) de demanda - Excesso de procura (demanda) em relação à produção (oferta). 
b) de custo ou de oferta - O aumento dos custos de produção, tais como: 
 
I) aumento no preço das matérias - primas ou insumos básicos, que por sua vez podem ocorrer por 
quebra de safras, guerras ou desvalorização cambial; 
II) aumentos salariais não referendados por crescimento de produtividade; 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 11 
 
III) aumento das taxas de juros; 
IV) atuação de monopolistas e oligopolistas. 
c) inercial - As taxas de inflação são transmitidas de um período para outro, perpetuando-se 
a alta dos preços. 
6.1. Solução para o problema da Inflação 
Para cada tipo de inflação existe um remédio proposto pelas diversas correntes da economia. Uma 
inflação de demanda deve ser combatida, segundo os monetaristas, com o uso da política monetária, 
em particular pelo aumento das taxas de juros. Já os Keynesianos ou fiscalistas propõem o ajuste do 
déficit público. 
Para a inflação de custos, a proposta é adotar uma política salarial mais rígida, fiscalização sobre os 
lucros dos oligopólios ou controle de preços dos produtos. 
No que se refere ao combate da inflação inercial, que tende a manter - se pelo uso de mecanismos 
de propagação utilizados pelos agentes econômicos, a proposta é o congelamento temporário dos 
preços ou a indexação total da economia por um curto período de tempo (vide plano Real). 
7. Consequências da inflação 
a) Dificuldades para estimar o retorno dos investimentos; 
b) Desequilíbrios na distribuição de renda; 
c) Incentivo a proteção com o uso de mecanismos de indexação; 
d) Aumento das taxas nominais de juros; e) Incentivo a aplicações de curto prazo. 
e) PERDA DO PODER AQUISITIVO 
8. A curva de Phillips 
Artigo: “The relationship between unemployment and rate of change of money wages in the 
United Kingdom, 1861- 1957”. William Phillips, 1958. 
g w = - α (u t – u n ) 
g w = ( w t – w t-1 ) / w t-1 
g w =: Taxa de variação dos salário nominal, 
u t =: Taxa de desemprego no tempo t 
u n = : Taxa natural de desemprego 3 
α : = Parâmetro que mede a sensibilidade dos salários em relação ao nível desemprego 
w t =: Salário nominal no tempo t 
w –1 =: Salário nominal no período anterior 
Em 1960, Paul Samuelson e substituem a taxa de variação dos salários nominais (g w) pela 
taxa de inflação dos preços (π t) 
 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 12 
 
A curva de Phillips original: 
 
g w = π t = - α (u t – u n) 
Embora não ocorra em tempos atuais, a inflação média nos períodos pesquisados por 
Phillips e depois por Paul Samuelson e Robert Solow tendia para zero. Com uma inflação 
média tendendo a zero em períodos passados, levantou-se a hipótese de que a taxa de 
inflação esperada também seria zero, de forma que a relação descrita acima passaria a ser p 
= f(u) (taxa de inflação apenas em função da taxa de desemprego). 
 
A curva de Phillips com expectativas: 
π t = π t e - α (u t – u n ) 
Na década de 70, a relação prevista pela curva de Phillips original deixou de ser verificada de 
forma empírica. Normalmente atribui-se essa falha a dois fatores:1 - À crise do petróleo: que forçou as empresas a aumentarem seu markup (preços dados 
os salários); 
2 - Às expectativas de inflação positiva: uma elevada taxa de inflação no ano t era um indício 
taxa também elevada em t+1. 
Como são formadas as expectativas? 
Friedman defendia as chamadas “expectativas adaptativas”, segundo a qual o agente aprenderia 
com os erros cometidos no passado, levando isso em conta na sua expectativa atuais. 
 
Robert Lucas e Thomas Sargent defendiam as chamadas “expectativas racionais” conceito 
de, no qual os agentes possuem todas as informações e tem pleno domínio do instrumental 
macroeconômico, ou seja, inflação esperada é igual à inflação realizada. 
Nesse modelo o erro de previsão ocorre somente devido a eventos aleatórios. Desta maneira, como 
no modelo de Friedman, uma expansão monetária é ineficaz. Porém, no modelo de Lucas e Sargent, 
como os agentes têm expectativas racionais, antecipam suas ações na negociação 
salarial (FILHO,2004). 
 
Curto x Longo Prazo 
No curto prazo, a curva de Phillips permite analisar os movimentos do desemprego e da 
inflação. 
As mudanças na conjuntura internacional no final década de 60 
Edmund Phelps e Milton Friedman defendem que no longo prazo a economia tenderia a 
taxa natural de desemprego (NAIRU) 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 13 
 
Em outras palavras, se o governo utilizasse uma expansão da base monetária com o objetivo 
de ampliar o produto, e em consequência o nível de emprego, ter-se-ia um aumento no nível 
de preços também. 
Assim verificamos o cumprimento da Curva de Phillips, diminui a taxa de desemprego e 
aumenta a inflação. 
Todavia, o nível de emprego está acima da taxa natural, fato gerado pelo excesso de 
demanda por trabalho, pressionando desta maneira o aumento dos salários. Como o 
mercado de trabalho é regido por contratos esta pressão não será sentida de forma 
imediata. No entanto, quando os contratos forem renegociados haverá um aumento 
dos salários, reduzindo a demanda por trabalho. 
Os preços aumentam, mas o produto e o emprego voltam a suas taxas naturais. Isso significa 
dizer que ação da política econômica não teria efeito sobre o longo prazo, gerando apenas 
inflação. 
Portanto, no que ficou conhecido posteriormente como “Emenda Friedman e Phelps”, a 
Curva de Phillips negativamente inclinada passou a ser apenas uma relação de curto prazo. 
No longo prazo a Curva de Phillip s é uma reta vertical. Estava rejeitada a ideia de que os 
governos poderiam escolher entre emprego e inflação. 
O modelo Ball & Moffitt 
Na década de 90 a economia dos Estados Unidos apresentou uma contrariedade ao modelo 
da Curva de Phillips, tinha-se um baixo desemprego e uma inflação controlada. Nesse 
contexto Ball e Moffitt (2001) propuseram adaptação a Curva de Phillips, na qual se 
incorporaria a produtividade do trabalho. Assim eles buscaram mostrar que o crescimento 
da produtividade do trabalho influencia a Curva de Phillips. 
 
QUESTÕES 
1. A lei de Okun ilustra a relação entre: 
a. a taxa de desemprego e a taxa de participação da força de trabalho 
b. variações na taxa de desemprego e o crescimento do PIB 
c. a taxa de inflação e a taxa de desemprego 
d. a taxa de variação do deflator do PIB e o Índice de Preços ao Consumidor 
 
2. A curva de Phillips ilustra a relação entre: 
a. variações na taxa de inflação e na taxa de desemprego 
b. a taxa de desemprego e o crescimento do PIB 
c. a taxa de desemprego e a taxa de participação da força de trabalho 
d. a taxa de variação do deflator do PIB e o Índice de Preços ao Consumidor 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 14 
 
3. Parcela considerável do desemprego que se verifica, atualmente, no mundo, está 
associada a mudanças estruturais na economia – é o denominado desemprego estrutural. 
É CORRETO afirmar que essa modalidade de desemprego é consequência: 
 
A) da adoção de novas tecnologias de produção e gerenciamento industrial. 
B) da crescente importância do setor primário na economia global. 
C) do crescimento da economia informal nos países periféricos. 
D) do desaquecimento e da crise progressivos da economia mundial 
 
4. Qual das seguintes situações ajuda a explicar por que desapareceu a curva original de 
Phillips? 
a. indexação salarial 
b. preços do petróleo mais elevados 
c. empregos de baixos salários 
d. todas antes citadas 
e. nenhuma dessas situações 
 
08-10-2013 
Política Fiscal 
O que é uma política econômica? 
A intervenção do governo na economia com algum objetivo Especifico, tais como: manter elevados 
níveis de emprego e elevas taxas de crescimento econômico com estabilidade de preços. 
1) POLÍTICA FISCAL E A POLÍTICA MONETÁRIA. 
a) Política fiscal = A intervenção do governo na economia por meio de seus gastos e arrecadação de 
impostos. Forma de incentivar a economia - Gastos do governo – aumentando, aumenta o PIB - 
Impostos – aumentado, diminui o PIB (caem as vendas) 
b) Política monetária = A intervenção do governo na economia por meio do financiamento do déficit 
público. Compreende a atuação do Banco Central para definir as condições de liquidez da economia: 
quantidade ofertada de moeda, nível de taxa de juros etc. 
2) FUNÇÕES PARA O SETOR PÚBLICO/GOVERNO. 
a) Função estabilizadora 
Corresponde ao manejo da política econômica para tentar garantir o máximo de emprego e 
crescimento econômico, com estabilidade de preços. Estabilizar a economia, especialmente os 
preços. 
 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 15 
 
b) Função distributiva 
Corresponde à função do governo em arrecadar impostos (reduzir a renda disponível) de 
determinadas classes sociais ou regiões, para transferi-los a outras classes ou regiões do país. 
Distribuição de renda para regiões ou classes. 
c) Função alocativa 
Compreende a ação do governo complementando a ação do mercado no que diz respeito à alocação 
de recursos na economia. O sistema econômico proporciona nítidas sensações de que o mercado, 
por si só, não consegue dar conta. As principais “falhas do mercado” são a existência de 
externalidades, as economias de escala e os bens públicos. Onde serão colocados os recursos, 
direcionar a renda para algum setor. Quem está no poder pode beneficiar uns em 
detrimento de outros. 
3) FALHAS DE MERCADO 
Externalidades 
As externalidades (ou economias externas) correspondem ao fato de que a ação de determinados 
agentes pode ter impactos sobre o resultado almejado por outros agentes, sendo que essa influência 
não consegue ser corrigida pelo sistema de preços. Existem tanto externalidades positivas como 
externalidades negativas. A abertura de uma nova avenida constitui uma externalidade positiva, mas 
a poluição daí advinda é uma externalidade negativa. Pode ser positiva ou negativa. É algo 
gerado por um determinado fato, mas que não está diretamente ligado a este. Exemplo: 
aumento na venda de carros – positivo + empregos, negativo + poluição. 
Economias de Escala 
As economias de escala são definidas como a situação em que o aumento da produção de 
determinado bem, por uma única empresa, leva à redução do custo médio por produto, ocasionando 
o aparecimento dos chamados “monopólios naturais”. Cabe ao Estado regular a atuação desses 
monopólios, ou torná-los monopólios públicos, de modo a evitar a perda de eficiência pela cobrança 
de um “sobrelucro” por parte do monopolista bens públicos. Alta produção permite baixar o 
preço e evitar a concorrência com menores produtores. As pequenas empresas são 
“barradas” pelas grandes. 
Os bens públicos são caracterizados pelo fato de seu consumo ser não excludente e não rival, isto, o 
consumo de uma pessoa não impede o consumode outra. São exemplos a segurança nacional, a 
justiça e outros serviços prestados pelo Estado. 
Estes bens compõem o produto nacional, mas, por não haver um preço de mercado, estes são 
avaliados pelo custo de produção. Isto faz com que a participação do setor público no produto seja 
medida por seus gastos. Não excludente, ou seja, qualquer pessoa pode usar. Exemplo: a 
pavimentação de uma via de uma cidade é paga por pessoas da cidade, mas todos podem 
usar ao passar por ela. 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 16 
 
4) GASTOS E ARRECADAÇÃO 
A) Impostos diretos são aqueles que incidem diretamente sobre o agente pagador (recolhedor) do 
imposto Os principais impostos desse tipo são os impostos sobre a renda (IR) e os impostos sobre a 
riqueza (propriedade). 
B) Impostos indiretos são aqueles que incidem sobre o preço dos bens e serviços. Aí se enquadram o 
imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços (ICMS) e o imposto de produtos 
industrializados (IPI), em que normalmente o empresário embute o valor do imposto no preço da 
mercadoria, onerando o consumidor, com o que diminui sua renda disponível 
5) Déficit público e dívida pública 
Carga Tributária Bruta = Total de impostos arrecadados no país 
Carga Tributária Líquida = Carga Tributária Bruta (-) transferências do Governo 
Poupança do Governo em conta corrente = Carga Tributária Líquida (-) consumo do Governo 
Déficit público = Investimentos governamentais (-) Poupança do Governo em conta corrente 
Necessidade de Financiamento do Setor Público (NFSP) = Mede a pressão do setor público não 
financeiro sobre os recursos financeiros da economia 
6) Resultado primário (Déficit / Superávit / Estável) 
Uma medida muito utilizada de déficit/superávit é o chamado déficit/superávit primário. Esse 
conceito refere-se à diferença entre as receitas não financeiras e os gastos não financeiros. Mostra 
efetivamente a condução da política fiscal do governo, ao apurar somente a arrecadação de 
impostos e os gastos correntes e de investimento, independentes da dívida pública. A relevância 
desse conceito está no fato de separar o esforço fiscal do impacto das variações nas taxas de juros, o 
que, devido ao tamanho do estoque acumulado de dívida, tem grande influência sobre as 
necessidades de financiamento do governo. 
7) A POLÍTICA FISCAL 
Políticas Keynesianas(1) - De acordo com Keynes(1), para eliminar o desemprego e estimular o 
crescimento da renda, o governo deveria incidir em déficits públicos, aumentando gastos ou 
diminuindo impostos, como formas de aumentar a demanda agregada que, para ele, era o 
determinante do produto. Assim, vários autores veem a política econômica expansionista americana 
do pós-guerra como de inspiração keynesiana. O auge dessa política se deu após o governo Kennedy, 
levando a profundos déficits públicos ao longo da década de 60. 
(1) John Maynard Keynes, alto funcionário do governo inglês e também professor, administrador de 
faculdades, homem de negócios, patrono das artes e principal economista de sua época, viveu entre 
1883 e 1946. 
 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 17 
 
7.1) A Política Fiscal e o impacto no crescimento econômico 
A política fiscal pode afetar o nível de produto, desde que a economia esteja operando com 
capacidade ociosa. Se a economia estiver operando próxima do pleno emprego, ou do produto 
potencial, o efeito da política fiscal tende a ser sobre a composição da demanda e não sobre o nível 
de produto. 
 7.2) O equilíbrio no mercado de bens 
 A curva IS (Do inglês Investment - Savings) mostra as condições de equilíbrio no mercado de bens 
(Oferta = Demanda). Neste momento o Investimento (I) torna-se função da taxa de juros 
 Y = C(Yd) + I (r) + G 
 Alterações no INVESTIMENTO levam a ampliação da renda 
 
 
8) A CURVA IS/LM 
 Qualquer ponto sobre a curva IS representa o equilíbrio no mercado do produto, ou seja, Oferta 
Agregada = Demanda Agregada de bens e serviços. 
No gráfico abaixo pode ser observada uma política fiscal do tipo expansionista com implicações 
diretas para o juro e PIB. 
 
LM = política monetária. IS = política fiscal 
IMPORTANTE: A inclinação da curva IS depende essencialmente de dois fatores 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 18 
 
- A sensibilidade do investimento em relação a taxa de juros 
- A propensão marginal a consumir (ou o multiplicador dos gastos) 
Fatores que deslocam a curva IS 
Aumento dos gastos autônomos, ou seja, aumento nos INVESTIMENTO ou CONSUMO GASTOS DO 
GOVERNO. 
 
Questões selecionadas 
1. Um corte nos impostos causará: 
a. um deslocamento da curva IS para a direita 
b. um deslocamento da curva IS para a esquerda 
c. um deslocamento da curva LM para baixo 
d. um deslocamento da curva LM para cima 
 
2. Uma redução nas compras do governo causará: 
a. um deslocamento da curva IS para a direita 
b. um deslocamento da curva IS para a esquerda 
c. um deslocamento da curva LM para baixo 
d. um deslocamento da curva LM para cima 
 
3. A curva IS tem a inclinação para baixo porque: 
a. um aumento das compras governamentais gera um aumento na renda 
b. um aumento da oferta de moeda gera um aumento na renda 
c. uma redução da taxa de juros gera um aumento no investimento e na renda 
d. um aumento da taxa de juros gera uma redução na demanda por moeda 
 
 
 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
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22/10/2013 
Política Monetária 
A política monetária afeta o produto de forma indireta, por meio da: 
Liquidez da economia: quantidade ofertada de moeda, mais dinheiro em circulação. Quanto maior a 
quantidade menor o valor do dinheiro, lei da oferta e demanda. Reduz o nível da taxa de juros. 
FUNÇÕES E TIPOS DE MOEDA 
Liquidez é a capacidade de um ativo converter-se rapidamente em poder de compra. A moeda é o 
ativo mais líquido. 
Três funções que a moeda desempenha no sistema econômico: 
- Meio de troca – desempenha um papel satisfatório, fácil manuseio, pequena, por ser prático trocá-
la por outra coisa. 
- Unidade de conta – pode ser contada, quantificada. 
- Reserva de valor – refere-se ao valor da moeda sem inflação, o que a moeda consegue reter em 
poder de compra. 
DEMANDA POR MOEDA 
Os motivos para demandar moeda são: 
I) transação; compra e venda de bens 
II) precaução; guardar a moeda 
III) especulação. Investir para guardar 
A demanda por moeda depende tanto da renda como da taxa de juros nominal: 
- Quanto maior for a renda, maior será a demanda por moeda. 
- Quanto maior for a taxa de juros nominal, menor será a demanda por moeda. 
IMPORTANTE: Dado o nível de renda, demanda de moeda varia inversamente com a taxa de juros. 
OFERTA DE MOEDA 
Consideraremos que Banco Central controla a oferta de moeda: 
 – Meios de pagamento = ativos utilizados para liquidar transações 
MEIOS DE PAGAMENTO * 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 20 
 
M1 = papel moeda em poder do público + depósitos à vista 
* O foco será apenas em M1 
Importante lembrar que existem outros ativos, tais como: ações, títulos de renda fixa, etc 
SISTEMA FINANCEIRO 
- Considerando meios de pagamento = M1 
- Oferta de moeda: Banco Central + Instituições Financeiras que captam depósitos à vista (“bancos 
comerciais”) 
- BACEN + Bancos comerciais = Sistema Monetário 
- Bancos Comerciais: intermediário financeiro com capacidade de criar moeda 
BANCOS COMERCIAIS 
Captam depósitos à vista, constituem reservas e emprestam o excedente. O fato de emprestar não 
diminui os recursos disponíveis aos depositantes (criação de moeda/multiplicação de meios de 
pagamento ou MULTIPLICADOR MONETÁRIO) 
EXEMPLO • Banco capta R$ 100,00 e mantêm 20% em reservas e em presta o resto (público não 
mantém papel moeda) 
Depósitos à vista Reservas Empréstimos 
100 20 80 
80 16 64 
64 12,8 51,2 
... ... ... 
 
Expansão da quantidade de moeda em poder do público = 100+80+...= 500 
Multiplicador = 1/taxa de reservas = 1/0,2 = 5 
FUNÇÕES DO BACEN 
Como Banco Central injeta moeda na economia? 
– banco dos bancos 
– banco do governo 
– banco emissor 
– depositário de reservas internacionais 
EXPANSÃO DA BAS E MONETÁRIA 
• Ampliação do ativo ou 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 21 
 
• Redução do passivo monetário 
Exemplo: 
– compra de títulos públicos (OPERAÇÕES DE MERCADO ABERTO) 
– compra de divisas 
– empréstimo ao SF 
 QUESTÃO: BACEN CONTROLA M1? 
-BACEN controla BM via política monetária 
-Controle de M1 implica ou controle sobre multiplicador ou que este seja estável 
R E S E R VAS 
- compulsórios – taxa de deposito obrigatória para os bancos (taxa de reserva) 
- voluntários 
BACEN só controla a primeira 
INSTRUM ENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA 
- Operações de mercado aberto 
Reservas compulsórias 
Empréstimos de liquidez / taxa de redesconto 
Determinação de taxas de juros 
Duas correntes alternativas sobre a determinação de taxa de juros 
Taxa de juros como o prêmio pela “espera”, ou seja, pela renúncia ao consumo presente em favor do 
consumo futuro. 
Taxa de juros como o prêmio p ela renuncia a liquidez 
O indivíduo tem duas decisões a tomar: quanto poupar e de que forma guardar a poupança. 
TEORIA DOS FUNDOS EMPRESTÁVEIS 
-Teoria dos fundos emprestáveis (a taxa de juros como prêmio pela espera) 
-A taxa de juros é determinada pela oferta e demanda de títulos 
 
 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
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Questões selecionadas 
1. Quais os efeitos do BACEN reduzir a taxa de reservas compulsória? 
(a) A quantidade de empréstimos aumenta e a oferta de moeda diminui. 
(b) O multiplicador bancário diminui e a oferta de moeda diminui. 
(c) O multiplicador bancário aumenta e a oferta de moeda aumenta. 
(d) A quantidade de empréstimos diminui e a oferta de moeda aumenta. 
(e) Nenhuma das alternativas anteriores 
 
 2. O Banco Central do Brasil (BACEN) tem, entre suas responsabilidades, a de: 
a) Emitir papel-moeda, fiscalizar e controlar os intermediários financeiros, supervisionar a 
compensação de cheques. 
b) Atuar como banco do governo federal e renegociar a dívida externa brasileira. 
c) Aceitar depósitos, conceder empréstimos ao público e controlar os meios de pagamento do país. 
d) Executar as políticas monetária e fiscal do país. 
e) Formular a política monetária e cambial do país 
 
3. Se A taxa de reserva compulsória imposta pelo Bacen é de 0,25, Encontre o multiplicador 
monetário nessa economia. Além disso, sabendo que o DV (Depósitos à vista) inicial é de R$ 1000, 
encontre o valor final em dinheiro criado. (IMPORTANTE; PÚBLICO NÃO MANTÉM PAPEL MOEDA EM 
MÃOS) 
 
4.Entende-se por “operações de mercado aberto’’, especificamente: 
a) Concessão de empréstimos, por parte dos bancos comerciais, empresas e consumidores. 
b) Concessão de empréstimos, pelo Banco Central, a bancos comerciais. 
c) Venda de ações, em bolsa, pelas empresas ao público em geral. 
d) Atividade do Banco Central na compra ou venda de títulos do governo. 
e) N.r.a 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 23 
 
29/10/2013 
Modelo IS-LM: A interligação entre o lado real e monetário 
IS = liquidity money 
O Modelo IS/LM, Modelo Keynesiano Generalizado (MKG), ou ainda Modelo Hicks-Hansen, é um 
instrumento para fins de análise macroeconómica de âmbito didático, cuja representação num 
espaço cartesiano procura ilustrar os pares ordenados de taxa de juro nominal e oferta agregada, em 
que temos equilíbrio de curto prazo no Mercado de Bens e Serviços e no Mercado Monetário. 
 A análise IS-LM procura sintetizar, em um só esquema gráfico, muitas situações 
da política econômica, por meio de duas curvas: a curva IS e a curva LM. Os esquema IS-LM 
resume os pontos de equilíbrio conjunto do lado monetário e do lado real da economia, entre a 
taxa de juros e o nível de renda nacional. 
Curva IS 
Para Sachs e Larrain (2000, p. 385)3, o modelo IS/LM é uma "representação gráfica desenvolvida em 
1937 pelo economista britânico, premiado com o Nobel, Sir John Hicks." 
Os autores explicam ainda que "a curva IS relaciona o nível de demanda agregada com o nível de taxa 
de juros, permanecendo constantes todas as outras variáveis, como gastos do governo e tributos. 
"Um aumento da taxa de juros reduz a demanda agregada em virtude de seu efeito sobre o consumo 
e investimento. Quando representamos essa relação graficamente, encontramos uma curva com 
inclinação decrescente. 
Esse conjunto de pares de taxas de juros e níveis de renda é conhecido como curva IS. O 
nome IS são as iniciais, em inglês, de investimento e poupança ( Investiment-Saving) , pois, 
o equilíbrio do mercado de bens e serviços, refletido na curva, pressupõe equilíbrio entre 
poupança e investimento, e vice-versa 
 
A curva IS mostra as condições de equilíbrio no mercado de bens e serviços, ou seja, a taxa 
de juros e o nível de renda nacional em que a oferta agregada iguala-se à demanda agregada. 
 
Dessa maneira, o modelo de determinação da renda é expandido da seguinte forma: 
 
Y = C (Yd) + I (r) + G 
 
Onde: 
 
Y = nível de renda 
C = consumo 
Yd = renda disponível 
I = investimento 
r = taxa de juros 
G = gastos públicos 
 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 24 
 
Veremos que, quando aumentam os gastos do governo, para uma dada taxa de juros, teremos 
um nível de renda de equilíbrio maior. Analogicamente, um aumento de impostos ou uma 
diminuição de gastos do governo tem o efeito inverso. 
Exemplo 1: No gráfico abaixo pode ser observada uma política fiscal expansionista com 
implicações diretas para o juros e PIB. 
 
 Deslocamentos da IS para a direita: política fiscal expansionista (aumento de G ou queda de 
T) aumento da confiança do consumidor (ou da riqueza do consumidor) melhora das 
expectativas dos investidores. 
 Deslocamentos da IS para a esquerda: política fiscal contracionista queda da confiança do 
consumidor piora nas expectativas dos investidores 
 Curva LM 
Sobre a Curva LM (Liquidy Money): A Curva LM representa o equilíbrio particular do Mercado de 
Ativos. Nesse Modelo, utiliza-se a análise sobre dois Ativos Financeiros (Moeda e Títulos), em que a 
característica da Moeda é possuir Liquidez Absoluta; não rendendo, pois, Juros Nominais. Já os 
títulos Rendem Juros, mas têm Baixa Liquidez, se comparado ao Ativo-Moeda. Supondo um dado 
Estoque de Riqueza Real (W/P) (w salario e P nível de preço) e que as pessoas decidam entre aplicar 
sua Riqueza entre Moeda e Títulos, a interação entre os Títulos e a Moeda no Mercado de Ativos irá 
determinar a Taxa de Juros - supondo, claro, que a Base Monetária é mantida num dado nível. 
No lado monetário da economia, temos que, para um dado nível de renda, teremos uma 
demanda de moeda para transação e precaução. À medida que aumenta a renda, aumenta essa 
demanda. Se o estoque de moeda for fixo, o aumento de renda provoca um aumento da taxa 
de juros, pois, como aumentou a demanda de moeda, aumenta o “preços” da moeda (que é a 
própria taxa de juros). Dessa forma, níveis de renda maiores implicam uma taxa de juros 
maior ou igual 
 
O conjunto de pares de taxas de juros e níveis de equilíbrio da renda é conhecido com acurva LM. O nome vem da iniciais em inglês da demanda e oferta de moeda (Liquidity-
Money), pois, a curva LM reflete o equilíbrio entre a oferta e a demanda de moeda 
 
Evidentemente, tem que haver equilíbrio simultâneo e igual no lado real e no lado monetário 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 25 
 
da economia. Portanto, o ponto onde as duas curvas, IS e LM, se cruzam é o ponto 
de equilíbrio da economia. A análise IS-LM permite analisar o resultado da combinação de 
políticas monetárias e fiscais e seus impactos sobre o lado real e o lado monetário, 
simultaneamente. 
 
A curva LM representa as condições de equilíbrio no mercado monetário. Admitindo que o 
BACEN controle a oferta monetária, esta pode ser considerada exógena (por causas 
externas). A demanda por moeda ocorrerá por dois motivos: transação e portfólio. 
Podemos, contudo, notar que a demanda de moeda aumenta conforme aumenta a renda, e a 
taxa de juros atuará como o custo de oportunidade de se reter moeda. Logo, a demanda por 
moeda mantém relação inversa com a taxa de juros. 
Inclinação da LM : é positiva , pois dada a oferta de moeda, quando um 
dos componentes da demanda de moeda se eleva, o outro deve reduzir-se. Então, se há uma 
elevação na renda que gere aumento da demanda por motivo transação, a taxa de juros deve 
elevar-se para diminuir a demanda por motivo portfólio (especulativo). 
 
Posição da LM : é dada pela oferta real de moeda, afetada basicamente pela 
política monetária. Expansão da oferta de moeda desloca a LM para a direita; Contração da 
oferta de moeda desloca a LM para a esquerda. 
CURVA IS - LM 
A política monetária expansionista representada acima por LM* indica que o PIB será impactado (y) e 
a taxa de juros (i) também. Por consequência, cresce o PIB e cai a taxa de juros. 
CURVA IS - LM 
 
A política monetária expansionista representada acima por LM* indica que o PIB será 
impactado (y) e a taxa de juros (i) também. Por consequência, cresce o PIB e cai a taxa de 
juros. 
Efeito de uma expansão monetária: desloca a LM para a direita, levando a um novo 
ponto de equilíbrio com queda da taxa de juros e expansão da renda 
 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 26 
 
Efeito de uma política fiscal expansionista: desloca a IS para a direita, levando a um 
novo ponto de equilíbrio com aumento da taxa de juros e expansão da renda. 
 
O BACEN pode optar por combinação de políticas para atingir determinados objetivos, Para 
isso seria necessário a utilização das políticas fiscais e monetárias ao mesmo tempo 
 Quadro 1. Efeitos de deslocamentos das curvas IS - LM. 
 Mudança Deslocamento 
 Taxa 
de juros 
 Renda 
Aumento do 
gasto público 
IS para direita Aumenta Aumenta 
Diminuição do 
gasto público 
IS para esquerda Diminui Diminui 
Aumento de 
impostos 
IS para esquerda Diminui Diminui 
Redução de 
impostos 
IS para direita Aumenta Aumenta 
Aumento da 
oferta de 
moeda 
LM para a 
direita 
Diminui Aumenta 
Diminuição da 
oferta de 
moeda 
 LM para a 
esquera 
 Aumenta Diminui 
Diminuição na 
taxa de 
reservas 
bancárias 
 LM para a 
direita 
 Diminui Aumenta 
Aumento nas 
reservas 
Bancárias 
 LM para a 
esquera 
 Aumenta Diminui 
Aumento no 
Grau de 
confiança do 
consumidor 
 IS para direita Aumenta Aumenta 
Diminuição no 
Grau de 
confiança do 
consumidor 
 IS para esquerda Diminui Diminui 
Melhora das 
expectativas 
 IS para direita Aumenta Aumenta 
 ... ... ... ... 
 
 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 27 
 
Questões selecionadas 
1. "O objetivo global da política monetária (LM) consiste, obviamente, no controle do total dos meios 
de pagamento, ou seja, a quantidade de dinheiro circulando na economia. Ocorre que a criação de 
moeda não se processa apenas pelas Autoridades Monetárias, mas também pelos bancos comerciais, 
tais como Bradesco, Itaú e outros. O Banco Central (...) pode controlar a base monetária. Mas o 
volume total de meios de pagamento é um múltiplo dessa base". (SIMONSEN, M.H. Macroeconomia. 
APEC, 1979). De posse desse conhecimento, se coloque no lugar do presidente do Banco Central e 
escolha dentre as alternativas de ações listadas abaixo qual seria a mais apropriada para lidar com o 
aumento do desemprego via a utilização de uma política monetária? 
a) a venda de títulos no mercado aberto. 
b) a compra de títulos no mercado aberto 
c) o aumento taxa de juros básicos 
d) o aumento do depósito compulsório dos bancos comerciais no Banco Central. 
e) a elevação do ISS 
 
2. “Pela primeira vez em quase dois anos, o Banco Central reajustou os juros básicos da economia. 
Por 6 votos a 2, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto 
percentual, para 7,5% ao ano.” 
De acordo com o cenário apresentado no texto acima, um administrador com conhecimentos sobre 
o modelo IS-LM e politicas monetárias restritivas pode afirmar: 
a) o resultado será o deslocamento da curva LM para a esquerda 
b) o resultado será o deslocamento da curva LM para a direita 
c) o resultado será o deslocamento da curva IS para a direita 
d) o resultado será o aumento da produção e a uma queda das taxas de juros 
e) o resultado será o aumento dos gastos do governo 
3.São medidas contracionistas de política monetária: 
I. venda de títulos públicos; 
II. compra de títulos públicos; 
III. redução de depósitos compulsórios; 
IV. elevação de depósitos compulsórios; 
V. redução da taxa de juros de redesconto; 
VI. elevação da taxa de juros de redesconto. 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 28 
 
 Analise os itens acima e assinale: 
 (A) se somente os itens I, IV e VI estiverem corretos. 
(B) se somente os itens I, III e VI estiverem corretos. 
(C) se somente os itens II, IV e VI estiverem corretos. 
(D) se somente os itens II, III e V estiverem corretos. 
(E) se somente o item IV estiver correto 
 4.Se o Banco Central brasileiro decidir diminuir a oferta monetária por meio deoperações de 
mercado aberto, o que terá de fazer? 
 (A) Comprar títulos públicos. 
(B) Vender títulos públicos. 
(C) Aumentar os depósitos à vista. 
(D) Diminuir os depósitos à vista. 
(E) Aumentar os tributos. 
 5.Uma medida de política fiscal pura, anti-recessiva, materializa-se por meio de: 
a) Aumento de gastos do governo e/ou redução da carga tributária acompanhados de um aumento 
nos meios de pagamento. 
b) Redução de gastos do governo e/ou aumento da carga tributária acompanhados de um aumento 
nos meios de pagamento. 
c) Aumento de gastos do governo e/ou redução da carga tributária com meios de pagamento 
constantes. 
d) Redução dos gastos do governo e/ou aumento da carga tributária com meios de pagamentos 
constantes. 
e) Aumento dos meios de pagamento com gastos do governo e carga tributária constantes 
 
 05/11/2013 
Setor Externo 
Benefícios do comercio externo 
a) Elevação da produtividade 
b) Força motora para transformação estrutural 
c) Canal de transmissão de progresso tecnológico 
Os modelos econômicos vão evoluindo de uma economia fechada até a situação de abertura 
do mercado. 
Os Benefícios da abertura de uma economia para o setor externo 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 29 
 
O consumo interno não se limitaria a curva de possibilidades de produção interna de um país. 
O incremento do consumo interno via importação de bens cuja produção, por motivos vários, 
não se justifica no país consumidor em questão. 
Economia de escala que advém da especialização na produção de certos bens. Em uma 
situação de economia de escala,os custos se reduzem como decorrência de uma produção 
maior. 
Ampliação da concorrência, ao disputar o mercado externo, traz, em geral, benefícios quanto 
à qualidade, custos de produção e outros aspectos ligados à fabricação e comercialização de 
produtos exportáveis. 
O comércio internacional, porém, é, necessariamente, uma via de mão dupla: os interesses 
comerciais em questão buscam uma compensação, igualando-se as compras internacionais 
(importações) com as vendas (exportações). 
Nem sempre isto é possível. Surgem então medidas protecionistas da indústria local afetadas 
pelas importações de produtos concorrentes do exterior, consubstanciadas nas barreiras 
alfandegárias, proibição de importações, fixação de quotas de importação e outras. 
Os principais benefícios do comércio exterior em países em desenvolvimento: 
1) Elevação da produtividade econômica; 
2) Força motora capaz de provocar transformações estruturais e, 
3) Canal de transmissão do progresso tecnológico. 
ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS 
Dois Principais grupos: 
(A) Transações Correntes: movimentação de bens e serviços 
(B) Movimento de Capitais: deslocamentos de moeda, créditos e títulos representativos 
e investimento 
 
 A) TRANSAÇÕES CORRENTES: 3 GRUPOS 
(i) Balança comercial: 
Exportações – Importações (X-M) 
(ii) Balança de serviços: 
Não-fatores: viagens, fretes, seguros etc. 
Fatores : lucros, dividendos, juros etc. 
 
(iii) Transferências unilaterais : 
Não existe contrapartida (doações, remessa de imigrantes, reparações de guerra etc.). 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 30 
 
Características: 
Preços externos em US$ 
Preços internos em R$ 
Taxa de cambio 
Renda mundial 
Subsídios e incentivos às “X” 
i) BALANÇA COMERCIAL 
Principais fatores determinantes do saldo comercial 
EXPORTAÇÕES 
- Preços externos em US$ : se aumentarem, elevam X. 
- Preços internos em R$ : se aumentarem, desestimula X e incentiva venda no merca- do 
interno. 
- Taxa de câmbio (R$/US$) : Desvalorização cambial estimula X (exportador nacional ganha 
mais R$ e importador do exterior com mesma quantia em US$ compra mais produtos). 
- Renda mundial : se aumentar, estimula comércio internacional e aumenta X. 
- Subsídios e incentivos às X : na ordem fiscal (isenções de impostos) e na ordem fi- nanceira 
(taxas de juros subsidiada s, financiamento, etc.) aumentam X 
IMPORTAÇÕES 
 
-Preços externos em US$: se aumentarem, diminuem M. 
 
- Preços internos em R$ : se aumentarem, incentiva compra de M. 
 
- Taxa de câmbio (R$/US$) : Desvalorização cambial desestimula M (importador na- cional 
paga mais R$ para comprar mesma quantidade de produtos). 
 
- Renda e produto nacional : se aumentar, país aumenta M. 
 
- Tarifas e barreiras às M : Barreiras quantitativas (elevação das tarifas sobre M) e barreiras 
qualitativas (proibição da M de certos produtos, entrav es burocráticos e estabelecimento de 
quotas ). 
 
ii) BALANÇA DE SERVIÇOS 
 
Subdividida em 4 subcontas: 
1. Transportes e seguros: fretes e prêmios de seguros; 
 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 31 
 
2. Viagens internacionais e turismo; 
 
3. Rendas de capital: juros e lucros; 
 
4. Diversos: gastos com representações diplomáticas, royalties, patentes, assistência técnica, 
comissões, aluguel de equipamentos, filmes, etc. 
iii) TRANSFERÊNCIAS UNILATERAIS: 
 
Pagamentos sem contrapartida de um país para outro. 
1.Remessas de migrantes para suas famílias no país de origem 
 
- enviadas (débito) e recebidas (crédito). 
2.Doações feitas por um governo para outro 
 
- receptor (crédito) e doador (débito). 
 
 IMPORTANTE FIXAR: 
 
Transações Correntes 
Superavitária: 
-País recebe recursos para: 
1) pagamento de compromissos assumidos anteriormente; 
2) investimento do país no exterior e 
3) aumentar reservas. 
 Deficitária: 
-País possui necessidade de: 
1) investimentos estrangeiros; 
2) contrair empréstimos no exterior e 
3) diminuir reservas. 
B) CAPITAIS 
 
- Capitais Autônomos : voluntários (investimento direto, empréstimos, amortizações). 
- Capitais Compensatórios : contas de caixa, empréstimos de regularização e atrasados. 
 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
André Teles Página 32 
 
CAPITAIS AUTÔNOMOS 
 
- Investimentos : K de residentes aplicados no exterior e K de não-residentes no país. 
- Investimentos diretos (aquisição de direitos de propriedade e controle de ativos) e de 
carteira (títulos, ações sem controle efetivo da empresa, etc.); 
- Empréstimos e financiamentos de longo (+ de 10 anos) e médio (1 a 5 anos) prazos ; 
- Empréstimos de curto prazo (menos de 1 ano) : empréstimos recebidos de ou concedi- dos 
para outros países e financiamentos para M ou X; 
- Amortizações : pagamentos do principal referentes a empréstimos e financiamentos toma- 
dos no ou recebidos do exterior. 
 
CAPITAIS COMPENSATÓRIOS 
 
- Variações de reservas : haveres em moeda estrangeira e ouro possuídos em reserva 
pelo país; 
- Operações de regularização : operações realizadas com instituições internacionais (FMI). 
 
- MK = K A + K C Como : TC = - MK = - (K A + K C ) ⇒ TC + K A = - K C 
ERROS E OMISSÕES 
 
-Imperfeições nas estatísticas fazem com que TC + K A ≠ - K C 
-Como K C é medido de forma precisa, introduz-se essa conta na parte de cima do BP. - TC 
+ K A + Erros e omissões = - K C 
 
ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS 
 
(I) Balança comercial 
(II) Balanço de serviços 
(III) Transferências unilaterais 
(IV) Saldo do BP em TC (I + II + III) 
(V) Capitais autônomos 
(VI) Erros e omissões 
(VII) Saldo do BP 
(VIII) Capitais compensatórios 
SALDO EM TC: significa quanto o país importa ou exporta de poupança para financiar 
a formação de capital. 
 
- TC > 0 ⇒ S > I ⇒ envia poupança para financiar I no resto do mundo (C + I < Y). 
- TC < 0 ⇒ S < I ⇒ recebe poupança externa para financiar I (C + I > Y). 
BALANÇO DE SERVIÇOS: FATORES E NÃO-FATORES 
 
- Transferência Líquida de Recursos ao Exterior: saldo das exportações e importações de bens 
e serviços não-fatores. 
- Renda Líquida Enviada ao Exterior : é o saldo dos serviços fatores mais as transferên- cias 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
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unilaterais. 
-TC = TLRE - RLEE 
INDICADORES DA SITUAÇÃO EXTERNA 
Relação dívida externa líquida/exportações 
Grau de abertura: (exportação + importação)/PIB 
- Índice ou coeficiente de vulnerabilidade: relação dívida externa líquida/exportações, mostra-
nos quantos anos de exportação são necessários para pagar a dívida externa. 
- Juros/Exportações: parcela das exportações comprometida com o pagamento de juros 
da dívida externa. 
- Reservas/Importações: quanto de importações está garantido pelas reservas do país caso não 
entre nenhuma divisa no país. 
- Grau de abertura: (exportações + importações) / PIB 
 TAXA DE CÂMBIO: 
Quem demanda moeda estrangeira? 
Quem oferta moeda estrangeira? 
 
Transações entre países requerem compatibilização entre diferentes moedas. Relação entre 
moedas de diferentes países (preço da moeda nacional em termos de moeda estrangeira). 
Exemplo: 
 
E BR/USA = R$/US$. 
MERCADO CAMBIAL 
 
- Mercado cambial: mercado em que as moedas dos diferentes países são transacionadas. 
- Quem demanda moeda estrangeira : importadores, pessoas que possuem dívida com 
o exterior, multinacionais situadas no Brasil, turistas que viajam para o exterior etc. 
 
- Quem oferta moeda estrangeira : exportadores brasileiros; estrangeiros que querem investir 
no Brasil, tomadores de empréstimo no exterior ; turistas estrangeiros no Brasiletc. 
 
- Desvalorização : moeda nacional passa a valer menos em moeda estrangeira. 
 
- Valorização : moeda nacional passa a valer mais em moeda estrangeira 
 
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TAXA DE CÂMBIO REAL: 
 
Relativo de preço entre o produto estrangeiro e o produto nacional. 
 
e = (E x P*)/P 
 
e = taxa de câmbio real. 
E = taxa de câmbio nominal. 
P* = preço do produto estrangeiro em moeda estrangeira. 
P = preço do produto nacional em moeda nacional. 
 
DETERMINANTES DA TAXA DE CÂMBIO 
 
- Longo prazo: competitividade 
- Lei do Preço Único: na ausência de barreiras, produtos homogêneos devem ter o 
mesmo preço em diferentes países quando medidos na mesma moeda 
- Ajustamento via mercado: concorrência perfeita 
EXEMPLO : Big Mac 
 
Preço do Big Mac em Nova York = US$ 3.00 
 
Preço do Big Mac em São Paulo = R$ 6,00 
 
E x US$ 3.00 = R$ 6,00 E = 2,00 R$/US$ 
 
 
PARIDADE DO PODER DE COMPRA : 
 
E = P/ P* 
 
onde: 
 
E = taxa de câmbio nominal. 
P = nível geral de preços internos; 
P* = nível geral de preços no exterior 
 
COMPORTAMENT O DA TAXA DE CÂMBIO 
 
Variação E = p - p* 
 
- Comportamento da taxa de câmbio segue o diferencial entre a inflação interna e a 
inflação externa 
 
- Desvalorização real : 
 
 Variação E > p - p* (aumenta a competitividade) 
 
 
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- Valorização real : 
 
Variação E < p - p* (diminui a competitividade) 
 
DETERMINAÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO 
 
- Curto prazo: Arbitragem. 
 
- Arbitragem: mecanismo pelo qual o retorno dos diferentes ativos se igualam. 
 
- Taxa de câmbio no curto prazo reflete o movimento de capitais. 
 
REGIMES CAMBIAIS 
- Taxa de Câmbio Fixa: 
Banco Central se compromete a comprar e vender moeda estrangeira à taxa estipulada. 
 – Ajustamento do mercado via quantidade: BACEN deve ter reservas suficientes e 
“compromete” controle monetário. 
 
 - Taxa de Câmbio Flutuante: 
Taxa se ajusta para igualar oferta e demanda 
–Não existe desequilíbrio no BP 
–Isola política monetária (Fixa X Flutuante: Volatilidade) 
 
- Bandas cambiais: 
Oscilação da taxa de câmbio em torno de uma taxa de referência até certos limites. 
 
- Flutuação suja (dirty floating): 
 Taxas flexíveis administradas ou controladas. 
 
- Currency board :regime de câmbio fixo em que a oferta de moeda está ancorada no 
volume de reservas cambiais. 
-Taxa de câmbio flutuante, com livre mobilidade de capital: 
–Política fiscal ineficaz 
–Política monetária eficaz 
-Taxa de câmbio fixa: 
–Política fiscal eficaz 
–Política monetária ineficaz 
 
 
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QUADRO: REGIMES CAMBIAIS 
 
CAMBIO 
FIXO.........................................
... 
CAMBIO 
FLUTUANTE..............................
... 
CARACTERÍSTICAS...
... 
 
- Bacen fixa a taxa de cambio 
- Bacen é obrigado a 
disponibilizar as reservas 
cambiais 
 
- O mercado determina a taxa de 
cambio 
-Bacen não é obrigado a 
disponibilizar as reservas 
cambiais 
VANTAGENS.................
.. 
 
- Maior controle da 
inflação (custo de produtos 
importados estável) 
 
 - Política Monetária mais 
independente do cambio 
- Reservas cambiais mais 
protegidas de ataques 
especulativos 
DESVANTAGENS.........
.. 
 
- Reservas cambiais vulneráveis 
a ataques especulativos 
-A política monetária (TAXA 
DE JUROS) fica dependente do 
volume de reservas cambiais 
 
 - A taxa de cambio fica muito 
mais dependente da volatilidade 
do mercado financeiro nacional e 
internacional 
- Maior dificuldade de controle 
das pressões inflacionárias, 
devido às desvalorizações 
cambiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES SELECIONADAS 
 1. O Brasil está saindo da rota de atração de investimentos de grandes projetos 
siderúrgicos devido à _____ do real frente ao dólar e ao aumento dos custos de 
equipamentos, serviços e tributos. O presidente mundial da gigante siderúrgica europeia 
Arcelor, Guy Dollé, disse: “Antes da apreciação do real, o custo do projeto no Maranhão 
era de US$ 2,3 bilhões, agora está raspando os US$ 3 bilhões. Na China custaria US$ 1 
bilhão.” (Valor Econômico) Assinale a alternativa que complete corretamente a lacuna 
acima. 
(A) desvalorização 
(B) queda 
(C) valorização 
(D) inflação 
(E) taxa de juros 
 2.A taxa de câmbio é definida como o “preço, em moeda nacional, de uma unidade 
monetária estrangeira”. Sendo assim, que instituição regula a taxa de câmbio brasileira 
atualmente? 
(A) Banda Cambial, com intervenção do governo do Brasil. 
(B) O mercado, com intervenções do Banco Central do Brasil. 
(C) O Banco Mundial 
(D) O Banco Interamericano de Desenvolvimento, conjuntamente com o Federal Reserve 
(E) O Banco do Brasil, com auditorias do Banco Central do Brasil. 
 
3.Para um país, um saldo superavitário em transações correntes [Balança Comercial + 
Balança de Serviços (fretes, seguros, ...)] indica: 
(A) que o país comprou mais bens e serviços do exterior do que vendeu. 
(B) que o país vendeu ao exterior mais bens e serviços do que comprou. 
(C) que está havendo uma poupança externa negativa. 
(D) que está havendo uma transferência de renda do país que apresentou o déficit para o 
“Resto do Mundo”. 
(E) que o país não se encontra no pleno emprego dos seus fatores de produção. 
 4. Um superávit expressivo no saldo do balanço de pagamento provavelmente provocará: 
(A) uma desvalorização da moeda nacional. 
(B) uma valorização da moeda estrangeira. 
(C) uma valorização da moeda nacional. 
(D) um aumento da taxa de juros. 
(E) um aumento no índice de preços. 
 
 
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 5 O fenômeno da depreciação do dólar em relação a outras moedas é decorrente: 
(A) da diminuição da taxa de juros nos títulos do governo dos Estados Unidos. 
(B) do aumento da taxa de juros nos títulos dos Estados Unidos. 
(C) da maior disponibilidade de crédito na economia americana. 
(D) do aumento da inovação na economia americana. 
(E) do aumento da inovação combinado com um aumento do crédito na economia 
americana 
12/11/2013 
Documentário: 
"TRABALHO INTERNO" 
 
 
Estado Regulador: Regulação e Defesa da Concorrência 
Sherrman Act - 1890 
Clayton act - 1914 
Federal Trade Commision Act - 1914 
FEDERAL TRADE COMMISSION (FTC) 
BRASIL 
A lei da concorrência só passou a existir a partir da década de 60. Lei n 8.884 de 1994 que deu 
maiores poderes ao CADE (Conselho Administrativo de Política Econômica) a aprovação dessa lei foi 
uma resposta às mudanças estruturais de 1991. 
23.1 Mudanças no Grau de concentração da economia Brasileira 
23.2 Justificativa para a existência de regulação 
Defesa da livre concorrência em contraposição às estruturas monopolíticas 
Preços de equilíbrios menores maior variedade de produtos 
Produção mais eficiente 
AUMENTO DO BEM ESTAR DO CONSUMIDOR 
 
MERCADOS CONTESTÁVEIS 
 
Economia Aplicada ao Direito 
 
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Barreiras à entrada 
 - Um crescente número de fusões aconteceu principalmente entre os anos de 1995 e 2000 
 - A concentração do mercado 
- Economias de escala 
 Necessidade de regulação para evitar excessivo PODER DE MERCADO das empresas. 
MONOPÓLIO 
OLIGOPÓLIO 
CONCORRÊNCIA OLIGOPOLÍSTA 
(monopólios naturais) 
23.3 Práticas Anticoncorrenciais 
Formação de cartel – conluio entre pessoas jurídicas. 
Venda casada 
Dumping – vender um produto abaixo do preço real de produção, em outro mercado,para quebrar 
os concorrentes de outro país. 
Política de preços predatórios – o mesmo que dumping, mas aplicado ao mercado interno. 
Discriminação de preços 
Exigência de exclusividade - 
Preços de revenda 
Concentração vertical – compra da cadeia produtiva 
Concentração horizontal – compra de outras empresas do mesmo segmento 
Conglomeração – compra outras empresas de diversos segmentos diferentes. 
23.4 LEIS ANTITRUTE 
23.5 DEFINIÇÃO DE MERCADO RELEVANTE 
bens substitutos 
23.6 AGÊNCIAS REGULADORAS 
 
SEAE 
 
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SDE 
CADE 
23.7 AGENCIAS REGULADORAS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS 
ANEEL 
ANATEL 
ANP 
ANS 
SUSEP 
 
Questões Selecionadas 
 
1. O que são mercados contestáveis 
 
2. Cite três condutas anticoncorrênciais e explique o que são 
 
3. Explique o que é concentração vertical e concentração horizontal 
 
4. Disserte sobre os prós e contras de uma fusão entre duas empresas concorrentes

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