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Aula 8 - Conflitos Internacionais - Arbitragem

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Professor Doutor Vladmir Silveira 
Assistente Carolina Fernandes
Monitor Helder França
Aula 8 – Conflitos Internacionais – Parte III – Arbitragem
05.05.2015
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Professor Doutor Vladmir Silveira Assistente Carolina Fernandes 
Monitor Helder França
A ARBITRAGEM - Jurisdição ad hoc. 
- em primeiro lugar, cumpre dizer que como já analisado a arbitragem é uma via jurisdicional e não judiciária de soluções de litígios internacionais, vez que, as partes devem escolher um árbitro, relatar a matéria do conflito, bem como, delimitar o direito a ser aplicado; 
- assim o foro arbitral não possui permanência, e uma vez proferida a sentença a atividade do árbitro termina, restando às partes conflitantes o cumprimento da sentença proferida sob pena de se configurar ato internacional ilícito;
- Árbitros e tribunais arbitrais.
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- no que se refere à escolha dos árbitros geralmente esta recai sobre os chefes de Estado;
- assim é notório que as decisões proferidas, muitas vezes, podem trazer em seu bojo uma motivação nebulosa, vez que os árbitros podem proferir decisões que futuramente podem ir de encontro aos seus próprios interesses futuros;
A Corte Permanente de Arbitragem.
 
esta se trata de uma lista permanente de pessoas que possuem qualificação para atuarem como árbitros;
- nos dias de hoje existem aproximadamente um pouco mais de duzentos nomes, sendo certo, que a indicação dos nomes cabe à uma secretaria especializada que atua na cidade de Haia;
- vale dizer, que esta secretaria é patrocinada por governos que podem indicar até quatro pessoas;
- a decisão arbitral é chamada de “Sentença da Corte Permanente de Arbitragem”, denominação que é considerada imprópria;
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Base jurídica da arbitragem.
- em primeiro lugar, quando dois estados conflitantes optam pela arbitragem para a solução do conflito, antes, deve ser celebrado o chamado compromisso arbitral supracitado compromisso se trata de um tratado bilateral, o qual deve conter a descrição do litígio, mencionar as regras do direito aplicável, a designação do árbitro ou do tribunal arbitral, estabelecer prazos e regras para o procedimento, bem como, o compromisso dos Estados conflitantes em cumprir a decisão da sentença arbitral;
- pode ocorrer casos, em que os Estados recorram à arbitragem por assim terem estipulado antes mesmo da existência de um conflito, nesses casos, o compromisso prévio poderá ter sido acordado por um tratado geral de arbitragem, ou por uma cláusula arbitral realizada em qualquer tratado;
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Natureza irrecorrível da sentença arbitral.
 da sentença arbitral não cabe recurso e, portanto essa é definitiva;
- isso ocorre, pois após o árbitro proferir a sentença esse se desincumbe de qualquer encargo jurisdicional, cabendo às partes o cumprimento da sentença;
 
 dizer que a sentença arbitral é irrecorrível, não quer dizer que os Estados litigantes não possam discordar do que fora decidido;
- desta maneira, pode ocorrer que uma ou ambas as partes se dirijam ao árbitro pedindo para que este aclare alguma ambigüidade, omissão ou contradição da decisão, o que recebe o nome de pedido de interpretação e corresponde aos embargos de declaração em nosso ordenamento jurídico;
- nesse sentido, resta ainda a uma das partes requerer a nulidade da sentença arbitral, para eximir-se de cumpri-la nos casos em que o árbitro comete uma falta grave (corrupção, abuso ou desvio de poder); 
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Obrigatoriedade da sentença arbitral.
 - como já analisado, a decisão arbitral possui índole jurisdicional e obrigatória, sendo certo, que o não cumprimento da mesma configura ato ilícito;
 - porém, essa obrigatoriedade não esta ligada à uma coerção por forças superiores, mas sim, no princípio do pacta sunt servanda, vez que ambas as partes sabiam que enquanto uma venceria a outra sucumbiria;
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2.4 Carência de executoriedade.
 
 mesmo sendo a sentença arbitral definitiva e obrigatória esta não pode ser executada, ou seja, o cumprimento da mesma depende da boa-fé e honradez das partes;
- nem mesmo o árbitro que proferiu a decisão possui meios para fazer com que o estado sucumbente cumpra o que restou decidido
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