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CAPÍTULO 18 Propriedades Térmicas da Matéria O modelo do “gás ideal” descreve muitas situações reais? Qual é a sua origem? Quando ele se aplica? Um gás qualquer ocupa um certo volume e está em equilíbrio. Deseja-se dobrar o seu volume e sua pressão. Podemos afirmar que: TC a) É impossível, uma vez que o sistema é isolado. b) É impossível, uma vez que o produto PV é constante. c) Pode ser possível ou não, mas é necessário saber se o gás é ideal ou real. d) É possível, apenas se o gás for ideal. e) É possível, seja qual for o tipo de gás. Departamento de Física da UFV – Álvaro J. M. Neves; Alvaro V. N. de C. Teixeira. Resp.: e Os parâmetros a e b na equação de van der Waals têm origem respectivamente 𝐩 + 𝐚 𝐧𝟐 𝐕𝟐 𝐕 − 𝐧 𝐛 = 𝐧𝐑𝐓 TC a) Na interação intermolecular atrativa e no volume finito ocupado pelas moléculas de um gás real. b) No volume finito e na interação intermolecular atrativa existente entre as moléculas de um gás real. c) No efeito das colisões das moléculas com as paredes e das colisões entre moléculas. d) As constantes de van der Waal são puramente empíricas. Sua origem é desconhecida. Departamento de Física da UFV – Álvaro J. M. Neves; Alvaro V. N. de C. Teixeira. Resp.: a As constantes de van der Waals (a e b) para a água e o gás nobre hélio obedecem à seguinte relação TC a) aH2O > aHe e bH2O > bHe b) aH2O > aHe e bH2O < bHe c) aH2O < aHe e bH2O > bHe d) aH2O < aHe e bH2O < bHe Dica: As constantes a e b representam correções na equação dos gases ideais. Qual é mesmo a origem de cada uma dessas constantes? Equação de van der Waals: 𝐩 + 𝐚 𝐧𝟐 𝐕𝟐 𝐕 − 𝐧 𝐛 = 𝐧𝐑𝐓 Departamento de Física da UFV – Álvaro J. M. Neves; Alvaro V. N. de C. Teixeira. Resp.: a Em uma fábrica que produz filmes plásticos ar é bombeado dentro de um cilindro de polietileno de modo que este é fundido e o gás tem força suficiente para expandir esse cilindro até que suas paredes tenham cerca de 10 micra (10 micrômetros). Você é o engenheiro responsável pelo dimensionamento do equipamento. Você pode usar a relação de gases ideais PV = nRT sem muitos erros? TC a) Sim, pois P é baixa e T é baixa. b) Sim, pois P é baixa e T é alta. c) Sim, pois P é alta e T é baixa. d) Não, pois P é alta e T é alta. e) Não, pois P é baixa e T é baixa. f) Não, pois P é baixa e T é alta. g) Não, pois P é alta e T é baixa. h) Não, pois P é alta e T é alta. Departamento de Física da UFV – Álvaro J. M. Neves; Alvaro V. N. de C. Teixeira. Resp.: h Exemplos da produção de filmes pode ser encontrados em: www.youtube.com/watch?v=lRWdCsKhDf4&feature=related www.youtube.com/watch?v=w8mIbGYu_Cs Considere a colisão ilustrada abaixo de uma molécula de um gás ideal com uma das paredes do vaso que o contém. Considerando que a colisão é elástica (energia cinética é conservada), é correto afirmar que TC vi vf a) vf ≠ vi e vf = vi b) vf = vi c) vf ≠ vi e vf ≠ vi d) É impossível estabeler uma relação entre vi e vf, sem mais informações. Resp.: a Departamento de Física da UFV – Álvaro J. M. Neves; Alvaro V. N. de C. Teixeira. Consideremos duas amostras de hélio. Ambas estão à mesma temperatura e ocupam o mesmo volume. Entretanto, a amostra 1 contém o dobro do número de moléculas que a amostra 2. Utilizando a aproximação do gás ideal, conclui-se que TC a) p1 = 2 p2 , pois a frequência das colisões moleculares nas paredes do recipiente é o dobro na amostra 1. b) p1 = 2 p2 , pois na amostra 1 cada colisão molecular nas paredes do recipiente transfere em média o dobro do momento. c) p1 = p2 , pois o tipo de gás, o volume e temperatura são os mesmos nas duas amostras. d) p1 = p2 , pois a frequência das colisões moleculares nas paredes do recipiente e o momento médio que elas transferem são iguais nas duas amostras. Resp.: a Departamento de Física da UFV – Álvaro J. M. Neves; Alvaro V. N. de C. Teixeira. Na dedução do livre caminho médio pode-se afirmar a) Que as moléculas podem ter qualquer forma. b) Que considera-se uma molécula parada e calcula-se o número de colisões por tempo dt com as outras moléculas que estão em movimento. c) O volume considerado foi um cilindro, mas poderia ter qualquer forma. d) Só as moléculas que tem o centro dentro do cilindro que são consideradas nas colisões. TC Departamento de Física da UFV – Álvaro J. M. Neves; Alvaro V. N. de C. Teixeira. Resp.: d Na dedução da relação do livre caminho médio qual afirmativa está falsa? a) O gás deve necessariamente ser ideal. b) O número de colisões de uma molécula é dada pelo número de moléculas dentro de um cilindro no qual a molécula passa. c) As moléculas são consideradas estáticas (não se movimentam) com exceção de uma molécula. d) A densidade é constante em todo o espaço e em qualquer volume. TC Departamento de Física da UFV – Álvaro J. M. Neves; Alvaro V. N. de C. Teixeira. Resp.: a Seja um gás é mantido dentro de um recipiente fechado de volume fixo. Ao aumentarmos a temperatura do gás podemos afirmar que o livre caminho médio: TC a) Diminui. b) Não se altera. c) Aumenta. d) Não é possível fazer qualquer afirmativa sem mais dados. Link para animação http://surendranath.tripod.com/Applets/Heat/MolMotion/MM.html Departamento de Física da UFV – Álvaro J. M. Neves; Alvaro V. N. de C. Teixeira. Resp.: b A parte da matéria que envolve o cálculo de Cv para gases di, tri, poliatômicos pressupõe que o gás seja: TC a) Ideal, caso contrário a energia cinética de translação não seria 3/2 nRT. b) Ideal, pois gases reais não têm rotação e/ou vibração. c) Não-ideal, pois apenas o fato de considerarmos mais átomos implica que o gás não pode ser ideal. d) Não-ideal, pois no gás ideal há apenas a translação. Departamento de Física da UFV – Álvaro J. M. Neves; Alvaro V. N. de C. Teixeira. Resp.: a Reveja o argumento que leva à previsão de que o calor específico molar a volume constante (CV) de um gás ideal monoatômico é 3/2R. O resultado não se aplica para um gás ideal diatômico (CV = 5/2 R) por que: TC a) a energia cinética de translação de gás ideal diatômico não é 3/2 nRT. b) a energia cinética total de gás ideal diatômico não é 3/2 nRT. c) o gás diatômico, ao contrário do monoatômico, não é ideal. d) o gás diatômico tem outras formas de energia, além da energia cinética. Departamento de Física da UFV – Álvaro J. M. Neves; Alvaro V. N. de C. Teixeira. Resp.: b Cálculo de médias. Seja o conjunto de pontos: 𝑥 = 1, 1, 1, 2, 3, 7, 7, 7, 7, 8, 8 Média: 𝑥 = 1 + 1 + 1 + 2 + 3 + 7 + 7 + 7 + 7 + 8 + 8 13 ou: 𝑥 = 1 3 + 2 1 + 3 1 + 4 0 + 5 0 + 6 0 + 7 4 + 8 2 + 9 0 +⋯ 3 + 1 + 1 + 0 + 0 + 0 + 4 + 2 + 0 +⋯ ou ainda: INFO ∆𝑥 = 1 𝑥 = 𝑥𝑖𝑓(𝑥𝑖)∆𝑥 ∞ 𝑖=1 𝑓(𝑥𝑖)∆𝑥 ∞ 𝑖=1 ; com𝑓(𝑥𝑖)∆𝑥 o número de vezes que o número 𝑥𝑖 aparece no intervalo entre 𝑥𝑖 e 𝑥𝑖 + ∆𝑥 . Graficamente esse número é a área de cada retângulo. Departamento de Física da UFV – Álvaro J. M. Neves; Alvaro V. N. de C. Teixeira. Se, agora os valores de 𝑥 variam de 0,5 em 0,5 (∆𝑥 = 0,5), por exemplo: 𝑥 = 0,5; 0,5; 0,5; 1; 1; 1,5; 2,5; 3; … A média continua sendo: 𝑥 = 𝑥𝑖𝑓(𝑥𝑖)∆𝑥 ∞ 𝑖=1 𝑓(𝑥𝑖)∆𝑥 ∞ 𝑖=1 . ∆𝑥 = 1 ∆𝑥 = 0,5 INFO Departamento de Física da UFV – Álvaro J. M. Neves; Alvaro V. N. de C. Teixeira. Se 𝑥, agora, é uma variável real positiva, podemos continuar o mesmo raciocínio fazendo o intervalo ∆𝑥 tender a 0: 𝑥 = lim Δ𝑥→0 𝑥𝑖𝑓(𝑥𝑖)Δ𝑥𝑖 𝑓(𝑥𝑖)𝑖 Δ𝑥 =𝑥𝑓 𝑥 𝑑𝑥 ∞ 0 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 ∞ 0 . ∆𝑥 = 0,5 𝑑𝑥 INFO Departamento de Física da UFV – Álvaro J. M. Neves; Alvaro V. N. de C. Teixeira. Conclusão: conhecendo-se a função 𝑓 𝑥 pode-se calcular qualquer média integrando o produto de 𝑓 𝑥 com o valor no qual se quer tirar a média em todo o intervalo de 𝑥. Exemplos: 𝑥 = 𝑥𝑓 𝑥 𝑑𝑥 ∞ 0 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 ∞ 0 ; 𝑥2 = 𝑥2𝑓 𝑥 𝑑𝑥 ∞ 0 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 ∞ 0 ; 𝑎𝑥5 = 𝑎𝑥5𝑓 𝑥 𝑑𝑥 ∞ 0 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 ∞ 0 ; etc. Obs.: - Nos exemplos dados supõe-se que só existem valores não-negativos de 𝑥 (o que é o caso, por exemplo, da velocidade de uma partícula). - A função 𝑓(𝑥) é comumente normalizada de modo que a integral 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 ∞ 0 seja igual a 1. Esse é o caso das distribuições de velocidades mostradas no livro-texto. INFO Departamento de Física da UFV – Álvaro J. M. Neves; Alvaro V. N. de C. Teixeira. Em relação ao gráfico abaixo que mostra a distribuição de velocidades de um gás podemos afirmar que a velocidade média das moléculas é: TC 0 2 4 6 8 10 0 20 40 60 80 100 f(v) v (m/s) a) 30 m/s. b) 10 m/s. c) Maior que 30m/s. d) Menor que 30m/s. Departamento de Física da UFV – Álvaro J. M. Neves; Alvaro V. N. de C. Teixeira. Resp.: c Das opções abaixo, as setas mostradas no gráfico mostram, da esquerda para direita: I – velocidade média II – velocidade mais provável III – velocidade quadrática média IV – sem importância. TC 0 2 4 6 8 10 0 20 40 60 80 100 f(v) v (m/s) a) I – II – III - IV b) IV – II – I - III c) IV – I – III - IV d) IV – III – I – IV e) III – IV – I - II Departamento de Física da UFV – Álvaro J. M. Neves; Alvaro V. N. de C. Teixeira. Resp.: b Você é capaz de argumentar porque o valor médio da velocidade de um gás é dado por 𝑣𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 𝑣𝑓 𝑣 𝑑𝑣 ∞ 0 ? Dica: - Como é calculado a média de um conjunto de valores v1, v2, … vn? - Use o teorema fundamental do cálculo. - Tenha claro qual é a definição de f(v). PROB 0 2 4 6 8 10 0 20 40 60 80 100 f(v) v (m/s)
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