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Realismo de Carr A crítica de Carr ao idealismo foi fundamental para o realismo político Carr não apresenta uma teoria das relações entre Estados (internacionais) – ele “só” critica o idealismo, ou utopismo, e descreve como o mundo é. (Aquela idéia de “como o mundo deveria ser” x “como o mundo é”) Carr explora as contradições entre as duas tradições (utópica e realista) do pensamento político da época: Cooperação x conflito; natureza boa x natureza má; moral x raciocínio lógico Para Carr, a política internacional = política do poder (mas sem esquecer a moral e a ética) Análise da política internacional por duas perspectivas: O nascimento da política internacional foi resultado de demandas populares para explicar a guerra e como evitá-la. O desejo de evitar a guerra determinou a direção inicial do estudo da política internacional e o idealismo é o passo inicial do estudo da política internacional. (O idealismo se preocupou tanto com o seu “fim” – prevenir a guerra – que esqueceu o seu “meio”) A experiência humana na política é cíclica. Cada ciclo é orientado pelo embate de duas tradições filosóficas: Utópica x Realista Realismo é um instrumento analítico com bases científicas sólidas, evitando um instrumento teórico perfeito, mas sem eficiência prática. 3 princípios básicos do realismo: (Carr buscou em Maquiavel) A História é uma sequência de causa e efeito, cujo curso se pode analisar e entender através do esforço intelectual, não dirigida pela “imaginação” A teoria não cria a prática, mas sim a prática é quem cria a teoria (“Bons conselhos nascem da sabedoria do príncipe e não a sabedoria do príncipe [nasce] dos bons conselhos” - Maquiavel) *Pq o idealismo ñ é uma teoria A política não é uma função da ética, mas sim a ética o é da política. A moral é produto do poder - Estados modernos tem a nacionalidade como base de toda ação internacional, ou seja, a política interna define a política externa - O interesse nacional racional do Estado é a segurança no sistema internacional anárquico - O sistema internacional é anárquico porque não existe um poder internacional soberano - O equilíbrio de poder passou a ser o objetivo no sistema internacional, espaço caracterizado por conflitos - Carr afirma que o realismo (do modo que ele pensa) não é o produto final – o realismo não é algo inalterável. Carr não nega que há uma importância no utopismo (idealismo) A política é composta de dois elementos – utopia e realidade – pertencentes a dois planos diferentes que jamais se encontram. Toda situação política contém elementos mutuamente incompatíveis de utopia e realidade, de moral e poder, ou seja, Carr não descarta o conceito de moral dos idealistas para elaborar o pensamento realista - Necessidade do equilíbrio entre utopia e realismo para a realização de uma análise da política internacional (equilíbrio idealismo x realismo) - A explicação adequada não está somente no idealismo, nem somente no realismo, mas na combinação de ambas
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