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Bruna Patrícia Paula do Nascimento
 Faculdade do Maranhão- FACAM
 Curso de Serviço Social – 3° Período
 Desenvolvimento Local e Práticas Comunitárias
 Professor: Diego S. Araújo
 
 FICHAMENTO
 
 Bacabal-MA.
 2012
Desenvolvimento Local e Práticas Comunitárias
Contém 40 páginas
Capítulo 1-Trajetória Histórica do Desenvolvimento de Comunidade
Unidade 1- Conceitos Introdutórios sobre Desenvolvimento, Território e Comunidade.	
Compreender o trabalho do Assistente Social na Comunidade é necessário abordar os conceitos de desenvolvimento, comunidade, local e território. Vamos perceber que os conceitos estão intrinsecamente relacionados, pois cada um se relaciona com outras dimensões espaciais e são constituídos por fatores comuns, os quais são portadores de diferenças.
Desenvolvimento
Segundo o dicionário da língua portuguesa da porto editora define o desenvolvimento como sendo a ação ou efeito de desenvolver ou de se desenvolver. Se o conceito de desenvolvimento for aplicado a uma comunidade humana, nesse caso, está-se perante uma situação de progresso em termos econômicos, sociais, culturais ou políticos. (pág.06)
O PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) é o órgão da ONU ao qual compete, entre outras tarefas, elaborar a medida conhecida como Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH). Este indicador social estatístico é composto por três parâmetros: uma vida longa e saudável, a educação e um nível de vida digno.
Território
Claude Raffestin (1993) é um dos autores pioneiros na abordagem do território, destaque na sua obra o caráter político do território. É essencial compreender bem que o espaço é anterior ao território. O território se forma a partir do espaço, é o resultado de uma ação conduzida por um ator sintagmático em qualquer nível. Ao se apropriar de um espaço, concreta ou abstratamente [...] o ator territorializa o espaço.
A concepção enfatizada pelo autor, o território é tratado, principalmente, com uma ênfase politico-administrativa, isto é, como o território nacional, espaço físico onde se localiza uma nação; um espaço onde se delimita uma ordem jurídica e política; um espaço medido e marcado pela projeção do trabalho humano com suas linhas, limites e fronteiras. (pág.07)
O conceito de território não deve ser confundido com o de espaço ou de lugar, estando muito ligado à ideia de domínio ou de gestão de uma determinada área. O território está associado à ideia de poder, de controle, quer se faça referência ao poder público, estatal, quer ao poder das grandes empresas que entendem os seus tentáculos por grandes áreas territoriais, ignorando as fronteiras políticas.
Nota-se, portanto, que o território pode ser entendido como o controle administrativo, fiscal, jurídico, político, econômico, afetivo, do espaço ou de uma região. (pág.10)
1.3 Comunidade
Este termo comunidade vem sendo utilizado, nos últimos tempos, de forma desordenada, o que contribui para uma confusão conceitual que esvazia seu significado. Qualquer agrupamento tem sido chamado de comunidade, sejam bairros, vilas, cidades, segmentos religiosos, segmentos sociais etc. Não há como negar que a palavra comunidade evoca sensações de solidariedade, vida em comum, independentemente de época ou de região.
Weber chama de comunidade uma relação social quando a atitude na ação social no caso particular, em termo médio ou no tipo puro inspira-se no sentimento subjetivo dos partícipes da constituição de um todo. (pág.11)
 
O sentido de pertencimento, elemento fundamental para a definição de uma comunidade, desencaixa-se da localização: é possível pertencer a distância. Evidentemente, isso não implica a pura e simples substituição de um tipo de relação (face a face) por outro (à distância), mas possibilita à coexistência de ambas as formas, com o sentido de pertencimento sendo comum às duas. Neste sentido, a territorialidade pode assumir caráter físico ou simbólico. (pág.14)
Capítulo 2 – A Questão Local e as Comunidades Tradicionais
Trata-se de um espaço no qual está em jogo não apenas aspectos geográficos e territoriais, mas também elementos de ordem cultural, histórica, linguística, política, jurídica, de fluxo informacional e econômico etc. Devido às inter-relações entre comunidade, região e comunidade, há ainda dificuldades em se estabelecer fronteiras entre estes espaços, o que pode criar algumas confusões conceituais. Na prática, as características destes espaços acabam se misturando, principalmente entre o local e o comunitário. (pág.16)
O local se caracteriza como um espaço determinado, um lugar específico de uma região, no qual a pessoa se sente inserida e partilha sentidos. É o espaço que lhe é familiar, que lhe diz respeito mais diretamente, muito embora as demarcações territoriais não lhe sejam determinantes. (pág.19)
2.1 Comunidades e Povos Tradicionais
A constituição Federal de 1988 diz que: Povos e Comunidades Tradicionais são grupos que possuem culturas diferentes da cultura predominante na sociedade e se reconhecem como tal. O Brasil caracteriza-se por sua multiplicidade sociocultural, expressada por cerca de 522 etnias, com modos próprios de conduzir sua vida e de entender o mundo, o que as destaca da sociedade nacional. A Constituição de 1988 abriu o diálogo democrático com as comunidades tradicionais por meio da consagração do pluralismo jurídico e democrático, bem como o reconhecimento dos seus direitos. (pág.21)
Estima-se que cerca de 4,5 milhões de pessoas fazem parte de comunidades tradicionais atualmente no Brasil, ocupando 25% do território nacional, representados por caboclos, caiçaras, extrativistas, indígenas, pescadores, quilombolas, ribeirinhos, entre outros. (pág.23)
2.2 Populações Tradicional e Meio Ambiente 
Trata-se, portanto, de concretizar um desenvolvimento econômico sustentável, incrementando o padrão de vida material dos pobres. A pobreza, as misérias são inimigos potenciais do meio ambiente, na medida em que as necessidades de sobrevivência obrigam muitas vezes as populações tradicionais a agredirem o meio ambiente.
Para tornar tais populações aliadas na conservação, é necessário incrementar a oferta de alimentos, a renda real, os serviços educacionais, os cuidados com a saúde etc. Isto é, torna-se necessário executar junto com tais populações projetos de desenvolvimento sustentável.
O desenvolvimento destes projetos exige em primeiro lugar a organização social das populações para que o processo seja plenamente participativo e as comunidades se sintam engajadas e responsáveis pela conservação dos recursos naturais. (pág.23)
2.3 Comunidades Quilombolas
Segundo o Centro de Cultura Negra do Maranhão, existem 527 comunidades quilombolas no Maranhão, distribuídas em 134 municípios. Existem pelo menos 24 estados no Brasil com comunidades quilombolas. O Maranhão é um dos cinco no Brasil cuja constituição reconhece às comunidades quilombolas o direito à propriedade da terra. (pág.24)
Capítulo 3 O Assistente Social e o Trabalho na Comunidade
O profissional de Serviço Social possui uma formação generalista,respaldado na Lei 8662/93, possibilitando uma atuação em diversas áreas; saúde, família, idosos, ONGs, gênero, criança e adolescente, empresa, justiça, no estado, em recursos humanos, meio ambientes, educação e comunidade. Convém destacar a atuação educativa, crítica e reflexiva deste profissional nas diversas instâncias comunitárias. 
No que tange ao desenvolvimento de comunidade é importante apontar que esta é uma forma de desenvolver a autonomia da população. E essa autonomia deve se dar através da tentativa de uma abordagem reflexiva em busca de uma autoconscientização da população sobre sua condição de subalternidade no contexto da estrutura dominante. O povo deve ter uma participação ativa, pois ele se coloca como sujeito da sua própria história, sendo capaz de refletir, questionar sua realidade e modifica-la, desta forma é capaz de melhorar suas condições de vida.
Este tipo de DC tem o caráter crítico, reflexivo e politizante. O Assistente Social deve buscar dentro da realidade concreta de cada comunidade elementos que propiciem a população uma reflexão sobre sua realidade, para que esta cresça e tenha a sua autonomia. (pág.27)
3.1 Cidadania e Educação Popular
Inicialmente os movimentos populares eram vistos apenas como grupos que reivindicavam questões básicas relativas ao problema da habitação, uso do solo, serviços etc. Na contra mão dessa informação está outra vertente, que apresenta um movimento sociocultural como potencial para uma cultura de ruptura com a alienação, com a cultura dominante, no sentido de construir sua própria história.
No entanto, é importante ressaltar que forma renovada da educação, não ocorre por meio de um programa previamente estabelecido, mas sim, por meios de princípios que são formulados por agentes institucionais oriundos da articulação da igreja, de partidos políticos, universidades, sindicatos entre outros. E sua aplicação e difusão se dão a partir do trabalho das lideranças da parcela da população organizada. (pág.28)
3.2 A Participação Social e o Controle Social
EM 05 de outubro de 1988, foi promulgada a Constituição Cidadã, resultado de um histórico de mobilizações da sociedade brasileira e da atitude de homens e mulheres que desejavam um novo Brasil, com igualdade para todos. (pág.34)
Em seu primeiro artigo, no parágrafo único, temos destacada a importância de cada cidadão: Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente. Criada para vivermos com igualdade e justiça, a Constituição Brasileira de 1988 definiu formas de participação popular. São eles: Poder Legislativo, Poder Judiciário e Poder Executivo. 
(pág.36)
No entanto, a participação não é uma ideia alheia aos sujeitos que estão se constituindo, que ao se auto-formarem enquanto cidadãos democráticos repensam as suas origens, as suas identidades e seus destinos. É uma nova condição o que sustenta essa afirmação, uma tentativa de construir um diálogo com estudiosos da democracia participativa no Brasil, para pensar os ciclos da participação em uma escala históricas mais longa .(pág.36)
3.3 A participação popular no processo de construção das políticas públicas
No Brasil, os movimentos sociais, nas décadas de 1970 e 1980, tinham como objetivo a mudança social, configurada em inúmeras lutas populares, dentre as quais aquela para inserir suas reivindicações no texto final da Constituição Federal de 1988. A esta agregou as reivindicações sociais no tocante aos princípios da participação da população nos processos decisórios e a mudança das práticas de elaboração e execução de políticas públicas. A Constituição de 1988 representou um marco no processo de descentralização político-administrativo do país. O conjunto de inovações trazidas pela nova constituição não significou a efetivação imediata dos espaços de participação na gestão pública. (pág.37)
Vale ressaltar que as experiências educativas não formais estão sendo aperfeiçoadas conforme o contexto histórico e a realidade em que estão inseridas. Nesse processo ocorre o avanço da democracia, a ampliação da participação política e popular e o processo de qualificação dos grupos sociais e comunidades para intervir na definição de políticas democráticas e cidadãs. 
Com essa atitude de participação, o acompanhamento e a fiscalização, o cidadão exerce o controle social, interferindo no direcionamento das políticas públicas, exigindo e promovendo a transparência e o uso adequado dos recursos públicos. Esse exercício ocorre em espaços públicos de articulação entre governo e sociedade, constituindo importante mecanismo de fortalecimento da cidadania. (pág.40)

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