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Antibióticos inibidores da DNA topoisomerase bacteriana Fluoroquinolonas (quinolonas) ciprofilaxina, ciprofloxacino, gatifloxacino, gemifloxacino, levofloxacino, lomefloxacino, ofloxacina, norfloxacina, moxifloxacina, enoxacino, pefloxacino, ácido nalidíxico Estrutura química São análogos fluorados do ácido nalidíxico. Farmacocinética São administrados via oral e são bem absorvidos (biodisponibilidade oral se aproxima de uma infusão intravenosa) (Cátions divalentes, como antiácidos de alumínio e magnésio retardam a absorção no TGI), e se acumulam em vários tecidos (ex: rim, próstata, fagócitos e pulmão). Não atravessam barreira hematoencefálica. São metabolizados no fígado e excretados na urina por filtração glomerular e secreção tubular. Podem inibir enzimas CYP450, amplificando o efeito de outros fármacos. Farmacodinâmica bacteriostática Agem bloqueando a síntese de DNA bacteriano por inibirem as enzimas DNA topoisomerase II (DNA girase) e topoisomerase IV. A inibição da topoisomerase II impede o relaxamento do DNA superespiralado, fenômeno necessário para a transcrição e replicação; A inibição da topoisomerase IV impede a separação do DNA e a divisão celular; Espectro bacteriano As quinolonoas iniciais possuíam mais efeito sobre bactérias aeróbias gram(-). Ciprofloxacino, enoxacino, lomefloxacino, levofloxacino, ofloxacino e pefloxacino – apresentam mais efeito sobre Gram(-); Gatifloxacino, gemifloxacino e moxifloxacino – possuem mais efeito sobre gram(+); Resistência Resistência pode ocorrer se houver mutação no sitio de ligação da fluoroquinolona da enzima-alvo ou alteração da permeabilidade bacteriana ao fármaco. Há resistência cruzada entre quinolonas. Usos clínicos Àcido nalidíxico não tem atividade antibacteriana sistêmica, sendo usada contra infecções do trato urinário. Infecções do trato urinário (mesmo se causadas por bactérias multirresistentes); Diarreia bacteriana por Shigella, Salmonella, Escherichia coli enterotóxica e Campylobacter; Infecções de tecidos moles, ossos e articulações (exceto norfloxacino); Infecção por gonococcus ou clamídia – ciprofloxacino e levofloxacino; Tuberculoses e micobaterioses atípicas – ciprofloxacino, levofloxacino e moxifloxacino; Levofloxacino, gatifloxacino, gemifloxacino e moxifloxacino (fluoroquinolonas respiratórias) – tratamento de pneumonias atípicas; Efeitos colaterais Os efeitos colaterais incluem náuseas, vômitos, diarreia, alterações do TGI, erupções cutâneas, cefaleia, insônia e tontura. Pode haver convulsão, se administrada junto à teofilina ou AINES. Inibem enzimas do CYP450, amplificando o efeito de alguns fármacos. Gatifloxacino aumenta a hiperglicemia em diabéticos e a hipoglicemia em pacientes que tomam hipoglicemiantes orais. Podem causar lesão da cartilagem em desenvolvimento, gerando artropatias reversíveis, não sendo recomendados para pacientes abaixo de 18 anos.
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