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MATERIAIS II AULA 11 Materiais II – Ensaios de Fadiga Definição A fadiga se define como o tipo de falha que uma determinada peça apresenta sendo submetida a CARREGAMENTOS CÍCLICOS com valores absolutos menores que os limites de resistência estática do material. Seu estudo se torna bastante importante tendo em vista que é considerada a causa de 90% das falhas em peças mecânicas. Materiais II – Ensaios de Fadiga Conceito A fadiga se explica pela não uniformidade da estrutura cristalina dos materiais, que pode apresentar micro fissuras internas, as quais com as sucessivas repetições das tensões, se desenvolvem com o tempo, a partir dos núcleos onde surgiram. Por esta razão, as falhas por fadiga são frequentemente chamadas de “fraturas progressivas”. Materiais II – Ensaios de Fadiga Fatores que Afetam a Vida em Fadiga do Material Tensão Média do carregamento Cíclico; Tensão Máxima do carregamento Cíclico; Geometria da peça – Fator de Concentrações de Tensões; Materiais II – Ensaios de Fadiga Carregamento Cíclico Onde: Materiais II – Ensaios de Fadiga Fator de Concentração de Tensões (kt) Toda e qualquer descontinuidade no caminho de carga de uma peça causa um incremento de tensão em sua proximidade maior que o previsto, se calculássemos a tensão utilizando a fórmula: Onde: F é o carregamento aplicado; As é a área da seção Transversal remanescente Materiais II – Ensaios de Fadiga Fator de Concentração de Tensões (kt) Toda e qualquer descontinuidade no caminho de carga de uma peça causa um incremento de tensão em sua proximidade maior que o previsto, se calculássemos a tensão utilizando a fórmula Força (N) – espessura 1,00mm 3mm ø2mm 100 (N) 3mm σ = 16,6MPa σ = 50MPa σ = 50MPa 3mm ø2mm 100 (N) 3mm σ = 16,6MPa σ = 175MPa Previsto Inicialmente Real Kt = 3,5 Materiais II – Ensaios de Fadiga Fator de Concentração de Tensões (kt) Materiais II – Ensaios de Fadiga Testes de Fadiga - Conceito Os teste para análise da resistência à fadiga dos materiais se baseia na utilização de uma máquina que tem a capacidade de se aplicar um carregamento cíclico pré-determinado pelo usuário e medir a quantidade de ciclos na qual a peça foi submetida até que o seu rompimento aconteça. Em cada volta (um cíclo) um ponto passa por tração e compressão Em cada atuação (um cíclo) da máquina um ponto passa por tração e compressão de acordo com a programação da máquina. Materiais II – Ensaios de Fadiga Testes de Fadiga - Resultado O resultado esperado para um determinado material é, para uma DETERMINADA GEOMETRIA ensaiada (um determinado Kt), um conjunto de curvas que mostram, para uma determinada tensão máxima e Razão de Tensões, qual o número de ciclos que o material suportou até a ruptura. Materiais II – Ensaios de Fadiga Exemplo: Peça sem defeitos Visuais (Kt = 1,00) Tensão Máxima, Ksi Al 2024 T3 Sheet com Kt = 1,0 Taxa de Tensão: Ciclos até a Falha – escala Log Materiais II – Ensaios de Fadiga Tensão Máxima, Ksi Ciclos até a Falha – Escala Log Al 2024 T3 Sheet - Kt = 3,4 Taxa de Tensão: Exemplo: Peça com defeitos (descontinuidades Visuais (Kt = 3,4)) Materiais II – Ensaios de Fadiga Testes de Fadiga - Resultado Alguns Materiais apresentam uma curva assintota bem definida, caracterizando seu Limite de Resistência à Fadiga”, ou seja, com tensões menores que o limite estabelecido, pode-se considerar vida infinita. Materiais II – Ensaios de Fadiga Testes de Fadiga - Resultado Como a fadiga é derivada de defeitos e descontinuidades na estrutura cristalina e é muito sensível á características de fabricação como o acabamento superficial, os resultados variam. Desde modo deve-se considerar uma média aproximada “Best Fit” para que as curvas sejam traçadas. Para determinadas aplicações e cálculos, fatores de correção estatística devem ser aplicados de modo a se obter um ajuste da curva mais conservador. Para o caso da aviação, utilizado um coeficiente de 400%, ou seja, deve-se prever uma vida 4 vezes maior que o requisito para se adequar a dispersão estatística. Materiais II – Ensaios de Fadiga Testes de Fadiga - Prevenção Geometria otimizada, para se garantir um menor Fator der Concentração de Tensões (Kt) o quanto possível – transição geométrica suave. Bom acabamento superficial de superfícies e Furos. Quando necessário, em posições muito carregadas de peças, efetuar processos que gerem tensões residuais de compressão nas posições limítrofes, como Cold Work em furos e Shoot Peenning em superfícies. Materiais II – Ensaios de Fadiga Cold Work Shoot Peenning Materiais II – Ensaios de Fadiga * * * *
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