TRE_D ADMINISTRATIVO_IGOR DALTRO_MATERIAL 01

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Curso Pra Passar Virtual 24/03/2017
Direito Administrativo 1
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CURSO DE
DIREITO ADMINISTRATIVO
Administração Pública & Estado Gerencial
Prof.: Igor Daltro
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ESTADO
TERRITORIO 
(ELEMENTO 
GEOGRÁFICO)
GOVERNO 
SOBERANO
POVO 
(ELEMENTO 
HUMANO)
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SOBERANIA x AUTONOMIA
Refere-se, segundo Jean Bodin, à Entidade
que não conhece superior na ordem externa,
nem igual na ordem interna.
Rousseau transfere o conceito de
soberania da pessoa do governante para todo
o povo. Segundo ele, a soberania é inalienável
e indivisível, e deve ser exercida pela vontade
geral (Soberania Popular).
Qualidade de um território ou organização
de estabelecer com liberdade suas
próprias leis ou normas.
É a capacidade de governar a si próprio
sem interferência externa.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
“É conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as
atividades públicas tendentes a realizar concreta e imediatamente os fins desejados pelo
Estado”. – Hely L. Meirelles
“É o ramo do direito público que disciplina a função administrativa, bem como pessoas e
órgãos que a exercem” – Celso Antônio Bandeira de Mello
Direito Público x Direito Privado
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FONTES DO DIREITO
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ORIGEM
Fim do século XVIII, com o fim do regime Absolutista. Produto da Europa Continental pós-
revolucionária. Nasce com o chamado “Estado de Direito”
Estado de Direito
Princípio da Legalidade
Princípio da Separação de Poderes
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FUNÇÕES DO ESTADO
PODERES/FUNÇÕES TÍPICAS ATÍPICAS
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SISTEMA ADMINISTRATIVO
Sistema Inglês
(Jurisdição Una)
Sistema Francês
(Contencioso Administrativo)
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GOVERNO x ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ESTADO
Governo é o objeto de estudo do Direito 
Constitucional.
Governo exerce a função política do Estado.
Administração Pública é objeto de estudo do 
Direito Administrativo.
Administração Pública exerce a atividade 
administrativa/executiva do Estado.
Segundo José dos Santos Carvalho Filho, o Direito constitucional alinha dita a estrutura basilar e
os parâmetros do Direito Administrativo, e este por sua vez, se concretiza como o lado dinâmico
do primeiro.
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Devido a pluralidade de tarefas e atividades a serem exercidas pelo Estado, bem como a
diversidade de órgãos, entidades e agentes responsáveis por tanto, a Administração Pública
comporta vários sentidos.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Estrito
Amplo
Compreende somente a função administrativa do Estado.
Compreende a função administrativa e política do Estado.
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Sentido Objetivo = Material = Funcional Função Administrativa
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Órgãos
Sentido Subjetivo = Formal = Orgânico Entidades
Agentes
Serviço Público
Intervenção Adm.
Fomento
Polícia Adm.
(Di Pietro)
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FUNÇÃO ADMINISTRATIVA
SERVIÇO PÚBLICO:
•Exclusivo: só pode ser prestado diretamente pelo
Estado;
•Não exclusivo: pode ser prestado pelo Estado,
delegado por estes a particulares, ou ainda prestado
por iniciativa privada, sob fiscalização Estatal.
INTERVENÇÃO ADMINISTRATIVA:
Compreende a regulamentação e fiscalização da
atividade econômica de natureza privada, bem como
a atuação direta do Estado no domínio econômico, o
que se dá normalmente por meio das empresas
estatais; nesse caso, o Estado opera segundo normas
do direito privado, vide artigo 173, caput, da
CRFB/88, porém com inúmeras derrogações
impostas por outras normas constitucionais, como as
referentes à fiscalização financeira e orçamentária e
as constantes do capítulo concernente à
Administração Pública, em especial o artigo 37.
FOMENTO:
0 fomento abrange a atividade administrativa de
incentivo à iniciativa privada de utilidade pública
(Subvenções; auxílios fiscais; desapropriação em
favor de entidades privadas sem fins lucrativos,
empréstimos com fins de desenvolvimento da
economia, etc).
POLÍCIA ADMINISTRATIVA:
A polícia administrativa compreende toda atividade
de execução das chamadas limitações
administrativas, que são restrições impostas por lei
ao exercício de direitos individuais em benefício do
interesse coletivo. Compreende medidas de polícia,
como ordens, notificações, licenças, autorizações,
fiscalização e sanções. (DI PIETRO)
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ESTADO GERENCIAL DE DIREITO
Estado Gerencial Brasileiro
1° Setor
“Adm. Púb.”
2° Setor
Mercado
3° Setor
Paraestatais 
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1º SETOR - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Direta Indireta
U, E, DF e M
.
.
Órgãos Públicos
Desconcentração Administrativa
Corresponde a criação de órgãos públicos para 
o exercícios centralizado da atividade 
administrativa.
Autarquias
Fundações Públicas
Consórcios
Empresas Públicas
Sociedades de Economias Mista
Descentralização Administrativa
Criação de uma pessoa jurídica e transferência 
da titularidade/exercício da atividade, ou ainda 
a transferência do exercício a particulares.
Descentralização Administrativa
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A atividade administrativa é realizada pela própria pessoa jurídica competente, de forma
centralizada.
Composta pelos entes federativos (e também políticos). Gera estruturação hierarquizada com a
criação dos órgãos administrativos.
Esses por sua vez, só podem ser criados ou extintos por lei.
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta
para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da
União, especialmente sobre:
XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública;
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
VI - dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos (grifo nosso);
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA
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Teoria do Órgão:
-Independente: Presidência da República,
Governadoria dos Estados e Distrito Federal,
Prefeituras Municipais, CN, Assembléias
Legislativas, etc.
- Autônomos: Ministérios, Secretarias de
Estados e Município, Advocacia Geral da
União, etc.
- Superior: Gabinetes, Departamentos,
Secretarias Gerais, etc.
- Subalternos: Repartições Públicas, Escolas,
etc.
ÓRGÃOS PÚBLICOS
São centros ou círculos de competência ou
atribuições.
Não possuem personalidade jurídica,
contudo, dependendo de sua classificação, de
acordo com a teoria do órgãos, pode vir a ter
personalidade judiciária.
Personalidade
Jurídica
Personalidade
Judiciária;
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DESCENTRALIZAÇÃO
DELEGAÇÃO:O Estado transfere a pessoas físicas ou
jurídicas particulares, o exercício da atividade
administrativa para realização por própria
conta e risco do particular, mas sob fiscalização
do Estado.
(Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma
da lei, diretamente ou sob regime de concessão
ou permissão, sempre através de licitação, a
prestação de serviços públicos.)
OUTORGA:
O Estado cria a entidade por meio de Lei
Específica e transfere a essa entidade a
titularidade/ exercício da atividade
administrativa.
(Art. 37, XIX - somente por lei específica poderá
ser criada autarquia e autorizada a instituição
de empresa pública, de sociedade de economia
mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as
áreas de sua atuação;
XX - depende de autorização legislativa, em
cada caso, a criação de subsidiárias das
entidades mencionadas no inciso anterior,
assim como a participação de qualquer delas
em empresa privada;)
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Art. 4° A Administração Federal compreende:
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura
administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades,
dotadas de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Emprêsas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista;
d) fundações públicas.
§ 1° As entidades compreendidas na Administração Indireta consideram-se vinculadas ao
Ministério em cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade.
Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração Indireta vinculam-se ao
Ministério em cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA
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Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e
receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para
seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
AUTARQUIAS
São exemplos de autarquias:
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Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem
fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de
atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia
administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento
custeado por recursos da União e de outras fontes.
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
São exemplos de fundações públicas:
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Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
II - Emprêsa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com
patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade
econômica que o Govêrno seja levado a exercer por fôrça de contingência ou de conveniência
administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.
EMPRESAS PÚBLICAS
São exemplos de empresas públicas:
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Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade
anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da
Administração Indireta.
SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
São exemplos de sociedade de economia mista:
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CONSÓRCIOS PÚBLICOS
Lei 11.107, de 6 de abril de 2005.
Art. 1o Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e dá outras providências.
§ 1o O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado.
§ 2o A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os Estados em
cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados.
Art. 3o O consórcio público será constituído por contrato cuja celebração dependerá da prévia subscrição de
protocolo de intenções.
Art. 6o O consórcio público adquirirá personalidade jurídica:
I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação do
protocolo de intenções;
II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil.
§ 1o O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de
todos os entes da Federação consorciados.
§ 2o No caso de se revestir de personalidade jurídica de direito privado, o consórcio público observará as
normas de direito público no que concerne à realização de licitação, celebração de contratos, prestação de
contas e admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.
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São entidades instituídas por lei, sob forma de autarquias sob regime especial, com alto grau de
especialização técnica, que devem atuar com a maior independência possível em relação ao
Executivo e com imparcialidade perante a sociedade como um todo, bem como em relação aos
setores regulados.
AGÊNCIAS REGULADORAS
São exemplos de agências reguladoras:
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PESSOAS JURÍDICAS ESTATAIS
Pessoas jurídicas de direito público Pessoas jurídicas de direito privado
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CONTRATO DE GESTÃO E AS AGÊNCIAS 
EXECUTIVAS
Contrato de Gestão
Instrumento contratual firmado entre o Poder
Público (Administração Direta) e órgãos e
entidades da Administração Direta e Indireta.
Visa ampliar autonomia gerencial, financeira e
administrativa.
Pode ser firmado por:
- Órgãos Públicos
- Autarquias
- Fundações Públicas
- Empresas Públicas
- Sociedades de Economia Mista
Agência Executiva
É qualificação concedida à Autarquia ou
Fundação Pública com a finalidade de garantir
maior autonomia em razão de
operacionalidade, desde que tenha:
-Firmado contrato de gestão com o Poder
Público.
- Apresente o PERDI, voltado para um maior
qualitativo de gestão pública e redução de
custos.
- Preenchidos os requisitos legais, a
qualificação se dá por Decreto do Executivo.
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3º SETOR – PARTICULARES EM 
COLABORAÇÃO
SISTEMA “S”
-Exercem atividade de Ensino
ou Assistência a certas
categorias profissionais.
-Parafiscais.
-Prestam contas sobre gastos
com dinheiro público.
-Licitação: Seu regulamento.
-Não gozam de privilégio
fiscais ou processuais, salvo
quando lei criadora previr.
-Empregados celetistas.
OS – ORGANIZAÇÕES SOCIAIS
-São associações, ONGs, entre
outras, instituídas por
particulares qualificadas como
OS pelo Poder Público.
-A solicitação de qualificação é
requerida ao Ministério ou
Secretaria da atividade
exercida.
-A qualificação como OS é ato
discricionário do Poder
Público.
OSCIP – ORGANIZAÇÕES DA 
SOCIEDADE CIVIL DE 
INTERESSE PÚBLICO
-São associações, ONGs, entre
outras, instituídas por
particulares qualificadas como
OSCIP pelo Poder Público.
-A solicitação é requerida ao
Ministérioda Justiça.
-A qualificação como OSCIP é
ato vinculado do Poder
Público.
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CONCESSIONÁRIO
É a delegação contratual da
execução do serviço, na
forma autorizada e
regulamentada pelo
Executivo. O contrato de
Concessão é ajuste de Direito
Administrativo, bilateral,
oneroso, comutativo e
realizado intuito personae.
2º SETOR – PARTICULARES EM 
COLABORAÇÃO (FINS LUCRATIVOS)
PERMISSIONÁRIO
É tradicionalmente considerada
pela doutrina como ato unilateral,
discricionário, precário, intuito
personae, podendo ser gratuito
ou oneroso. O termo contrato, no
que diz respeito à Permissão de
serviço público, tem o sentido de
instrumento de delegação,
abrangendo, também, os atos
administrativos.
AUTORIZATÁRIO
É o ato administrativo
unilateral, discricionário e
precaríssimo, por meio do
qual a Administração
Pública faculta ao terceiro
interessado a prestação de
serviços públicos.