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Intervenção de terceiro

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Intervenção de Terceiros
Terceiro é aquele que não se constitui como parte no processo, desta forma, pode-se afirmar que, é terceiro quem não é parte, ou seja, todos os que não forem partes (nem coadjuvantes de parte) no processo pendente.
 A intervenção de terceiro, por sua vez, é o ingresso no processo de quem, originariamente, não seria parte, é o instituto do processo civil que ocorre quando alguém entra em uma ação judicial a fim de assistir a parte, se opor ao direito disputado entre as partes, quando é corresponsável pelo resultado da ação, quando é nomeado ou chamado ao processo para responder sobre o direito que se versa, podendo até se tornar parte no processo posteriormente.
Uma importante característica da intervenção de terceiros é que está somente é permitida quando expressamente prevista pela lei, uma vez que a regra, no direito brasileiro, é a singularidade do processo e da jurisdição. Percebe-se, assim, que a legitimidade para intervir decorre de prévia autorização legal e, em sua omissão, subentende-se a proibição para intervir.
Dentro de Intervenção de Terceiros se encontra os Institutos de Intervenção, que são: Assistência, oposição, chamamento ao processo, nomeação a autoria, denunciação da lide.
1.1 Assistência
A assistência trata-se de um ato jurídico de assistir ou auxiliar uma parte em um processo quando se tem interesse jurídico na causa; sendo o assistente diretamente interessado que seu assistido seja vencedor do litígio, entrando voluntariamente no processo e recebendo-o no estado em que se encontra; como rege o Artigo 50 do Código de Processo Civil (C.P.C.)
A mesma pode ser simples ou litisconsorcial, onde se vê que a assistência simples é aquela que o terceiro entra na ação judicial a fim de assistir a parte que lhe interessa para que ela ganhe a causa, mas sem relação jurídica entre ele e o adversário de seu assistido, enquanto na assistência litisconsorcial, o assistente intervém no processo e nasce uma relação jurídica entre ele e o adversário de seu assistido; então ele vira assistente litisconsorcial de seu assistido na causa. Assim como consta no Artigo 54 do C.P.C.
Caso a lide já tenha transitado em julgada, dentro de cinco dias após o pedido de assistência, o terceiro se torna assistente da parte interessada, o assistente não poderá discutir o mesmo direito em ação posterior, a não ser que fora impedido de produzir provas que influam na sentença, por entrar na causa em um estado onde fora impedido de produzi-las. Artigo 55 do CPC
1.2 Oposição
Configura-se quando um terceiro pretende em todo ou em parte o direito ou a coisa litigada pelas partes, intervindo no processo para que o direito discutido por autor e réu seja declarado dele. Só se pode intervir em um processo antes de ser proferida a sentença. Após a sentença, cabe ao terceiro entrar com uma nova ação judicial para defender seu direito. Artigo 56 C.P.C.
A oposição deve ser feita nos moldes dos Artigos 282 e 283 do C.P.C. Sendo citados os autores na pessoa de seus advogados, e tendo o prazo de 15 dias corridos para contestar a oposição.
Se a oposição for oferecida antes da sentença, ela será apensada aos autos e prosseguira juntamente com a ação inicial, e será julgada na mesma audiência como rege o Artigo 59 do C.P.C. Vemos que caso uma parte no processo reconhecer procedente o pedido do opoente, o processo correra contra o outro, Artigo 58 CPC
Se o juiz tiver que decidir simultaneamente a ação e a oposição oferecida sobre ela, ele deverá primeiramente resolver a oposição Artigo 61 do C.P.C. caso seja procedente o pedido de oposição do terceiro não se vê necessidade de resolver o pedido em si, sendo mais célere e pratico desta forma.
Sabemos então que a assistência e a oposição são as formas de intervenção voluntaria, apesar de não constar no Capitulo VI, do Titulo II do C.P.C. se vê a assistência como forma de intervenção no processo, pois se considera intervenção de terceiro o ato de participar de uma ação em andamento como um terceiro.
1.3 Chamamento ao processo.
O chamamento ao processo ocorre quando o réu que foi um fiador chama o devedor, os outros fiadores ou devedores solidários para responderem junto a ele a ação, ou até mesmo se o réu for o devedor da divida, chamando o fiador ou fiadores para responder com ele a ação em andamento, sejam exigidos dele toda ou em parte a divida. É o ato de chamar ao processo outro para responder sobre os direitos e deveres discutidos na ação que se tramita. 
A ação se torna um litisconsórcio passivo. Feito por citação judicial pedida pela parte passiva da ação e ordenada pelo magistrado, o chamamento ao processo se configura como intervenção de terceiro provocada (onde o terceiro intervém no processo por ordem judicial).
 Pode-se chamar ao processo no prazo para contestar a ação, para que o juiz declare, na mesma sentença as responsabilidades dos obrigados, como diz o artigo 79 C.P.C.Só se pode chamar ao processo no prazo de defesa, sendo precluso se passar deste prazo.
1.4 Nomeação à Autoria
É o nome que se dá ao instituto que visa resolver a confusão da autoria do fato, onde pode se considerar autoria a posse ou propriedade de um bem, e até mesmo aquele que ordena a execução de algo, como mandante do ato ou até da omissão, se esse for o caso. Sendo considerado autor do fato, e será ele o nomeado a autoria para responder a ação judicial.
Como rege o Art. 62 do CPC; aquele que detiver a coisa em nome alheio, sendo demandado em nome próprio deverá nomear a autoria o proprietário ou o possuidor.
Sendo considerado o proprietário aquele que a coisa estiver em seu nome, aquele que a coisa possuir de modo definitivo, ou seja. O verdadeiro proprietário da coisa, o dono.
Já o possuidor pode ser aquele que esteja na posse da coisa demandada como curador, responsável pela coisa ou até aquele que se compromissa a responsabilidade da coisa por meio de pacto ou contrato.
Lembrando que a nomeação a autoria só se dá se o autor aceitar a nomeação (Art. 65 C.P.C.); e se o nomeado reconhecer a qualidade que lhe é atribuída (Art 66 C.P.C.). Lembrando que: Com a inércia do autor no prazo de se manifestar considera aceita a nomeação, assim como a do nomeado considera-se aceita a atribuição que lhe é dada. Assim como rege os Arts. 67 e 68 C.P.C.
Lembrando que tanto a pessoa física, quanto a pessoa jurídica podem ser nomeadas a autoria, respondendo pela pessoa jurídica, seus administradores responsáveis. Podendo cair sobre eles às responsabilidades sobre a pessoa jurídica.
1.5 Denunciação da lide
A denunciação da lide acontece quando se vê postulando contra si, na defesa de um direito que você tem garantias prestadas por terceiro para se proteger caso venha a ser condenado em processo. Então, a parte denuncia da lide aquele que assegura seu direito, ou tem o dever legal de assegurar para que tenha, na mesma sentença da litis seu direito protegido pela denunciação garantido.
O artigo 70 do Código de Processo Civil indica os obrigados a denunciar da lide; tais obrigados são: Inciso I - ao alienante, na ação em que terceiro reivindica a coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a fim de que esta possa exercer o direito que da evicção lhe resulta.
Geralmente ocorrem nos processos em que é cabível a denunciação da lide uma confusão da parte ré diretamente interessada. O réu, que não causou a violação do direito, deve denunciar a pessoa diretamente interessada, para que, nas ações de bens ocorra contra ele uma ação que garanta seus direitos de evicção, onde cabe ao adquirente de determinado bem, sendo este já onerado em benefício de outra pessoa, denunciar à ação o responsável.
Quando o adquirente sabe que a coisa é alheia ou pende litigiosamente, não cabe a garantia por conseqüente à evicção. (Art. 457 C.C.)
No inciso II do Artigo 70 do C.P.C. consta: Inciso II - ao proprietário ou ao possuidor indireto quando, por força de obrigação ou direito, em casos como o do usufrutuário, do credor pignoratício, do locatário, o réu, citado em nome próprio,exerça a posse direta da coisa demandada.
Tal inciso garante o direito de denunciar a lide aquele que, quando da posse ou propriedade do bem foi responsável/causador da ação que se procede, e esta ocorre em nome do atual possuidor/usuário/usufrutuário. Este atual possuidor/usuário/usufrutuário do bem detém a posse e o uso do bem, mas não é o responsável legal para responder pelo bem, devendo ele denunciar o verdadeiro responsável, caso não o faça, responderá por retardar o processo com perdas e danos.
2. Amicus Curiae
Trata-se de instituto processual que visa possibilitar a intervenção processual de órgãos ou entidades interessados no desfecho da demanda. A figura do amicus curiae surgiu com o advento da lei 6385/76, que previu a intervenção da Comissão de Valores Mobiliários nos processos que discutam matéria de sua competência. Em seguida, foi publicada a lei 8.884/94, que possibilitou a intervenção do CADE nas ações relacionadas ao direito da concorrência. 
Somente com a edição da Lei 9.868/99, que cuida da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade, é que a figura do amicus cariae ganhou relevância no direito brasileiro. O parágrafo 2 do art. 7e do mencionado dispositivo legal preceitua que, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, o relator poderá, por despacho irrecorrível, admitir a manifestação de outros órgãos ou entidades. Assim, o amicus cariae passou a viabilizar a democratização do debate acerca da Constituição. Aliás, o próprio STF considera o amicus curiae como fator de legitimação das suas decisões, à medida que pluraliza o debate constitucional e fornece todos os elementos informativos necessários à resolução da controvérsia. 32 Apesar de a Lei 9898/99 só prever a participação do amicus curiae para a ADI, por analogia, também se admite intervenção do amicus cariae na ADC e ADPF. 33 A participação do amicus curiae é admitida não somente nas ações de controle concentrado de constitucionalidade, mas também no incidente de inconstitucionalidade, que constitui modalidade de controle difuso, conforme se depreende do art. 482, § 3e do CPC. 34 A natureza jurídica do amicus curiae é tema que suscita bastante controvérsia, notadamente no âmbito do próprio STF. O Min. Maurício Correia, ao julgar ADI 253-AgRg, afirmou que o amicuscuriae atua como “colaborador informal da corte”, razão por que descartou a hipótese de intervenção ad coadjuvante. Por outro lado, o Min. Celso de Mello deixou consignado, no julgamento da ADI 2130, que se trata de autêntica intervenção processual. Na doutrina, também não há definição, havendo quem defenda tratar-se o amicuscariae de auxiliar do juízo. 
De qualquer formna, como bem ressaltou o Ministro Celso Mello, é inegável a qualidade de interveniente processual do amicus curiae que é justificada em razão do alcance das decisões nos processos objetivos de controle de constitucionalidade. Ora, justamente porque essas decisões têm eficácia erga esse e efeito vinculante, atingindo vários indivíduos dentro de uma mesma sociedade, deve-se possibilitar que o debate das decisões proferidas pelo Poder Judiciário seja pluralizado A intervenção, que será provocada pelo relator, requerida por uma das "partes" ou pelo próprio interessado em intervir como amicus curiae. Será admitia se for demonstrada a representatividade do postulante (requisito subjetivo) e a relevância da matéria (requisito objetivo). O relator, em decisão irrecorrível, admitirá ou não a intervenção do amicus curiae,
Deferida a intervenção do amicus curiae, este poderá apresentar memoriais, prestar de informações quevenham a ser solicitadas e realizar sustentação oral. O mesmo não ocorre em relação à interposição de recursos, porquanto o STF, na ADI (ED) 3105, de relatoria do ministro Cezar Peluso, entendem que o amicus curiae carece de legitimidade real, salvo com relação à decisão que o admita como tal no processo. 
Referências: 
http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,a-intervencao-de-terceiros-no-novo-codigo-de-processo-civil;
GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Direito Processual Civil Esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2013;
NUNES, Elpídio Donizettí. Curso Didático de Direito Processual Civil. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
Faculdade de Ciências e Educação de Rubiataba
Ana Paula Silva Morais
Direito Processual Civil I
Rubiataba
2015

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