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Análise Crítica O CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) é uma unidade pública estatal, de abrangência municipal ou regional, referência para a oferta de trabalho social e atendimento a famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social, por violação de direitos, que demandam intervenções especializadas no âmbito do SUAS (Sistema Único de Assistência Social) Com base na PNAS (2004), pode-se ressaltar que, no âmbito de atuação da Assistência Social, as situações de risco pessoal e social, por violação de direitos, se expressam na iminência ou ocorrência de eventos como: violência intrafamiliar física e psicológica, abandono, negligência, abuso e exploração sexual, situação de rua, ato infracional, trabalho infantil, afastamento do convívio familiar e comunitário, idosos em situação de dependência e pessoas com deficiência com agravos decorrente de isolamento social, dentre outros. O Centro de Referencia Especializado de Assistência Social CREAS que fica localizado em Porto Grande, oferece vários serviços a comunidade, através do Educador social, Assistente Social, Psicólogo e serviços de advocacia. Dentre os serviços, o mais comum é em relação as Medidas Socioeducativas MSE. Quando o adolescente juntamente com seu responsável chega no equipamento, mandado pelo Juiz da vara de infância e juventude. É realizado o acolhimento do adolescente por uma assistente social, e nesse acolhimento são repassadas todas as informações concernente a medida que o adolescente foi designado a cumprir. Após as primeiras orientações, o assistente social começa a realizar um estudo social da família, através de várias perguntas elaboradas tecnicamente para extrair o máximo de informações inerentes ao indivíduo, e caso seja detectado algum problema na família, a assistente irá orientar quais os passos podem ser tomados para tentar solucionar esse problema. e também de oferecer os serviços que o CREAS disponibiliza, como por exemplo a de psicologia e a jurídica. Essa fase da “entrevista”, é de suma importância o papel do assistente social. É onde ele poderá colocar em prática suas competências e habilidades que adquiriu na academia norteando seu projeto ético político e profissional. Nesse momento que vamos ter um olhar humanístico, crítico, reflexivo e interventivo. O adolescente geralmente chega com comportamentos alterados e com receio de ser recolhido pela justiça. Temos que ter uma conversa amiga, com intuito de deixa-lo tranquilo e calmo, para prosseguirmos com as orientações. Após presenciar muitos casos, concluí que a famílias dos adolescentes na maioria das vezes tem culpa de o mesmo entrar na vida do crime, em certos graus dependendo de cada caso. Famílias que deixam seus filhos livres desde a infância na rua, e irá ter más amizades e consequentemente vai se envolver nesse mundo escuro que pra voltar é muito difícil. Constatei que a Falta de atenção, amor e carinho são os principais fatores, as vezes os pais colocam a culpa na correria do dia-a-dia como empecilho como justificativa da ausência na vida da criança. Segundo dados de estudos realizado pelo IBAM, Mostra o perfil dos adolescentes que cometem atos infracionais: A maioria é adolescente proveniente de famílias “desestruturadas”, em situação de vulnerabilidade social, sem escolarização, com algum envolvimento com gangues, drogas e reincidência em medida em meio aberto. São adolescentes excluídos do acesso a bens e serviços públicos. Em segundo Lugar em termos de demanda de atendimento, ocorre em relação a mulheres em situação de vulnerabilidade social expressa em diversas formas, como a estrutura familiar tradicional do machismo que ainda se encontra muito presente em pequenas cidades do interior, gerando grandes consequências para a própria mulher, sendo que muitas vezes elas sofrem caladas com medo do companheiro e vergonha da sociedade. Outra forma é a mulher como chefe da família, tendo que ser pai e mãe em mesmo tempo. A desigualdade na sociedade ainda é grande em relação da remuneração paga ao homem versus mulher e dentre outros fatores que deixam sempre a mulher na inferioridade. “Por outro lado, famílias chefiadas por mulheres são em grande parte decorrentes de uma gravidez precoce ou indesejada, instabilidade familiar e abandono. Não raro essas mulheres foram ou ainda são vítimas de violência doméstica em suas mais variadas vertentes, incluindo-se a “invisível”, aquela que não deixa marcas exteriores, mas sequelas profundas em relação à sua autoestima e à busca ou reconstrução de sua identidade como mulher, como cidadã e aos preconceitos decorrentes da relação de gênero. ....” Na cidade de Porto de Grande, Vem crescendo a quantidade de menores de idade cometendo atos infracionais, como também adolescentes grávidas consciente ou através de estupros. Vem chamando a atenção do poder público, mas infelizmente não há empenho da classe política para esses adolescentes que em alguns casos também são vítimas da sociedade. Seria primordial se houvesse políticas públicas como campanhas de conscientização para as famílias, nas escolas, comunidades, periferia e como também oficinas, minicursos de artesanatos, reciclagens, plantios e etc. como alternativas para ganharem seu sustento, pois não há empregos na cidade. Já ajudava um pouco evitar novos casos de violência. Assim como várias outras políticas de prevenção e inclusão também seriam de suma importância para tentar mudar ou amenizar essa realidade. REFERÊNCIAS MINISTÉRIO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL, 2011, Disponível em: <http://aplicacoes.mds.gov.br/snas/documentos/04-caderno-creas-final-dez..pdf>, Acesso em 22 de Março de 2019 GOVERNO FEDERAL, 2017. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/cidadania-e- justica/2011/10/centro-de-referencia-especializado-de-assistencia-social-creas>, Acesso em 21 de Marco de 2019 INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL, 2014. Disponível em: <http://www.ibam.org.br/media/arquivos/estudos/analise_medida_socioeducativa.pdf >, Acesso em 25 de Março de 2019 PINTO, R. M. F. et al. Condição feminina de mulheres chefes de família em situação e vulnerabilidade social. Serviço Social & Sociedade, n. 105, p. 167-179, 2011. SANTOS, J. S. Questão Social – Particularidades no Brasil – Vol. 6. São Paulo: Cortez, 2012.
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