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UFRGS – Instituto de Matema´tica Departamento de Matema´tica Pura e Aplicada MAT 01168 – Matema´tica Aplicada II Prof. Diego Marcon Farias 1 2 3 4 5 Total Nome: Carta˜o: Turma: A Prova A´rea II – 26 de Junho de 2015 Questa˜o 1. (2,5 pontos) Considere a curva C dada pelas equac¸o˜es parame´tricas ~r (t) = (1 + cos t)~i+ (1 + sen t)~j + t~k, 0 ≤ t ≤ 2pi (a) (0,5 ponto) A parametrizac¸a˜o ~r e´ dada por comprimento de arco? Justifique. (b) (1,0 ponto) Esboce o gra´fico da curva C e o triedro ~T , ~N e ~B, para t = pi/2. (c) (1,0 ponto) Calcule a curvatura κ(t) e a torc¸a˜o τ(t). (a) Na˜o, pois ~r ′(t) = (− sen t, cos t, 1) e | ~r ′(t)| = √ sen2 t+ cos2 t+ 1 = √ 2 6= 1. (b) ~r parametriza uma he´lice. A projec¸a˜o no plano xy e´ um c´ırculo de raio 1 e centro (1, 1). Com os ca´lculos acima, temos ~T (t) = ~r ′(t) | ~r ′(t)| = ( − sen t√ 2 , cos t√ 2 , 1√ 2 ) =⇒ ~T ′(t) = ( − cos t√ 2 ,−sen t√ 2 , 0 ) . Assim, |~T ′(t)| = √ cos2 t 2 + sen2 t 2 = 1√ 2 =⇒ ~N(t) = ~T ′(t) | ~T ′(t)| = (− cos t,− sen t, 0) Tambe´m temos ~B(t) = ~T (t)× ~N(t) = det ~i ~j ~k− sen t√ 2 cos t√ 2 1√ 2 − cos t − sen t 0 = (sen t√ 2 ,−cos t√ 2 , 1√ 2 ) . Em particular, para t = pi/2, ~T (pi/2) = ( − 1√ 2 , 0, 1√ 2 ) , ~N(t) = ~T ′(t) | ~T ′(pi/2)| = ( 0,−1, 0) e ~B(pi/2) = ( 1√ 2 , 0, 1√ 2 ) . (c) Pelos ca´lculos acima, κ(t) = |~T ′(t)| |~r ′(t)| = 1/ √ 2√ 2 = 1 2 , ~B ′(t) = ( cos t√ 2 , sen t√ 2 , 0 ) e portanto τ(t) = | ~B ′(t)| |~r ′(t)| = 1/ √ 2√ 2 = 1 2 . Questa˜o 2. (2,0 pontos) Considere o campo de vetores ~F (x, y, z) = 4x (x2 + y2 + z2)3/2 ~i+ 4y (x2 + y2 + z2)3/2 ~j + 4z (x2 + y2 + z2)3/2 ~k, definido para (x, y, z) 6= ~0. (a) (1,0 ponto) Encontre um potencial ϕ tal que ~F = ~∇ϕ. (b) (1,0 ponto) Prove que ϕ e´ uma func¸a˜o harmoˆnica, isto e´, ∆ϕ(x, y, z) = 0, para todo (x, y, z) 6= ~0. (a) Devemos ter ϕx = 4x (x2+y2+z2)3/2 ϕy = 4y (x2+y2+z2)3/2 ϕx = 4z (x2+y2+z2)3/2 . Integrar a primeira equac¸a˜o com respeito a x: chama u = x2 + y2 + z2 de modo que du = 2x dx e no´s temos ϕ(x, y, z) = 2 ∫ u−3/2 du = − 4√ x2 + y2 + z2 + ψ(y, z). A simetria das equac¸o˜es deixa claro que podemos escolher ψ ≡ 0. (b) O Laplaciano e´ o divergente do gradiente; portanto, ∆ϕ = div ~F = ∂F1 ∂x + ∂F2 ∂y + ∂F3 ∂z = ∂2ϕ ∂x2 + ∂2ϕ ∂y2 + ∂2ϕ ∂z2 . Calculamos ∂F1 ∂x = 4 (x2 + y2 + z2)3/2 − 12x 2 (x2 + y2 + z2)5/2 , ∂F2 ∂y = 4 (x2 + y2 + z2)3/2 − 12y 2 (x2 + y2 + z2)5/2 , ∂F3 ∂z = 4 (x2 + y2 + z2)3/2 − 12z 2 (x2 + y2 + z2)5/2 . Logo, ∆ϕ = div ~F = 12 (x2 + y2 + z2)3/2 − 12(x 2 + y2 + z2) (x2 + y2 + z2)5/2 = 0. Concluimos que ϕ e´ uma func¸a˜o harmoˆnica. Questa˜o 3. (2,0 pontos) Sejam f e g duas func¸o˜es escalares e considere o campo vetorial ~F = f ~∇g. (a) (1,0 ponto) Mostre que div ~F = ~∇f · ~∇g + f∆g. (b) (1,0 ponto) Utilize o item (a) e o Teorema da Divergeˆncia de Gauss para enunciar a primeira fo´rmula de Green. (a) Podemos escrever ~F = (fgx, fgy, fgz). Assim, div ~F = ∂F1 ∂x + ∂F2 ∂y + ∂F3 ∂z = ∂ ∂x (fgx) + ∂ ∂y (fgy) + ∂ ∂z (fgz) pode ser calculado pela regra do produto. Temos div ~F = fgxx + fxgx + fgyy + fygy + fgzz + fzgz = fxgx + fygy + fzgz + f(gxx + gyy + gzz) = ~∇f · ~∇g + f∆g. (b) Utilizamos o item (a) e o Teorema da Divergeˆncia, como indicado:∫∫∫ T (~∇f · ~∇g + f∆g) dxdydz = ∫∫ ∂T f ~∇g · ~n dA. Esta e´ a primeira fo´rmula de Green. Questa˜o 4. (1,5 pontos) Seja ~F (x, y, z) = 7x~i−z~k. Calcule o fluxo do campo ~F atrave´s da superf´ıcie esfe´rica x2 + y2 + z2 = 4, orientada para fora. Seja T a esfera de raio 2. O fluxo atrave´s da superf´ıcie esfe´rica S e´∫∫ S ~F · ~n dA. Pelo Teorema da Divergeˆncia∫∫ S ~F · ~n dA = ∫∫∫ T div ~F dxdydz = ∫∫∫ T (7− 1) dxdydz = 6 · Vol(T ) = 64pi2 3 3 = 64pi. Questa˜o 5. (2,0 pontos) Calcule ∫∫ S rot ~F · ~n dA, onde S e´ a superf´ıcie z = 9− x2 − y2 acima do plano xy e ~F = 2xy~i+ (x2 − 2x)~j − x2z2~k. O rotacional de ~F e´ rot ~F = det ~i ~j ~k∂x ∂y ∂z 2xy x2 − 2x x2z2 = (0,−2xz2,−2). Pelo Teorema de Stokes, esta integral se transforma em uma integral de linha no c´ırculo C de raio 3 com orientac¸a˜o anti–hora´ria. Mas uma das vantagens do Teorema de Stokes e´ que a integral depende apenas da curva C e na˜o da superf´ıcie que escolhemos. Escolhemos trabalhar no plano xy, ja´ que C esta´ contida neste plano. Seja S2 a superf´ıcie limitada pela curva C no plano (e´ o c´ırculo). Pelo Teorema de Stokes, o normal deve apontar para cima (para respeitar a regra da ma˜o direita). Assim,∫∫ S rot ~F · ~n dA = ∫∫ S2 rot ~F · ~k dA = −2 ∫∫ S2 dA = −2 · Area(S2) = −2(pi32) = −18pi. Geometria Diferencial de Curvas 1 Triedro de Frenet–Serret ~T (t) = ~r ′(t) |~r ′(t)| ~N(t) = ~T ′(t) |~T ′(t)| ~B(t) = ~T (t)× ~N(t) 2 Curvatura κ(t) = |~T ′(t)| |~r ′(t)| = |~r ′(t)× ~r ′′(t)| |~r ′(t)|3 3 Raio de curvatura ρ(t) = 1 κ(t) 4 Torc¸a˜o τ(t) = | ~B ′(t)| |~r ′(t)| Operador ~∇ 1 Gradiente ~∇f = ( ∂f ∂x , ∂f ∂y , ∂f ∂z ) 2 Divergente div ~F = ~∇ · ~F = ∂F1 ∂x + ∂F2 ∂y + ∂F3 ∂z 3 Rotacional rot ~F = ~∇× ~F = ∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣ ~i ~j ~k ∂/∂x ∂/∂y ∂/∂z F1 F2 F3 ∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣∣ 2 Laplaciano ∆f = ~∇2f = ~∇ · ~∇f = ∂ 2f ∂x2 + ∂2f ∂y2 + ∂2f ∂z2 Teoremas de Green, Stokes e Gauss – Hipo´teses omitidas 1 Teorema de Green ∫∫ R ( ∂F2 ∂x − ∂F1 ∂y ) dxdy = ∮ ∂R ~F · d~r 2 Teorema de Stokes ∫∫ S rot ~F · ~n dA = ∮ ∂S ~F · d~r 3 Teorema da Divergeˆncia de Gauss ∫∫∫ T div ~F dxdydz = ∫∫ ∂T ~F · ~n dA
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