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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA QUIMICA BARBARA LOPES BORGES FRANCIELI CAROLINA SOUZA RIBEIRO JUAN CARLO BALLAN SANTOS VICTOR EIDY RIBEIRO TAKIGAMI PERFIL DE TEMPERATURA EM SÓLIDOS: ALETAS RELATÓRIO DE LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA B Apucarana 2019 BARBARA LOPES BORGES FRANCIELI CAROLINA SOUZA RIBEIRO JUAN CARLO BALLAN SANTOS VICTOR EIDY RIBEIRO TAKIGAMI PERFIL DE TEMPERATURA EM SÓLIDOS: ALETAS Relatório apresentado como requisito para obtenção de nota parcial na disciplina de Laboratório de Engenharia Química B, do curso de Engenharia Química, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Docente: Profª. Drª Maraisa Lopes de Menezes Apucarana 2019 RESUMO As aletas são superfícies estendidas, utilizadas quando se tem o objetivo de aumentar a taxa de transferência de calor por meio da convecção. Essa por sua vez ocorre devido a dois fenômenos, a condução no interior do sólido e a convecção entre o sólido e o fluido. O material do qual a aleta é feita bem como o seu diâmetro influenciam diretamente nessa transferência de calor. O presente experimento teve como objetivo determinar os perfis de temperatura para aletas cilíndricas de diferentes materiais, encontrar o calor trocado em regime permanente e a efetividade das aletas, além de ajustar modelos da literatura aos dados experimentais para obter os coeficientes médios de transferência de calor, possibilitando, assim, um melhor entendimento sobre o desempenho das aletas. Palavras-chave: Aletas. Convecção. Eficiência. Temperatura. Superfície. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Representação do uso de aletas ................................................................ 8 Figura 2 - Módulo experimental de aletas. ............................................................... 10 Figura 3 - Perfil linearizado de temperatura ao longo da aleta de cobre (1/2”) ......... 13 Figura 4 - Perfil linearizado de temperatura ao longa da aleta de Aluminio 1/2'' ...... 14 Figura 5 - Perfil linearizado de temperatura ao longo da aleta de Aço (1/2”)............ 14 Figura 6 - Perfil linearizado de temperatura ao longo da aleta de Aço (1”) .............. 15 Figura 7 - Perfil de temperatura ao longo da aleta de Cobre (1/2”) semi-infinita ...... 19 Figura 8 - Perfil de temperatura ao longo da aleta de Alumínio (1/2”) semi-infinita .. 19 Figura 9 - Perfil de temperatura ao longo da aleta de Aço (1/2”) semi-infinita .......... 20 Figura 10 - Perfil de temperatura ao longo da aleta de Aço (1”) semi-infinita ........... 20 Figura 11 - Perfil de temperatura ao longo da aleta de cobre (1/2”) comparação adiabática, semi-infinita e experimental .................................................................... 23 Figura 12 - Perfil de temperatura ao longo da aleta de alumínio (1/2”) comparação adiabática, semi-infinita e experimental .................................................................... 24 Figura 13 - Perfil de temperatura ao longo da aleta de aço (1/2”) comparação adiabática, semi-infinita e experimental .................................................................... 24 Figura 14 - Perfil de temperatura ao longo da aleta de aço (1”) comparação adiabática, semi-infinita e experimental .................................................................... 25 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Valores experimentais obtidos das aletas ................................................ 11 Tabela 2 - Valores de ao longo da aleta ................................................................ 12 Tabela 3 - Valores de ln θ ao longo da aleta............................................................. 13 Tabela 4 – Dados obtidos para o cálculo do coeficiente convectivo ......................... 16 Tabela 5 – Taxa de transferência de calor e efetividade de cada aleta .................... 17 Tabela 6 – Temperatura experimental, teórica e desvios. ........................................ 18 Tabela 7 – Temperatura experimental, teórica e desvios. ........................................ 22 Tabela 8 - Valores de m, h e erro minimizado para a condição de contorno com extremidade adiabática ............................................................................................. 23 Tabela 9 – Taxa de transferência de calor e efetividade de cada aleta .................... 26 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 7 2. MATERIAIS E MÉTODOS.................................................................................... 9 2.1. MATERIAIS ................................................................................................... 9 2.2. MÉTODOS ................................................................................................... 10 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 11 3.1 Caso para aleta infinita ................................................................................. 11 3.2 Caso para aleta adiabática ........................................................................... 21 4 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 26 REFERÊNCIAS......................................................................................................... 28 1. INTRODUÇÃO Aletas são extensões acrescentadas à uma superfície com o objetivo de incrementar a área de transmissão de calor, aumentando a quantidade total de calor transmitida por meio da convecção. A taxa de transferência de calor pode ser elevada por meio de um aumento do coeficiente convectivo (h) com o uso de sistemas que aumentem a velocidade do fluido que escoa na sua superfície ou que diminuam a temperatura do mesmo. Porém, estas soluções podem ter custos muito elevados tornando-as inviáveis. Assim sendo, as aletas são a alternativa mais utilizada, sendo estas superfícies estendidas de material condutor, disponível em diversos formatos, como retangulares, triangulares, parabólicas, circulares e de pino (DUARTE, 2012). O presente trabalho tem como propósito determinar os perfis de temperatura em regime permanente de diferentes barras metálicas com diâmetros variados, realizando um ajuste das equações propostas na literatura aos dados experimentais para obter os coeficientes médios de transmissão de calor. Tem-se também como objetivo a determinação do calor trocado pelas barras com o ambiente e a efetividade de cada aleta. Frente à necessidade do aumento da taxa de transferência de calor existente principalmente no meio industrial, faz-se necessária a utilização de superfícies estendidas ou aletas. Nas aletas a transferência de calor ocorre por meio de condução no interior do sólido e por radiação e/ou convecção para um fluido adjacente nas fronteiras do sólido. As aletas são feitas de materiais altamente condutores, sendo estes soldados sobre a superfície que se deseja resfriar. Nelas, a direção da transferência de calor nas fronteiras é perpendicular à direção principal da transferência de calor no interior do sólido, como pode ser observado na figura a seguir (ÇENGEL, 2009 ; INCROPERA, 2014). Figura 1 - Representação do uso de aletas Fonte: Incropera (2014).São diversos os tipos de aletas projetadas, sendo as mais conhecidas as aletas adiabáticas, infinitas ou com a extremidade isolada, podendo possuir ainda geometria plana, triangular parabólica, circulares ou uniformes, sendo que para a determinação da taxa de transferência associada à uma aleta é necessária a obtenção da distribuição de temperatura ao longo da mesma. Essa distribuição em uma aleta de seção transversal uniforme fixada à uma superfície com temperatura de base Tb e que se estende para o interior de um fluido à temperatura T consiste em admitir o fluxo de calor como unidimensional, como representado a seguir na Equação 1: (1) Onde: (2) √ (3) No qual h é o coeficiente de transferência de calor por convecção, p o perímetro, k a condutividade térmica e A a área da seção transversal. A quantidade de calor pode ser calculada pelo calor transferido por convecção na superfície da aleta, conforme a Equação 4 a seguir. ∫ [ ] (4) Sendo As a área superficial total da aleta, incluindo as extremidades. Essa taxa de transferência de calor também pode ser calculada relacionando- se o calor transferido por condução e o calor transferido por convecção na superfície da aleta: (5) Sendo Atr a área da seção transversal da aleta. Porém, mesmo sendo utilizadas para o aumento da transferência de calor, a aleta em si apresenta uma resistência condutiva a transferência de calor na superfície original, sendo assim, mesmo com a utilização de aletas, não há garantia de um aumento na taxa de transferência de calor. O parâmetro para avaliar essa situação é a efetividade da aleta (εa), apresentado a seguir por meio da Equação 6. (6) 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1. MATERIAIS No experimento utilizou-se do módulo experimental de aletas, com sensores termopares tipo K, com 10 em cada aleta e 7,5 cm de distância um do outro, fabricado pela ECO Educacional Soluções Práticas para Ensino e Pesquisa. Composto por: Dreno Nível da cuba Filtro coalescente Banho termostático Ventilador Proteção de acrílico para o conjunto de aletas Chave liga/desliga Sensores da aleta de Inox AISI 302 1” Sensores da aleta de Inox AISI 302 1/2” Sensores da aleta de Aluminio 1/2” Sensores da aleta de Cobre 1/2” Termopares Figura 2 - Módulo experimental de aletas. Fonte: ECO educacional (2019). 2.2. MÉTODOS Ligou-se o módulo experimental de aletas, o qual já estava com água no reservatório interior. Posteriormente, estabeleceu-se a temperatura de 70°C do banho no painel de controle. A cada 15 minutos, as temperaturas de cada aleta foram anotadas, após o sistema atingir a condição de equilíbrio térmico, registrou-se as temperaturas de todos os termopares presentes em cada aleta. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1 Caso para aleta infinita A Tabela 1 apresenta os dados das temperaturas obtidas após o equilíbrio térmico do sistema. Tabela 1 - Valores experimentais obtidos das aletas Termopar Temperatura das Aletas (°C) Cobre (1/2") Alumínio (1/2") Inox (1/2") Inox (1") 1 55,4 54,7 38 48,5 2 51,8 47,7 34,5 38,6 3 46,6 42,7 32,8 33,8 4 44,1 38,6 31,6 31,1 5 40,2 36,4 30,2 30 6 38,6 34,9 30,2 29,3 7 37,2 33,3 29,7 28,5 8 35,9 32,2 29,5 28,1 9 36,3 31,6 29 27,7 10 34,5 31,1 28,4 27,4 Média 39,4 35,7 30,2 29,7 Fonte: Autoria própria (2019). A temperatura ambiente ( ) registrada durante a prática foi de 27,3 °C. Considerou-se que a temperatura da base da aleta na posição , corresponde a temperatura do banho, ou seja, 70,5 °C. A distância entre cada termopar ao longo da aleta é de 7,5 cm um do outro. A Tabela 2 apresenta os valores de , calculados a partir da equação: Tabela 2 - Valores de ao longo da aleta Termopar x (cm) θ (°C) Cobre (1/2") Alumínio (1/2") Inox (1/2") Inox (1") 0 0 43,2 43,2 43,2 43,2 1 7,5 28,1 27,4 10,7 21,2 2 15 24,5 20,4 7,2 11,3 3 22,5 19,3 15,4 5,5 6,5 4 30 16,8 11,3 4,3 3,8 5 37,5 12,9 9,1 2,9 2,7 6 45 11,3 7,6 2,9 2 7 52,5 9,9 6 2,4 1,2 8 60 8,6 4,9 2,2 0,8 9 67,5 9 4,3 1,7 0,4 10 75 7,2 3,8 1,1 0,1 Fonte: Autoria própria (2019). Em que o termopar de número 0 representa a temperatura da base da aleta, ou seja, a temperatura do banho. Para o caso de aletas infinitas, utiliza-se a Equação 7, para expressar o perfil de temperaturas. (7) Esta equação pode ser linearizada aplicando o logaritmo natural, a fim de se obter os valores de e , que resulta na Equação 8. (8) Os valores de encontram-se na Tabela 3. Tabela 3 - Valores de ln θ ao longo da aleta x (m) ln θ Cobre (1/2") Alumínio (1/2") Inox (1/2") Inox (1") 0 3,7658 3,7658 3,7658 3,7658 0,075 3,3358 3,3105 2,3702 3,0540 0,15 3,1987 3,0155 1,9741 2,4248 0,225 2,9601 2,7344 1,7047 1,8718 0,3 2,8214 2,4248 1,4586 1,3350 0,375 2,5572 2,2083 1,0647 0,9933 0,45 2,4248 2,0281 1,0647 0,6931 0,525 2,2925 1,7918 0,8755 0,1823 0,6 2,1518 1,5892 0,7885 -0,2231 0,675 2,1972 1,4586 0,5306 -0,9163 0,75 1,9741 1,3350 0,0953 -2,3026 Fonte: Autoria própria (2019). Com os valores da Tabela 3, gerou-se as figuras 3, 4, 5 e 6, que corresponde ao ln θ vs x de cada aleta. Figura 3 - Perfil linearizado de temperatura ao longo da aleta de cobre (1/2”) Fonte: Autoria própria (2019). y = -2,2271x + 3,5331 R² = 0,9565 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 ln (ϴ ) x (m) Figura 4 - Perfil linearizado de temperatura ao longa da aleta de Aluminio 1/2'' Fonte: Autoria própria (2019). Figura 5 - Perfil linearizado de temperatura ao longo da aleta de Aço (1/2”) Fonte: Autoria própria (2019). y = -3,1664x + 3,5203 R² = 0,9755 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 ln (ϴ ) x (m) y = -3,7964x + 2,8503 R² = 0,8668 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 ln (ϴ ) x (m) Figura 6 - Perfil linearizado de temperatura ao longo da aleta de Aço (1”) Fonte: Autoria própria (2019). Sendo assim, representa o valor do coeficiente angular da reta obtida pelos gráficos acima. A fim de determinar a quantidade de calor trocado, é necessário o valor do coeficiente convectivo (h), que é obtido utilizando a Equação 9. Assim a Equação 10 representa o coeficiente convectivo. √ (9) (10) Em que, é a condutividade térmica do material, é a área seção transversal e é o perímetro. Substituindo o perímetro ( ) e a área ( ) em função do diâmetro para uma aleta cilíndrica, obtêm-se a Equação 11. (11) y = -7,0531x + 3,6338 R² = 0,9738 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 ln (ϴ )x (m) Com base no anexo A, foi possível obter-se os valores das condutividades térmicas de cada aleta. Na Tabela 4, est os valores de m, θb, d, p, A e k, necessários para o cálculo do coeficiente convectivo (h) demonstrado pela Equação 11. Tabela 4 – Dados obtidos para o cálculo do coeficiente convectivo Aletas Cobre (1/2") Alumínio (1/2") Inox (1/2") Inox (1") m 2,2285 3,1664 3,7964 7,0531 θb 34,25 33,79 17,29 37,86 d (m) 0,0127 0,0127 0,0127 0,0254 p (m) 0,0399 0,0399 0,0399 0,0798 A (m²) 0,0001 0,0001 0,0001 0,0005 k (W/mK) 401,0 237,0 15,1 15,1 h (W/m²K) 6,3229 7,5444 0,6910 4,7699 Fonte: Autoria própria (2019). Nota-se por meio da Tabela 4, que o coeficiente convectivo ficou abaixo de 10 W/m²K, o que evidencia uma transferência de calor por convecção natural. Incropera (2014), sugere que quando existe uma parede separando um fluido liquido de um gás, é preferível que adiciona-se a aleta do lado com menor coeficiente convectivo, no caso o lado com escoamento gasoso, como por exemplo em um caso prático, o radiador de um carro, ou seja, depende das condições na camada limite de troca térmica, as quais por sua vez, são influenciadas pela sessão transversal, tipo de material, natureza do escoamento do fluido (natural, misto ou forçado, por exemplo), e propriedades termodinâmicas. Com posse de todas as variáveis, calculou-se a quantidade de calor trocado (Equação 6) pelas aletas para o ambiente. √ (12) Determinou-se, também, a efetividade (εa) para cada uma das aletas, utilizando-se a Equação 13. (13) A Tabela 5 apresenta os valores obtidos da taxa de transferência de calor e da efetividade referente a cada aleta. Tabela 5 – Taxa de transferência de calor e efetividade de cada aleta Cobre (1/2") Alumínio (1/2") Inox (1/2") Inox (1") q (W) 4,8735 4,1046 0,3054 2,3301 εa 141,3330 99,4696 85,1843 22,3278 Fonte: Autoria própria (2019). Nota-se que as aletas que mais trocam calor em ordem decrescente são, cobre (1/2”), alumínio (1/2”), inox (1”) e inox (1/2”) respectivamente. A aleta de cobre teve maior transferência de calor trocado, em comparação ao alumínio de mesmo diâmetro e também das aletas de inox. Isto acontece devido ao alto valor da condutividade térmica do cobre. Além disso, comparando-se as aletas de inox (mesmo material e diâmetros diferentes), nota-se uma discrepância na aleta de maior diâmetro, pois como o calor é diretamente proporcional a área e por outro lado sendo a eficiência inversamente proporcional, e por isso o uso muito comum de aletas finas. No entanto ao escolher o material que irá ser empregado na aleta, deve-se levar em conta 4 fatores, (1) facilidade de ser trabalhado, no que se refere a sua moldagem, uma vez que a aleta muitas vezes é fundida ao material, para que diminua as resistências de contato, (2) Custo relativamente baixo, (3) baixa densidade, (4) condutividade térmica alta (INCROPERA, 2014). Em relação as efetividades, as aletas que obtiveram os maiores valores foram o cobre (1/2”), alumínio (1/2”), inox (1/2”) e inox (1”) respectivamente. Dessa forma, como estes valores de efetividades encontrados foram maiores que 2, o uso dessas aletas, considerando aletas infinitas, é justificável (INCROPERA, 2014). A fim de determinar o perfil de temperatura teórico ao longo do comprimento da aleta, manipulou-se a Equação (14), obtendo-se assim as equações (15*) e (15): (14) (15*) (15) Para uma comparação dos dados obtidos experimentalmente com os dados teóricos, calculou-se o desvio para cada temperatura em cada uma das aletas, ao longo da mesma, por meio da Equação 16: (16) Gerando assim Tabela 6, com os respectivos desvios. Tabela 6 – Temperatura experimental, teórica e desvios. COBRE Texp ( o C) 70,40 55,40 51,80 46,60 44,10 40,20 38,60 37,20 35,90 36,30 34,50 Tteórica ( o C) 70,40 63,77 58,16 53,41 49,40 46,00 43,12 40,69 38,63 36,89 35,41 Desvio 0,00 0,15 0,12 0,15 0,12 0,14 0,12 0,09 0,08 0,02 0,03 ALUMINIO Texp ( o C) 70,50 54,70 47,70 42,70 38,60 36,40 34,90 33,30 32,20 31,60 31,10 Tteórica ( o C) 70,50 61,37 54,17 48,49 44,01 40,48 37,69 35,49 33,76 32,40 31,32 Desvio 0,00 -0,12 -0,14 -0,14 -0,14 -0,11 -0,08 -0,07 -0,05 -0,03 -0,01 AÇO 1/2 '' Texp ( o C) 70,50 38,00 34,50 32,80 31,60 30,20 30,20 29,70 29,50 29,00 28,40 Tteórica ( o C) 70,50 60,04 52,11 46,10 41,55 38,10 35,48 33,50 32,00 30,86 30,00 Desvio 0,00 -0,58 -0,51 -0,41 -0,31 -0,26 -0,17 -0,13 -0,08 -0,06 -0,06 AÇO 1'' Texp ( o C) 70,50 48,50 38,60 33,80 31,10 30,00 29,30 28,50 28,10 27,70 27,40 Tteórica ( o C) 70,50 52,75 42,30 36,14 32,51 30,37 29,11 28,36 27,93 27,67 27,52 Desvio 0,00 -0,09 -0,10 -0,07 -0,05 -0,01 0,01 0,00 0,01 0,00 0,00 Fonte: Autoria própria (2019). Por meio da Equação (15), gerou-se as figuras (7), (8), (9) e (10), abaixo exibidas. Figura 7 - Perfil de temperatura ao longo da aleta de Cobre (1/2”) semi-infinita Fonte: Autoria própria (2019). Figura 8 - Perfil de temperatura ao longo da aleta de Alumínio (1/2”) semi-infinita Fonte: Autoria própria (2019). 0 10 20 30 40 50 60 70 80 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 T ( °C ) x (m) T exp T teórica 0 10 20 30 40 50 60 70 80 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 T ( °C ) x (m) T exp T teórica Figura 9 - Perfil de temperatura ao longo da aleta de Aço (1/2”) semi-infinita Fonte: Autoria própria (2019). Figura 10 - Perfil de temperatura ao longo da aleta de Aço (1”) semi-infinita Fonte: Autoria própria (2019). Apesar de alguns pontos entre a temperatura experimental e a temperatura teórica estarem distantes, o comportamento das curvas aproximam-se com o aumento do comprimento da aleta. Os desvios presentes nos primeiros termopares 0 10 20 30 40 50 60 70 80 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 T (° C ) x (m) T exp T teórica 0 10 20 30 40 50 60 70 80 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 T ( °C ) x (m) Texperimental Tteórica podem ser justificados pela falta de isolamento, assim, o gradiente de temperatura entre o ambiente e o ponto localizado o termopar é maior, que ocasiona uma maior troca de calor, havendo um alto desvio para temperaturas mais altas. 3.2 Caso para aleta adiabática Uma hipótese válida para avaliar a transferência de calor em uma aleta, seria o caso adiabático, com a transferência de calor na ponta, sendo desprezível. Definida pela equação (17): [ ] (17) Isolando e manipulando T, na Equação 17, onde obtém-se uma expressão para o cálculo da temperatura que será utilizado posteriormente. ( [ ] ) (18) Onde , calculou-se inicialmente o erro associado a essa suposição, aleta adiabática, por meio do método dos mínimos quadrados (mmq), onde a solução analítica será ajustada aos dados experimentais, e utilizando o solver do software Microsoft Excel nos fornece o valor de m minimizado, onde de maneira análoga ao método da aleta infinita obteve-se o coeficiente convectivo. A função objetivo a ser minimizada é dada por: ( ) (19*) * ( [ ] ) + (19) Por meiodo ajuste fornecido pelo solver do Excel, gerou-se os seguintes valores de temperaturas teóricas ao longo do comprimento x. Tabela 7 – Temperatura experimental, teórica e desvios. COBRE Texp ( o C) 70,40 55,40 51,80 46,60 44,10 40,20 38,60 37,20 35,90 36,30 34,50 Tteórica ( o C) 70,40 60,89 53,54 47,89 43,58 40,31 37,89 36,15 34,98 34,31 34,09 Desvio 0,00 30,09 3,03 1,67 0,27 0,01 0,51 1,11 0,85 3,98 0,17 ALUMINIO Texp ( o C) 70,50 54,70 47,70 42,70 38,60 36,40 34,90 33,30 32,20 31,60 31,10 Tteórica ( o C) 70,50 58,25 49,49 43,25 38,81 35,68 33,49 32,00 31,04 30,51 30,34 Desvio 0,00 12,58 3,22 0,30 0,05 0,52 1,99 1,69 1,34 1,19 0,58 AÇO 1/2'' Texp ( o C) 70,50 38,00 34,50 32,80 31,60 30,20 30,20 29,70 29,50 29,00 28,40 Tteórica ( o C) 70,50 41,73 32,12 28,91 27,84 27,48 27,36 27,32 27,31 27,30 27,30 Desvio 0,00 13,90 5,67 15,14 14,16 7,40 8,07 5,66 4,81 2,88 1,21 AÇO 1'' Texp ( o C) 70,50 48,50 38,60 33,80 31,10 30,00 29,30 28,50 28,10 27,70 27,40 Tteórica ( o C) 70,50 49,72 38,94 33,34 30,44 28,93 28,15 27,75 27,54 27,45 27,42 Desvio 0,00 1,49 0,11 0,21 0,44 1,15 1,33 0,57 0,31 0,06 0,00 Fonte: Autoria própria (2019). Um desvio mais significativo, pode ser observado logo após a temperatura da base, podendo chegar a 30% para a aleta de cobre, o mesmo deve-se em função da temperatura adotada na base como a própria temperatura do banho, observa-se que a diferença de temperatura tende a diminuir com o incremento de x, ou seja, a medida que há um afastamento da base a temperatura tende a temperatura ambiente. Outro fator destes desvios deve-se ao isolamento da caixa, onde teoricamente deveria ser adiabático. Em posse dos valores fornecidos pela Tabela 7, houve a minimização da função objetivo, afim de obter o valor ótimo de m, por meio do solver do Excel. Tabela 8 - Valores de m, h e erro minimizado para a condição de contorno com extremidade adiabática Aleta m (m -1 ) h (W/m 2 .ºC) Erro mmq Cobre 3,3805 14,5503 41,696 Alumínio 4,4632 14,9895 23,481 Inox 1/2" 14,6217 10,2498 78,892 Inox 1" 8,7450 7,3328 5,669 Fonte: Autoria própria (2019). Em comparação com o valor do cobre e alumínio, observa-se uma similaridade no coeficiente convectivo, o que condiz com o esperado, uma vez que suas condutividades térmicas são similares, ou seja, são bons condutores de calor. Ao compararmos o desvio obtido, observa-se que ele é menor na aleta de aço 1’’, isso quer dizer que o modelo teórico adiabático, fornece uma boa aproximação da realidade. Uma outra analise interessante de se ressaltar é que ao compararmos as hipóteses adiabática e infinita com os dados experimentais, obtidos em cada uma das aletas, observa-se que novamente o melhor cenário, é empregado pela aleta de aço 1”, sendo evidenciado pelas figuras (11), (12), (13) e (14): Figura 11 - Perfil de temperatura ao longo da aleta de cobre (1/2”) comparação adiabática, semi- infinita e experimental Fonte: Autoria própria (2019). 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 T ( °C ) x (m) T exp Tinfinita Tadiabática (°C) Figura 12 - Perfil de temperatura ao longo da aleta de alumínio (1/2”) comparação adiabática, semi- infinita e experimental Fonte: Autoria própria (2019). Figura 13 - Perfil de temperatura ao longo da aleta de aço (1/2”) comparação adiabática, semi-infinita e experimental Fonte: Autoria própria (2019). 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 T ( °C ) x (m) T exp Tinfinita Tadiabática (°C) 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 T ( °C ) x (m) T exp Tinfinita Tadiabática (°C) Figura 14 - Perfil de temperatura ao longo da aleta de aço (1”) comparação adiabática, semi-infinita e experimental Fonte: Autoria própria (2019). Para o caso da aleta de alumínio o modelo da aleta infinita, ajustou-se melhor aos dados, já para a aleta de aço ½”, o modelo adiabático foi mais satisfatório, ressalta-se que os modelos se ajustaram muito bem as aletas de aço inox 1’’ e cobre ½”, em ambas as hipóteses, adiabática e infinita, sendo indiferente a escolha de uma hipótese ou de outra, obviamente, sem levar em conta a sua efetividade, assim mesmo em condições experimentais, de certa maneira inadequadas, uma vez que não havia um isolamento ideal, no caso da aleta com a extremidade adiabática, e sendo uma hipótese tecnicamente grotesca no caso da aleta infinita, visto que o comprimento era inferior a 1 m, e além de um outro fator, que a sua temperatura da base foi considerada como sendo a do banho. Uma sugestão para melhoria dos resultados, seria um equipamento com maior comprimento de aletas, e um isolamento mais adequado. Ao analisarmos a efetividade do caso adiabático, obtém- se de maneira análoga ao caso de aleta infinita, os valores da troca térmica e efetividade. 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 T ( °C ) x (m) Texperimental Tinfinita Tadiabática (°C) Tabela 9 – Taxa de transferência de calor e efetividade de cada aleta Cobre (1/2") Alumínio (1/2") Inox (1/2") Inox (1") q (W) 7,3976 5,7857 1,2076 2,8891 εa 93,1612 70,5623 21,5405 18,0898 Fonte: Autoria própria (2019). Observa-se que como esperado, as maiores efetividades encontram-se com os materiais mais condutivos e na sequência com menor diâmetro. Sendo um resultado satisfatório, uma vez que qualitativamente, era esperado estes valores, assim como na hipótese infinita. 4 CONCLUSÃO A partir da realização desta prática, observou-se que nos modelos teóricos de aletas semi-infinitas e aletas adiabáticas, a superfície estendida de cobre apresentou a maior transferência de calor, devido a influência da condutividade térmica, como esperado. Apesar da condutividade térmica ser um fator decisivo no desempenho da aleta, notou-se que o diâmetro da aleta também é um fator determinante para uma troca térmica, sendo a aleta de inox de maior diâmetro, que mostrou-se com uma maior troca térmica comparado a inox de menor diâmetro, em ambas as abordagens, adiabática e infinita. Ao comparar as temperaturas experimentais e as teóricas, notou-se que a falta de isolamento do sistema provoca um alto desvio para temperaturas superiores, e a medida que há um incremento de temperatura ao longo de x, a temperatura da barra tende à temperatura ambiente. Assim, com o aumento do comprimento da aleta, os desvios eram menores. O uso das superfícies estendidas foi analisado por meio da efetividade, que conclui-se que é bastante viável a utilização da mesma, uma vez que em todos os casos, seja a hipótese adiabática ou semi-infinita, a efetividade para todos os materiais foram superiores a 2, sendo o recomendado pela literatura (INCROPERA, 2014). REFERÊNCIAS INCROPERA, Frank P; DEWITT, David P. Fundamentos de transferência de calor e de massa. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2014. ÇENGEL, Yunus A. Transferência de calor e massa: uma abordagem prática. 3. ed. São Paulo, SP: McGraw-Hill, 2009. DUARTE, D. F. ESTUDO, COMPARAÇÃO E ANÁLISE ECONÔMICA DA TRANSFERÊNCIA DE CAOR EM ALETAS DE MOTORES ELÉTRICOS FABRICADOS COM ALUMÍNIO E FERRO FUNDIDO. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 32., 2012, Bento Gonçalves. Disponível em: . Acesso em: 05 abr. 2019.ECO Educacional. [S. l.], 2005. Disponível em: https://ecoeducacional.com.br/. Acesso em: 5 abr. 2019. ANEXO A - PROPRIEDADES TERMOFÍSICAS DE SÓLIDOS METÁLICOS Fonte: Incropera (2014). ANEXO A - PROPRIEDADES TERMOFÍSICAS DE SÓLIDOS METÁLICOS (continuação) Fonte: Incropera (2014). Anexo A - PROPRIEDADES TERMOFÍSICAS DE SÓLIDOS METÁLICOS (continuação) Fonte: Incropera (2014).
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