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Prova dirigida tratamento efluentes - saneamento

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Sistemas de tratamento de esgoto
Descrever os conceitos de padrão de lançamento e padrão do corpo de água receptor.
Ambos estão de certa forma inter-relacionados com o objetivo de preservar a qualidade do corpo d’água. Os dois padrões se dá no sentido que o atendimento aos deve garantir simultaneamente aos padrões de lançamento e corpo d’água. Podendo ocorrer em duas situações: que o efluente satisfaça o padrão de lançamento, mas não satisfaça os padrões de corpo receptor, as características do lançamento deverão atender ao padrão do corpo receptor.
 
Discorrer sobre as principais diferenças entre os usos previstos para as classes 1,2,3 e 4 (água doce).
O objetivo da classificação é possibilitar a determinação dos usos, controle de poluição e criar instrumento para avaliar a qualidade dos corpos d’água.
- Classe 1: Destinados ao abastecimento domésticos após tratamento simples, a proteção das comunidades aquáticas; a irrigação; a criação natural ou intensiva de espécies destinadas a alimentação.
- Classe 2: Águas destinadas ao abastecimento domésticos após tratamento convencional; recreação de contato primário; irrigação e criação.
- Classe 3: Águas destinadas ao consumo humano, após tratamento convencional; irrigação de arbóreas; dessendentação de animais
- Classe 4: Águas destinadas a navegação; harmonia paisagística e aos usos menos exigentes.
Quais as eficiências típicas de remoção de DBO no tratamento em níveis primário e secundário?
- Tratamento Primário: DBO em suspensão associada a matéria orgânica componente dos sólidos em suspensão sedimentáveis.
 - Tratamento Secundário: DBO em suspensão, caso não haja tratamento primário, a DBO associada à matéria orgânica em suspensão presente no esgoto. A DBO em suspensão finamente particulada, caso haja tratamento primário, associada à matéria orgânica não sedimentavel e não removida. DBO solúvel, associada á matéria orgânica na forma solida dissolvidas presentes no esgoto bruto, quando no efluente do eventual tratamento primário, uma vez que sólidos dissolvidos não são removidos por sedimentação.
Descrever suscintamente o processo de tratamento de esgotos por meio de lagoas facultativas.
Os esgotos continuamente construídos para o tratamento de águas residuarias. O liquido permanece na lagoa por vários dias, a DBO solúvel e particulada é estabilizada aerobiamente por bactérias dispersas no meio liquido, ao passo que a DBO suspensa tende a sedimentar, sendo convertida anaerobiamente por bactérias no fundo da lagoa. O oxigênio requerido pelas bactérias aeróbias é fornecido pelas algas através da fotossíntese.
Comentar sobre as principais vantagens e desvantagens das lagoas de maturação.
- Vantagens: Sistemas de lagoas precedentes; elevada eficiência na remoção de patógenos e razoável eficiência na remoção de nutrientes.
- Desvantagens: Sistemas de lagoas precedentes e requisitos de área bastante elevados.
Descrever sucintamente o processo de aplicação de efluentes no solo pelo método de escoamento superficial.
Consiste na aplicação de descarga de águas residuarias, fazendo os escoamentos diretos no solo ate alcançar os canais de coleta. À medida que a água percola no solo grande parte evapora, a outra infiltra e o restante é coletado nos canais posicionados na parte inferior da rampa de tratamento. A aplicação da água residuarias pode ser feita utilizando aspersões de baixa e media pressão por tubos ou por sistemas de bacias de distribuição para os sulcos.
 
Comparar os sistemas de tratamento de esgotos por lagoas aeradas facultativas e por lagoas aeradas de mistura completa.
- Lagoas aeradas facultativas: não possui lodo; grande parte dos sólidos e da biomassa sedimenta-se no fundo e é decomposto anaerobiamente; a eficiência no sistema de remoção da DBO é melhor.
- Lagoa aerada de mistura completa: sólidos e biomassa permanece dispersos no liquido ou na mistura completa; a eficiência na remoção da DBO é menor; o lodo da lagoa de decantação deve ser removido em períodos de poucos anos.
Descrever suscintamente o processo de tratamento de esgotos por reatores anaeróbios de manta de lodo. 
A DBO é convertida anaerobiamente por bactérias dispersas no reator, o fluxo é ascendente. A parte superior do reator é dividida nas zonas de sedimentação e de coleta de gás, permite a saída do efluente clarificado e o retorno dos sólidos ao sistema aumentando sua concentração. A produção do lodo é baixa e já sai adensado e estabilizado.
Quais processos de tratamento de esgotos podem ser utilizados como pós-tratamento de efluentes de reatores anaeróbios.
Os reatores UASB usualmente não produzem um efluente que se adeque à maior parte dos padrões de lançamento e frequentemente é necessária a incorporação de um pós-tratamento que pode ser biológico ou físico-químico. A eficiência do reator é usualmente similar à que seria alcançada se o processo de pós-tratamento fosse aplicado ao esgoto bruto. No entanto os requisitos de área, volume e energia, bem como produção de lodo são bem menores.
Estabelecer as principais diferenças entre um sistema de lagoas aeradas de mistura completa e um sistema de lodo ativado de fluxo continuo.
Lodo ativado de fluxo continuo: elevada eficiência na remoção da DBO; baixo requisito de área; tempo de aeração maior; redução de patógenos.
Lagoa aerada de mistura completa: tempo de aeração menor; alto requisito de área.
Quais os sistemas de tratamento de esgotos que não necessitam uma retirada frequente de lodo.
Lagoa facultativa; reator UASB pós-tratamento; UASB; Tanque séptico filtro anaeróbio.
Um esgoto contém uma concentração de coliformes termotolerantes de 107 NMP/100ml. Esse esgoto é submetido a tratamento por meio de uma lagoa facultativa única. Analisar a adequabilidade para irrigação. (NMP – Número mais provável).
A adequação da água para irrigação é subjetiva, mas deve avaliar alguns parâmetros que deveram produzir efeitos desagradáveis na relação água, planta e solo, podendo ser considerada adequada para certos tipos de solos ou cultura, mas não para outros.
Devem-se analisar as características físico-químicas e a qualidade sanitária da água e as características do solo e as tolerâncias das culturas a serem utilizados, bem como o clima local, o manejo da irrigação e a drenagem do mesmo.
Bibliografia 
SPERLING, Marcos von. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. 3. ed. Belo Horizonte: UFMG/DESA, 2005. v.1

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