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REVISÃO PENAL

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DOS CRIMES CONTRA A PESSOA
HOMICÍDIO
Consumado: morte da vítima
Tentado: o último ato do agente é anterior à morte
Simples: matar alguém
Privilegiado:
1) Relevante valor social
2) Relevante valor moral
3) Após injusta provocação, sob domínio de violenta emoção
Qualificado (hediondo):
1) Motivo torpe
2) Motivo fútil
3) Veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura, ou outro meio oculto ou
cruel
4) Recurso de dificulte a defesa da vítima (traição, emboscada)
5) Conexão (assegurar a execução, ocultação, ou vantagem de outro
crime)
*Pode haver mais de 1 qualificadora? Sim.
*Pode haver homicídio qualificado e privilegiado? Sim. E não é hediondo.
Doloso: intenção de matar
Aumento de pena: contra - 14 ou + 60 anos
Culposo: negligência, imprudência ou imperícia. (CTB)
Aumento de pena - Homicídio culposo:
1) Inobservância de regra técnica
2) Não presta socorro imediato
3) Não diminui as consequências de seu ato
4) Foge p/ evitar o flagrante
5) Milícia privada ou grupo de extermínio
Perdão judicial: o crime atingiu o agente de forma tão grave que a pena é
desnecessária.
SUICÍDIO
1) Induzimento: faz nascer a ideia
2) Instigação: fomenta a ideia já existente
3) Auxílio material: (Ex: emprestar a arma)
Obs: Se não houver no mínimo MORTE ou LESÃO GRAVE o agente não
responde por nada!
Obs: Se a vítima é – 14 ou doente mental será HOMICÍDIO!
INFANTICÍDIO
“Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o
parto ou logo após.”
Elementar: estado puerperal
Crime próprio: só a mãe pode praticar
Concurso de pessoas: se um 3º auxilia, responde pelo mesmo crime
Lapso temporal p/ configurar o crime:
Início: início do parto
Fim: imediatamente pós parto, proximidade pós parto, ou até 8 semanas
após.
Obs: Erro sobre a pessoa: a mãe mata outro bebê acreditando ser o seu.
Também é INFANTICÍDIO.
ABORTO
Consumado: morte do feto
Tentado: iniciada a execução, o feto nasce vivo por circunstâncias alheias à
vontade do agente
Qualificado: se a gestante sofre lesão corporal ou morte
Espécies:
1) Auto aborto: gestante que faz aborto em si mesma
2) Aborto consentido: gestante consente que alguém faça o aborto
3) Provocar SEM consentimento da gestante
4) Provocar COM consentimento da gestante:
Obs: Se a gestante é – 14 anos, doente mental, ou consentimento
obtido por violência, ameaça ou fraude -> Consentimento será
inválido! Então aplica-se o crime anterior.
5) Aborto legal: feito por médico ou 3º
a. Necessário: único meio de salvar a gestante
b. Humanitário ou sentimental: gravidez resultante de estupro
Obs: Se é feto anencéfalo não é aborto. É antecipação terapêutica do
parto. (STF)
Obs: Não existe aborto CULPOSO. Há sempre dolo direto ou eventual!
LESÃO CORPORAL
“Ofender, a integridade corporal ou a saúde de outrem.”
1) Leve:
2) Grave: se resulta:
a. Incapacidade p/ ocupações habituais por + 30dias
b. Perigo de vida (probabilidade concreta de morte)
c. Debilidade permanente de membro, sentido ou função
d. Aceleração de parto
3) Gravíssima: se resulta:
a. Incapacidade permanente para (qualquer) trabalho
b. Enfermidade incurável: (exceto Aids – tent. de homicídio)
c. Perda ou inutilização de membro, sentido ou função
d. Deformidade permanente: dano estético na vítima.(Ácido no rosto)
4) Aborto: Preterdoloso (dolo na lesão e culpa no aborto)
5) Seguida de morte: Preterdoloso (dolo na lesão e culpa na morte)
6) Culposa: Negligência, imprudência ou imperícia. Mesmo que cause
um dos resultados acima.
7) Violência Doméstica: contra familiares, cônjuge ou com quem more.
Aumento de pena: se grave, gravíssima, seguida de morte ou contra
deficiente.
Obs: Vítima mulher -> Ação penal pública incondicionada.
PERIGO DE CONTÁGIO VENÉREO
“Expor alguém, a contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber
que está contaminado”.
Consumação: Prática da relação sexual ou ato libidinoso, mesmo que não
transmita.
Doloso: intenção de transmitir
Obs: Se transmitir será crime de LESÃO CORPORAL grave ou gravíssima. Se
a LESÃO for leve permanece o crime de perigo.
Ação penal: pública condicionada à representação
PERIGO DE CONTÁGIO DE MOLÉSTIA GRAVE
Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave, ato capaz de
produzir o contágio. (Mesmo que não transmita)
Obs: Se transmitir será crime de LESÃO CORPORAL grave ou gravíssima. Se
a LESÃO for leve permanece o crime de perigo.
PERIGO PARA A VIDA OU SAÚDE DE OUTREM
“Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente.”
O dolo é de PERIGO e não de DANO.
É crime subsidiário, pois pode ser absorvido por crime + grave.
ABANDONO DE INCAPAZ
Abandonar pessoa que está sob o seu cuidado, guarda, vigilância ou
autoridade, incapaz de defender-se -> Crime próprio
- O dolo deve ser apenas de PERIGO.
- Situação CONCRETA de perigo.
Qualificado: se resulta lesão grave ou morte.
Aumento de pena: lugar ermo, contra familiar, tutelado ou curatelado e +
60 anos.
EXPOSIÇÃO OU ABANDONO DE RECÉM-NASCIDO
Finalidade: ocultar desonra própria
Qualificado: se resulta lesão grave ou morte.
OMISSÃO DE SOCORRO
Consumação: Deixar de prestar assistência ou não pedir socorro.
Obs: Se o omisso for agente garantidor (bombeiro, salva-vida, policial)
será HOMICÍDIO (tentado ou consumado).
Aumento de pena: se resulta lesão grave ou morte.
MAUS TRATOS
Vítima: pessoa sob autoridade, guarda ou vigilância do agente.
O dolo do agente é CORRIGIR, mas EXCEDE.
Obs: É diferente da TORTURA onde o dolo é de SOFRIMENTO.
Aumento de pena: se resulta lesão grave, morte ou contra – 14 anos.
RIXA
Tumulto generalizado. Reciprocidade de agressões.
Qualificada: se resultou lesão corporal grave ou homicídio. Concurso de
crimes -> Rixa + Homicídio ou Rixa + Lesão C. Grave
DOS CRIMES CONTRA A HONRA
Honra objetiva: conceito que os outros têm de nós
Honra subjetiva: conceito que temos de nós mesmos
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CALÚNIA
Ex: José (mentiroso) diz: Foi João que roubou o celular de Maria.
Consumação: quando 3º toma conhecimento da ofensa
Requisitos:
1) Fato determinado
2) Fato descrito como crime
3) O agente sabe que é mentira
Obs: Se o agente pensa estar falando verdade não será crime, pois houve
erro de tipo.
Obs: Pessoa Jurídica pode ser vítima. A calúnia será sobre crime ambiental
ou contra ordem econômica e financeira.
Obs: Propalar ou divulgar a calúnia também é crime.
DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA
Dar causa a investigação policial ou processo judicial ou administrativo
por calúnia.
Exceção da verdade: direito que o caluniador tem de provar que o que ele
falou é verdade.
DIFAMAÇÃO
Ex: Maria diz: “João é casado, mas ontem ficou com Ana.”
Consumação: quando 3º toma conhecimento da ofensa
Requisitos:
1) Fato determinado
2) Ofende a reputação, mas NÃO é crime
3) V ou F, não importa
Exceção da verdade: só é permitida contra funcionário público relativo ao
exercício de suas funções.
INJÚRIA
Ex: “Sua vadia!” ou “Cuidado com João! Ele costuma furtar os colegas de
trabalho”.
Consumação: quando a vítima toma conhecimento da ofensa
Requisitos:
1) Atribuição de qualidade negativa ou fato genérico
2) V ou F, não importa
Perdão judicial: injúria provocada e injúria revidada.
Injúria Real: há violência ou vias de fato. Dolo: humilhar. (Ex: cuspir na
cara, rasteira em público.) (Obs: se houver violência haverá concurso de
crimes).
Injúria Preconceituosa: cor, raça, etnia, religião, origem, idoso ou
deficiente.
Obs: RACISMO é outro crime, pois são comportamentos e não
injúrias/palavras.
Retratação: Voltar atrás no que disse. É permitida na calúnia e difamação.
Extingue a punibilidade se é feita antes da sentença.
Obs: Animus jocandi (intenção de brincar) não é punível.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL
Obrigar alguém a não fazer oque a lei permite ou a fazer o que ela não
manda, sob violência ou grave ameça.
Ex: “Se você não tirar essa roupa curta, vou te arrebentar!”
Consumado: quando a vítima faz o que é pedido.
Tentado: a vítima é constrangida, mas não faz.
Aumento de pena: + 3 pessoas para execução ou uso de arma.
Concurso de crimes: com lesão corporal ou homicídio.
AMEAÇA
Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto de causar-lhe mal injusto e
grave.
- A ira descaracteriza o crime, pois exige ânimo calmo e refletido.
SEQUESTRO OU CÁRCERE PRIVADO
Privar alguém de sua liberdade.
Não é para fins lucrativos!
Aumento de pena:
1) Contra familiar, cônjuge ou + 60 anos
2) Mediante internação da vítima em hospital
3) Por + 15 dias
4) Contra – 18 anos
5) Para fins libidinosos
6) Se resulta grave sofrimento físico ou moral
VIOLAÇÃO DE DOMICÍLIO
Entrar ou permanecer em casa alheia contra a vontade do dono.
Significado de “Casa”:
1) Qualquer compartimento habitado (Ex: barraca de camping)
2) Aposento de habitação coletiva (Ex: quarto de hotel)
3) Não aberto ao público onde exerce profissão
Obs: se for casa alheia desabitada não será crime.
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
FURTO
Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel.
Consumação: quando o bem ingressa na posse do agente
1) Simples:
2) Noturno: praticado durante o repouso noturno
3) Privilegiado: coisa de pequeno valor e réu primário
4) De energia: (Ex: o agente faz ligação clandestina subtraindo energia
direto da rede elétrica p/ sua casa)
Obs: Mas se há FRAUDE no relógio-medidor haverá ESTELIONATO!
5) Qualificado:
a. Destruição de obstáculo: serrar grades
b. Abuso de confiança: aproveita da confiança para subtrair. Não
tem a posse da coisa!
c. Fraude: ilude a vítima e lhe subtrai os bens. (Finge ser
funcionário da prefeitura p/ entrar na casa e furtar)
d. Escalada: meio anormal/esforço incomum
e. Destreza: habilidade. Furta sem ninguém perceber.
f. Chave falsa: qualquer coisa que abra a fechadura
g. 2 ou + pessoas na execução: concurso
h. Veículo: quando é transportado p/ o exterior
*Pode haver furto qualificado e privilegiado?
Sim. Desde que a qualificadora seja objetiva (meio de execução)
Obs: Subtração de uso não é crime. O uso precisa ser momentâneo; Na
devolução a coisa tem que estar no mesmo estado, e só coisas infungíveis.
(Ex: Empregada pega blusa da patroa p/ ir à festa e devolve)
Res nullius – coisa de ninguém
Res derelicta – coisa abandonada
Res desperdita – coisa perdida (Será crime de aprop. de coisa achada)
Princípio da insignificância: exclui a punibilidade
Requisitos para aplicação:
1) Mínima ofensividade da conduta
2) Nenhuma periculosidade na ação
3) Reduzidíssimo grau de reprovabilidade da conduta
4) Inexpressividade da lesão jurídica provocada
SUBTRAÇÃO DE CADÁVER
Em regra será crime de SUBTRAÇÃO DE CADÁVER.
Mas se o cadáver for patrimônio de alguém (Universidade) será crime de
FURTO.
ROUBO
Meios de execução:
· Grave ameaça: arma de fogo ou brinquedo, etc.
· Violência: física
· Reduzir a possibilidade de resistência: dopar a vítima
1) Próprio: violência ou ameaça ANTES ou DURANTE a subtração.
Consumação: quando o bem ingressa na posse do agente
2) Impróprio: violência ou ameaça DEPOIS da subtração.
Consumação: no momento da violência ou ameaça
3) Majorado ou Circunstanciado:
a. Arma: própria (revólver) ou imprópria (canivete, caco de vidro).
Obs: Arma de brinquedo NÃO aumenta a pena.
b. 2 ou + pessoas
c. Vítima em transporte de $
d. Veículo: quando é transportado p/ o exterior
e. Mantém a vítima refém
4) Qualificado: se resulta
a. Lesão corporal grave
b. Morte = Latrocínio (Hediondo)
Crime Complexo: Fusão de 2 crimes
*Quem julga o Latrocínio é o Juiz Singular (crimes contra o patrimônio) e
não o Tribunal do Júri (crimes contra a vida).
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Hipóteses:
Roubo C. + Homicídio C. = Latrocínio Consumado
Roubo T. + Homicídio T. = Latrocínio Tentado
Roubo T. + Homicídio C. = Latrocínio Consumado
Roubo C. + Homicídio T. = Latrocínio Tentado
Obs: Se a morte resulta da VIOLÊNCIA = Latrocínio
Se a morte resulta da GRAVE AMEAÇA = Concurso de Roubo com
Homicídio
EXTORSÃO
Meio de execução: violência ou grave ameaça.
Consumação: quando a vítima adota o comportamento exigido, mesmo
que não haja a vantagem indevida
Tentativa: Quando a vítima não chega a adotar
Aumento de pena: 2 ou + pessoas, se resulta Lesão grave ou morte (nesse
caso será Hediondo)
Qualificado:
Restrição da liberdade da vítima (“Sequestro Relâmpago”)
Não é hediondo.
Vantagem deriva do ato da vítima!
Diferença entre extorsão e roubo:
Extorsão: a vítima ENTREGA a coisa.
Roubo: o agente RETIRA a coisa.
EXTORSÃO MEDIANTE SEQUESTRO
É hediondo!
A privação da liberdade da vítima é a forma de COAGIR 3º para obtenção
da vantagem indevida.
Consumação: no arrebatamento da vítima
Vantagem deriva do ato de 3º!
DANO
Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia.
Sempre DOLOSO.
Qualificado: com violência, grave ameaça, explosivo, contra patrimônio
público, por motivo egoístico ou prejuízo à vítima.
APROPRIAÇÃO INDÉBITA
O agente tem a posse lícita e desvigiada e passa a agir como dono da coisa.
Obs: Se o agente é funcionário público, será crime de Peculato.
ESTELIONATO
“Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio,
induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou
qualquer outro meio fraudulento.”
*A vítima entrega voluntariamente o bem!
Consumação: Tem que haver duplo resultado!
1. Vantagem indevida
2. Prejuízo alheio
Sem um desses, será estelionato TENTADO.
*Estelionato e Falsidade documental. O agente responde pelos 2?
O crime de falsidade documental fica absorvido pelo estelionato.
Mas se o documento falsificado for usado para outros estelionatos, tendo
potencialidade lesiva, haverá concurso de crimes.
Privilegiado:
1. Agente primário
2. Prejuízo de pequeno valor
Estelionato – golpe de seguro: modalidade onde o agente destrói coisa
própria ou lesa o próprio corpo para obter indenização do seguro.
Estelionato – fraude no cheque:
1. Emissão de cheque sem fundos (má fé) ou;
2. Emissão de cheque com fundo mas posterior frustação do
pagamento. (má fé)
RECEPTAÇÃO
Sempre há um crime anterior.
Própria: o agente adquire, recebe, transporta, conduz ou oculta coisa que
sabe ser produto de crime. Há Dolo!
Imprópria: o agente influencia um 3º de boa-fé p/ que adquira, receba ou
oculte produto de crime.
Qualificada: quando o agente está em atividade comercial ou industrial.
Culposa: o agente que, pela desproporção do valor ou pela condição de
quem a oferece, deveria presumir que a coisa é produto de crime.
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IMUNIDADES PENAIS – CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
1. Imunidade Penal Absoluta (Escusa Absolutória)
Isenta de pena quem comete crime em prejuízo de cônjuge (na
constância do matrimônio), ascendente ou descendente.
2. Imunidade Penal Relativa
Ação Penal dependerá de representação da vítima se o crime for
contra cônjuge (separado), irmão, tio ou sobrinho, desde que esses
morem juntos.
3. Exceções
a. Não cabe no roubo, extorsão ou quando há violência ou grave
ameaça.
b. Não cabe ao 3º que participa do crime.
c. Se a vítima tiver 60 ou +
DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
ESTUPRO
“Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter
conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro
ato libidinoso”.
Antes da Lei 12.015/09
- Vítima só mulher
- Sujeito ativo só homem
- Estupro só pela conjunção carnal forçada. Qualquer outro ato seria
Atentado Violento ao pudor.
Depois da Lei 12.015/09
- Vítima homem ou mulher
- Sujeito ativo homem ou mulher (relação homossexualtambém)
- Estupro é conjunção carnal ou qualquer ato libidinoso
*Com a nova lei houve abolitio criminis em relação à conduta que era
prevista como atentado violento ao pudor? Houve revogação e não
abolitio, pois a conduta continua sendo crime, porém prevista em outro
Artigo.
Ex: O agente comete sexo vaginal e sexo anal forçados.
Antes: Cometeu 2 crimes (Estupro e Atentado)
Depois: Só estupro
Ato libidinoso:
Desde o beijo lascivo até o sexo anal. (P/ Damásio de Jesus)
Atos libidinosos menos ofensivos deveriam ser contravenção de
importunação ofensiva ao pudor. (P/ a tendência atual)
Qualificado: se resulta lesão grave, morte ou com vítima + 14 e – 18.
Obs: Quando resulta lesão grave ou morte, havendo dolo nesses
resultados, haverá concurso de crimes (estupro+lesão ou estupro+morte)
e não estupro qualificado.
Obs: Não existe estupro CULPOSO.
VIOLAÇÃO SEXUAL MEDIANTE FRAUDE
O agente consegue a conjunção carnal ou ato libidinoso voluntariamente
da vítima, mediante FRAUDE. (Ex: Médico que se aproveita do exame
ginecológico para fazer ato libidinoso)
A vítima iludida, consente com o ato.
ASSÉDIO SEXUAL
“Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento
sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico
ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função."
Consumação: no ato do constrangimento e não na prática do ato.
ESTUPRO DE VULNERÁVEL
Sujeito passivo: menor de 14 anos, doente mental ou pessoa que não
pode oferecer resistência (Embreagada, dopada).
Obs: Mesmo com o consentimento da vítima será este crime.
*A vulnerabilidade do menor é absoluta ou relativa?
1ª corrente: Absoluta.
2ª corrente: Relativa. Deve-se analisar o grau de discernimento e de
conhecimento das coisas do sexo da vítima do caso, p/ saber se é ou não
vulnerável.
Qualificado: Se resulta lesão grave ou morte.
AÇÃO PENAL PARA CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
Regra: Ação Penal Pública condicionada a representação
Exceção: Se a vítima for - 18 ou pessoa vulnerável.
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DOS CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA
Dos crimes de perigo comum: Aqueles que trazem uma situação de
perigo a um nº determinado de pessoas.
Crimes de perigo concreto: Incêndio, explosão, uso de gás tóxico,
inundação, desabamento, etc. Dolosos ou culposos.
Obs:
1. Se houver DOLO na morte de alguém haverá concurso de crimes.
(Crime de perigo + Homicídio qualificado)
2. Se houver DOLO no crime de perigo e CULPA na morte aumenta-se a
pena.
3. Se houver CULPA em ambos, haverá Homicídio culposo com a pena
aumentada.
CRIMES CONTRA SAÚDE PÚBLICA
EXERCÍCIO ILEGAL DA MEDICINA, A. DENTÁRIA OU FARMACÊUT.
O agente de BOA-FÉ acredita na terapêutica e utiliza métodos que tem
comprovação científica.
CHARLATANISMO
Agente de MÁ-FÉ sabe que a cura que apregoa é falsa.
Se houver lesão ao patrimônio de outrem haverá concurso com
Estelionato.
CURANDEIRISMO
Agente de BOA-FÉ prescreve e faz diagnósticos sem comprovação
científica.
CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA
ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA
Requisitos:
1. Pelo menos 3 pessoas (menores contam)
2. Estabilidade e permanência (Não eventual)
3. Praticar crimes indeterminados (quanto à quantidade)
Consumação: no momento da associação (ainda que não cometam
nenhum crime!)
Obs: Se cometerem o crime pretendido haverá concurso!
*É possível haver crime de associação criminosa e roubo com a pena
aumentada pelo concurso de pessoas?
Sim, pois o momento consumativo, a vítima e o bem jurídico protegido são
diferentes.
DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
Características gerais:
1. Dolo: não existe culposo
2. Imitação da verdade capaz de iludir o homem médio
3. Fato juridicamente relevante
Obs: A falsificação grosseira (facilmente percebida pelo homem médio)
descaracteriza o crime. Ex: Nota de 60 reais
Falsidade material
- Aspecto externo: rasura, falsificação de letra, etc.
- Apenas detectável por perícia
- Ex: fabricar nota falsa
Falsidade ideológica
- Aspecto externo é verdadeiro
- Conteúdo/ideia falsa
- Não é detectável por perícia
- Ex: Atestado médico para faltar um dia de trabalho
Folha assinada em branco, quando preenchida, será falsidade material
ou ideológica?
R: Como o documento chegou às mãos do autor?
Se foi a própria vítima que lhe deu e o autor preencheu de forma errada:
falsidade ideológica.
Se chegou às mãos do autor através de furto ou extravio: falsidade
material.
Obs: Nota grosseiramente falsificada utilizada para iludir vítima específica
e obter vantagem será crime de ESTELIONATO de competência da Justiça
Estadual.
*Dar uma olhada em CRIMES CONTRA A FAMÍLIA (235 à 249)
MOEDA FALSA
Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel moeda.
§1°- Importar, exportar, adquirir, vender, trocar, ceder, emprestar,
guardar ou introduzir na circulação. Obs: Só não responde por esse crime
aquele que falsifica.
Privilegiado: quem recebe de boa fé e a restitui à circulação mesmo
sabendo que é falsa. (O cara quer se livrar do prejuízo)
PETRECHOS PARA FALSIFICAÇÃO DE MOEDA
Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guardar maquinismo, aparelho,
instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de
moeda.
Crime subsidiário, porque se o agente com esses aparelhos falsifica a nota
ele cometerá o crime de falsificação de moeda.
FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO e PARTICULAR
2 crimes diferentes
Contrafação: fabricação de documento inteiramente falso.
Alteração: alteração de uma palavra/n°/foto de um documento
verdadeiro.
Documento público: confeccionado por funcionário público de acordo
com a lei. (Identidade, passaporte, cheque, testamento particular)
Documento particular: (Contrato de compra e venda, etc)
Obs: Falsificar Xerox só será crime se ela estiver autenticada.
FALSIDADE IDEOLÓGICA
“Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia
constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que
devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar
a verdade sobre fato juridicamente relevante.”
Crime genérico porque há formas específicas. (Ex: atestado médico falso)
Obs: A falsificação de cartão de crédito/débito será falsificação de
documento particular.
USO DE DOCUMENTO FALSO
Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados.
A punição é FAZER USO e não simplesmente PORTAR.
Discussão: O agente que FALSIFICA DOCUMENTO e também FAZ USO dele,
reponde por qual crime?
1ª Corrente: Crime de falsificação é MEIO que fica absorvido pelo crime
FIM. Então responderá por Uso de Documento Falso.
2ª Corrente: Crime de uso é mero exaurimento, portanto impunível. Então
responderá por Falsificação de Documento (Público ou Particular).
FALSA IDENTIDADE
“Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa identidade para obter vantagem,
em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem.”
O agente atribui ou atribui a outro identidade que não tem. (Ex: A prof.
chega e diz: “Oi gente! Eu sou desembargadora, me chamo Cristina...”)
Crime subsidiário que ficará absorvido se houver crime mais grave
(Estelionato, violação sexual mediante fraude -> Ex: irmão gêmeo que faz
sexo com namorada do irmão. Ele responderá por Violação e não por
Falsa Identidade, porque este foi absorvido).
BOA PROVA!
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