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Anatomia Topográfica de Dorso - Fernando Zanette

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Anatomia 4ª Fase – Fernando Netto Zanette – Med. UFSC 13.2 
 Anatomia topográfica de dorso 
 Dorso 
O dorso – popularmente conhecido como “as costas” – caracteriza-se como a parte posterior do tronco, esten-
dendo-se da porção inferior do pescoço até a porção superior das nádegas. Nessa região, fixam-se a cabeça, o pescoço 
e os membros. As diversas estruturas que compõem o dorso incluem: 
 PELE E TECIDO SUBCUTÂNEO; 
 MÚSCULOS, divididos em camada 
superficial – relacionada principalmente ao posici-
onamento e movimento dos membros superiores – 
e camada profunda – conhecidos como músculos 
intrínsecos do dorso, responsáveis, essencialmente, 
pela movimentação do esqueleto axial e pela pos-
tura; 
 COLUNA VERTEBRAL: composta pe-
las vértebras, discos intervertebrais e ligamentos 
associados; 
 COSTELAS (na região torácica): so-
bretudo suas partes posteriores, mediais aos ângulos 
das costelas; 
 MEDULA ESPINAL E MENINGES; 
 INCONTÁVEIS NERVOS E VASOS 
SEGMENTARES; 
Para que possamos nos aprofundar melhor 
nos componentes do dorso, definiremos, esporadi-
camente, alguns conceitos básicos e fundamentais 
para o entendimento completo do conteúdo. 
 Fáscias 
A fáscia se qualifica como um TECIDO CONJUNTIVO FIBROSO que se espalha por todo o corpo de forma contínua, 
formando uma bainha sob a pele. A fáscia envolve, isola e acondiciona as diversas estruturas do corpo, desde múscu-
los, grupos musculares, vasos sanguíneos e nervos, até órgãos e ossos. 
Ela se constituí, majoritariamente, por: FIBRAS COLÁGENAS (fibras de tipo I, III, IV, V e VI) produzidas pelos 
fibroblastos da própria fáscia, as quais lhe conferem resistência; por ELASTINA, que proporciona certa elasticidade; e 
por uma porcentagem de ÁGUA, dando a viscosidade necessária para deslizar sobre as outras camadas de fáscia. Certos 
tipos de fáscia apresentam nomes específicos, como o tecido conjunto que reveste os ossos (periósteo) e o que reveste 
Esquematização de alguns componentes básicos do dorso humano 
 
um músculo (epimísio). No caso específico dos músculos, a função do tecido conjuntivo é manter unidas as células 
musculares, conectar os músculos aos tendões e permitir o movimento independente de cada músculo. 
 Classificação da fáscia 
Embora a fáscia seja um tecido contínuo, suas várias camadas recebem denominações específicas. Podemos, 
então, classificar a fáscia em três grupos ou camadas: 
 FÁSCIA SUPERFICIAL (incluindo a fáscia subsuperficial); 
 FÁSCIA PROFUNDA; 
 FÁSCIA SUBSEROSA; 
 Fáscia superficial 
Conhecida mais comumente como TELA SUBCUTÂNEA, a fáscia superficial compõe a camada mais externa, 
comunicando-se com a pele e se encontrando sob a superfície desta. Constitui-se como um tecido conjuntivo fibroe-
lástico, cujas fibras se entrelaçam entre si e permitem à pele se movimentar nas diversas direções sobre as estruturas 
mais profundas. Na fáscia superficial também se acumulam fluidos e metabólitos, os quais podem acarretar alterações 
de textura notáveis à palpação. Imediatamente abaixo da fáscia superficial, localiza-se uma camada de fáscia subsu-
perficial, a qual contém tecido adiposo, 
vasos sanguíneos e linfáticos e tecidos 
nervosos, dos quais se destacam os cor-
púsculos de Pacini (receptores de pres-
são). 
 Fáscia profunda 
Também chamada de FÁSCIA MUS-
CULAR, esta é a camada que comparti-
menta o corpo, envolvendo e separando 
músculos de órgãos viscerais internos, 
além de conceder ao corpo sua morfolo-
gia e contorno. É composta por tecido 
conjuntivo denso, organizado, despro-
vido de gordura, que recobre a maior 
parte do corpo paralelamente (profunda-
mente) à pele e à tela subcutânea. A fáscia 
muscular apresenta espessura variável, desdobrando-se várias vezes para envolver os músculos superficiais (lâmina 
superficial) e os músculos profundos (lâmina profunda). 
Nos membros, grupos de músculos com funções semelhantes e que possuem a mesma inervação se encontram 
em compartimentos fasciais, separados por lâminas espessas de fáscia – chamadas de septos intermusculares -, que 
se estendem centralmente a partir da bainha fascial adjacente e se fixam aos ossos. Tais compartimentos podem refrear 
ou direcionar a disseminação de uma infecção ou tumor. 
 Fáscia subserosa 
A fáscia subserosa ou visceral destaca-se como a camada mais profunda das três, situando-se entre a camada 
de revestimento interno da fáscia profunda e as membranas serosas que revestem as cavidades do corpo. Com quan-
tidades variáveis de tecido adiposo, ela possui uma conformação bastante delgada em certas áreas – como, por exem-
plo, entre a pleura e a parede torácica – e espessa em outras, sendo, muitas vezes, um coxim gorduroso como o que 
Esquematização de divisão dos três tipos de fáscia encontrados no corpo 
 
envolve o rim. Temos, nessa classificação, as fáscias endotorácica, endoabdominal (parietal do abdômen), e endo-
pélvica (parietal da pelve). As duas últimas podem ser coletivamente denominadas de fáscias extraperitoneais. 
Uma fenda levemente evidente separa a fáscia subserosa da fáscia profunda, o que permite um grau conside-
rável de movimento e deslizamento entre as duas camadas. 
 Funções da fáscia 
Deve-se ter em mente, além das atuações de proteção e sustentação corporal, os diversos papéis fundamentais 
ao correto funcionamento do organismo proporcionados pela fáscia. Entre essas funções, podemos citar: 
 A FUNÇÃO TÔNICA, onde a fáscia fornece o tônus ao sistema muscular, mesmo quando este se encon-
tra em repouso ou sem atividade neuromuscular, o que fornece estabilidade e contorno à estrutura corporal; 
 É parte fundamental do METABOLISMO do corpo e do mecanismo pelo qual ele DISTRIBUI OS FLUIDOS, 
permitindo a movimentação dos tecidos subjacentes uns sobre os outros; 
 É sede de intensa atividade celular, sendo o campo de ação dos leucócitos e macrófagos (o que lhe 
confere importância fundamental nos PROCESSOS INFLAMATÓRIOS); 
 É o local onde a GORDURA é depositada e estocada; 
 Compõe o sistema de DRENAGEM LINFÁTICA, além de servir de meio de suporte aos nervos e aos vasos 
sanguíneos e linfáticos; 
Com o conceito de fáscia bem abordado, podemos, agora, nos concentrar nas fáscias do dorso. 
 Fáscias do dorso 
 Fáscia nucal 
A fáscia nucal se caracteriza como a porção cervical da extensa fáscia vertebral, e se comunica caudalmente 
com a fáscia toracolombar. Ela recobre os MÚSCULOS ESPLÊNIOS DA CABEÇA e do PESCOÇO, além da porção superior 
do MÚSCULO SEMIESPINAL DA CABEÇA. Essa fáscia se insere no crânio - logo abaixo da linha nucal superior -, no 
ligamento da nuca com os processos espinhosos da sétima vértebra cervical e das primeiras seis vértebras torácicas. 
É mais ou menos aderente à fáscia da superfície profunda do trapézio. 
 Fáscia toracolombar 
Com forma de losango, a FÁSCIA TORACOLOMBAR (FTL) – 
também conhecida como aponeurose toracolombar – qualifica-se 
como uma membrana de tecido conjuntivo que se estende da linha 
nucal superior, prendendo-se aos processos espinhosos da coluna 
vertebral até o sacro para, em seguida, projetar-se lateralmente e 
envolver os músculos do dorso. Ela consiste de três camadas de 
fáscias e aponeurose de vários músculos – o LATÍSSIMO DO DORSO 
(também chamado de grande dorsal), o SERRÁTIL POSTEROINFE-
RIOR, os OBLÍQUOS INTERNOS e EXTERNOS, QUADRADO LOMBAR e 
os TRANSVERSOS ABDOMINAIS. Dividimos essa fáscia em posterior, 
intermediária e anterior. 
 CAMADA POSTERIOR: insere-se nos processos espi-
nhosos das vértebras e recobre todos os músculos da região lom-
brosacral, passando pela região torácica posterior e se esticando até as inserções dos músculos esplênios da cabeça e 
do pescoço, onde se continua na forma de fáscia nucal. Juntamente a isso,tal camada se insere na aponeurose dos 
músculos eretores da espinha e do glúteo máximo. É na camada posterior que os músculos glúteo máximo e latíssimo 
Esquematização da fáscia toracolombar 
 
do dorso contralaterais possuem uma ligação e, juntos, permitem movimentos contralaterais entre as extremidades 
superior e inferior, tornando possível os atos de caminhar e correr. 
 CAMADA INTERMEDIÁRIA: loca-
liza-se posteriormente ao músculo quadrado 
lombar e se insere nas pontas dos processos 
transversos e ligamentos intertransversos da 
coluna lombar. Essa camada, juntamente à 
posterior, envolve os MÚSCULOS ERETORES DA 
ESPINHA. 
 CAMADA ANTERIOR: apresenta 
sua inserção na face anterior dos processos 
transversos e ligamentos intertransversos da 
coluna lombar, anteriormente ao músculo 
quadrado lombar. 
A fáscia toracolombar possui inúmeras 
funções essenciais ao corpo à medida que fun-
ciona na dinâmica do tronco em conjunto com 
suas inserções musculares. Dentre essas fun-
ções, podemos citar SUPORTE MECÂNICO PASSIVO, ESTABILIZAÇÃO e ALINHAMENTO LOMBAR – reduzindo em até 55% 
o estresse sobre a coluna lombar durante a flexão do tronco -, além de, na ROTAÇÃO DO TRONCO, permitir a DISTRIBUI-
ÇÃO DE FORÇAS ENTRE COLUNA, PELVE e PERNAS. Adicionalmente a isso, a vasta quantidade de mecanorreceptores 
nessa região sugere sua importância em cumprir um papel SENSORIAL, tornando-a um alvo para a terapia manual. 
 Coluna vertebral 
A coluna vertebral se apresenta formada, no adulto, 
por 33 vértebras, cujo conjunto tem por função apoiar ou-
tras partes do esqueleto. Cada vértebra se constitui por 
CORPO VERTEBRAL, ARCO VERTEBRAL (contendo um forame 
vertebral) e PROCESSOS VERTEBRAIS – espinhosos, transver-
sos, articulares. Elas se ligam entre si por meio de articula-
ções específicas denominadas de DISCOS INTERVERTEBRAIS. 
Estes se dividem em duas porções: o NÚCLEO PULPOSO – in-
ternamente, de material gelatinoso – e o ANEL FIBROSO – ex-
ternamente, de composição fibrosa. São esses discos que 
concedem ao indivíduo a mobilidade necessária à locomo-
ção, atuando como amortecedores, e neles se localizam a 
condição clínica conhecida como HÉRNIA DE DISCO, melhor 
abordada mais adiante. 
O forame vertebral se mostra largo e triangular nas 
áreas em que a coluna possui maior liberdade de movimento 
- como na região cervical -, ao passo que, nas porções onde 
há limitações do movimento (região torácica), ele se torna 
pequeno e arredondado. Dessa maneira, a sobreposição das 
vértebras umas sobre as outras dá origem ao canal vertebral, 
o qual segue as diferentes curvaturas da coluna. Esse canal serve para abrigar a medula espinal do indivíduo, res-
ponsável pela comunicação com o sistema nervoso periférico por meio dos forames intervertebrais. 
A coluna vertebral possui suas vértebras distribuídas e nomeadas de acordo com as regiões onde se localizam, 
classificando-as em cervical (sete), torácica (doze), lombar (cinco), sacral (cinco vértebras fundidas) e coccígea (qua-
tro vértebras fundidas). 
Ilustração das três porções que compõem a fáscia toracolombar 
Imagem ilustrativa das subdivisões da coluna vertebral nas vistas anterior, lateral e 
posterior 
 
 Vértebras cervicais 
A coluna cervical, a primeira porção da co-
luna vertebral partindo de uma direção craniocau-
dal, engloba e compõe a região do pescoço, sendo 
que suas vértebras – as menores e mais articulares 
de todas - recebem a denominação clássica C1 a C7. 
Em questão de nomenclatura, a coluna cervical 
apresenta certa peculiaridade: a primeira vértebra 
(C1) é também chamada de ATLAS, ao passo que a 
segunda vértebra (C2) denomina-se ÁXIS, este se 
destacando como a mais forte das vértebras cervi-
cais. 
As vértebras cervicais típicas se demonstram 
pequenas e com um grande forame vertebral. Os 
PROCESSOS TRANSVERSOS salientam-se na parte la-
teral da vértebra, cada um deles com um buraco ca-
racterístico chamado de FORAME TRANSVERSO, por 
onde passam as artérias e as veias vertebrais. Isso 
ocorre em todas as vértebras cervicais com exceção 
de C7, onde os forames transversos dão passagem somente a pequenas veias acessórias. Assim, em C7 esses forames 
são menores do que nas outras vértebras cervi-
cais, estando, algumas vezes, até mesmo au-
sentes. 
O ATLAS, em contraste com a maioria 
das vértebras, não possui corpo ou processo es-
pinho, mas sim dois arcos, denominados AR-
COS ANTERIOR e POSTERIOR. Essa vértebra per-
mite, basicamente, a flexão e extensão do crâ-
nio, além de suportar o peso deste sobre a co-
luna. 
A segunda vértebra, o ÁXIS, já dispõe de 
um corpo e, acima deste, temos uma proemi-
nência óssea conhecida como dente do Áxis ou 
PROCESSO ODONTOIDE. Este, por ser muito 
longo, projeta-se acima do Atlas, penetrando no 
forame vertebral dele e chegando ao nível do forame magno. O Áxis se responsabiliza pela rotação da cabeça (movi-
mento de “não”), possível graças à articulação entre o processo odontoide e o arco anterior do Atlas. 
O dente do Áxis se mantém em posição por meio 
do LIGAMENTO TRANSVERSO DO ATLAS, o qual limita o 
dente para a região do arco anterior do Atlas. Além 
disso, o Áxis possui um grande processo espinhoso bí-
fido que pode ser palpado profundamente no sulco nu-
cal, o sulco vertical superficial no dorso do pescoço. 
Em relação às outras vértebras cervicais, exclu-
indo-se C1 e C2, os processos transversos dessas vérte-
bras terminam lateralmente em duas projeções: um TU-
BÉRCULO ANTERIOR e um TUBÉRCULO POSTERIOR, os 
quais dão fixação a um grupo de músculos cervicais la-
terais (levantadores da escápula e escalenos). 
Esquematização das duas primeiras vértebras cervicais, conhecidas como Atlas (C1) e Áxis (C2) 
Ilustração das duas primeiras vértebras cervicais e a maneira como elas se encaixam e se articulam 
Esquematização das vértebras cervicais 
 
 
 Vértebras torácicas 
A coluna torácica, segunda porção logo abaixo da cer-
vical, apresenta vértebras na parte superior do dorso, nomea-
das de T1 a T12, e a elas se fixam as costelas. Dessa maneira, 
as principais características das vértebras torácicas que as dis-
tingue de suas semelhantes são as FÓVEAS COSTAIS para AR-
TICULAÇÃO COM AS COSTELAS. 
Descendo em direção às vértebras lombares, o PRO-
CESSO ESPINHOSO das torácicas mostra-se bastante inclinado 
– podendo ser facilmente palpado sob a pele – e não bífido. 
Ademais, o FORAME VERTEBRAL das torácicas se demonstra 
menor e mais ovalado quando comparado ao das cervicais. 
A PRIMEIRA VÉRTEBRA TORÁCICA (T1) possui certa 
atipicidade quando observada juntos às suas irmãs, essenci-
almente pelo processo espinhoso muito proeminente e quase 
horizontal. Outra questão importante é o fato de ela dispor de 
uma fóvea costal completa na margem superior de seu 
corpo para a primeira costela e uma hemifóvea em sua mar-
gem inferior, a qual contribui para formar a face articular 
para a segunda costela. 
 Deve-se salientar que a cabeça de cada cos-
tela se articula com duas vértebras ao mesmo tempo por meio 
das duas hemifóveas costais localizadas nelas - com exceção 
às vértebras torácicas T1, T11 e T12. 
Não obstante as vértebras T9 a T12 tenham certas ca-
racterísticas de vértebras lombares, a maior parte da transi-
ção da morfologia torácica para a lombar ocorre ao longo 
da extensão da VÉRTEBRA T12. Em geral, sua metade superior 
apresenta caráter torácico (com fóveas costais e processos 
articulares que permitem movimento basicamente giratório), 
ao passo que sua metade inferior dispõe de caráter lombar, 
sem fóveas costais e com processos articulares que possibilitam apenas flexão e extensão.Em decorrência disso, a 
vértebra T12 se encontra sujeita a constante estresse de transição que faz com que seja a vértebra fraturada com 
maior frequência. 
Ilustração das vértebras torácicas típicas por meio das vistas lateral esquerda e supe-
rior, respectivamente. Atentar à característica mais marcante dessas vértebras: as 
fóveas costais para a articulação com as costelas 
 
 Vértebras lombares 
Localizadas na região lombar, entre o tórax e o sa-
cro, as vértebras lombares se compõem por cinco anéis ós-
seos (L1 a L5), com corpo grande – devido ao elevado 
peso corporal que sustentam - e FORAME VERTEBRAL TRI-
ANGULAR, além de possuírem um processo espinhoso me-
nos proeminente do que o das torácicas e em forma de 
quadrilátero. Seus processos articulares estendem-se ver-
ticalmente, com as faces articulares orientadas sagital-
mente no início (começando abruptamente nas articula-
ções de T12 e L1), e passando a uma orientação mais co-
ronal à medida que a coluna desce. A disposição e a con-
formação de seus processos articulares facilitam a flexão e 
a extensão da coluna lombar, permitem sua flexão lateral, 
mas impedem sua rotação. 
Os PROCESSOS TRANSVERSOS se projetam levemente 
em direção posterior e lateral. Na face posterior de cada 
um desses processos há um pequeno PROCESSO ACESSÓ-
RIO, o qual permite a fixação dos MÚSCULOS INTERTRANS-
VERSÁRIOS. Na face posterior dos processos articulares superiores encontramos diminutos tubérculos – os PROCESSOS 
MAMILARES -, que permitem a aderência dos MÚSCULOS MULTÍFIDOS e INTERTRANSVERSÁRIOS NO DORSO. 
A vértebra L5 possui peculiaridade em relação às demais – com um corpo e processos transversos fortes -, 
salientando-se como a maior de todas as vértebras móveis, sustentando o peso de toda a porção superior do corpo e o 
transmitindo para a base do sacro. 
 Vértebras sacrais 
Situado entre a coluna lombar e o cóccix, o 
sacro apresenta forma cuneiforme, sendo com-
posto por cinco corpos vertebrais fundidos (S1 a 
S5) e sem interposição de discos intervertebrais. 
Aqui, o canal vertebral se continua e dá origem ao 
CANAL SACRAL, o qual contém o feixe de raízes dos 
nervos espinhais provenientes debaixo da vértebra 
L1 – conhecidos como CAUDA EQUINA -, que des-
cem após o término da medula espinal. Nas faces 
pélvica e dorsal do sacro, entre seus componentes 
vertebrais, encontramos, usualmente, quatro pares 
de FORAMES SACRAIS para a saída dos ramos poste-
riores e anteriores desses nervos espinais. 
Lateralmente, os processos transversos das 
vértebras sacrais se fundem para conceder estrutu-
ras conhecidas como ASAS DO SACRO. Em cada lado 
do osso sacro, junto às asas, existe uma superfície 
articular denominada FACE AURICULAR – semelhante 
à uma orelha -, a qual se articula com os ossos do 
quadril e forma a ARTICULAÇÃO SACROILÍACA. Em 
pessoas vivas, essa articulação se recobre por CARTILAGEM HIALINA. 
Vista superior de uma vértebra lombar típica, destacando seu corpo vertebral largo e os 
processos acessórios e mamilares 
Vista posterior do osso sacro e do cóccix, demonstrando suas principais estrutu-
ras 
 
O sacro garante resistência e estabilidade à pelve, além de transmitir o peso do corpo ao cíngulo do membro 
inferior - o anel ósseo formado pelos ossos do quadril 
e o sacro, aos quais estão fixados os membros inferio-
res. 
Por fim, o ÁPICE DO SACRO – sua extremidade 
inferior afilada - possui uma face oval para se articular 
com a porção final da coluna vertebral: o CÓCCIX. 
 Vértebras coccígeas 
O cóccix, o pequeno osso triangular na base da 
coluna, geralmente provém, de forma semelhante ao 
sacro, da fusão das quatro vértebras coccígeas rudi-
mentares, não obstante algumas pessoas possam ter 
uma vértebra a menos ou a mais. Essa estrutura óssea 
é remanescente do esqueleto da eminência caudal em-
brionária, e, no adulto, não participa com as outras 
vértebras na sustentação do peso corporal na posição 
ortostática (de pé). Entretanto, na posição sentada, 
ele pode sofrer certa flexão anterior, indicando que 
está recebendo algum peso. 
O cóccix permite a fixação de partes dos músculos glúteos máximo e coccígeo e do corpo anococcígeo, uma 
faixa fibrosa mediana dos músculos pubococcígeos. 
 Curvaturas da coluna 
A coluna vertebral possui curvaturas naturais: duas com concavidade voltada posteriormente (lordoses cervi-
cal e lombar) e outras duas com a concavidade virada anteriormente (cifoses torácica e sacrococcígea), visíveis 
apenas quando observadas lateralmente. 
De forma prática, podemos dividir as curvaturas da coluna em PRIMÁRIAS – desenvolvidas na fase embrionária 
do indivíduo; temos, aqui, a curvatura torácica e a sacral – e em SECUNDÁRIAS, que se formam conforme crescemos 
e adquirimos a postura ereta, enquadrando as curvaturas cervical e lombar. 
As curvaturas da coluna vertebral proporcio-
nam FLEXIBILIDADE ADICIONAL (resiliência com ab-
sorção de choque), aumentando ainda mais a flexibili-
dade já concedida pelos discos intervertebrais. 
Quando a carga sustentada pela coluna vertebral sofre 
acréscimo (quando carregamos um objeto pesado, por 
exemplo), há compressão dos discos e das curvaturas 
flexíveis, tendendo a acentuá-las. 
Essa flexibilidade garantida pelas curvaturas – 
ao contrário da pelos discos – sofre a resistência ativa 
(dinâmica) da contração de grupos musculares anta-
gonistas ao movimento. Podemos citar, por exemplo, 
os longos extensores do dorso, que resistem à cifose 
torácica excessiva, ao passo que os flexores abdomi-
nais resistem à lordose lombar excessiva. Usual-
mente, os músculos que proporcionam resistência ao 
incremento da curvatura doem quando a pessoa sus-
tenta peso por longos períodos. 
Vista anterior do osso sacro e do cóccix, demonstrando suas principais estruturas 
Ilustração esquemática das quatro curvaturas naturais da coluna vertebral 
 
 Quando o indivíduo se encontra sentado, normalmente ocorre revezamento entre flexão (curvatura) 
e extensão (postura ereta) para minimizar a rigidez e a fadiga muscular. Isso permite alternância entre a sustentação 
ativa proporcionada pelos músculos extensores do dorso e a resistência passiva à flexão propiciada pelos ligamentos. 
 Na clínica 
 Alterações da coluna vertebral 
Como dito, a coluna vertebral apresenta 
quatro curvaturas normais e não consideradas 
patológicas. Em alguns indivíduos, no entanto, 
tais curvaturas se apresentam anormalmente 
modificadas, podendo decorrer de anomalias 
congênitas, de má-postura e, até mesmo, de 
processos patológicos. Dentre as alterações de 
coluna vertebral, os quatro tipos mais comuns 
serão listados e abordados a seguir. 
 Hipercifose torácica 
A hipercifose torácica – conhecida po-
pular como corcunda ou corcova – caracteriza-
se por uma ACENTUAÇÃO ANORMAL DA CURVA-
TURA TORÁCICA POSTERIORMENTE. Na prática clínica, essa condição patológica é referida, de forma inapropriada, 
apenas como cifose. 
Dentre as diversas causas para a ocorrência da hipercifose torácica, podemos destacar a MÁ POSTURA, a DOENÇA 
DE SCHEUERMANN (hipercifose juvenil), PROBLEMAS NEUROMUSCULARES (paralíticas) ou CONGÊNITOS (mal forma-
ção), QUADROS INFLAMATÓRIOS decorrentes de OSTEOMIELITE, e PÓS-TRAUMAS ORIUNDOS DE FRATURAS E OSTEOPO-
ROSE. 
No caso da osteoporose (mais comum a idosos), processa-se erosão da parte anterior de uma ou mais vértebras, 
o que leva à fratura por compressão e resulta em vértebras torácicas curtas e cuneiformes. A erosão progressiva e o 
colapso das vértebras também acarretam perda de altura, ao passo que a cifose excessiva promove um aumento do 
diâmetro anteroposterior do tórax e diminuição acentuada da capacidade pulmonardinâmica. 
Dependendo da origem da deformação, o tratamento pode variar de exercícios fisioterápicos, uso de colchões 
mais firmes, coletes ortopédicos e palminhas posturais; até sessões de reeducação postural global (RPG), método 
baseado na manipulação de vértebras e membros. 
O seu tratamento só se mostra eficaz até os quinze anos de vida, por meio da fisioterapia – para o relaxamento 
muscular – e de coletes em casos de curvatura muito acentuada (acima de 40º). Em casos raros, também se indicam os 
procedimentos cirúrgicos. 
 Hiperlordose lombar 
A hiperlordose lombar caracteriza-se pela INCLINAÇÃO ANTERIOR DA PELVE, com aumento da extensão das 
vértebras lombares, o que acarreta ACENTUAÇÃO ANORMAL DA LORDOSE LOMBAR. Semelhante à hipercifose torácica, 
essa alteração patológica também é erroneamente abreviada na clínica como simplesmente lordose, o que se refere à 
curvatura normal da coluna lombar. 
Esquematização da curvatura normal da coluna vertebral e, ao lado, de suas alterações mais comuns 
 
Essa deformidade por extensão anormal frequentemente se encontra associada ao ENFRAQUECIMENTO DA MUS-
CULATURA DO TRONCO, sobretudo dos músculos anterolaterais do abdômen. Podemos destacar alguns fatores impor-
tantes para a formação e agravamento da hiperlordose lombar, como a MÁ POSTURA – atingindo principalmente mu-
lheres, devido ao uso constante do salto alto - e a OBESIDADE – que aumenta o peso do conteúdo abdominal anterior à 
linha normal de gravidade. Juntamente a isso, para compensar as alterações do eixo do corpo durante a gravidez, as 
gestantes no final da gravidez atiram a coluna para trás e desenvolvem uma hiperlordose lombar temporária. Embora 
essa curvatura lordótica acentuada possa proporcionar dor lombar, o desconforto tende a desaparecer logo após o parto. 
Dentre os sintomas mais comuns decorrentes da hiperlordose lombar, temos lombalgia, dores ciáticas (lombo-
ciatalgia) e até sensação de formigamento nos pés. Exercícios que fortalecem a musculatura anterolateral do abdô-
men, manter-se no peso adequado, prática de pilates e a reeducação postural global (RPG) salientam-se como medidas 
importantes para prevenir a formação da hiperlordose lombar, bem como atenuar a sintomatologia desconfortável. 
 Escoliose 
A escoliose define-se como uma CURVATURA LATERAL ANORMAL da coluna vertebral, podendo ou não estar 
acompanhada por ROTAÇÃO DAS VÉRTEBRAS. Os processos espinhosos giram em direção à concavidade da curvatura 
anormal e, quando o indivíduo se curva para a frente, as costelas giram posteriormente no lado da convexidade au-
mentada. 
De acordo com sua origem, temos diversos tipos de escoliose, com três sendo as mais comuns: CONGÊNITA, 
NEUROMUSCULAR e IDIOPÁTICA. A congênita decorre de um problema na formação das vértebras ou na fusão delas 
durante o desenvolvimento fetal, podendo ou não se encontrar associado a fusão de costelas. A neuromuscular tem 
como causa problemas neurológicos – a exemplo de paralisia cerebral – ou musculares - que determinam fraqueza 
muscular, controle precário dos músculos ou paralisia decorrente de doenças como distrofia muscular. A idiopática, 
ocupando cerca de 80% das causas de escoliose estrutural, ocorre sem que o indivíduo apresente outros problemas de 
saúde associados e muito menos uma causa definida. Essa acomete, comumente, crianças do sexo feminino com idade 
entre 10 e 14 anos, época com acentuada fase de crescimento. 
De forma geral, os principais sintomas da escoliose incluem ombros ou quadris assimétricos, coluna vertebral 
encurvada anormalmente para um dos lados, e, eventualmente, desconforto muscular. Na maioria das vezes, a es-
coliose na criança não causa dor. Quando esta se mostra presente, há necessidade de uma avaliação médica criteriosa 
a fim de se afastar outras doenças mais graves. 
O tratamento depende, basicamente, da causa da escoliose, do tamanho e da localização da curvatura, além 
do quanto o paciente ainda crescerá. Na maior parte dos casos de 
escoliose idiopática no adolescente, com curvaturas menores a 
20º, o tratamento consiste em observação com reavaliações clíni-
cas e radiográficas. À medida que a curvatura se agrava (acima de 
25º a 30º em crianças em fase de crescimento), o uso de órteses é 
recomendado para auxiliar no retardamento da progressão da 
curva. Há, ainda, a opção de reparação cirúrgica, apesar de a deci-
são do momento apropriado para tal procedimento variar – espera-
se, normalmente, o cessar do crescimento, já que a partir daqui a 
curva não tende a se agravar muito. Curvas de 40º ou mais, por 
outro lado, usualmente necessitam de cirurgia corretiva. 
 Hérnia de disco 
A hérnia (ou protrusão) de disco, também chamada de hér-
nia do núcleo pulposo, ocorre quando parte de um disco interver-
tebral – mais precisamente, quando o núcleo pulposo, a porção 
Desenho esquemático do processo conhecido como herniação discal. Note o 
extravasamento no núcleo pulposo gelatinoso em direção posterior (a mais 
comum), comprimindo o gânglio nervoso adjacente 
 
gelatinosa do disco – projeta-se para fora do anel fibroso e comprime as raízes dos nervos que ocupam o canal 
medular. Isso leva, usualmente, a DOR LOCALIZADA ou IRRADIADA e, de acordo com a região e tamanho da hérnia, 
PERDA DE FORÇA E SENSIBILIDADE. Tal problema tende a ser mais comum nas REGIÕES LOMBAR E CERVICAL, em de-
corrência de serem as áreas mais expostas ao movimento e que suportam mais carga. 
Os discos intervertebrais, como comentado no início do capítulo, qualificam-se como estruturas em formato de 
anel ou de discos, localizadas entre as vértebras que formam a coluna espinal. Eles se constituem por duas porções: o 
núcleo pulposo (interno) e o anel fibroso (externo), cuja principal função é evitar o atrito entre uma vértebra e outra 
e, ao mesmo tempo, permitir o movimento entre elas. A hérnia de disco acontece com o desgaste desses discos, cau-
sado pelo uso repetitivo e, em casos muito raros, trauma ou injúria mecânica. 
O discos intervertebrais, nos jovens, têm resistência tremenda, fazendo com que, muitas vezes, as vértebras 
sofram fratura durante uma queda antes que haja ruptura dos discos. Dessa maneira, o desgaste pelo tempo, devido a 
movimentos de repetição de trabalho que exijam muito dos músculos dorsais, se encaixa como a causa mais comum 
do surgimento de uma hérnia de disco. A HIPERFLEXÃO VIOLENTA DA COLUNA VERTEBRAL - forçando os músculos 
dorsais para levantar peso excessivo, por exemplo – e a ROTAÇÃO VIOLENTA, como durante um jogo de golfe, por outro 
lado, podem causar a RUPTURA DO DISCO INTERVERTEBRAL e desencadear o problema. 
De maneira geral, as hérnias do núcleo pulposo se estendem em direção posterolateral, onde o anel fibroso se 
demonstra relativamente fino e não recebe sustentação dos ligamentos longitudinais posteriores nem anteriores. Esse 
tipo de hérnia discal tende a ser SINTOMÁTICA por causa da proximidade com as raízes dos nervos espinais. A dorsalgia 
localizada de uma hérnia de disco – geralmente de caráter agudo – resulta da pressão sobre os ligamentos longitudinais 
e a periferia do anel fibroso e da inflamação local decorrente da irritação química por substâncias do núcleo pulposo 
roto. A dor crônica proveniente da compressão das raízes dos nervos espinais pelo disco herniado, usualmente, apre-
senta-se referida, sendo percebida como se viesse da área (dermátomo) suprida por aquele nervo. 
 Cerca de 95% das hérnias de disco lombares se processam nos níveis de L4-L5 OU L5-S1. Como o núcleo 
pulposo se torna cada vez mais desidratado e fibroso com o envelhecimento, um diagnóstico de herniação aguda em 
pacientes com idade avançada deve ser considerável. 
Dentre os sintomas clássicos da hérnia de disco, salientamos dor nos braços ou nas pernas, dependendoda 
localização da hérnia: caso esteja na região lombar, as dores tendem a ser mais voltadas aos membros inferiores, ao 
passo que, na região cervical, as áreas mais afetadas se mostram os membros superiores; prostração, fraqueza mus-
cular e sensação de formigamento. A ciatalgia (dor na região lombar e no quadril que se irradia pela face posterior 
da coxa até a perna) muitas vezes é causada por hérnia de disco intervertebral lombar que comprime e compromete o 
componente L5 ou S1 do nervo isquiático. 
O tratamento para a hérnia de disco consiste, inicialmente, em um curto período de repouso juntamente a 
medicamentos analgésicos e antiinflamatórios para controlar a dor. Em seguida, inicia-se o processo de fisioterapia. 
A maioria das pessoas que segue esses tratamentos se recupera e retorna às suas atividades normais. Em último caso, 
a cirurgia pode ser uma opção para os poucos pacientes cujos sintomas não desaparecem com os tratamentos conven-
cionais e ao longo do tempo. 
 Outras variações e anomalias 
Com as modificações – congênitas ou adquiridas – mais comuns de coluna vertebral, podemos citar, ainda, 
outras variações e anomalias que tendem a afetar a população. Nesse caso, as anormalidades tendem a ter um caráter 
quase inteiramente congênito. 
 Uma costela se articula com a sétima vértebra cervical; 
 A 12ª costela torácica apresenta tamanho reduzido ou aumentado, podendo haver uma pequena costela 
lombar; 
 A 5ª vértebra lombar se encontra parcial ou totalmente incorporada ao sacro, concedendo a confor-
mação de quatro lombares e seis sacrais. Essa condição recebe a denominação de SACRALIZAÇÃO DE L5; 
 
 O primeiro segmento sacral se mostra parcial ou totalmente separado do sacro, concedendo a con-
formação de seis lombares e quatro sacrais. Essa condição recebe a denominação de LOMBARIZAÇÃO DE S1. Funcio-
nalmente, tanto a sacralização quanto a lombarização não trazem problemas ao indivíduo; 
 Aumento do tamanho dos processos transversos de L5 (mega apófises); 
 Segmentação parcial do segmento sacral inferior; 
 Incorporação do segmento superior do cóccix ao sacro; 
 Articulações de dorso 
 Articulações dos corpos vertebrais 
As articulações dos corpos vertebrais – também chamadas de intercorpovertebral ou dis-
cos intervertebrais – classificam-se como articulações cartilaginosas secundárias (SÍNFISES) 
para suportar o peso do corpo. As superfícies articulares das vértebras, recobertas por cartilagem, 
conectam-se umas com as outras por meio do disco intervertebral fibrocartilaginoso e por meio 
de ligamentos. 
 Articulações zigoapofisárias 
As articulações zigoapofisárias qualificam-se como ARTICULAÇÕES SINOVI-
AIS PLANAS que ocorrem entre os processos articulares inferiores de uma vértebra 
com os articulares superiores de outra. Elas se veem circundadas por uma cápsula 
articular que se fixa às bordas articulares dos processos. As cápsulas fibrosas se 
apresentam mais longas e frouxas na região cervical do que nas torácica ou lombar, 
o que proporciona maior movimento de flexão na primeira região. Além de permitir 
o deslizamento, essas articulações controlam a extensão, flexão e rotação das vérte-
bras cervicais e lombares adjacentes. 
Esquematização do disco inter-
corpovertebral, com o núcleo 
pulposo (interno) e o anel fi-
broso (externo) 
Ilustração das articulações zigoapofisárias - entre os ar-
cos vertebrais -, que ocorrem com união do processo ar-
ticular superior de uma vértebra e do processo articular 
inferior de outra 
 
 Articulações atlantoccipitais 
As articulações atlantoccipitais salientam-se como articulações entre o Atlas e os côndilos occipitais, permi-
tindo o movimento de flexão e extensão do pescoço (acenar a cabeça em aprovação), bem como a inclinação lateral 
da cabeça. Elas se enquadram como SINOVIAIS DO TIPO CONDILAR OU ELIPSOIDE, revestidas por cápsulas articulares 
finas e frouxas e, no seu conjunto, funcionam também evitando a hiperflexão ou hiperextensão do pescoço. 
Essa articulação é formada pelas seguintes estruturas: 
 CÁPSULAS ARTICULARES: circun-
dam os côndilos occipitais e as faces articulares 
das massas laterais do atlas. 
 MEMBRANA ATLANTOCCIPITAL 
ANTERIOR: uma membrana larga e de fibras den-
samente entrelaçadas (principalmente na parte 
central, onde se continuam no ligamento longi-
tudinal anterior) que une a margem anterior do 
forame magno à borda superior do arco anterior 
do atlas (C1). 
 MEMBRANA ATLANTOCCIPITAL 
POSTERIOR: apresenta-se como uma membrana 
larga e, ao contrário da anterior, de fibras relati-
vamente fracas, estando fixada da margem pos-
terior do forame magno à borda superior do arco 
posterior do atlas (C1). Essa membrana se mos-
tra perfurada por duas estruturas: a artéria verte-
bral (que corre por dentro dos forames transver-
sos) e o 1º nervo cervical (nervo suboccipital). 
Tanto a membrana anterior quanto a posterior funcionam ajudando a evitar o movimento excessivo das articulações 
atlantoccipitais. 
 LIGAMENTOS ATLANTOCCIPITAIS LATERAIS: classificam-se como porções espessadas das cápsulas arti-
culares, reforçados por feixes de tecido fibroso e dirigidos superior e medialmente. Inserem-se no processo jugular do 
osso occipital e na base do processo transverso do atlas. 
 Articulações atlantoaxiais 
As articulações atlantoaxiais encontram-se entre o Atlas (C1) e o Áxis (C2), sendo DUAS LATERAIS (DIREITA E 
ESQUERDA) E UMA MEDIANA. 
As articulações atlantoaxiais laterais localizam-se entre as faces inferiores das massas laterais de C1 e as faces 
superiores de C2, e são classificadas como sinoviais planas. A articulação atlantoaxial mediana, posta entre o dente 
do Áxis e o arco anterior do Atlas, por outro lado, qualifica-se como do tipo trocoidea. 
Elas permitem a rotação da cabeça (movimento do “não”), durante a qual o dente do Áxis (processo odontoide) 
se mantém limitado em um anel ou cavidade formado pelo o arco anterior do atlas e, posteriormente, pelo ligamento 
transverso do atlas (parte do ligamento cruciforme). 
As articulações atlantoaxiais são formadas pelas seguintes estruturas: 
 MEMBRANA TECTÓRICA: uma faixa extensa e resistente que recobre o dente do áxis e seus ligamentos dentro 
do canal vertebral. Considera-se o prolongamento do ligamento longitudinal posterior, inserindo-se inferiormente no 
corpo do Áxis, seguindo superiormente – atravessando o forame magno – e se fixando à parte central do assoalho da 
cavidade craniana, na parte basilar do osso occipital. 
Imagem ilustrativa dos principais componentes das primeiras vértebras cervicais em vista anterior, com 
destaque especial para a articulação atlantoccipital e seus constituintes 
 
 LIGAMENTO CRUCIFORME: o ligamento cruciforme, como o próprio nome diz, assemelha-se a uma cruz, 
sendo composto pela junção do ligamento transverso do atlas com fascículos longitudinais superiores e inferiores. 
O ligamento transverso do atlas se apre-
senta como uma faixa resistente que se es-
tende entre os tubérculos nas faces medi-
ais das massas laterais de C1, ao passo que 
os fascículos longitudinais seguem do li-
gamento transverso até o occipital, superi-
ormente, e até o corpo de C2, inferior-
mente. 
 LIGAMENTOS ALARES: proje-
tam-se das laterais do dento do áxis até as 
margens laterais do forame magno. Esses 
cordões curtos fixam o crânio à C1 e ser-
vem como ligamento de contenção, evi-
tando a rotação excessiva das articula-
ções. 
 LIGAMENTO DO ÁPICE DO 
DENTE: um ligamento extremamente del-
gado, estende-se do ápice do processo 
odontoide até a margem anterior do forame 
magno, entre os ligamentos alares e sob o 
ligamento cruciforme. 
 Articulações costovertebrais 
A costela típica forma duas articulaçõesposteriores com a coluna vertebral: as articulações das cabeças das 
costelas e as articulações costotransversárias. 
 Articulação da cabeça da costela 
Classifica-se como uma articulação plana formada 
pela articulação da cabeça com o corpo vertebral das vérte-
bras torácicas. Temos, como constituintes dessa articulação, 
os seguintes elementos: 
 CÁPSULA ARTICULAR: composta por curtas e 
resistentes fibras que unem as cabeças das costelas às cavi-
dades articulares formadas pelas vértebras e discos interver-
tebrais (as fóveas costais); 
 LIGAMENTO RADIADO DA CABEÇA DA COS-
TELA: une as partes anteriores das cabeças das costelas aos 
corpos de duas vértebras e aos seus discos intervertebrais; 
 LIGAMENTO INTRA-ARTICULAR DA CABEÇA 
DA COSTELA: apresenta-se como um feixe curto e achatado, 
pelo qual a crista da cabeça da costela se fixa ao disco inter-
vertebral; 
Esquematização das articulações e ligamentos costovertebrais, em especial os que 
compõem a articulação da cabeça da costela 
 Imagem ilustrativa dos principais componentes das primeiras vértebras cervicais em vista posterior, com des-
taque especial para a articulação atlantoaxial e seus constituintes 
 
 Articulação costotransversárias 
A articulação costotransversária se qualifica como aquela entre a face articular do tubérculo da costela e o 
processo transverso da vértebra correspondente. Ela é formada pelas seguintes estruturas: 
 CÁPSULA ARTICULAR: fina e inse-
rida na circunferência articular com um revesti-
mento sinovial; 
 LIGAMENTO COSTOTRANSVERSÁ-
RIO: segue do colo da costela até a base do processo 
transverso e à borda lateral do processo articular da 
vértebra, reforçando a face anterior da articula-
ção. 
 LIGAMENTO COSTOTRANSVERSÁ-
RIO LATERAL: esse ligamento parte do tubérculo da 
costela até a extremidade do processo transverso da 
vértebra, fortalecendo a face posterior da articula-
ção. 
 LIGAMENTO COSTOTRANSVERSÁ-
RIO SUPERIOR: insere-se na borda superior do colo 
da costela e se liga ao processo transverso da vér-
tebra acima. A abertura entre esse ligamento e a 
vértebra permite a passagem do nervo espinal e do 
ramo posterior da artéria intercostal. O ligamento 
costotransversário superior pode, ainda, ser dividido em uma parte anterior forte e uma parte posterior fraca. 
 Ligamentos da coluna vertebral 
 Ligamento longitudinal anterior 
O ligamento longitudinal anterior salienta-se como uma faixa fibrosa larga e resistente que recobre, como o 
próprio nome indica, as faces anteriores dos corpos vertebras e dos discos intervertebrais. Ele se estende desde a 
primeira vértebra cervical (C1) até a altura do sacro, sendo mais espesso a nível dos discos intervertebrais (o que 
torna raros os casos de hérnia de disco anterior). Esse ligamento serve, essencialmente, para manter a estabilidade das 
articulações intercorpovertebrais e evitar a hiperextensão da coluna vertebral. 
 Ligamento longitudinal posterior 
O ligamento longitudinal posterior qualifica-se como uma faixa mais es-
treita e fraca do que o ligamento longitudinal anterior, localizando-se na face 
posterior dos corpos vertebrais, DENTRO do canal vertebral. Ele se alarga nas re-
giões torácica e lombar, além de se fixar aos discos intervertebrais e às bordas 
posteriores dos corpos vertebrais, estendendo-se da segunda vértebra cervical 
(C2) até o sacro. Esse ligamento tem por funções essenciais evitar a hiperflexão 
da coluna vertebral e a protrusão posterior do núcleo pulposo do disco. 
 Ligamentos flavos 
O ligamento flavo, também denominado de ligamento amarelo devido à sua 
coloração, responsabiliza-se por unir as bordas das lâminas das vértebras adja-
centes no canal vertebral do Áxis até o primeiro segmento do sacro. Esse ligamento 
Ilustração das articulações e ligamentos costovertebrais, em especial os que compõem a 
articulação costotransversária 
Esquematização em vista lateral dos ligamentos da 
coluna vertebral 
 
é longo e espesso, sendo que tem como função limitar a flexão da coluna e auxiliar no retorno à posição ereta, além 
de, graças à sua elasticidade, protegê-la contra a lesão discal. 
 Ligamento nucal 
O ligamento nucal se apresenta como uma membrana triangular que forma um septo fibroso mediano entre 
os músculos de ambos os lados no pescoço. Ele se insere superiormente na protuberância occipital externa, fixando-
se nos processos espinhosos até a sétima vértebra cervical (C7). 
 Ligamento supraespinal 
Os ligamentos supraespi-
nais caracterizam-se por cordas 
fibrosas e resistentes que têm por 
função unir os ápices dos proces-
sos espinhosos a partir da sétima 
vértebra cervical (C7) – onde ter-
mina o ligamento nucal, sendo 
considerado uma continuação 
deste -, estendendo-se até o sacro. 
Eles se apresentam pouco desen-
volvidos na região lombar. 
 Ligamento inte-
respinal 
Os ligamentos interespi-
nais, por sua vez, qualificam-se 
como cordas finas e quase mem-
branáceas que unem os processos 
espinhosos das vértebras adjacentes uns aos outros. Esses ligamentos se mostram bem desenvolvidos na região lom-
bar, ao contrário dos supraespinais. 
 Ligamento intertransversário 
Os ligamentos intertransversários encontram-se interpostos entre os processos transversos das vértebras ad-
jacentes, unindo-os uns aos outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esquematização dos principais ligamentos que compõem a coluna vertebral 
 
 Articulações e ligamentos importantes da pelve 
Articulações primárias: são as articulações sacroilíacas e a sínfise púbica. 
 Articulações sacroilíacas 
As articulações sacroilíacas se caracterizam como uma articulação sinovial anterior (entre as faces auricu-
lares do sacro e do ílio) e uma sindesmose posterior (entre as tuberosidades dos mesmos ossos). 
Juntamente à sínfise púbica, essas articulações funcionam ajudando a transferir o peso da coluna vertebral 
para os membros inferior, bem como prover elasticidade ao anel pélvico. Além dessa distribuição de forças, as 
articulações sacroilíacas também atuam, em 
decorrência do contato dos membros inferi-
ores ao solo, como um amortecedor para re-
duzir o choques e impactos que incidem so-
bre a coluna vertebral e a porção superior do 
corpo. 
Embora essas articulações se apresen-
tem relativamente móveis nos indivíduos jo-
vens, elas tendem a se tornar progressiva-
mente mais rígidas com o aumento da idade. 
Em diversos casos, ocorre ancilose – a perda 
de movimento de uma articulação devido à 
fusão dos ossos que se inserem nela ou por 
calcificação dos ligamentos que a rodeiam. 
Em uma lesão da articulação sacroilí-
aca, existe uma dor profunda, surda e inde-
finida que tende a ser unilateral e pode ser 
referida para a face posterior da coxa, fossa 
ilíaca e nádega do lado afetado. A dor sa-
croilíaca, usualmente, não se estende abaixo 
do joelho. 
Ligamentos 
 Ligamentos sacroilíacos anteriores: porção anterior da cápsula fibrosa da parte sinovial da articulação 
sacroilíaca; 
 Ligamentos sacroilíacos interósseos: amplos e situados profundamente entre as tuberosidades do sa-
cro e ílio, esses ligamentos se destacam como as principais estruturas associadas à transferência de peso da parte 
superior do corpo do esqueleto axial para os dois ílios do esqueleto apendicular; 
 Ligamentos sacroilíacos posteriores: porção posterior da cápsula fibrosa da parte sinovial da articu-
lação sacroilíaca; 
 Ligamentos sacrotuberais: formam o forame isquiático; 
 Ligamentos sacroespinais: dividem o forame isquiático em forames isquiáticos maior e menor. 
 Sínfise púbica 
A sínfise púbica consiste em um disco interpúbico fibrocartilaginoso e ligamentos adjacentesunindo os 
corpos dos ossos púbis, de cada lado, no plano mediano. Essa articulação apresenta ligeira mobilidade, podendo se 
mover cerca de 2mm durante um movimento de rotação em adultos, sendo que em gestantes, no momento do parto, 
essa amplitude aumenta. 
Ossos e ligamentos da pelve em vista anterior 
 
Na sua porção anterior, a sínfise púbica se 
encontra de 3 a 5 mm mais espessa quando com-
parada à porção intrapélvica posterior. Os ossos 
pubianos se demonstram ligados por fibrocartila-
gens, podendo apresentar uma cavidade repleta 
de fluidos. 
As extremidades de ambos os ossos púbis 
recobrem-se por uma delgada camada de cartila-
gem hialina, a qual se encontra ligada à fibrocar-
tilagem. Esta é reforçada por ligamentos superio-
res e inferiores, que, por sua vez, são reforçados 
por tendões. 
Dentre as principais funções da sínfise pú-
bica, podemos destacar a absorção de choques 
durante a caminhada e, nas mulheres, permitir a 
passagem do bebê durante o parto normal. O 
movimento que ocorre durante a caminhada é um 
deslizamento, em que cada um dos lados do púbis 
se move para cima e para baixo em relação ao ou-
tro. 
Ligamentos: 
 Ligamento púbico superior: une as faces dos corpos do púbis e disco interpúbico, estendendo-se late-
ralmente até os tubérculos púbicos. 
 Ligamento púbico inferior (arqueado): une as faces inferiores dos componentes articulares, arre-
dondando o ângulo subpúbico quando forma o ápice do arco púbico. 
 Articulações lombossacrais 
Compõem as articulações entre as vértebras L5 e S1. Elas se articulam na sínfise intervertebral anterior for-
mada apelo disco L5/S1 entre seus corpos e nas duas articulações dos processos articulares posteriores entre os pro-
cessos articulares dessas vértebras. Essas articulações se veem reforçadas por ligamentos iliolombares que se irra-
diam dos processos transversos da vértebra L5 até os ílios. 
 Articulações sacrococcígeas 
Classificam-se como articulação cartilaginosa secundária com um disco intervertebral. A fibrocartilagem e os 
ligamentos unem o ápice do sacro à base do cóccix. Os seus três ligamentos – sacrococcígeos anterior, posterior e 
laterais – funcionam reforçando a articulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ossos e ligamentos da pelve em vista posterior 
 
 Músculos do dorso 
Em decorrência do fato de que a maior porção do peso corporal se situa anteriormente à coluna vertebral – 
especialmente em obesos -, há necessidade da existência de diversos músculos fortes e resistentes fixados aos proces-
sos espinhosos e transversos para sustentar e movimentar a coluna. 
Didaticamente, podemos dividir a musculatura dorsal em duas camadas: músculos extrínsecos do dorso – 
incluindo os músculos superficiais e intermediários, relacionados, respectivamente, aos movimentos dos membros e 
respiratórios -, e músculos intrínsecos do dorso, os quais atuam especificamente sobre a coluna vertebral, movimen-
tando-a e mantendo a postura. 
 Músculos extrínsecos superficiais do dorso 
A musculatura extrínseca superficial do dorso, englobando os músculos trapézio, latíssimo do dorso, levantador 
da escápula e romboides, classificam-se como toracoapendiculares – unem o esqueleto axial (coluna vertebral) ao 
esqueleto apendicular superior (cíngulo do membro superior e úmero). Esses músculos se responsabilizam por pro-
duzir e controlar os movimentos dos membros. 
 
Músculo Origem Inserção Função 
Trapézio Terço medial da linha nucal, túber 
occipital e processos espinhosos de 
C7 a T12; 
Borda posterior da claví-
cula, acrômio e espinha da 
escápula 
Fixo na coluna: elevação do ombro, 
adução das escápulas, rotação supe-
rior das escápulas e depressão do 
ombro; 
Fixo na escápula: inclinação homo-
lateral e rotação contralateral da ca-
beça (unilateral); extensão da ca-
beça (bilateral); 
Latíssimo do 
dorso (grande 
dorsal) 
Processos espinhosos de T6 a L5, ân-
gulo inferior da escápula, crista ilí-
aca, aponeurose toracolombar e 1/3 
posterior da face externa das quatro 
últimas costelas; 
Sulco intertubercular do 
úmero; 
Adução, extensão e rotação medial do 
braço, juntamente à depressão do om-
bro; 
Levantador da 
escápula 
Tubérculos posteriores dos processos 
transversos das vértebras C1 a C4; 
Ângulo superior da escápula; Elevação e adução da escápula, 
além da inclinação e rotação homo-
lateral da coluna cervical e a exten-
são da cabeça; 
Romboide me-
nor e maior 
Menor: ligamento nucal e processos 
espinhosos de C7 e T1, sendo superior 
ao maior; 
Maior: processos espinhosos de T2 a 
T5; 
Borda medial da escápula a 
partir do nível da espinha até 
o ângulo inferior; 
Adução e retração inferior das escá-
pulas e elevação do ombro; 
 
 
 Músculos extrínsecos intermediários do dorso 
Os músculos extrínsecos intermediários do dorso – o serrátil posterior –, comumente designados como mús-
culos respiratórios superficiais, são finos e apresentam qua-
lidade proprioceptiva superior aos motores. O músculo ser-
rátil posterior superior situa-se profundamente aos múscu-
los romboides, ao passo que o serrátil posterior inferior en-
contra-se profundamente ao músculo latíssimo do dorso. 
Músculo Origem Inserção Função 
Serrátil 
posterossu-
perior 
Processos espi-
nhosos de C7 a 
T3; 
Borda supe-
rior e face ex-
terna das 2ª a 
5ª costelas; 
Elevação das pri-
meiras costelas 
(ação respiratória); 
Serrátil 
poste-
roinferior 
Processos espi-
nhosos de T11 a 
L3; 
Borda inferior 
e face externa 
das quatro úl-
timas costelas; 
Depressão das últi-
mas costelas (ação 
expiratória); 
Ilustração dos músculos de dorso e parte de músculos dos membros superiores, destacando os extrínsecos superficiais de dorso 
Desenho esquemático dos músculos serráteis posteriores 
 
 Músculos intrínsecos do dorso 
Os músculos intrínsecos do dorso – também chamados de próprios do dorso – responsabilizam-se por manter 
a postura e controlar os movimentos da coluna vertebral. Esses músculos se estendem da pelve até o crânio, e se 
revestem com a fáscia toracolombar, abordada no início desse arquivo. 
A musculatura intrínseca do dorso pode ser dividida, basicamente, em três camadas: superficial, intermediária 
e profunda. 
 Camada superficial 
A camada superficial dos músculos intrínsecos do dorso se compõe pelos esplênios, músculos espessos e pla-
nos que se situam nas faces lateral e posterior do pescoço, cobrindo os músculos verticais como uma bandagem. 
 
 Camada intermediária 
Encontramos aqui os fortes músculos eretores da espinha, os quais se situam em um “sulco” de cada lado da 
coluna vertebral entre os processos espinhosos (centralmente) e, lateralmente, os ângulos das costelas. O músculo 
eretor da espinha se qualifica como o principal extensor da coluna vertebral, sendo dividido em três feixes: o mús-
culo iliocostal forma a coluna lateral; o músculo longuíssimo, a coluna intermediária; e, por fim, o músculo espinal, 
a coluna medial. Cada um desses feixes separa-se regionalmente de acordo com suas inserções superiores. 
Músculo Origem Inserção Função 
Esplênio 
da cabeça 
Processos espi-
nhosos de C7 a 
T4; 
Terço lateral 
da linha nucal 
superior e pro-
cesso mas-
toide; 
Extensão, inclina-
ção e rotação ho-
molateral da ca-
beça e pescoço; 
Esplênio 
do pes-
coço 
Processos espi-
nhosos de T3 a 
T6; 
Processo 
transverso das 
três primeiras 
vértebras cer-
vicais; 
Extensão, inclinação 
e rotação homolate-
ral da cabeça e pes-
coço; 
Ilustração dos músculos esplênios, destacando suasorigens e inserções 
 
 
 Camada profunda 
Profundamente ao músculo eretor da espinha, temos um grupo oblíquo de músculos muito mais curtos, o grupo 
de músculos transversoespinais, o qual compreende, partindo de uma disposição, respectivamente, de superficial a 
profunda, os músculos semiespinais, multífidos e rotadores. Esses músculos têm sua origem nos processos transver-
sos das vértebras e seguem até os processos espinhosos das vértebras superiores. Eles ocupam o sulco entre esses 
processos, estando fixados a eles, às lâminas entre eles e aos ligamentos que os unem. 
Esquematização da camada intermediária dos músculos intrínsecos do dorso 
Esquematização da camada intermediária dos músculos intrínsecos do dorso 
 
 Camada profunda menor 
Juntamente à camada profunda de músculos intrínsecos do dorso, temos um grupo de pequenos músculos, rela-
tivamente exíguos na região torácica. Essas são os músculos interespinais, intertransversários e levantadores das 
costelas. Os interespinais e os intertransversários, como o nome indica, unem os processos espinhosos e transversos, 
respectivamente. Os levantadores das costelas representam os músculos intertransversários posteriores do pescoço. 
 Trígono suboccipital 
O trígono suboccipital se qualifica como uma região do pes-
coço limitada pelos três seguintes músculos: reto posterior maior 
da cabeça, oblíquo superior da cabeça e oblíquo inferior da ca-
beça. O músculo reto posterior menor da cabeça também se loca-
liza nessa região, não compondo, no entanto, o trígono em si. 
Músculo Origem Inserção Função 
Interespinal Faces superiores dos 
processos espinhosos 
das vértebras cervicais 
e lombares; 
Faces inferiores dos pro-
cessos espinhosos da 
vértebra superior à vér-
tebra de fixação proxi-
mal; 
Extensão e rotação 
da coluna vertebral; 
Intertrans-
versário 
Processos transversos 
das vértebras cervicais 
e lombares; 
Processos transversos 
das vértebras adjacentes; 
Inclinação homola-
teral da coluna verte-
bral e sua estabiliza-
ção; 
Levantador 
da costela 
Extremidades dos pro-
cessos transversos das 
vértebras C6 a T11; 
Seguem inferolateral-
mente e se inserem na 
costela entre o tubérculo 
e o ângulo desta; 
Elevação das coste-
las (auxílio na respi-
ração), ajuda na fle-
xão lateral da coluna 
vertebral; 
Esquematização de vista posterior da musculatura profunda de dorso 
Musculatura profunda menor do dorso 
 
 Além de sua importância fundamental na movimentação da cabeça, encontramos no interior do trígono a 
ARTÉRIA VERTEBRAL, o 1º NERVO CERVICAL (NERVO SUBOCCIPITAL) e o PLEXO VENOSO SUBOCCIPITAL. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Músculo Origem Inserção Função 
Reto posterior maior da 
cabeça 
Processo espinhoso do áxis (C2); Porção lateral do osso occipital abaixo da 
linha nucal inferior; 
Extensão da cabeça e rotação da 
face para o mesmo lado do músculo; 
Oblíquo inferior da ca-
beça 
Processo espinhoso do áxis (C2); Processo transverso do atlas (C1); Rotação homolateral da face; 
Oblíquo superior da ca-
beça 
Processo transverso do atlas (C1); Osso occipital entre as linhas nucais supe-
rior e inferior; 
Extensão e flexão homolateral da 
cabeça; 
Reto posterior menor da 
cabeça 
Tubérculo posterior do atlas (C1); Porção medial do osso occipital abaixo da 
linha nucal inferior; 
Extensão da cabeça; 
Esquematização do trígono occipital 
 
 Vascularização do dorso 
 Artérias da cabeça e do pescoço 
 Artéria occipital 
A artéria occipital classifica-se como um 
ramo proveniente da face posterior da artéria ca-
rótida externa, superiormente à origem da artéria 
facial. Ela segue em sentido posterior, imediata-
mente medial e paralela à fixação do ventre poste-
rior do músculo digástrico no sulco occipital do 
temporal. Assim que alcança a porção posterior do 
couro cabeludo, na área do osso occipital, a artéria 
se ramifica diversas vezes, irrigando essa região. O 
primeiro ramo da artéria occipital origina a artéria 
esternocleidomastóidea, que segue lateroinferior-
mente para irrigar o músculo homônimo. 
 Artéria vertebral 
A artéria vertebral se origina como o pri-
meiro ramo da artéria subclávia, ascendendo e 
passando pelos forames dos processos transversos 
das vértebras cervicais – a partir da sexta vértebra 
(C6). Assim que adentra a cavidade craniana por 
meio do forame magno, cada artéria vertebral dá origem a um pequeno ramo meníngeo. Continuando seu trajeto, 
antes que as duas artérias se juntem e formem a artéria basilar, três ramos adicionais surgem de cada uma delas. O 
primeiro ramo se enquadra como a artéria espinal anterior (única, é a junção dos ramos das duas artérias vertebrais); 
o segundo, a artéria espinal posterior (em dupla, uma de cada lado); e, o terceiro; a artéria cerebelar posteroinferior 
(em dupla também). 
Em seu trajeto, a artéria vertebral emite ramos para os músculos profundos do pescoço na região posterior, 
para as vértebras, para a medula espinal e para a musculatura paravertebral (eretores da espinha, rotadores, multífi-
dos, interespinais e intertransversários). Dessa maneira, ela contribui para a irrigação da nuca e das áreas citadas. 
Ilustração dos diversos ramos colaterais provenientes da artéria carótida externa, que irrigam as 
diversas estruturais faciais. Atentar à a. occipital, partindo da face posterior e se direcionando para 
a região occipital, irrigando seus músculos e o couro cabeludo 
 
 Tronco tireocervical 
O tronco tireocervical se 
qualifica como o segundo ramo da 
artéria subclávia, nascendo da face 
anterossuperior da primeira parte 
desta, perto da margem medial do 
músculo escaleno anterior. Ele as-
cende e se divide em outros três ra-
mos importantes: a artéria tireói-
dea inferior (o maior e mais impor-
tante dos três) a artéria cervical 
transversa (ou transversa do pes-
coço) e a artéria supraescapular. 
 Artéria tireói-
dea inferior 
A artéria tireóidea inferior se 
apresenta como a continuação su-
perior do tronco tireocervical. Ela 
segue em sentido superomedial 
posteriormente às bainhas caróticas 
até chegar à face posterior da glân-
dula tireoide, ramificando-se várias vezes e irrigando a face posteroinferior da tireoide – inclusive os polos inferiores 
da glândula. Juntamente a isso, a artéria tireóidea inferior, ao longo de seu trajeto, supre e irriga a laringe, a traqueia, 
o esôfago, as paratireoides e os músculos adjacentes. 
 Artéria cervical ascendente 
A artéria cervical ascendente se qualifica como um pequeno ramo do tronco tireocervical, partindo, na reali-
dade, da artéria tireóidea inferior quando esta vira medialmente para suprir a tireoide (por isso não está destacada no 
tópico “Tronco tireocervical”). A cervical ascendente se continua na superfície anterior dos músculos pré-vertebrais 
(da região do pescoço) posteriores – irrigando e suprindo-os -, além de lançar pequenos ramos para as vértebras e 
para a coluna espinal. 
 Artéria cervical transversa 
A artéria cervical transversa se apresenta como o ramo do meio do tronco tireocervical. Esse ramo segue late-
ralmente, atravessando a superfície anterior do músculo escaleno anterior e do nervo frênico, e se continua até a su-
perfície profunda do músculo trapézio. Nessa região, a artéria cervical transversa se divide em dois ramos: superficial 
(que se continua na superfície profunda do trapézio) e profundo (que se continua na superfície profunda dos rom-
boides próximo à borda medial da escápula). 
 Artéria supraescapular 
O terceiro e último ramo do tronco tireocervical – partindo de uma ordem mediolateral -, a artériasupraesca-
pular segue em sentido inferolateral através do músculo escaleno anterior e do nervo frênico. Em seguida, atravessa 
a terceira parte da artéria subclávia e os fascículos do plexo braquial, e se continua posteriormente à clavícula para, 
finalmente, suprir os músculos na face posterior da escápula. Em diversos casos, a artéria supraescapular pode se 
originar da terceira parte da artéria subclávia, e não do tronco tireocervical. 
Esquematização da irrigação de parte do tórax e da região axilar. Atentar, especialmente, ao primeiro ramo da a. subclávia 
(artéria vertebral), e ao tronco tireocervical com seus respectivos ramos 
 
 Tronco costocervical 
O ramo final da artéria subclávia na base do pes-
coço recebe a denominação de tronco costocervical, o 
qual ascende em posições diferentes de acordo com o 
lado do corpo. No lado esquerdo, ele surge da primeira 
parte da artéria subclávia, medialmente ao músculo es-
caleno anterior. Já no lado direito, o tronco costocervi-
cal brota da segunda parte da artéria subclávia. 
Independentemente do lado, o tronco costocervi-
cal ascende e passa posteriormente sobre a cavidade 
pleural e se continua por trás do músculo escaleno ante-
rior. Finalmente, divide-se em dois ramos importantes: 
a artéria cervical profunda e a artéria intercostal su-
prema. 
 Artéria cervical profunda 
A artéria cervical profunda ascende na região pos-
terior do pescoço e sofre um processo de anastomose com o ramo descendente da artéria occipital, auxiliando, dessa 
forma, na irrigação das estruturas da região posterior do pescoço. 
 Artéria intercostal suprema 
A artéria intercostal suprema, ao contrário da cervical profunda, descende anteriormente à primeira costela e 
se divide para dar origem a duas artérias intercostais posteriores, que irão suprir os dois primeiros espaços intercos-
tais. 
 Artérias do tórax 
A irrigação da parede torácica, cuja padrão de distribuição reflete em sua estrutura (seguindo os espaços inter-
costais, paralelamente às costelas), ocorre por meio das seguintes estruturas: 
 PARTE TORÁCICA DA AORTA, por meio das artérias intercostais posteriores e subcostais; 
 ARTÉRIA SUBCLÁVIA, por meio das artérias torácica interna (a qual origina as artérias intercostais 
anteriores) e intercostal suprema; 
 ARTÉRIA AXILAR, por meio da artéria torácica superior e artéria torácica lateral; 
 Artérias intercostais 
As artérias intercostais, como o nome sugere, atravessam a parede torácica por entre as costelas. À exceção dos 
10º e 11º espaços intercostais, cada um deles se vê irrigado por três artérias: uma grande artéria intercostal posterior 
(juntamente ao seu ramo colateral) e um pequeno par de artérias intercostais anteriores. 
 Artéria intercostais posteriores 
As artérias intercostais posteriores: 
 Do 1º ao 2º espaços intercostais originam-se, como dito anteriormente, da artéria intercostal suprema 
(superior), um ramo do tronco costocervical da artéria subclávia; 
Esquematização de parte da irrigação do pescoço e tronco, com destaque especial para o 
tronco costocervical e suas ramificações 
 
 Do 3º ao 11º espaços intercostais, elas – e as artérias subcostais do espaço subcostal – originam-se 
posteriormente da parte torácica da aorta. Em decorrência do fato de que a aorta se localiza ligeiramente à esquerda 
da coluna vertebral, as 3ª a 11ª artérias intercostais posteriores direitas necessitam cruzar os corpos vertebrais e, logo, 
apresentam um trajeto mais longo do que as do lado esquerdo. 
 Emitem um ramo posterior que acompanha o ramo posterior do nervo espinal para suprir a medula 
espinal, a coluna vertebral, os músculos do dorso e a pele; 
 Originam um pequeno ramo co-
lateral que cruza o espaço intercostal e segue ao 
longo da margem superior da costela. 
 Acompanham os nervos inter-
costais por meio dos espaços intercostais. Pró-
ximo ao ângulo da costela, as artérias entrem nos 
sulcos das costelas, onde se situam entre a veia e 
o nervo intercostais. Inicialmente, as artérias se-
guem na fáscia endotorácica entre a pleura parie-
tal e a membrana intercostal interna. Após, elas 
seguem entre os músculos intercostais íntimos e 
intercostais internos. 
 Possuem ramos terminais e co-
laterais que se anastomosam anteriormente com 
as artérias intercostais anteriores. 
 Artérias intercostais anteri-
ores 
As artérias intercostais anteriores surgem 
como ramos laterais das artérias torácicas inter-
nas. As intercostais anteriores, seguindo em pa-
res ipsilaterais (do mesmo lado): 
 Irrigam as partes anteriores dos 
nove espaços intercostais superiores; 
 Seguem lateralmente no espaço intercostal, uma próxima da margem inferior da costela superior e a 
outra próxima à margem superior da costela inferior; 
 Nos dois primeiros espaços intercostais situam-se inicialmente na fáscia endotorácica entre a pleura 
parietal e os músculos intercostais internos; 
 Nos 7º a 9º espaços intercostais derivam das artérias musculofrênicas, também ramos das artérias 
torácicas internas; 
 Irrigam os músculos intercostais e enviam ramos através deles para suprir os músculos peitorais, as 
mamas e a pele; 
 Estão ausentes nos dois espaços intercostais inferiores. Esses espaços são irrigados apenas pelas arté-
rias intercostais posteriores e seus ramos colaterais; 
 Artérias torácicas internas 
As artérias torácicas internas, conhecidas antigamente como artérias mamárias internas, surgem na base do 
pescoço, na face anterior das primeiras partes das artérias subclávias. Elas são cruzadas, próximo à sua origem, pelo 
nervo frênico ipsilateral, e descendem até o tórax posteriormente à clavícula e à 1ª cartilagem intercostal. As torá-
cicas internas continuam seu trajeto descendente, agora pela face interna do tórax, ligeiramente laterais ao esterno e 
posteriores às seis cartilagens costais superiores e aos músculos intercostais internos posteriores. Assim que ultra-
passam a 2ª cartilagem costal, seguem anteriormente ao músculo transverso do tórax. Entre as faixas desse músculo, 
Esquematização das principais artérias responsáveis pela irrigação do tórax 
 
a artéria toca a pleura parietal posteriormente. Finalmente, quando as torácicas internas alcançam o 6º espaço inter-
costal, elas se dividem em artéria epigástrica superior (que se continua inferiormente até a parede abdominal ante-
rior) e artéria musculofrênica, que segue ao longo da margem costa, atravessa o diafragma e se termina próxima ao 
último espaço intercostal. 
 Artérias do abdômen posterior 
As principais responsáveis pela irrigação 
da região posterior do abdômen se qualificam 
como as ARTÉRIAS LOMBARES. Em quatro ou 
cinco pares, essas artérias, que se organizam de 
forma semelhante às artérias intercostais, origi-
nam-se da parte posterior da aorta abdominal, 
seguindo posterolateralmente ao redor dos cor-
pos vertebrais. Elas se cobrem pelo músculo 
psoas maior e pelo tronco simpático, dos quais as 
artérias são separadas por meio de arcos tendí-
neos. 
Entre os processos transversos das vérte-
bras, cada artéria lombar se divide em ramos dor-
sal e abdominal. Em seu trajeto, o ramo dorsal 
dá origem a um ramo espinal – o qual adentra o 
canal espinal pelo forame intervertebral - e se continua posteriormente para suprir os músculos e a pele da região 
lombar. Esse ramo dorsal, então, sofre um processo de anastomose com os ramos posteriores das artérias lombar 
adjacente e das artérias intercostais. 
O ramo abdominal das artérias lombares corre lateralmente por trás do músculo quadrado lombar, e então 
atravessa os músculos abdominais para nutrir a parede do abdômen. O ramo mais inferior, usualmente, passa à frente 
do quadrado lombar. 
 Artérias da pelveA artéria ilíaca interna, uma em cada lado do corpo, qualifica-se como a principal responsável pela irrigação 
da região da pelve e do períneo. Além de nutrir as paredes, o assoalho e a maioria das vísceras da pelve, bem como as 
estruturas do períneo – incluindo os tecidos eréteis do pênis e do clitóris -, essa artéria origina os ramos que seguem 
os nervos para a região glútea do membro inferior. Outros vasos que brotam no abdômen e contribuem para a irrigação 
das estruturas pélvicas incluem a artéria sacral mediana e, nas mulheres, as artérias ováricas. 
 Artéria ilíaca interna 
A artéria ilíaca interna tem origem a partir da artéria ilíaca comum bilateralmente, por volta do nível do disco 
intervertebral entre L5 e S1, e se situa anteromedial à articulação sacroilíaca. O vaso segue inferiormente sobre a 
abertura superior da pelve e, então, divide-se nos troncos anterior e posterior, ao nível da borda superior do forame 
isquiático maior. Ramos do tronco posterior contribuem para a irrigação da parede abdominal posterior inferior, da 
parede posterior da pelve e da região glútea. Ramos do tronco anterior irrigam as vísceras pélvicas, o períneo, a 
região glútea, a região adutora da coxa e, no feto, a placenta. 
Em decorrência de esse material se tratar de dorso, não nos aprofundaremos nas artérias responsáveis pela irri-
gação da região anterior da pelve e do períneo, abordando apenas as do compartimento posterior. 
Esquematização em vista superior da artéria lombar, bem como suas ramificações anterior e posterior 
 
 Tronco posterior 
Incluem-se, como ramos do tronco posterior, as artérias iliolombar, sacral lateral e glútea superior. 
 Artéria iliolombar 
A artéria iliolombar ascende lateralmente para fora da abertura superior da pelve e se divide em um ramo lombar 
e um ramo ilíaco. O ramo lombar contribui para a irrigação da parede posterior do abdômen, dos músculos psoas 
maior e do quadrado do lombo e da cauda equina, 
por meio de um pequeno ramo espinal que passa 
através do forame intervertebral entre L5 e S1. O 
ramo ilíaco passa lateralmente dentro da fossa ilíaca 
para suprir músculos e ossos. 
 Artéria sacrais laterais 
As sacrais laterais, usualmente duas, surgem 
como ramos da divisão posterior da artéria ilíaca in-
terna, logo abaixo da artéria iliolombar, e seguem 
medial e inferiormente ao longo da parede posterior 
da pelve. Elas originam ramos, que passam no fo-
rame sacral anterior para irrigar o osso, as partes 
moles relacionadas, as estruturas do canal verte-
bral (sacral), a pele e os músculos posteriores ao sa-
cro. 
 Artéria glútea superior 
A artéria glútea superior destaca-se como o 
maior ramo da artéria ilíaca interna, sendo a con-
tinuação terminal do tronco posterior. Ela segue 
posteriormente – em geral, passando entre o tronco lombossacral e o ramo anterior de S1 – para deixar a cavidade da 
pelve por meio do forame isquiático maior, acima do músculo piriforme, e entrar na região glútea do membro infe-
rior. Esse vaso tem uma contribuição importante para o aporte sanguíneo de músculos e da pele da região glútea e 
também fornece ramos para músculos e ossos adjacentes das paredes da pelve. 
 Vascularização da coluna vertebral 
A vascularização da coluna vertebral 
ocorre por meio de ramos periosteais, equato-
riais e espinais, originários das artérias verte-
brais e cervicais ascendentes, no pescoço, e 
das principais artérias segmentares do tronco 
(intercostais posteriores na região torácica; sub-
costais e lombares no abdômen; iliolombar e 
sacrais laterais e mediana na pelve). 
Os ramos periosteais e equatoriais sur-
gem dessas artérias enquanto cruzam as faces 
externas (anterolaterais) das vértebras. Os ra-
mos espinais passam os forames interverte-
brais e se dividem em ramos anteriores e pos-
teriores do canal vertebral. Esses ramos se-
guem até o corpo vertebral e arco vertebral, res-
pectivamente, e dão origem aos ramos ascen-
dentes e descendentes que se anastomosam 
Irrigação arterial da coluna vertebral em vista superior na região lombar 
Esquematização da artéria ilíaca comum com seus respectivos ramos. Atentar aos três 
ramos do tronco posterior 
 
com os ramos do canal vertebral de níveis adjacentes. Os ramos anteriores do canal vertebral enviam artérias nutrícias 
anteriormente para os corpos vertebrais que suprem a maior parte da medula óssea vermelha do corpo vertebral central. 
Os ramos maiores dos ramos espinais continuam como artérias medulares radiculares ou segmentares terminais dis-
tribuídas para as raízes posteriores e anteriores dos nervos espinais e seus revestimentos e para a medula espinal, 
respectivamente. 
 Drenagem venosa do dorso 
 Drenagem da coluna vertebral 
As veias espinais formam plexos venosos – rede de 
vasos – ao longo da coluna vertebral dentro e fora do ca-
nal vertebral. Tais plexos, que se comunicam por meio 
dos forames intervertebrais, recebem a denominação de 
PLEXOS VENOSOS VERTEBRAIS INTERNOS (também cha-
mados de plexos venosos peridurais) anterior e poste-
rior, no interior do canal vertebral; e PLEXOS VENOSOS 
VERTEBRAIS EXTERNOS anterior e posterior, no exterior 
do canal vertebral. 
O interno se localiza entre a dura-máter e o periós-
teo, no espaço extradural, drenando todo o conteúdo do 
canal vertebral (medula, meninges). Superiormente, os 
plexos se comunicam com o seio da dura máter, ao passo 
que, inferiormente, com as veias pélvicas. 
Ambos os plexos se demonstram mais densos nas regiões anterior e posterior, sendo relativamente esparsos nas 
laterais. 
As VEIAS BASIVERTEBRAIS – grandes e tortuosas – originam-se nos corpos vertebrais, emergindo dos forames 
nas faces dos corpos (essencialmente na face posterior) e drenando para os plexos venosos vertebrais internos ante-
riores, que podem formar grandes seios longitudinais. 
As veias intervertebrais recebem veias da medula espinal 
e dos plexos venosos vertebrais à medida que acompanham os 
nervos espinais através dos forames intervertebrais para drenar 
nas veias vertebrais do pescoço e nas veias segmentares (inter-
costais, lombares e sacrais) do tronco. 
 Drenagem do pescoço e região pos-
terior da cabeça 
 Plexo venoso suboccipital 
O PLEXO VENOSO SUBOCCIPITAL classifica-se como uma 
parte complexa e extensa do plexo venoso vertebral externo. Ele 
se localiza na região do trígono suboccipital, responsabilizando-
se majoritariamente pela drenagem da porção posterior do couro 
cabeludo. O plexo suboccipital recebe a veia occipital, além de enviar veias tributárias para a veia vertebral, a qual 
descende pelo forame transverso das vértebras e desemboca na 
região da base do pescoço nas veias braquiocefálica. 
Esquematização da drenagem venosa da coluna vertebral em vista superior 
Esquematização da drenagem venosa da coluna vertebral em 
vista sagital 
 
 Veia occipital 
A VEIA OCCIPITAL drena a região posterior do couro cabeludo na protuberância occipital externa e nas linhas 
nucais superiores. Mais profundamente, essa veia passa pela musculatura cervical posterior e contribui para a formação 
do plexo venoso do trígono suboccipital. 
 Veia vertebral posterior 
A VEIA VERTEBRAL POSTERIOR surge no plexo venoso 
do trígono suboccipital, decorrente de numerosas veias tribu-
tárias pequenas do plexo venoso vertebral interno que se pro-
jetam para fora do canal vertebral acima do arco posterior do 
Atlas (C1). Essas veias tributárias se unem com outras veias 
provenientes da musculatura profunda da região posterossu-
perior do pescoço e adentram o forame transverso do Atlas. A 
partir daqui, a veia vertebral continua descendo, juntamente à 
artéria vertebral, o forame transverso das

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