Buscar

Resumo- Fluidez da membrana

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FLUIDEZ DA MEMBRANA 
Lipídeos na Membrana Plasmática
A membrana plasmática é formada por uma bicamada lipídica. Ela é caracterizada como um mosaico fluído, porque possui proteínas imersas (daí ser um mosaico) que não ficam estáticas na bicamada (daí ser fluido).
Qual a importância da membrana plasmática ser fluida?
Simples, se ela não for fluida, ela não conseguirá exercer suas funções. Afinal, ela não é simplesmente uma barreira seletiva!! As proteínas presentes nela são, além de facilitadoras dos transportes de moléculas, também receptoras de sinais. A recepção de sinais, feita por essas proteínas, é imprescindível para a vida celular, e para que isso aconteça com êxito essas proteínas devem conseguir se movimentar dentro da bicamada lipídica. Além das proteínas, os lipídeos obviamente também se movimentam.
Além disso, as membranas plasmáticas podem se fundir. Membranas diferentes, ao se fundirem, misturam proteínas e lipídeos diferentes. Por causa da fluidez, é possível que haja uma distribuição igual entre esses novos lipídeos e proteínas, ou seja, eles não ficam concentrados em uma parte da membrana.
Outra importância é que na divisão celular haverá uma divisão igual entre os lipídeos e proteínas pelo fato da membrana ser fluida.
Como os lipídeos se movimentam dentro da bicamada?
As moléculas de lipídeos podem se movimentar “horizontalmente” dentro de uma mesma camada, esse movimento é chamado de difusão lateral. Pode ser que a molécula dê uma volta de 360 graus dentro da mesma camada, esse movimento é de rotação. Outra maneira é quando ela se movimenta apenas em 180 graus, chamado de flexão. Por último, é possível que uma molécula de lipídeo de uma camada vá para outra camada, esse movimento é chamado de flip – flop.
É interessante mencionar que em bicamadas lipídicas sintéticas, como os lipossomos, o movimento de flip – flop é muito raro de acontecer! Mas, em células normais, ele acontece quando é necessário.
Quando uma membrana é mais ou menos fluida?
Três fatores são determinantes para a fluidez das membranas:
temperatura;
saturação dos lipídeos da bicamada;
colesterol;
comprimento das cadeias dos lipídeos;
Bom, como a temperatura no organismo é praticamente constante, digamos que em estado normal a fluidez das membranas não é alterada. Mas, é claro que se a temperatura aumenta muito, a agitação das moléculas também aumenta! Consequentemente, a fluidez também. E vice – versa.
Em relação as saturações dos lipídeos, como já foi explicado, se o lipídeo for saturado a interação entre as moléculas é maior. Então, a fluidez é menor, porque a interação entre os lipídeos é tão intensa que a movimentação das moléculas dentro da bicamada é diminuída. Obviamente, que o oposto é válido. Lipídeos com insaturações interagem com menor intensidade, porque há menos contato entre as cadeias dessas moléculas, então a fluidez é maior.
O comprimento da cadeia dos lipídeos também afeta a fluidez. Isso porque, quanto maior a cadeia hidrocarbonada, maior também será o contato entre esses lipídeos. Então, quanto maior a cadeia, menor a fluidez. Menor a cadeia, maior a fluidez.
Por fim, o colesterol é uma molécula determinante na fluidez da membrana plasmática. Na membrana, o colesterol é capaz de diminuir a fluidez, sua ausência, por outro lado, aumenta.
Como o colesterol é capaz disso?
Por ser uma molécula de caráter lipídico, o colesterol tem a capacidade de “se enfiar” entre os lipídeos e interagir com eles. Ao fazer isso, os lipídeos ao entorno do colesterol ficam atracados a ele, impedidos de se movimentar naturalmente. Com isso, além de diminuir a fluidez, o colesterol também aumenta a rigidez da membrana.
Que tipo de lipídeo fica na bicamada lipídica?
O principal lipídeo encontrado na bicamada lipídica são os do grupo dos glicerofosfolipídeos. Podem ser encontrados esfingolipídeos e, como já dito, colesterol. Mas, isso varia entre o tipo de célula em que está sendo analisada, a composição varia e não há um padrão para isso.
Como a membrana plasmática é uma bicamada lipídica?
A configuração de bicamada só é possível porque é energeticamente favorável. Essa bicada possui uma propriedade importante: auto – selamento. Isso quer dizer que, se a membrana plasmática sofrer uma ruptura e uma ponta livre for exposta à água, como isso não é energeticamente favorável, automaticamente, todas as moléculas da bicamada vão se ajeitar para eliminar essa ponta livre.
As duas camadas são simétricas?
Não. A bicamada lipídica é assimétrica, já que os glicofosfolipídeos localizam – se somente do lado externo da membrana plasmática, não há nenhum voltado para o citoplasma. Isso porque, a função dos glicídeos do lado externo da membrana é formar uma camada de carboidratos para proteger a célula e também para participar do processo de sinalização celular.

Continue navegando