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ANESTÉSICOS LOCAIS Anestésico local é usado para anestesia local, bloqueio de nervo; o oftalmologista usa o colírio periorbital, o ginecologista usa para fazer fisiotomia, retira cisto. Raqui é anestésico. Definição: .substâncias químicas bloqueiam condução nos nervos; substâncias (fármacos) que bloqueiam a condução dos nervos. Como ? Através do anestésico local que bloqueia( inibe) a condução do potencial de ação nos nervos .interferem propagação potencial de ação nos axônios ( canais de sódio); Inibe, bloqueia a parte sensitiva e motora. .inibe a despolarização do nervo; Na curva de potencial de ação, onde tudo começa com abertura dos canais de sódio, propaga a PA( potencial de Ação), se inibido não ocorre a propagação do PA, não há despolarização e consequentemente o paciente não sente dor , nem se mexe.porque o anestésico local trabalha no nervo. Na medula ( substancia branca e cinzenta), saí a Raiz posterior( sensitiva) e raiz anterior ( motora) que se unem e formam o nervo. Quando se realiza a raquianestesia, o anestésico entra em contato com o líquor e bloqueia a propagação do PA, a condução, e o paciente sente dor e não mexe. . temporário e reversível; .parte específica do corpo; O anestésico local é uma droga, fármaco que atua de forma temporária. Ex: lidocaína( xilocaína) injetada, dura um tempo e é metabolizada vai embora e acaba o efeito. Outra coisa boa é que podem ser utilizados em partes específicas do corpo. Ex: corta o dedo, prega ulnar, realiza um bloqueio a nível axilar, raqui, peri, infiltração das partes especificas do corpo. Como bloqueiou a propagação, inibe a despolarização no nervo e você tem . diminuição e perda: sensibilidade, motricidade e autonômica ( gânglios do SNA). Na coluna você tem parte cervical, torácica, lombar e sacral. A nível de toracolombar tem predomínio do sistema nervoso simpático. E a nível do craniossacral há predomínio do sistema nervoso parassimpático. Ex: na medula há parte sensitiva e motora e o gânglio, quando o anestesista faz raqui, injeta anestésico local, como numa cirurgia de tornozelo, o paciente não sente e ne mexe a perna – bloqueio sensitivo e motor, só que quando faz a raqui o paciente tem repercussão hemodinâmica importante: hipotensão, porque esse gânglio no sistema nervoso faz vasoconstricção. O anestésico bloqueou aqui e vasodilata, diminui o retorno venoso, diminui o debito cardíaco e fica hipotenso. Geralmente a raqui causa hipotensão por causa disso. Para controlar a região do bloqueio depende da quantidade , do peso, velocidade da injeção, posição do paciente que na próxima aula o Dr. Alberto vai explicar. Dermátomo corresponde a parte sensitiva. T2- fúrcula esternal T4- mamilo T6- apêndice xifoide T8- rebordo costal T10- cicatriz umbilical T12- sínfise púbica Braços- plexo braquial Pernas- lombossacral A pena inervada pela raiz lombossacral, faz a raqui, a anestesia esta no umbigo significa que bloqueou T10. T10 estando bloqueado significa que T10, T11, T12, S1, S2 ... está bloqueado e você pode operar o tornozelo. Se uma mulher for colocar uma prótese de mama, faz raqui e a anestesia tem que ir até T2, para pegar a mama toda, não só o mamilo. T2- paciente vai passar por uma cirurgia de bexiga, a anestesia tem que atingir T8. O bumbum são as raízes sacrais. Tudo dermatomo é a referencia. Se anestesiar entre cicatriz umbilical e rebordo costal significa que a anestesia está em T9 e assim vai. Estrutura: todo anestésico local tem três parte na sua formula. .grupo aromático( lipofílico) – lidocaína e procaína .cadeia intermediaria( ligação ester ou amida) .amina terciária( hidrofílica) Os anestésicos locais são derivados da cocaína. -Ester: cocaína, tetracaína, procaína e cloropracaína. -Amida: lidocaína, bupicavaina, rodovacaína, etidocaína e mepivacaína. O que diferencia é a ligação, e uns tem mais outros menos carbonos na cadeia intermediaria. Para gravar quem é aMIda: Lido, buPI, roPI, eDI, mePI. E ester , todos termina com caína: co, tetra, pro e cloropra. Metabolismo: são de duas formas. Ester: o grupo mais antigo, metabolizado no plasma pelas colinesterases plasmáticas. Amida: metabolizado no fígado, pelas enzimas microssomais hepáticas. O grupo ester metaboliza e forma a PABA(ácido para-aminobenzóico) que possui um potencial alergênico, ele por si só. Antigamente em mil novecentos e bolinha, o paciente tinha reação à anestésico local, hoje é raríssimo porque utiliza mais grupo amina e não forma o PABA. Anestésico local .base fraca ( pouco solúvel e instável); .pKa AL=pH fisiológico; .in vivo: AL forma ionizada e neutra. .formulados pH ácidos( aumenta a solubilidade e estabilidade) - sais ácidos- cloridratos Todo anestésico local é uma base fraca, para ser base ou acido usa de parâmetro o valor 7,4, sendo acima uma base, e abaixo um acido. Todo anestésico local é uma base fraca e por isso é pouco solúvel e instável. Todos os anestésicos locais são formulados em meio acido para ter mais estabilidade e solubilidade da droga. Ex: cloridrato de lidocaína, base fraca formulada no meio acido para ter mais solubilidade, estabilidade e melhorar a eficácia e qualidade da droga. Por isso ele é aplicado endovenoso, e também porque são tóxicos ( cardio e neurotoxicos). O pKa do anestésico local, parte ionizável e não ionizável fica próximo do pH fisiológico( 7,4-8,6). pKa- pH na qual formas ionizadas e não ionizadas existe em concentrações iguais; 7,4 referencia entre base e acido. AL= bases fracas Forma ionizada < 7,4< forma não ionizada Inflamação= infecção- pus pH tecidual<7,4 pH pus<6,0 AL nesta área fica na forma ionizada e é incapaz de atravessas a membrana neuronal( difusibilidade). Um local infectado, inflamado é muito ácido, pH é abaixo de 7,4, porém com pus isto vai para 4,5 e o anestésico não consegue penetrar, exercer sua função. Ex: no pronto socorro , chega uma punção de abcesso , furúnculo, pé diabético, você resolve tratar ali mesmo, e começa a infiltrar o anestésico local, e faz o processo de drenagem mas o paciente tem dor, porque o meio é acido, e o anestésico não penetra e não exerce sua função. Pé diabético faz raquianestesia. Paciente com abcesso no cotovelo, bloqueia o plexo braquial com anestésico local, não resolve o problema. Propriedade físico- química: tem três funções. .potencia: lipossolubilidade -penetração nas membranas fisiológicas. Quanto mais lipossolúvel, maior a penetração, e mais potente é. .duração: ligação proteica -aumento da ligação = aumento da duração. Quanto mais ligado a proteína, maior o tempo de ação. .inicio de ação: grau de ionização -quanto mais próximo o pKa do AL, for do pH tecidual, mais rápido inicio de ação. É a velocidade, ele vai ser mais rápido, quanto mais pKa do anestésico local for do pH tecidual. Lidocaína é amida e o pKa está relacionado ao inicio de ação. Entre lidocaína e bupivacaina a lidocaína é mais rápida, porque a pKa é mais próximo do pH tecidual. Lipossolubilidade esta relacionada a potencia, e entre a bupi e lido a bupi é mais lipossolúvel . ligação proteica esta relacionada a duração, quanto mais ligada, maior a duração entre bupi e lido a bupi dura mais. Dose tóxica da lidocaína( xilocaína)é 5-7 mg/kg( dose de segurança) EX: joão pesa 60 kg, sofreu ferimentos corto-contuso, cortou braço, antebraço, perna, coxa ( só partes moles- pele, subcutâneo) no PS tem que fazer a sutura. O anestésico local utilizado será a lidocaína, por ex, você pode usar de 300 a 420. Mas na prova de residência você tem opção: 110, 220, 300, 320, 360, 420, 440. Nesse caso usasse 420, a dose tóxica, o valor máximo que pode ser usado. 420 é a dose de segurança, o valor que pode ser usado, abaixo desse valor também pode ser usado qualquer valor, a dose que vai ser usada depende do objetivo. Ex 2: retirar uma pinta na face, 60 kg, usasse valor abaixo, ex 10 mg, já tem efeito suficiente para a cirurgia. A quantidade se for do mesmo anestésico independe do local(tamanho da ferida) tem a mesma duração. Pensando na sutura da face e os ferimentos do joão. Vai ser usado xilocaína no joão, quantos ml pode injetar nele? A dose já se sabe, mas quanto corresponde em ml? Se a lidocaína corresponde a 2%( concentração massa/volume) só precisa multiplicar por 10= 20 mg / ml, significa que a lidocaína tem 20 mg por ml. Buvacaína à 0,5% = 5mg/ml. Ropivacaina à 1%= 10 mg/ml. para saber quantos ml pode injetar so realizar uma regra de 3. Onde 20 ml de xilocaína estão para 1 ml do concentrado. Se pode ser injetado 420 ml, que corresponde a X. multiplica x= 21 ml pode ser injetado. Ou simplesmente usar a formula CixVi= CfxVf. Se a anestésico usado no joão for buvacaina, a dose de segurança esta entre 2-3 mg/kg, portanto 3x60= 180 mg que podem ser usados. Devido a sua concentração de 5mg -----1 ml. 180 mg corresponde à x. x= 36. Se for insuficiente, pode associar, porém tem que tomar cuidado com efeito somatório, usando o valor de segurança mínimo. Ou seja, sai de 7 para 5 mg/kg. E nos demais anestésicos locais faz o mesmo. Se você precisar de 42 ml para poder suturar o seu joao e ele não sentir dor, como o máximo que pode aplicar é 21, faz uma diluição dos 21 ml com soro fisiológico ou água destilada. Se tem 21 ml de anestesia usa 21 de agua destilada(CixVi= CfxVf). Se colocar outra diluição, ex: 42 ml, substituindo CixVi= CfxVf 2x21=63xCf. Cf= 0,75%. Sequencia anestésica .1º- bloqueio simpático .2º-vasodilataçao periférica e aumento da temperatura cutânea( está quente ou frio) .3º-perda sensibilidade térmica e dolorosa( sente dor? Pode não sentir dor, mas sente mexer: portanto pode operar)) .4º-perda propriocepção .5º-paralisia motora Para suturar o João, se precisa de mais volume, dilui. O anestésico se usar muito ou pouco tem a mesma função, mesma duração. Se diluir o anestésico, reduz a concentração e perde a qualidade da parte motora e proprioceptivo, mas mantem sensitivo/ doloroso. Portanto perde a sequencia parte motora, proprioceptivo. Ex: paciente gravida, em trabalho de parto normal, existe um analgesia para trabalho de parto normal, usa local, bloqueio de sensitivo e motor, em que se trabalha com a concentração do anestésico. Diluindo a anestesia, bloqueando só parte da dor, mas permite que ela possa andar, movimentar normal. Uma vez que não perde as características com grande diluição, perde parte motora e proprioceptiva, mas não perde sensibilidade da dor. Ex: cirurgia plástica de lipoaspiração no consultório, se realizar a lipo no seco, na bruta, a paciente terá dor, taquicardia. Se realizar a lipo com local, pense na suposição, jovem de 60 kg, pode usar 7mg/kg, máximo de 21 ml . como faz lipo de tronco com 21 ml? Eles diluem 250 ml, 500ml e põe xilo, ou seja dilui muito. A diluição muito grande pode ser desconfortável e a paciente sente dor. Geralmente o médico faz domonide para não lembrar, fentamil, propofol, porque só o valor aplicado de anestésico local não foi capaz de dar conforto à paciente e a mesma pode morrer de parada cardiorrespiratória. EX: paciente atacado por um cachorro, no rosto, braço, perna, glúteo, com extensas feridas, neste caso , se realiza uma anestesia geral, devida a necessidade de grande volume da local para dar comodidade ao paciente. Ex: colocr prótese de silicone( mamoplastia)- pode fazer raqui T2, geral, local com sedação, peridural( metamérica- faz só em uma faixa). Obs: Não bloqueia o diafragma quando se bloqueia T2, porque sua região é intercostal, porém seus nervos tem raízes cervicais. Presença devasoconstritor .Adrenalina Vasoconstrição tecidual local Redução receptação do AL dentro vasos Aumento da duração da ação Diminuição da toxicidade A dose toxica da xilocaína sem vasoconstritor é de 5-7 mg/kg. Com a adição do vasoconstritor é de 7-10 mg/kg. A bupi sem vasoconstritor tem valor de 2-3 mg/kg, com vasoconstritor é de 3-4 mg/kg. A quiralidade ( espelho) – levogiro e dextrogiro. A lidocaína não tem quiralidade. Na bupivacaina a parte dextrogiro corresponde a toxicidade dos anestésicos locais que é neuro e cardiotóxico. E hoje tem a nova bupivacaina que tem 75% levogiro e 25 % dextrogiro, não fizeram 100% levogiro porque ela também é responsável pela qualidade do bloqueio mas reduziu a toxicidade, mantendo a qualidade do bloqueio. A lidocaina tem outra propriedade também é antiarrítmica( classe III, única que pode ser utilizada endovenosa), pode ser usada uma dose 1 a 2 mg/kg endovenosa para tratar extra sístole, fibrilação com reversão sem vasoconstritor. Porque ela interfere nos Canais de sódio, propagação do PA. Ela tenta alinha a contração do miocárdio. A lipossolubilidade esta relacionada a potencia, a bupi é mais potente que a lidocaína, por ser potente é mais toxica e a dose pode ser menor. E a lidocaína menos potente, pode usar maior quantidade da dose e ter mais segurança para usar endovenosa. Obs; tomar cuidado com anestésico local mais vasoconstritor nas extremidades( periferias) devido vasoconstrição, que pode necrosar. Excreção: principalmente renal. Tomar cuidado se o paciente dor cirrótico, tem hipoalbuminemia com hipoproteinemia. A albumina carreia o anestésico local . não se calcula em paciente renal crônico, tme que fazer fistula, bloqueio. Ou um paciente diabético, debridar, para realizar o bloqueio. O renal pode morre e tem que reduzir a quantidade de anestésico ou fazer geral. Neste caso não dilui porque mesmo em pequena quantidade, já pode subir pela medula e entrar em contato com todas as partes. Insuficiente renal muito grave, se usar lidocaína pode morrer, o que se pode usar é os 420 ml com hemodiálise programada. Paciente paraplégico a raquianestesia tem contraindicações absoluta e relativa. Absorção: venosa> traqueal>intercostal>caudal> epidural> plexo braquial> ciático> subcutâneo. O local de maior absorção é venosa e menor é subcutâneo. Tomar cuidado com a xilo, quando realizar infiltração, realizar um xilo intercostal é diferente de fazer xilo subcutâneo, a intercostal é muito mais absorvida e pode causar taquicardia. Toxicidade:; Devido nível plasmático elevado: superdosagem e administração intravascular 1.sistema nervoso central 2.sistema cardiovascular 3.reações alérgicas devido ao PABA. A bupi pode ser usada no bloqueio intercostal, local muito irrigado, se não aspira e injeta intravascular tem taquicardia. A toxicidade é alta concentração, intravascular ou injeção inadvertida. SNC Formigamento língua e lábios, gosto metálico Entorpecimento, confusão Contraturas musculares, alucinações auditivas e visuais Convulsões tônico-clônica, inconsciência Parada respiratória e coma O paciente começa a sentir formigamento do lábio, tontura, zumbido no ouvido, contração facial. Ele tem contratura muscular, distúrbio ocular auditivo, depois começa a ter convulsão ate parar e morrer. Tratamento: redução da excitação neuronal, usando benzodiazepínico ( midazolan ou diazepan) Oferecer oxigênio( depende do lacal da parada, se for leve, usa máscara de oxigênio e BZD, se tiver uma parada usa BZD e ventilação mais entubação). SCV: Inicialmente hipotensão e taquicardia para entrar em colapso( falência). Diminuição da contratibilidade e diminui o DC Diminui FC, Diminui PA, parada circulatória Reação alérgica: Hipersensibilidade( eritema, urticária) normal de qualquer remédio Broncoconstricção Tratamento: oxigênio, diazepan, manutenção via aérea e ventilação. Arritmias: cardioversão e amiodarona. – manobras da ACLS Atualmente existe um competidor , não é antítodo, é uma emulsão lipídica, uma vez que a potencia do anestésico local depende da lipossolubilidade, quando coloca a emulsão na corrente sanguínea, tampona( ocupando as membranas)e o anestésico local não penetra.
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