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Aula 2 - Assepsia, antissepsia, instrumentação cirurgica - João Bosco

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Aula 2 – Assepsia, antissepsia e instrumentação cirúrgica – João Bosco.
ASSEPSIA E ANTISSEPSIA
1-INTRODUÇÃO:
OS PROCEDIMENTOS MÉDICOS, INTRA E EXTRA-HOSPITALARES, E PRINCIPALMENTE AS INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS, EXIGEM PRECAUÇÕES QUANTO AO RISCO DE TRANSMISSÃO DE INFECÇÕES, POIS ESTAS CAUSAM UM GRAVE PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA QUE GERA ALTO CUSTO SOCIAL E ECONÔMICO. 
Toda intervenção cirúrgica exige precauções, ou seja, qualquer procedimento médico, intra e extra-hospitalar, principalmente os procedimentos invasivos (cirurgias, procedimentos cirúrgicos – acessos venosos, medida de pressão intracraniana, drenagem torácica...) exigem precauções, porque toda vez que se faz um procedimento intra-hospitalar invasivo, cria-se o risco de desenvolver uma infecção decorrente desse procedimento. 
Toda vez que faz um procedimento invasivo, qualquer que seja ele: uma pulsão ou uma incisão na pele, quebra - se uma barreira de defesa, o que propicia a ocorrência de infecções. Por causa disso foi desenvolvido ao longo dos anos, uma série de medidas para evitar ou diminuir esses riscos de infecções quando se vai realizar qualquer procedimento invasivo no paciente. 
É importante isso ser feito porque quando se faz um procedimento e ocorre uma infecção, está aumentando o custo desse procedimento, e hoje os governos gastam muito com infecções cirúrgicas pós-procedimentos; o custo é alto, envolve tratamento de infecções com antibióticos muito caros..., por isso tenta sempre evitar. 
2- CONCEITOS:
LIMPEZA: È A REMOÇÃO DA SUJEIRA E DOS DETRITOS. È UM PROCEDIMENTO BÁSICO QUE QUASE SEMPRE ANTECEDE TODOS OS MÉTODOS ANTIINFECCIOSOS.
É feito uma limpeza grosseira de todo material; todo instrumental que é usado durante o procedimento precisa ser feito uma limpeza, geralmente realizada com água e sabão. 
Não adianta colocar os materiais em uma autoclave para desinfectar, porque ta sujo (a desinsfecção é microscópica). 
DESCONTAMINAÇÃO: È UM PROCESSO QUE, EM ALGUNS CASOS, ANTECEDE A LIMPEZA DE OBJETOS E MATERIAIS CONTAMINADOS POR SANGUE, PUS E SECREÇÕES
Às vezes antes de realizar a limpeza em si do material (pegar agua, sábado e bucha para esfregar) o material está sujo, com pus ou algum tipo de secreção ou sangue, dai tira o excesso desse material com álcool para depois lavar e limpa-lo bem. Assim, uma vez que se encontra limpo, pode agora ser submetido ao processo de esterilização (processo que realmente vai matar os microrganismos).
ASSEPSIA OU DESINFECÇÃO: É UM PROCESSO DE DESTRUIÇÃO DE MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS NA FORMA VEGETATIVA, PRESENTES EM SUPERFÍCIES INERTES, MEDIANTE APLICAÇÃO DE AGENTES QUÍMICOS E FÍSICOS.
Assepsia e antissepsia tem mais ou menos a mesma função (matar bactéria, fungos, vírus – germes em geral), mas a assepsia é quando se refere a material inerte diferente da antissepsia.
Assepsia se refere a tudo que é inerte (assepsia da sala, do aparelho de endoscopia, da mesa onde monta o instrumental, do material cirúrgico utilizado... tudo isso vai ser submetido a assepsia).
No entanto, quando vai lavar as mãos antes da cirurgia, faz-se é a antissepsia das mãos; faz-se é a antissepsia do campo operatório (pintar o campo onde o paciente vai ser operado e passar iodo).
Todo instrumental individual usado tem que ser limpo e desinfectado. Somos nós que levamos a bactéria de um lado para outro, nos que contaminamos cirurgias e feridas operatórias.
Quando vai se fazer a assepsia do campo cirurgico, a limpeza é sempre do centro onde vai operar para fora, sempre em um unico sentido.
ESTERILIZAÇÃO : É CLASSICAMENTE CONCEITUADA COMO UM PROCESSO DE DESTRUIÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE VIDA MICROBIANA, OU SEJA, BACTÉRIAS NAS FORMAS VEGETATIVA E ESPORULADA, FUNGOS E VÍRUS, MEDIANTE A APLICAÇÀO DE AGENTES FÍSICOS E QUÍMICOS. È REALIZADA POR MÉTODOS FÍSICOS COMO CALOR, RADIAÇÃO IONIZANTE E FILTRAÇÃO, POR PRODUTOS QUÍMICOS NAS FORMAS LÍQUIDA E GASOSA.
Assepsia tira bacterias na forma vegetativa, na forma esporulada, não mata (não é um metodo totalmente limpo).
Os métodos fisicos que podem ser realizados é o calor (autoclave), filtração , radiaçaõ ionizante, produtos quimicos (podem ser as substância como formaldeido, fenol, butanoaldeido)
O instrumental cirúrgico (material que vai ser usado na cirurgia) tem que ser esterializado, tem que ser esteril, bem processado; vai para autoclave por um ciclo de cerca de 2 horas sob alta temperatura para matar todos os microrganismos e só assim poder ser usados nos pacientes.
ANTISSEPSIA É UM MÉTODO DE RESULTADO TRANSITÓRIO, PERMITINDO QUE EM TECIDOS VIVOS, PRINCIPALMENTE NA PELE, NO LIMITE DE SUA TOLERÂNCIA, OS MICRORGANISMOS PRESENTES NO MOMENTO DA CIRURGIA SEJAM ELIMINADOS OU MORTOS E OS VÍRUS SEJAM INATIVADOS. O OBJETIVO É REDUZIR DRASTICAMENTE O NÚMERO DE MICRORGANISMOS PRESENTES NA SUPERFÍCIE DO CORPO.
A antissepsia dura um certo tempo, nada fica antiseptico por muito tempo. 
Nunca é feito uma antissepsia 100%, nunca evita 100% dos microorganismos. 
Esse metodo é realizado em tecidos vivos. Sempre é feito a antissepsia das mãos antes de entrar na cirurgia e a antisepsia do campo operatório para o paciente ser operado.
3- ASSEPSIA OU DESINFECÇÃO
TERMO ASSEPSIA SIGNIFICA AUSÊNCIA TOTAL DE TODO AGENTE INFECCIOSO. PORTANTO, A ASSEPSIA OU DESINFECÇÃO TEM COMO OBJETIVO A LIMPEZA E ELIMINAÇÃO DE TODOS OS AGENTES INFECIOSOS PRESENTES NOS EQUIPAMENTOS E OBJETOS INANIMADOS.
Assepsia geralmente é feita colocando em uma autoclave o material, assim vai matar grande parte dos microrganismo. Pode falar que ta completamente esteril, mas nao tudo.
Surto de microbacteriose atípica = acontecia principalmente em cirurgias plasticas pela contaminação das canulas de lipo e cirurgias laboroscopicas, causava infecção com necrose do tecido… Essa contaminação acontecia porque o instrumental usado não era limpo, o material descartável era usado mais de uma vez.
3.1) GENERALIDADES
-AGENTES FÍSICOS: ÁGUA FERVENTE
Usa-se água fervente para esterializar o material, no entanto, era muito mais usada antigamente quando o acesso médico era difiicil. 
Foi usada por muito tempo como um método de assepsia e desisnfecção.
-AGENTES QUÍMICOS: ALDEÍDOS, COMPOSTOS FENÓLICOS, COMPOSTOS QUATERNÁRIOS DE AMÔNIA, ALCOÓIS, GLICÓIS,ETC.
Hoje esses agentes quimicos são mais usados. 
Composto quarternarios de amonia para fazer a desinfecção esta presente em abundancia nos desinfetantes. 
Altas concentrações dessas subtancias são usadas para esterializaçaõ de material cirurgico.
3.2) CLASSIFICAÇÃO : BASEADO NO NÍVEL DA AÇÃO GERMICIDA DO DESINFETANTE, SÃO DEFINIDAS TRÊS CATEGORIAS DE DESINFECÇÕES OU ASSEPSIAS: NÍVEIS ALTO, MÉDIO E BAIXO
Existem vários niveis de ação germicida de desinfetante para fazer assepsia de desinfecção. São eles:
3.2.1) DESINFECÇÃO DE NÍVEL ALTO: DEVE INCLUIR A ELIMINAÇÃO DE ALGUNS ESPOROS, O BACILO DA TUBERCULOSE, TODAS AS BACTÉRIAS VEGETATIVAS, FUNGOS E TODOS OS VÍRUS. É INDICADA PARA LARINGOSCÓPIOS, FIBROBONCOSCÓPICOS, APARELHOS DE ANESTESIA E ENDOSCÓPIOS FLEXÍVEIS. AS SUBSTÂNCIAS MAIS UTILIZADAS SÃO O GLUTARALDEÍDO E ÁCIDO PERACÉTICO.
Também não eliminam todos os esporos, apenas alguns. Indicadas para instrumentais cirurgicos; todos eles tem que ser submetidos a desinfecção de alto nivel.
Laringoscópios = usado para entubar;
Fibroboncoscópicos = endoscopia de via respiratória;
Endoscopio = faz endoscopia digestive;
É bom lembrar que cada substância tem um tempo preconizado na embalagem pelo fabricante para fazer a desinfecção completa. Para serem submetido a desinfecção de alto nivel, a grande maioria dos aparelhos precisam ficar cerca de 30 min imersos nessas soluções. 
3.2.2) DESINFECÇÃO DE NÍVEL MÉDIO: ELIMINAÇÃO DE TODAS AS BACTÉRIAS VEGETATIVAS, SEM AÇÃO COM ESPOROS, AÇÃO PARCIAL COM VÍRUS. SÃO UTILIZADOS O CLORO, IODÓFOROS, COMPOSTOS FENÓLICOS E ALCOÓIS. UTILIZADOS EM MATERIAIS QUE ENTRARÃO EM CONTATO APENAS COM A PELE ÍNTEGRA OU PARA DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES.
Essa desinfecção pode ser realizada com várias substancias como foi citado
É a limpezada própria pele com degermanicos; elimina bacterias vegetativas, não elimina esporos e elimina um pouco de virus.
3.2.3) DESINFECÇÃO DE NÍVEL BAIXO: ELIMINA A MAIORIA DAS BACTÉRIAS EM FORMA VEGETATIVA. SÃO UTILIZADOS OS COMPOSTOS QUATERNÁRIOS DE AMÔNIA.
Elimina a maioria das bacterias na forma vegetativa e para isso são usados os compostos quaternarios de amônia (detergentes usados para uma desinfecção mais simples, limpeza de baixo nivel).
3.3) ESCOLHA DO DESINFETANTE
3.4) CUIDADOS TÉCNICOS
Alguns cuidados que precisam ser tomados para fazer a escolha do desinfetante:
-CONTATO ENTE O AGENTE QUÍMICO E O MICRORGANISMO
Substância tem que entrar em contato com o microrganismo e matar a maior parte possivel deles, então a substancia ideal é aquela que tem efeito contra o maior numero de bacteria. 
Todo o aparelho tem que ser colocado submerso na substancia, todo ele tem que entrar em contato com a substancia.
-TEMPO OU PERÍODO DE EXPOSIÇÃO
Seguir a orientação do fabricante para o tempo necessario de desinfecção; tempo de ação variavel
Exemplo: Glutaraldeído é cerca de 30 min.
-ENXAGUE, SECAGEM E ARMAZENAMENTO
3.5) AGENTES DESINFETANTES
3.5.1) ALDEÍDOS : GERMICIDA DE ALTO NÍVEL; GLUTARALDEÍDO, FORMALDEÍDO E PARAFOLMALDEÍDO
3.5.2) COMPOSTOS FENÓLICOS: DESINFECÇÃO DE NÍVEL MÉDIO. SUPERFÍCIE E EQUIPAMENTOS
Alguns liquidos
3.5.3) COMPOSTOS QUATERNÁRIOS DE AMÔNIA: DESINFECÇÃO DE NÍVEL BAIXO. SUPERFÍCIES NÃO CRÍTICAS COMO CHÃO, MOBÍLIA E PAREDES.
Maioria das vezes são os desisfetantes. 
Quase não tem muito contato com o paciente e com o medico
3.5.4) IODO : GERALMENTE É USADO EM ASSOCIAÇÃO COM OUTRO AGENTE QUÍMICO.ESTETOSCÓPIOS, TERMÔMETROS, ETC.
O iodo é muito usado em ação com outro agente, normalmente, para aumentar seu efeito e evitar infecção.
3.5.5) ÁLCOOL: ÁLCOOL ETÍLICO NA FORMULAÇÃO A 70%. DESINFECÇÀO DE NÍVEL MÉDIO DE EQUIPAMENTOS E SUPERFÍCIES.
Álcool comum é um otimo desinfetante, seu problema é que ele evapora rapidamente, tendo entao um efeito residual muito pequeno (limpa, mas logo seu efeito acaba no local em que foi usado).
4-ANTI - SEPSIA
OS ANTI-SÉPTICOS SÃO SUBSTÂNCIAS PROVIDAS DE AÇÃO LETAL OU INIBITÓRIA DA REPRODUÇÃO MICROBIANA, DE CAUSTICIDADE E ALERGENICIDADE BAIXAS, DESTINADAS A APLICAÇÕES EM PELE E MUCOSAS.
Os antisepticos são as substacias usadas pelos medicos para fazer a antisepsia das mãos e do campo cirurgico; podem ser usados em pele e mucosas.
4.1) ESCOLHA DO ANTI-SÉPTICO
MENOR RISCO DE EFEITO COLATERAL – MENOR CAPACICIDADE – MENOS ALERGENICO
MAIOR EFEITO RESIDUAL
O antiseptico correto avalia: 
aspecto técnico; 
característica: a característica que um antiseptico ideal tem que ter é =
Inibir os microrganismos – quanto mais ele inativar os micorganismos, quanto maior sua capacidade de ação é melhor).
Quanto menos toxico ele for, melhor;
Quanto menos reações alérgicas ele causar, melhor.
Quanto maior seu efeito residual melhor, ou seja, quanto maior seu aspect de ação, melhor (usa pelo seu periodo de ação – o alcool tem um baixo periodo residual, rapidamente perde sua ação)
Avaliar o custo – acessilidade – baixo e menor custo.
Quanto menor o periodo de inicio de ação do antiseptico melhor, ou seja, quanto menor o periodo de latência é melhor, porque não adianta demorar para fazer efeito uma vez que o procedimento vai ser realizado logo no momento.
O Alcool, por exemplo, tem muitas qualidades desejadas de um bom antiseptico: baixo custo, facilmente obtido, rapida ação contra bacterias, mas não é muito bom pra inativar germes (70%) e tem um pequeno efeito residual (evapora facil). Assim, em pequenas cirurgias, as vezes pode ser usado, porém nas demais seu uso não é aconselhável.
4.2) ASPECTOS TÉCNICOS
4.3)AGENTES ANTI-SÉPTICOS
Os antisepticos mais comuns que usamos para limpeza de mãos, braços, antebraços e do campo cirurgico são:
4.3.1) SOLUÇÕES ALCOÓLICAS: O ÁLCOOL POSSUI MUITAS DAS QUALIDADES DESEJÁVEIS EM UM BOM ANTI-SÉPTICO. BARATO, FACILMENTE OBTIDO, RÁPIDA AÇÃO CONTRA BACTÉRIAS, TUBERCULICIDA, FUNGICIDA E VIRUSCIDA. 70%
4.3.2) IODÓFOROS: CONSISTEM EM UMA COMBINAÇÃO ESTÁVEL DE IODO OU TRIIODETO E DE UM VEÍCULO CARREADOR DE ALTO PESO MOLECULAR - POLIVINILPIRROLIDONA ( PVPI ).PVPI DEGERMANTE, ALCOÓLICO E AQUOSO.
São compostos escurecidos, a base de iodo. São muito bons, tem um bom efeito residual;
Quando associa a polivinilpirrolidona com o iodo, aumenta a estabilidade da solução, ficando melhor para agir – PVPI;
Algumas pessoas tem alergia a iodo, o que restring um pouco o uso.
4.3.3) CLOREXIDINA: É UMA BASE FORTE POSSUIDORA DE ALTO NÍVEL DE ATIVIDADE BACTERICIDA. TEM AÇÃO IMEDIATA E EFEITO RESÍDUAL PROLONGADO
Mais recente;
Tem o maior efeito residual prolongado entre todos os antissépticos, praticamente ninguém tem alergia a ela;
É uma base, atua em ph mais alto;
Ela entra em ação/tem um período de latência menor do que os compostos a base de iodo; tem efeito residual prolongado, porém tem um custo mais alto.
OBSERVAÇÃO: Cirurgias realizadas na regiao perineal, anal, cavidade oral, não é uma boa regiao para usar compostos a base de alcool porque vai arder e queimar, então em regioes de mucosas e de ferida aberta, quando vai fazer assepsia de ferida aberta, é contra indicado o uso de substancia que contenham alcool.
Dessa forma, iodoforo, PVPI alcoolico e a clorexidina alcoolica não podem ser usados em regioes de ferida aberta, dá preferencia para o composto aquoso.
INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA:
INTRODUÇÃO
- JOSEPH LISTER (ÁCIDO CARBÓLICO)
- SEMMELWEISS / HOLMES
Lister foi um médico muito importante.
Até metade do seculo XIX (1850), já existia a cirurgia, mas ela foi melhorando a forma de ser feita. Nessa época a grande maioria das pessoas que eram operadas morriam e as que sobreviviam após a operação morriam logo depois de infecção; sobreviviam poucos. 
Assim, sabe-se que a infecção era uma das principais causas das mortes. Não havia assepsia, uso de mascaras, gorros, capote…
Lister então descobriu que o acido carbólico podia ajudar em alguma coisa. Comecou a usa-lo nas roupas usadas no centro cirurgico, no medico, no paciente e nas enfermeiras que ajudavam e percebeu uma drastica diminuição da mortalidade. Com isso, descobriu que tinha algum agente infeccioso que causava infecção e quando usava essa subtância essa infecção deixava de exister. A partir disso as coisas foram evoluindo.
Posteriormente, Semmelweiss a e Holmes, descobriram que quando se fazia a troca da roupa para operar (quando se usava roupa propria no centro cirurgico), reduzia a infecção. Começaram a usar então uma roupa privativa para aquele setor. 
Essa foi a descoberta feita e é usada até hoje.
VESTUÁRIO CIRÚRGICO
Ao entrar no centro cirurgico, faz-se o uso de:
- ROUPAS DO CENTRO CIRÚRGICO
- GORROS
- MÁSCARAS (VON MICULICZ / RADECKI-1896 )
Descobriram que com o uso da mascara evitava-se a transmissão dos microrganismos presentes na saliva. Assim, eles não vão para o campo cirurgico para não contaminar a cirurgia
- OCULOS
- BOTAS
- AVENTAIS CIRÚRGICOS
- LUVAS
Em um procedimento cirúrgico, usa-se luvas estéril e não a luva de procedimento.
CUIDADOS COM AS MÃOS
É muito importante uma lavagem correta das mãos antes de uma cirurgia. Para isso existe um sentido correto (sempre de distal para proximal) até o cotovelo e um tempo adequado, 
Primeiro lava-se as unhas, esfregando -as; lava interdigital (entre todos os dedos); dorso da mão; região palmar da mão; dorso do antebraço; região anterior do antebraço; cotovelo. Sempre da parte interna para externa ou vice versa, uma mão toda primeiro depois a outra ou uma e a outra alternado, escovando até o cotovelo.
Após a escovação, pode –se afirmar que a antisepsia foi feita.
Antes de lavar, abre a torneira e a deixa aberta. Enxagua um pouco a mão e inicia a escovação. Após a lavagem, ficar sempre com as maõs pra cima e o enxague da mão é feito sem encostar na torneira. Está pronto para entrar para sala de cirurgia. 
NãO PODE ENCOSTAR A MÃO EM NENHUM LOCAL MAIS APÓS O ENXAGUEAo entrar na sala, a circulante (tecnica de enfermagem), abre o capote (vestimenta esteril que não pode encostar se não contamina) e dentro dele tem uma compressa.
Pega a compressa e enxuga as mãos (cada lado da compressa é usado para enxugar um membro), mantem as mãos sempre para cima.
Pega agora o capote pelo lado certo, afasta para não contaminar, veste e amarra. Por fim, calça a luva, também esteril.
Quanto tempo precisa lavar as maõs para ter atingir o objetivo de antisepsia e esterialização? 
Pelo menos 5 min ou 25 vezes. 
- INFORMAÇÕES GERAIS- ESCOVAÇÃO DAS MÃOS E ANTEBRAÇOS
- ENXUGAMENTO DAS MÃOS E ANTEBRAÇOS
 
PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA
- VESTIR AVENTAL CIRÚRGICO
- CALÇAR LUVAS
Existe duas formas de calçar as luvas: pega uma depois a outra ou as duas juntas.
Pega a parte interna e coloca uma mão da forma que entrar, não tenta arrumar se não contamina, logo depois pega, pela parte que ta dobrada, a outra luva. Ajeita os dedos. 
A luva tem que ficar acima das mangas do capote.
RETIRADA DOS PARAMENTOS CIRÚRGICOS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
O que é a instrumentação cirúrgica?
-É A TÉCNICA ATRAVÉS DA QUAL UM MEMBRO DA EQUIPE CIRÚRGICA, O INSTRUMENTADOR, PASSA OS INSTRUMENTOS, PREVIAMENTE DISPOSTOS EM MESA APROPRIADA, PARA AS MÃOS DO CIRURGIÃO E SEUS AUXILIARES.
O que é a instrumentação?
“A INSTRUMENTAÇÃO É UM LIVRO ABERTO DE TÉCNICA CIRÚRGICA”
-OBJETIVOS: PERMITIR O RECONHECIMENTO DOS INSTRUMENTOS CIRÚRGICOS MAIS COMUMENTE USADOS; MOSTRAR COMO ELES DEVEM FICAR POSICIONADOS NA MESA CIRÚRGICA; APRESENTAR OS SINAIS QUE O CIRURGIÃO FAZ QUANDO SOLICITA ESSES INSTRUMENTOS À INSTRUMENTADORA E EXPLICAR COMO ELES DEVEM SER MANEJADOS
Existem cursos de instrumentação cirúrgica para saber instrumentar bem as cirurgias. É bom ter um bom instrumentador, pois diminui o tempo de cirurgia. Geralmente, aqueles que trabalham já a um tempo com o cirurgião já sabem os passos da cirurgia, o que evita ficar pedindo matéria...
RECONHECIMENTO DO INSTRUMENTAL
CLASSIFICAÇÃO
- SÃO CLASSIFICADOS DE ACORDO COM SUA FUNÇÃO NO ATO CIRÚRGICO 
 
Existem 3 principios básicos de tácnica operatória:
1-Diérise: é a incisão, o corte
2-Hemostasia: para o sangramento
3-Síntese: reconstruir, suturar
INSTRUMENTOS DE DIÉRESE
São aqueles instrumentos que provocam corte.
- BISTURI
Bisturi frio: é o bisturi mais antigo, aquele que a incisão é feito com a lamina
Existem de vários tamanhos. 
O bisturi é compost pelo cabo e pela lamina. Os cabos mais usados são o 4 e o 3. No cabo 4 geralmente usa a lamina 23 ou 24 e no cabo 3, a lamina 11 ou a 15.
- BISTURI ELÉTRICO
Bisturi com alta de energia; usado para cortar, coagular;
É muito bom e vantajoso, porém deve ter um cuidado para evitar o uso indiscriminado. Deve ser evitado seu uso proximo de estruturas nobres
Exemplo: em uma retirada da vesicular biliar, não pode usar o bisturi proximo do hilo da vesicular, proximo do coledoto, porque o calor pode provocar uma lesão tardia, causar uma perfuração do coledoto pelo calor intenso sobre o local… 
- TESOURAS
Usadas para dissecção.
Tem as tesouras curva/ metsenbaum (usava para dissecar, seccionar tecidos e divulcionar) e as tesouras retas/mayo (só são usadas para cortar material: fio, gaze, tela)
- SERRAS
Serra de Gigle: semelhante a um arame. 
Era muito usada para serrar o osso (não é muito usada, hoje usa-se mais as serras eletricas pelos ortopedistas)
- COSTÓTOMO
Usado para seccionar a costela
- RUGINAS
Usado para limpar a costela. 
Muito usado em cirurgia toracica
- OUTROS
Bisturi
tesouras
serras
costótomo
 rugina
INSTRUMENTOS DE HEMOSTASIA
- PINÇAS HEMOSTÁTICAS CURVAS
Também chamada de Kelly; tem o Kelly maior e menor; 
Exemplo de seu uso: Quando perfura uma veia, precisa seccionar a veia e isola-la com o Kelly. Coloca um de cada lado, corta no meio, amarra para ligar e fazer a hemostasia do vaso para não ficar sangrando.
Também servem para dissecção
O Kelly é curto, raso, não é usado em estruturas profundas. 
- PINÇAS HEMOSTÁTICAS RETAS	
É o reparo;
Kelly reto é para reparar fios; tem uma melhor facilidade para prender os fios
Exemplo: Quando se está fazendo uma disecção e precisa deixar uma arteria isolada, o ideal é disseca-la, passar um fio e deixa-la reparada para depois que voltar saber onde está a arteria para, assim, saber se tem que ligar ou achar outras estruturas.
- PINÇA DE MIXTER
Pinça cumprida em ângulo reto.
Usada para dissecção e hemostasia de estruturas profundas, cavidades profundas(cavidade abdominal, cavidade torácica, vasos profundos)
- PINÇAS INTESTINAIS
São usadas para fechar a alça intestinal, para poder fazer uma anastomose;
- PINÇA DE SATINSKY
- BULLDOG
As duas são Pinças vasculares e, portanto, são usadas quando vai se fazer uma anastomose vascular em arteria. 
Elas tem umas arranhaduras que não deixam vazar nada. E, como no vaso não pode vazar sangue, coloca uma dessas pinças de cada lado, deixando excluso o fluxo sanguineo, permitindo fazer anostomose.
Grampeiam vasos para fazer anastomoses; fecha a alça para não vazar secreção e não machucar
Tem melhor fechamento que os kellys.
pinças hemostáticas retas
pinças hemostáticas curvas
pinça de mixter
 pinças intestinais
pinças intestinais
INSTRUMENTOS DE SÍNTESE
São as suturas. 
Um tipo de sutura é um tipo de síntese. 
Existem vários tipos de síntese e o tipo de sintese mais usados nas cirurgias são as suturas.
- PORTA-AGULHAS
Quanto melhor o porta agulha, mais fácil de dar o ponto.
- AGULHAS
Não são muito usadas hoje em dia, a maioria dos fios já são agulhados;
Agulha de ponta triangular = agulha cortante, corta o tecido
Agulha de porta redonda = agulha cilindrica, traumatiza menos
- FIOS DE SUTURA
Existem fios de várias qualidades (absorvível, não absorvível, absorção lenta ou tardia). Cada tipo de fio é usado para determinado fim.
 porta agulhas
 agulhas
INSTRUMENTOS DE PREENSÃO
- PINÇA DE BACKAUS
É uma pinça que tem dois dentes para prender o campo cirúrgico.
- PINÇA ANATÔMICA OU ATRAUMÁTICA
- PINÇA TRAUMÁTICA OU DENTE DE RATO
Usada para dissecção.
- PINÇA DE ALLIS
Pinça para apreensão de tecidos escorregadios – aponeurose, alça intestinal.
- PINÇA DE DUVAL
Pinça triangular, serve para aprensão de visceras - pulmão
- PINÇA DE CORAÇÃO ou forester
Um pouco arredondada, também faz apreensão de alças intestinais, estomago, apendice
- PINÇA DE POZZI
Semelhante ao Backaus, é comprida e com ganchos; 
Faz a apreensão do colo uterino.
pinça de campo/ Backaus
pinça anatômica
pinça dente de rato
pinça de Allis
pinça de duval/coração
pinça de pozzi
INSTRUMENTOS AUXILIARES
- VÁRIOS TIPOS DE AFASTADORES: FARABEUF, VOLKMANN, BALFOUR, FINOCHIETTO,GOSSET, DEAVER, DOYEN,ETC
Farabeuf = afasta pricipalmente a parede abdominal (procedimento subcutâneo, aponeurose);
Balfour e o Gosset = são afastadores de cavidade abdominal;
Deaver e o Doyen = possuem o cabo para levantar a parede abdominal; responsáveis por afastar a cirurgia;
Finochietto = é um afastador de tórax que conta com auxilio de uma válvula (afasta as costelas para chegar até o tórax...)
afastadores
 afastadores
afastadores
 afastadores
DISPOSIÇÃO DO INSTRUMENTAL CIRÚRGICO:
Sempre o instrumentador fica de frente para mesa;
A mesa cirúrgica, geralmente, é dividida em quatro quadrantes. E, essa ordem é a ordem que são instrumentos são usados na cirurgia. 
UMA CIRURGIA É UM ATO CONSTANTE DE DIÉRESE, HEMOSTASIA E SÍNTESE (em toda cirurgia faz isso).
Quadrante 1 = diérese – coloca sob ele todos os instrumentos de diérese (bisturis, tesouras);
Quadrante 2 = hemostasia – coloca sob ele todos os instrumentos de hemostasia (pinças hemostáticas curvas e retas, mixter) + instrumentos de preensão (allis, duval,foester); 
Quadrante 3 = síntese – coloca sob ele todos os instrumentos de síntese (agulhas, porta agulhas, fios);
Quadrante 4 = auxiliares – coloca sob ele todos os instrumentos auxiliares (afastadores,compressas, gazes)
 
POSICIONAMENTO DO INSTRUMENTADOR:
 
A posição do instrumentador depende da posição da equipe; normalmente o local ideal para o instrumentador ficar é de frente ao cirurgião.
Na maioria das vezes, o cirurgião fica do lado direito do paciente (algumas cirurgias ficam do lado esquerdo), o primeiro auxiliar de frente ao cirurgião, o segundo auxiliar ao lado do cirurgião e o instrumentador de frente ao segundo auxiliar.
Toda sala precisa ter um circulante e um anestesista.
Todo ambiente cirúrgico precisa ser o mais estéril possível.

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