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Apresentação do Trabalho Genética

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HEMOGLOBINA E HEMGLOBINOPATIAS
(ANEMIA FALCIFORMES E HEMOLÍTICAS)
Apresentação de Genética 2019 
MED23, Sala 20, Grupo 2B,| Professora: Dra . Sandra Vasconcelos| Curso de Medicina 
COMPOSIÇÃO DO GRUPO 2B 
Bugrocia Marcelino
Denise G. Adriano Manuel
Edson M. E. dos Santos
Elizabeth Helena Miguel
Florinda Zola
Helga Marilha da Silva
Iracelma da Costa Ferreira
Kelly M. Ferreira Azevedo 
Leyvis Mondavam Viongo
Madalena Cristóvão
Paula Quiala
Paulo Afonso Sebastião
Sazerda Pedro Domingos
Silzia Ventura da Silva
Teresa Pedro Filipe
Tomasia Maria Dange
Vanda Casemiro Alberto
Vanusa Kalandula
OBJETIVOS
- Objetivo geral
Estudar sobre hemoglobina e suas patologias (Hemoglobinopatia)
- Objetivo específicos 
Definir hemoglobina, sua composição, estrutura e sua função;
Entender a origem, diagnósticos, sinais e sintomas, tratamento das 
hemoglobinopatias, como Anemia Hemolítica, Hemoglobina S, Anemia 
Falciformes; Talassemia e outras 
AGRADECIMENTOS
• Ao nosso bom Pai Senhor nosso Deus por dá-nos o conhecimento, está vida 
neste corpo em que estudamos todos dias para que nos formemos e 
cuidarmos de outros;
• A nossa querida Professora Dra. Sandra Vasconcelos pela orientação deste 
tema de pesquisa, nos ajudara em nossa caminhada como futuros 
profissionais de saúde.
• A todos os praticantes desta pesquisa, nada vem sem esforço e dedicação 
(estudaremos e pesquisaremos sempre para o bem do nosso próximo)
• A todos que direita ou indiretamente transmitiram-nos suas energias para 
esta pesquisa
• “Muito Obrigado a todos”
INTRODUÇÃO
A partir de sequências de aminoácidos, são formadas as proteínas em um
processo denominado síntese proteica, estas proteínas de tão importância
para manutenção do organismo vivo, servindo de nutrientes, transportes,
catalizadores, enzimáticas, inibidoras, e mais funções, sendo que ao longo
deste trabalho é abordado sobre uma proteína muito importante ao
organismo (Hemoglobina- uma proteína presente nos eritrócitos (hemácias),
constituindo aproximadamente 35% de seu peso. É um pigmento presente
no sangue responsável por transportar o oxigênio, levando-o dos pulmões
aos tecidos de todo o corpo). Em caso de mal funcionamento por meio
interno (mutações nos genes) ou externos (coagulo) leva às doenças
(Hemoglobinopatias).
- HB encontrada em alguns invertebrados e nas raízes de certas 
leguminosas.
- Seu estudo contribuiu muito para a compreensão da ação gênica no 
nível molecular, e a maioria dos conceitos assim obtidos pode ser 
aplicada para outras proteínas.
O conhecimento genético sobre a hemoglobina humana iniciou-se com o estudo de uma
doença hereditária, a anemia falciforme.
Herrick, em 1910, observou uma anormalidade peculiar nas hemácias – a forma de
foice – de um estudante afrodescendente que tinha anemia. Logo se constatou que
essa condição era comum entre os afrodescendentes norte-americanos. Além da anemia
hemolítica, esses indivíduos tinham episódios recorrentes de dores abdominais e
musculoesqueléticas.
1922, Mason empregou, pela primeira vez, a designação de anemia falciforme para
tal quadro clínico, e, em 1923, Taliaferro e Huck reconheceram a hereditariedade
dessa condição. 1949, Neel e Beet, independentemente, mostraram que os pacientes
com anemia falciforme eram homozigotos para um gene que, em heterozigoto, causava
uma condição muito mais benigna: o traço falciforme. No mesmo ano, Pauling e
colaboradores, usando a técnica de eletroforese, observaram uma diferença entre a
mobilidade eletroforética da hemoglobina dos eritrócitos dos indivíduos normais e dos
que tinham anemia falciforme.
1956, Ingram demonstrou que essa migração diferencial era devida à substituição de
um só aminoácido na molécula da hemoglobina.
HEMOGLOBINA
A importância da hemoglobina e das hemoglobinopatias na genética humana
fundamenta-se não só em seu significado histórico, mas também em seu
enorme impacto na morbidade e mortalidade humana. Estima-se que cerca de
5% da população mundial tenham uma mutação de hemoglobina, e que mais
de 350 mil crianças nasçam a cada ano com um distúrbio grave na estrutura
(por ex., anemia falciforme) ou na síntese (por ex., talassemia) da hemoglobina
ESTRUTURA
A molécula de hemoglobina é um
tetrâmero com peso molecular de
64.458, formado por quatro
subunidades, iguais duas a duas. Cada
subunidade é composta de duas
partes: a globina, cadeia
polipeptídica que varia muito
geneticamente, e a heme, grupo
prostético que consiste em um átomo
de ferro situado no centro de um anel
de porfirina, sendo semelhante em
todas as formas geneticamente,
diferentes de hemoglobina.
 
A heme (ou grupo heme, como é mais conhecida) é tão importante como a
globina, por dois motivos: é o agente que disponibiliza o oxigênio para a
célula e é um pigmento corado que possibilita o estudo da diferenciação e
maturação dos precursores eritrocitários. Portanto, é o ferro, componente da
heme, que se combina com o oxigênio, conferindo à molécula de hemoglobina
sua capacidade de transporte de O2. Essa molécula tem estrutura
aproximadamente esférica, com as cadeias de globina dobradas, de modo a
que os quatro grupos heme se localizem em fendas superficiais equidistantes
umas das outras. Esse tetrâmero é mantido junto por ligações entre as quatro
cadeias de globina, e sua estrutura quaternária muda à medida que o
oxigênio é captado pela oxigenação de cada grupo heme.
- Na hemoglobina, as cadeias globínicas não estão ligadas covalentemente
entre si e estão arranjadas espacialmente na forma de tetrâmero
GRUPO HEME
• Formado por um anel protoporfirínico
contendo no centro um átomo de ferro
- Complexo ferro-transferrina liga-se ao
receptor dos eritroblastos na MO sendo
endocitado
- A transferrina posteriormente é exocitada
voltando para o plasma
- O heme liga-se covalentemente as histidinas
da cadeia globínica através do radical propil do
anel pirrólico
- O ferro também está ligado a globina através
das histidinas proximais e distais.
SÍNTESE DE HEME 
• Produzido na mitocôndria e citoplasma 
Mitocôndria
Succinil coA + glicina 
Sintetase, vitam B6 e EPO 
Porfobilinogênio 
Uroporfirinogênio Copropofirinogênio
Citoplasma
Protoporfirinogênio, Protoporfirina III 
Fe++ - heme sintetase
GLOBINA
Arranjadas em pares de cadeias polipeptídicas que apresentam
aproximadamente 140 aa.
A hemoglobina normal do adulto (Hb A) tem a seguinte fórmula: α2 2. As
duas cadeias α (α2) são iguais, possuindo cada uma 141 aminoácidos;
as duas cadeias β (β2) são também iguais entre si, compreendendo cada
uma 146 aminoácidos. As cadeias α e β são quase iguais em
comprimento, estrutura primária (sequência de aminoácidos) e estrutura
terciária (configuração tridimensional). Elas também se assemelham à
mioglobina (proteína transportadora de oxigênio no músculo), mas essa
possui apenas uma cadeia polipeptídica. As semelhanças na sequência de
aminoácidos e na estrutura terciária sugerem que as moléculas da
hemoglobina e da mioglobina evoluíram a partir de um polipeptídeo
ancestral comum.
SÍNTESE DE GLOBINA
• Ocorre na Síntese Proteica 
• Cada célula eritroide contém: 
- 4 genes alfa α - cromossomo 16 
- 2 genes beta β - cromossomo 11 
- 2 genes delta δ - cromossomo 11 
- 4 genes gama Υ - cromossomo 11 
- 2 genes zeta ξ - cromossomo 16 
- 2 genes epslon ε - cromossomo 11 
Existem pelo menos oito lócus bem conhecidos comandando a 
síntese da globina: alfa 1 (α1), alfa 2 (α2), beta (β), delta (δ), 
gama A (ᴬγ), gama G (ᵓγ), épsilon (ε) e zeta(ζ). Cada lócus é 
responsável pela estrutura de um tipo de cadeia polipeptídica. 
Existe ainda o lócus do gene eta (θ), de função ainda não bem 
conhecida e atividade no saco vitelínico e fígado fetal. Os genes 
das globinas α e β fazem parte das famílias multigênicas, que são 
grupamentos de muitos genes, alguns deles não transcritos. 
OS GENES DO GRUPAMENTO DA Α-GLOBINA 
• são muito ligados, situados no braço curto do cromossomo 16 (16pter-p13.3). 
São eles: ζ, α2, α1 e θ. Cada gene é formado por três éxons e dois íntrons. 
Entre os genes ζ e α2, existem três pseudogenes (ψζψα₁e ψα₂). 
• Cadeia alfa:141 aa 
– Apresentam os aa valina-leucina na sequência terminal 
OS GENES DO GRUPAMENTO DA Β-GLOBINA
• são ligados, situados no braço curto do cromossomo 11 (11p15.5). São
eles: ᴳγ, ᴬγ, δ e β, sendo expressos nessa mesma ordem durante o
desenvolvimento. Cada gene está formado também por três éxons e dois
íntrons.
• Cadeia beta: 146 aa
– Apresentam os aa valina-histidina–leucina na sequência terminal
• Estudos de DNA dos genes dos grupamentos da β-globina e da α-
globina, bem como das suas regiões flanqueadoras, mostraram que, 
além das sequências promotoras dos vários genes da globina, há 
sequências localizadas a uma distância de 6 a 20 kb 5' em relação ao 
gene ε, necessárias para regular a expressão dos vários genes do 
grupamento da β-globina.
• Uma sequência similar foi identificada para os genes do grupamento 
da α-globina, localizada a uma distância de aproximadamente 40 kb 
5' em relação ao gene ζ. Essas sequências reguladoras são 
denominadas de Região controladora de lócus αe região 
controladora de lócus β (LCRα e LCRβ). 
Diferentes cadeias da globina são 
formadas em estágios diferentes, 
antes e após o nascimento, e em 
células e órgãos específicos. Durante 
o desenvolvimento embrionário, 
existem três hemoglobinas 
embrionárias e seu apogeu ocorre 
no primeiro mês de vida 
intrauterina, com predominância da 
Hb Gower I. Os outros dois tipos são 
transitórios, pois ocorrem durante o 
período em que os genes fetais já 
começam a ser ativados.
FUNÇÃO DA HEMOGLOBINA 
Responsável pelo transporte de oxigênio e gás carbônico.
CO2 + H2O à H2CO3 à H
+ + HCO3-
Afinidade: depende pH, temperatura, tensão de oxigênio e concentração de 2,3
DPG (Difosfoglicerato)
Liberação de O2: ≠ pressão parcial
Pulmões: 2,3 DPG liberado (Captação)
Tecidos: 2,3 DPG associado (Liberação)
Fatores que menor a afinidade da Hb pelo O2 com consequente liberação de O2
para os tecidos:
– Aumento de temperatura
– Diminuição do pH
– Aumento dos níveis de 2,3 DPG – Pacientes anêmicos, cardiopatas e
doenças pulmonares
• A liberação do O2 para os tecidos:
– Ocorre por diferença de pressão parcial de O2
(baixa nos tecidos) com liberação de O2,
alteração da conformação do Fe2+, afastamento
das cadeias beta da globina e entrada de 2,3
DPG na bolsa central produzindo
desoxihemoglobina
• Captação de O2 nos pulmões:
– Ocorre por diferença de pressão parcial de O2
(maior nos pulmões), ligação do O2 com o Fe2+,
alteração da conformação do Fe2+ , aproximação
das cadeias beta e liberação de 2,3 DPG
produzindo oxihemoglobina
Hemoglobina oxigenada ou 
oxihemoglobina: o Fe2+ muda para 
configuração planar alterando sua posição em 
0,2nm quebrando desta forma as pontes de 
sal que une as cadeias globínicas 
Hemoglobina desoxigenada ou 
desoxihemoglobina: Fe2+ em configuração 
não planar 
– Hemoglobina reduzida ou protonada: Hb H+
– Carbaminohemoglobina : HbCO2
– Carboxihemoglobina: HbCO –
– processo patológico
– Hemoglobina glicosilada, etc.
SÍNTESE DE HEMOGLOBINA 
• Inicia-se a partir do 
eritroblasto basófilo e 
termina nos reticulócitos que 
são responsáveis por 35% 
da produção total de Hb 
• Depende de suprimento de 
ferro, síntese de 
protoporfirinas e globina 
• Produção e degradação 
diária de 8g Hb.
CURVA DE DISSOCIAÇÃO DO O2 
 
DEGRADAÇÃO DA HEMOGLOBINA 
• Após 120 dias a hemácia é retirada da circulação pelos macrófagos SMF. 
• A porção globínica é metabolizada e os aminoácidos são reaproveitados. 
• O heme é clivado, convertido a pigmentos biliares e excretado por via urinária e fecal. 
• O ferro é reutilizado. 
• Metabolização do heme 
• Cisão dos anéis I e II com liberação do ferro. 
• Oxidação da protoporfirina à biliverdina e CO. 
• Redução da biliverdina à bilirrubina. 
• A bilirrubina liga-se a albumina sendo transportada até o fígado na forma de 
bilirrubina indireta. 
• Através da ação enzimática da glicoruniltransferase, a bilirrubina é transferida ao 
ácido glicurônico presente no fígado dando origem a bilirrubina direta, que irá formar 
a bile , substância importante no processo de emulsão dos lipídeos da dieta. 
• Eliminação pelas fezes e urina 
ELETROFORESE DE HEMOGLOBINA 
• Serve para fazer exames de Hemoglobina
VARIANTES NORMAIS DE HEMOGLOBINA 
• A Hb F predomina no oitavo mês de vida fetal (em torno de 90% do conteúdo total
hemoglobínico), diminuindo seu conteúdo para 50 a 80% ao nascimento, após o qual
continua a baixar, até atingir cerca de 1%, aos 6 meses de vida pós-natal; a Hb A
atinge concentrações próximas a 10% ao nascimento, passando a aumentar, até que,
no sexto mês de vida pós-natal, constitui mais de 95% do conteúdo total de
hemoglobina do indivíduo; e a Hb A2 aumenta lentamente sua concentração até esse
mesmo mês, quando atinge 2 a 3%, que corresponde ao conteúdo hemoglobínico de
A2 do adulto.
• Além das hemoglobinas mencionadas, existem cerca de 800 variantes, a maioria
denominada de acordo com o local de sua descoberta, e muitas sendo causadoras de
graves doenças. Há centenas de hemoglobinas variantes normais, principalmente
devidas a mutações na cadeia β. Uma dessas variantes foi descoberta em Porto
Alegre, por Tondo, Salzano e Rucknagel, em 1963, tendo sido denominada Hb Porto
Alegre. Sua fórmula química é α2β2⁹⁽ᶜᶤᶳ⁾, tendo cisteína em vez de serina, na
posição 9 da cadeia β. Os homozigotos para essa hemoglobina são clínica e
hematologicamente normais, por isso ela pode ser considerada uma variante
silenciosa da hemoglobina.
VARIANTES ANORMAL DE HEMOGLOBINA
• As hemoglobinas anormais costumam abranger as que são
consideradas variantes, bem como as hemoglobinas normais com
alterações quantitativas, por exemplo: Hb A2 elevada, Hb F elevada,
Hb A2 diminuída. Há centenas de variantes já descritas, porém nem
todas estão associadas a manifestações clínicas e alterações
hematológicas.
• Essas variantes podem ser classificadas em duas categorias
principais: as variantes estruturais e os defeitos de síntese
das hemoglobinas.
AS VARIANTES ESTRUTURAIS 
• abrangem cinco classes:
(1) hemoglobinas de agregação, que formam cristais, com repercussões clínicas e
laboratoriais variáveis, como as hemoglobinas S e C;
(2) hemoglobinas sem alterações funcionais, que consistem na maioria das
variantes estruturais e, embora apresentem importância bioquímica, genética e
antropológica, não produzem efeitos clínicos e laboratoriais significativos, como a Hb
Kenya;
(3) hemoglobinas instáveis, com graus variáveis de manifestações clínicas e
hematológicas, bem como expressão laboratorial diversificada entre os tipos já descritos,
cujo exemplo é a Hb Niterói;
(4) hemoglobinas com alterações funcionais que causam metemoglobinemias por
Hb M, cianose e alteração da afinidade hemoglobínica pelo oxigênio;
(5) hemoglobinas com fenótipos talassêmicos, devidas a falhas na regulação da
síntese da globina por adição de aminoácidos à extremidade C-terminal das globinas α e
β, e por fusão de cadeias devido ao crossing-over desigual durante a meiose, sendo
exemplos, respectivamente, a Hb Cranston e as Hbs Lepore/anti-Lepore.As variantes estruturais resultam de mutações que levam à síntese de uma
globina estruturalmente anormal. Sua grande maioria resulta de mutações
pontuais, por substituição de apenas um aminoácido. Entre as variantes
resultantes de mutação pontual na cadeia β, o melhor exemplo é a
hemoglobina S. Outras variantes caracterizam-se por duas substituições de
aminoácidos na mesma cadeia. Exemplo: Hb C Harlem, com duas
substituições na cadeia β: glu6val e asp73asn. Essa hemoglobina
apresenta a mesma mutação da Hb S (glu6val), mas é denominada Hb C
(não Hb S) devido às suas propriedades eletroforéticas, que são as da Hb C
clássica. Também nas cadeias α podem ocorrer mutações estruturais,
afetando, nesse caso, todas as hemoglobinas que as contêm (p. ex., Hb A,
Hb A2, Hb F e Hb Gower II). A primeira variante de cadeia α descoberta foi
a Hb Hopkins-2, na qual a cadeia α apresenta asparagina, em vez de
histidina, na posição 112 da cadeia, mutação representada por his112asn.
HEMOGLOBINA S 
Foi a primeira variante detectada
eletroforeticamente. A única diferença estrutural
entre essa hemoglobina e a Hb A ocorre na posição 6
da cadeia β da globina, onde o ácido glutâmico é
substituído por valina, devido a uma mutação
pontual no 6o códon do gene β do grupamento da
β-globina da Hb A. Essa mutação afeta a
solubilidade e causa a cristalização dessa
hemoglobina em condições de hipóxia. Com um grau
relativamente baixo de hipóxia, a Hb S polimeriza
dentro de filamentos de alto peso molecular, que se
associam, formando feixes de fibras. Esses cristais
de hemoglobina anormal torcem a membrana da
hemácia, dando-lhe uma forma característica de
foice (falciforme) ou de folha de azevinho.
Os homozigotos para a Hb S (HbS/HbS) têm anemia falciforme,
siclemia, drepanocitose ou doença das células falciformes,
sendo esta última a denominação mais atual, correspondente
aos casos em que estão presentes dois alelos anormais para a
hemoglobina, sendo pelo menos um deles o alelo HbS. Os
indivíduos de genótipo HbS/HbS possuem cerca de 7 a 8% de
hemoglobina (enquanto os níveis normais são de 16% no
homem e 14% na mulher), e sua idade média de sobrevida
varia proporcionalmente ao grau de atendimento médico dado
aos pacientes, sendo variável entre 6 meses e 53 anos, com
médias em torno de 25 anos. Seu quadro clínico inclui anemia
hemolítica grave, hemácias com tendência a adquirirem a
forma de foice em condições de hipóxia, icterícia e crises
falcêmicas. Os afetados podem apresentar muitas
complicações clínicas decorrentes dessa mutação.
HEMOGLOBINA C
É uma variante anormal da hemoglobina, que resulta da substituição do 
ácido glutâmico pela lisina na mesma posição 6 da cadeia β da globina, 
tendo migração eletroforética mais lenta do que a Hb S. Os homozigotos 
HbC/HbC apresentam doença da Hb C, que se caracteriza por anemia mais 
leve do que a dos homozigotos HbS/HbS, acompanhada, muitas vezes, por 
esplenomegalia, icterícia e dores ósseas e abdominais. Os indivíduos 
HbS/HbC têm anemia de gravidade intermediária às dos homozigotos 
HbC/HbC e HbS/ HbS. Sua manifestação é mais tardia do que a da anemia 
falciforme, as crises são espaçadas e os indivíduos possuem maior 
concentração de hemoglobina (9-12%) do que os siclêmicos. Os 
heterozigotos HbA/HbC apresentam de 25 a 40% de Hb C, sendo 
clinicamente assintomáticos.
ANEMIA FALCIFORME
Síndrome mão-pé
• Diagnóstico 
O médico responsável por diagnosticar e tratar a anemia falciforme é o
hematologista.
A detecção é feita através do exame eletroforese de hemoglobina.
O teste do pezinho, realizado gratuitamente antes do bebê receber alta da
maternidade,
• Tratamento
A cura da doença ainda é desconhecida, mas sabe-se que algumas pessoas já
foram curadas com o transplante de medula óssea. É importante focar no
tratamento para evitar complicações da doença.
Quando descoberta a doença, o bebê deve ter acompanhamento médico
adequado baseado num programa de atenção integral
• Existem alguns Fatores de risco para
pessoas com anemia falciforme, eles são:
• Infecções de longo prazo;
• Perda de sangue decorrente de cirurgia ou
lesão;
• Dieta com poucas vitaminas, sais minerais ou
ferro;
• Histórico familiar de anemia herdada, como
talassemia e anemia falciforme;
• Doença grave ou de longo prazo como câncer,
doenças nos
rins, diabetes, artrite reumatóide, AIDS,
insuficiência cardíaca e doença na tireoide.
OS DEFEITOS DE SÍNTESE DAS HEMOGLOBINAS
• consistem em um conjunto de síndromes motivadas principalmente por
alterações quantitativas da síntese de globinas α e β, causando
desequilíbrio entre elas e graus variáveis de anemias hemolíticas,
além de outras consequências patológicas. São anemias autossômicas
recessivas, cuja denominação se origina do grego thalassa (=mar) e hemos
(= sangue), visto que essas doenças são mais frequentes em pessoas
oriundas da região do Mediterrâneo, como gregos, turcos e italianos, bem
como da Índia e do Oriente Médio.
• também conhecidas como anemia de Cooley, anemia mediterrânea ou
síndromes talassêmicas, caracterizando-se microscopicamente pelo aspecto
típico das hemácias em forma de alvo. Podem ser diagnosticadas pré-
natalmente e por estudo de DNA em qualquer idade.
As síndromes talassêmicas são
classificadas de acordo com as
cadeias da globina que apresentam
síntese reduzida, existindo,
portanto, α-, β-, δ-β- ou γ-δ-β-
talassemias
Englobam as α-talassemias e as
β-talassemias, as síndromes
de persistência hereditária da
hemoglobina fetal e as
metemoglobinemias.
AS Α-TALASSEMIAS 
caracterizam-se por uma deficiência relativa das cadeias de α-globina, 
com produção normal das cadeias de β-globina. Cada indivíduo possui 
quatro genes α localizados no cromossomo 16 (16pter-p13.3): dois genes 
α1 e dois genes α2. Esses genes produzem quantidades quase iguais de 
cadeias α da globina. A causa primária das α-talassemias é uma
deleção gênica, que acarreta fenótipos diferentes, conforme atinja um, 
dois, três ou os quatro lócus α.
- A perda de um gene constitui um estado de portador silencioso, sem importância clínica.
Quando dois dos genes estão inativos, há duas situações possíveis: na primeira,
frequentemente a causa de α-talassemia heterozigota no sudeste asiático, ambos os genes
deletados localizam-se no mesmo cromossomo (αα/‒ –); na outra, frequente entre os
afrodescendentes com α-talassemia heterozigota, em cada cromossomo há um gene α
deletado (α –/α –). Esse fenótipo é relativamente benigno, resultando em anemia leve com
microcitose.
- Já a perda de três genes resulta em problemas clínicos graves, as cadeias de β-globina
predominam e formam homotetrâmeros (β4), resultando a hemoglobina H (Hb H), de reduzida
capacidade para o transporte de oxigênio e visualizada como corpos de inclusão nas hemácias
de indivíduos com α-talassemia.
- A deleção total dos genes α (––/–) causa uma condição letal (α-talassemia homozigota) em
que o feto não pode produzir hemoglobina fetal (uma vez que a Hb F é composta de cadeias α
e γ), mas produz a hemoglobina Bart (Hb Bart), que consiste em homotetrâmeros γ4 que não
servem como transportadores de oxigênio para os tecidos.
AS Β-TALASSEMIAS 
• Caracterizam-se pela deficiência de cadeias de β-globina ou pela sua
ausência completa. Sob tais circunstâncias, a Hb F (α2γ2) e a α-globina
estão aumentadas, esta última sob a forma de homotetrâmeros que são
instáveis e se precipitam nas células precursoras das hemácias, formando
corpos de inclusão e causando sua destruição prematura na medula óssea
e marcante sequestro pelo baço. A hematopoese reduzida e o aumento da
destruição de hemácias resultam em anemia hemolítica grave.
• Ao contrário das α-talassemias,as β-talassemias geralmente são
devidas não a uma deleção gênica, mas à redução ou à supressão da
síntese de cadeias, que podem resultar de mais de cem diferentes
mutações pontuais, com preponderância das substituições de bases.
Os portadores heterozigotos (deleção de um alelo β) que geralmente são
assintomáticos pertencem ao grupo da talassemia menor (ou minor) ou traço β-
talassêmico; a talassemia β+, que não é dependente de transfusões, pertence ao
grupo da talassemia intermediária (deleção de um alelo β); e a talassemia β⁰, que
é a mais grave e dependente de transfusões, pertence ao grupo da talassemia
maior (ou major), com deleções nos dois alelos β.
ANEMIA HEMOLÍTICA
Causas
• A anemia hemolítica ocorre quando a
medula óssea não é capaz de repor os
glóbulos vermelhos que estão sendo
destruídos.
• A anemia hemolítica também tem sua forma
autoimune, que ocorre quando o sistema
imunológico identifica erroneamente seus
próprios glóbulos vermelhos como corpos
estranhos, desenvolvendo anticorpos que
atacam as hemácias, destruindo-as muito
prematuramente.
• (como a anemia de células falciformes e
anemia hemolítica devido à deficiência de
G6PD).
• Outras possíveis causas são:
• Coágulos em pequenos vasos sanguíneos
• Transfusão de sangue de um doador com um
tipo sanguíneo que não corresponde ao seu.
Fatores de risco
• Os fatores de risco para anemia hemolítica 
são, em termos gerais:
• Exposição a determinados produtos 
químicos, drogas e toxinas
• Infecções.
Sintomas de Anemia hemolítica
• É possível que uma pessoa não apresente 
sintomas se a anemia hemolítica for 
branda. Se o problema se desenvolver 
lentamente, os primeiros sintomas podem 
ser:
• Mau humor 
• Fraqueza ou cansaço mais frequente que o 
normal
• Dor de cabeça
• Problemas de concentração ou raciocínio.
Se a anemia piorar, outros sintomas 
podem surgir, como:
• Coloração azul no branco dos olhos
• Unhas frágeis
• Tontura leve ao levantar-se
• Palidez da pele
• Falta de ar
• Língua dolorida.
• Especialistas que podem diagnosticar anemia 
hemolítica são:
• Clínico geral
• Endocrinologista
• Cardiologista
• Hematologista
• Imunologista
• Infectologista.
• Estar preparado para a consulta pode facilitar o 
diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, 
você já pode chegar à consulta com algumas 
informações:
• Uma lista com todos os sintomas e há quanto 
tempo eles apareceram
• Histórico médico, incluindo outras condições 
que o paciente tenha e medicamentos ou 
suplementos que ele tome com regularidade
• Se possível, peça para uma pessoa te 
acompanhar.
• O médico provavelmente fará uma série de 
perguntas, tais como:
• Quando os sintomas surgiram?
• Você já foi diagnosticado anteriormente com 
anemia? De qual tipo?
• Qual a intensidade dos sintomas?
• Os sintomas apresentados são ocasionais ou 
frequentes?
• Você tem tido problemas para concentrar-se?
Na consulta médica
DIAGNÓSTICO 
• Um hemograma completo pode ajudar a 
diagnosticar a anemia e oferecer 
algumas dicas do tipo e da causa do 
problema. As partes importantes de um 
hemograma completo incluem contagem 
de glóbulos vermelhos (RBC), 
hemoglobina e hematócrito (HCT).
• Os seguintes exames podem identificar 
o tipo de anemia hemolítica:
• Contagem absoluta de reticulócitos
• Teste de Coombs direto
• Teste de Coombs indireto
• Teste de Donath-Landsteiner
• Aglutinina febril ou fria
• Hemoglobina livre no soro ou na urina
• Hemossiderina na urina
• Contagem plaquetária
• Eletroforese protéica sérica
• Haptoglobina sérica
• LDH sérica
• Urina e urobilinogênio fecal.
• Um exame que mede a longevidade dos 
glóbulos vermelhos utilizando técnicas 
de rádio marcação também pode ajudar 
a diagnosticar a anemia hemolítica.
• Tratamento de Anemia hemolítica
• O tratamento depende do tipo e da causa da anemia hemolítica.
• Em casos de emergência, pode ser necessária transfusão sanguínea
• Para anemia hemolítica causada por doença autoimune, podem ser 
utilizadas drogas que reprimem o sistema imunológico
• Quando os glóbulos vermelhos estão sendo destruídos em ritmo 
acelerado, o organismo pode precisar de ácido fólico extra e 
suplementos de ferro para repor o que está sendo perdido.;
Os medicamentos mais usados para o
tratamento de anemia hemolítica são:
• Acetato de Dexametasona
• Afopic
• Androcortil
• Azatioprina
• Betametasona
• Celestone
• Decadron
• Prednisolona
• Predsim
• Noripurum EV
• Noripurum fólico.
Somente um médico pode dizer qual o
medicamento mais indicado para o seu
caso, bem como a dosagem correta e a
duração do tratamento. Siga sempre à risca
as orientações do seu médico e NUNCA se
automedique. Não interrompa o uso do
medicamento sem consultar um médico
antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em
quantidades muito maiores do que a
prescrita, siga as instruções na bula.
MEDICAMENTOS PARA ANEMIA HEMOLÍTICA
• Convivendo/ Prognóstico
O tratamento da causa subjacente à anemia hemolítica é essencial para que o 
paciente possa conviver bem com a doença. Seguir uma dieta rica em ferro e 
vitaminas também pode ajudar.
• Complicações possíveis
O resultado do tratamento depende do tipo e da causa da anemia hemolítica. 
Anemia hemolítica grave pode levar a uma doença cardíaca, doença 
pulmonar ou doença cerebrovascular, colocando a vida do paciente em risco.
INTERESSANTE SABER / RECOMENDAÇÕES 
De acordo com a quantidade de hemoglobina presente na hemácia e com o
resultado dos outros exames hematológicos, é possível saber o estado geral de
saúde da pessoa.
Valores de referência da hemoglobina
Os valores de referência da hemoglobina são:
• Crianças de 2 a 6 anos: 11,5 a 13,5 g/dL;
• Crianças de 6 a 12 anos: 11,5 a 15,5 g/dL;
• Homens: 14 a 18 g/dL;
• Mulheres: 12 a 16 g/dL;
• Grávidas: 11 g/dL.
Estes valores podem variar entre os laboratórios de análises clínicas.
O que pode ser a hemoglobina alta
A hemoglobina alta no sangue pode ser causada por:
Uso de tabaco; Desidratação; Enfisema pulmonar; Fibrose pulmonar; Policitemia; Tumor
nos rins; Uso de anabolizantes ou do hormônio eritropoietina. Caracterizada por sintomas
como tontura, pele de cor azulada nos lábios e nas pontas dos dedos e, em casos mais
raros, perda temporário de visão e de audição.
Causas da hemoglobina baixa
A diminuição da quantidade de hemoglobina pode acontecer em caso de anemia, cirrose,
linfoma, leucemia, hipotireoidismo, insuficiência renal, talassemia, porfiria e hemorragia,
por exemplo. Além disso, a hemoglobina baixa também pode acontecer devido à
deficiência de ferro e vitaminas, além do uso de medicamentos para tratar câncer e AIDS,
por exemplo.
O número baixo de hemoglobina no sangue pode causar sintomas como cansaço
frequente, falta de ar e palidez, devendo ser identificada a causa e iniciado o tratamento
de acordo com orientação médica.
Para manteres o nível de Hemoglobina é recomendável que se alimentar bem
(frutas, e Legumes, Feijão, carne e outros), , e manter a suas condições físicas, sem
esquecer de consultar o seu MEDICO para consultas de rotina!
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Hemoglobina proteína presente nos eritrócitos (hemácias), presente no
sangue responsável por transportar o oxigênio, levando-o dos pulmões aos
tecidos de todo o corpo), tetrâmero com peso molecular de 64.458, formado
por quatro subunidades, iguais duas a duas, a globina, cadeia polipeptídica
que varia muito geneticamente, e a heme, grupo prostético que consiste em
um átomo de ferro situadono centro de um anel de porfirina, com uma
variante de Hemoglobina, sendo elas variantes normal Como, Hb F, Hb A, Hb
Gower ( I, II) Hb embrionário, variante anormal como sendo as alterações da
hemoglobina por uma variação na estrutura(Hb S, Hb C) apresentado uma
anomalia Anemia Falciforme ou na síntese (As talassemias) , α-talassemia e
β-talassemia apresentando uma Anemia Hemolítica.

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