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Vacinas parte 3

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Vacinas SMI- parte 3
Pólio: é uma doença que compromete o sistema gastrointestinal com complicação paralitica, é transmitida então, pelas vias fecal-oral. Foi erradicada no Oriente, mas ainda é endêmica em 4 países: Índia, Paquistão, Afeganistão e Nigéria. 140000 visitantes vem para o Brasil todos os anos, ano passado veio mais por causa da copa. Esses visitantes defecam, e depositam no vaso sanitário pólio vírus selvagem, no nosso meio tem o pólio vírus vacinal. Por isso é tão importante manter as campanhas de vacinação, essa grande quantidade de pólio vírus vacinal no esgoto combate o pouco que tem de pólio vírus selvagem, e mantém a doença erradicada no país. A campanha é pouco abrangente, pois as mães (principalmente as jovens, não conhecem a doença) não aderem a mesma por a pólio ser erradicada e todos esquecerem a manifestação dela (manifestação entérica com complicação paralitica). Então, o objetivo da campanha de pólio é manter essa doença erradicada no país.
São duas formas de vacina: a SALK (inativada, VIP) e a SABIN (oral, VOP). A SALK é feita IM, potencia elevada, os bebês recebem SALK com 2 e 4 meses, pois o bebê nessa idade tem o sistema imunológico imaturo, e essa forma de vacina é mais segura, não correndo o risco de a criança ter polio vacinal. O esquema vacinal é: 2/4 meses toma SALK e 6 meses toma SABIN, são doses, tem um reforço de 15 meses (SABIN), tinha um reforço de 5 anos de SABIN que vai e volta no calendário, hoje os reforços são nas campanhas e aos 15 meses e toma SABIN (campanhas maiores de 4 meses a 5 anos). A campanha não é pra atualizar cartão e sim para continuar erradicando a pólio.
Imunodeprimidos com crianças em casa <5 anos não pode tomar pólio oral, pois pode contaminar a pessoa e fazer uma pólio vacinal nela. Dessa forma, essa criança continua tomando a vacina mas na forma inativada (SALK, VIP).
SABIN é uma vacina que tem pólio vírus 1 2 3, todos atenuados, baixíssimo custo, fácil aplicação (duas gotas), via oral, capaz de conferir imunidade direta, ou seja, imunidade para aquele que abriu a boca e recebeu as gotinhas, e também capaz de conferir aquela proteção para o meio ambiente. Pode ser congelada, pode ser levada para qualquer lugar, o que facilitou a disseminação dessa vacina. Hoje de acordo com o esquema já mencionado, toma uma dose de SABIN aos 6 meses completando o esquema, e toma um reforço aos 15 meses, e nas campanhas. O intervalo mínimo dessas vacinas é de 30 dias.
Rotavírus: é uma das vacinas que tem idade máxima para ser tomada. Protege contra diarréia por Rotavírus (enterovírus, cerca de 70% de todas as formas e até 86% das formas graves). Agride a mucosa de tal forma, e causa um desequilíbrio, que o volume de fezes que o paciente elimina é surpreendente na forma grave (traz risco iminente de morte). Única vacina que até hoje foi disponibilizada em novembro, e já no começo do ano estava na rede publica, devido o numero de internações (aumentou a mortalidade infantil e aumentou o gasto nos cofres públicos) e o tanto que o Ministério da Saúde gastou, achou melhor distribuir a vacina. Excelente proteção para as formas graves. A primeira vacina causou uma invaginação intestinal nas crianças causando abdome agudo e foi retirada rapidamente. A segunda vacina foi estudada e foi colocada novamente, é uma vacina vírus atenuada monovalente, oral (1ml), hoje ainda tem idade máxima pra tomar, pois naquela época da primeira vacina aqueles que tomaram mais tarde tiveram um aumento ainda maior dos casos de invaginação, então quando ela foi relançada como uma nova vacina, tinha que ser tomada nos 2 e 4 meses mas o intervalo maximo da primeira dose era 3 meses e 1 sem e o da segunda era 5 meses e 2 sem, assim ficou por muito tempo (2006-2014). Em 2014 foi estendido o intervalo muito mais para a segunda dose do que para a primeira, a primeira hoje pode ser feita até 3 meses e 2 sem, e segunda dose pode ser feita até 7 meses e 29dias. Essa idade limite não pode estender nenhum dia. Quem não tomou a primeira dose não toma a segunda. A criança só estará imunizada se tomar as 2 doses.
A vacina de Rotavírus ou é administrada junto (no mesmo dia) com a pólio, ou deve respeitar um intervalo de 15 dias. Se faz as duas vacinas de vírus atenuados, oral, no mesmo dia tem duas curvas de anticorpos juntas, se faz uma depois de dois dias da outra uma curva de anticorpos não conseguirá subir, prejudicando a resposta imunológica para uma delas, por isso ou faz no mesmo dia, ou respeita o intervalo de 15 dias. Hoje isso quase não acontece mais, pois a vacina pólio de 4 meses é inativada.
Respeitando os intervalos corretos, não terá efeitos colaterais.
Contra indicações: doença gastrointestinal crônica e malformação do trato gastrointestinal são as mais importantes e devem ser marcadas no cartão de vacinação da criança. Outras contra indicações são imunodeficiência congênita ou adquirida, terapias imunossupressoras, uso de corticosteróides em doses altas por + de 15 dias (>2 mg/kg/dia de Predmisona), história prévia de invaginação intestinal.

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