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Incompetência Cervical

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ATUALIZAÇÃO / UPDATE
INCOMPETÊNCIA CERVICAL
1 2 Antonio Rozas , Luiz Ferraz de Sampaio Neto
INTRODUÇÃO
 A incompetência istmo-cervical, ainda que 
pouco freqüente, tem sido bastante estudada, 
principalmente, a partir de 1950. 
A importância da IIC reside, principalmente, 
no fato de que com o tratamento cirúrgico, os 
resultados são, amiúde, favoráveis, permitindo que 
uma mulher anteriormente infértil passe a ter 
gestações com viabilidade fetal. 
A incompetência istmo-cervical (IIC) é 
apontada como uma das causas de abortamento 
tardio, de origem materna.
DEFINIÇÃO
 A incompetência cervical caracteriza-se 
por uma fraqueza congênita ou adquirida na 
junção do orifício interno cervical e o segmento 
inferior. Nesta entidade obstétrica ocorre o 
esvaecimento e a cérvico-dilatação indolor durante 
o segundo trimestre e, menos freqüentemente, nas 
primeiras semanas do terceiro trimestre, 
culminando com a protrusão e/ou rotura das 
membranas fetais, resultando em um parto pré-
termo que é, muitas vezes, prevenível. Exceto se 
efetivamente tratada, tal seqüência tende a se 
2,3,4,5repetir em cada gravidez.
SINONÍMIA
Incompetência istmo-cervical, insuficiência 
istmo-cervical, insuficiência cervical, insuficiência 
do colo.
Antes da gravidez se estabelecer, alguns testes 
foram desenvolvidos na tentativa de diagnosticar a 
incompetência cervical. 
 
trauma na região istmo-cervical, principalmente 
causado por dilatações intempestivas do colo, 
aplicação de fórcipe alto em colos não completamente 
dilatados e, ainda, por cirurgias do tipo amputação 
8de colo.
9 10Guariento e Delascio e Pontes consideraram 
também a possibilidade da IIC do tipo funcional, ou 
seja, no exame da mulher fora do período gestacional 
não são evidentes defeitos no istmo; somente quando 
6 grávida, pelo aumento da pressão intra-uterina, verifica-
se a incapacidade de reter o ovo. 
Alguns autores classificam a IIC - segundo 
sua apresentação clínica no momento do 
diagnóstico e a oportunidade de execução do 
tratamento - em eletivas, emergenciais e urgentes. 
Nas eletivas, a paciente não tem nenhuma 
evidência de IIC na presente gestação, mas apenas 
antecedentes sugestivos de IIC. Nas emergenciais, 
as gestantes apresentam sensação de pressão no 
hipogástrio, dilatação cervical de, pelo menos, 2,0 
cm e ausência de membranas perceptíveis ao 
toque. Nas urgentes, as grávidas apresentam 
protrusão de bolsa de águas através do canal 
11endocervical dilatado.
DIAGNÓSTICO
 O diagnóstico de incompetência cervical 
baseia-se, primariamente, na história clínica. 
Poderá ser efetuado antes ou durante a gestação. 
Em ambas as épocas considera-se, ainda hoje, pela 
singularidade do quadro clínico, a anamnese o 
procedimento propedêutico diagnóstico de 
10,12 eleição.
CLASSIFICAÇÃO
 
6Classifica-se a IIC em primária e secundária. 
A primária é congênita e pode coexistir ou não com 
outras malformações uterinas, principalmente com 
o útero unicórneo, e ainda em mulheres com 
história de exposição ao dietilestilbestrol intra-
7uterino durante a gestação de suas mães. 
A IIC secundária ocorre como seqüela de 
Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, v. 5, n. 2, p. 1 - 9, 2003
1 - Professor Titular da Disciplina de Ginecologia - CCMB/PUC-SP.
2 - Professor Assistente da Disciplina de Ginecologia - CCMB/PUC-
SP.
1
Conceito, diagnóstico e conduta
2
Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, v. 5, n. 2, p. 1 - 9, 2003
Assim, métodos simples como a passagem membranas para dentro do canal endocervical.
osem dificuldade de um cateter de Foley n 16, ou de A aplicação da ultra-sonografia nos casos 
o de IIC é importante porque permite o diagnóstico um dilatador cervical n 8 (teste de Hegar positivo) 
13 em fases mais precoces, quando o diagnóstico através da cérvix, uma dilatação cervical. Neme,
clínico seria impossível, tornando os resultados com o mesmo objetivo, preconiza constatar se o 
 terapêuticos melhorescanal cervical é pérvio à pinça de Cherron. A 
Ainda que o método mais sofisticado - a histerossalpingografia revela-se adequada para o 
ressonância magnética (RNM) - recentemente estudo do calibre da luz istmica e, quando este 
tenha se mostrado exame que permite o apresenta uma largura maior que 8,0 mm, indica a 
diagnóstico da IIC, acredita-se que tenha algumas incompetência funcional istmo-cervical. 
vantagens em relação à ultra-sonografia. De fato, a Entretanto, outros autores consideram que 
RNM não tem as mesmas falhas, pois não depende somente larguras maiores que 10,0 mm permitem 
do posicionamento do transdutor e da análise do caracterizar a IIC.
médico que executa o exame, ademais, os tecidos Durante a gestação, a confirmação 
moles analisados para a caracterização da IIC são diagnóstica da IIC é efetuada com o auxílio da ultra-
melhor contrastados na RNM.sonografia. A mensuração do comprimento do canal 
O comprimento do canal cervical ao exame cervical permite escolher a via de abordagem 
de RNM é de 33,0 mm e a largura de seu orifício cirúrgica. Por outro lado, através do ultra-som 
interno de até 3,3 mm. O comprimento do canal seriado é possível acompanhar, durante a gestação, 
cervical em mulheres com IIC não é diferente das a medida da distância entre os orifícios interno e 
demais gestantes, mas a largura do orifício é o fator externo do colo. 
determinante para permitir o diagnóstico, medindo Quando ocorre redução significativa no 
por volta de 4,5mm nas portadoras de IIC.comprimento do canal cervical, o prognóstico 
torna-se desfavorável. Também pela ultra-
TERAPÊUTICAsonografia pode-se detectar a presença 
insuspeitada de membranas ou partes fetais no 
Ainda que, com o passar dos anos, numerosas canal cervical.
modalidades não invasivas tenham sido usadas para No exame ultra-sonográfico, a medida 
tratar a incompetência cervical, incluindo repouso mínima adequada para o colo uterino na gestação 
prolongado no leito, beta-agonistas e progesterona, normal é em torno de 30,0 mm (variações de 28,0 a 
nenhuma demonstrou eficácia. 48,0 mm) em seu comprimento.
A circlagem cervical eletiva se tornou a Durante a gestação, a ultra-sonografia 
terapia padrão para a incompetência cervical. transvaginal permite melhor caracterização da 
Segundo a maioria dos obstétras, o tratamento da ICC, pois na transabdominal o colo uterino pode 
incompetência cervical é cirúrgico, consistindo no ficar comprimido pela bexiga repleta e as partes 
reforço da cérvice fraca por algum tipo de sutura fetais, modificando as características do canal 
em bolsa de tabaco.endocervical, alongando-o e/ou estreitando-o, 
Está bem estabelecida que a época ideal para falseando, assim, o diagnóstico de IIC.
a circlagem eletiva (profilática) está compreendida Na ultra-sonografia vaginal é interessante a 
a aentre a 13 e 16 semana de gestação nas pacientes manobra de compressão no fundo do útero para 
com uma história de incompetência cervical. melhor caracterizar a dilatação do orifício 
Quando indicada nessas condições, as estatísticas cervical, evidenciando inclusive os casos 
18 apontam para um parto viável em 75% ou mais dos subclínicos. Nas situações clínicas em que exista 
casos. Em contraste, a eficácia de uma circlagem a contra-indicação de se utilizar de transdutor 
de emergência (isto é, depois que a cérvix já estiver vaginal, pode-se optar com igual resultado pelo 
modificada e dilatada), o que geralmente ocorre transdutor transperineal ou translabial.
aapós a 18 semana de gestação, está menos Consideram-se critérios ultra-sonográficos 
estabelecida. Na verdade, não está claro se a para o diagnóstico de IIC, o encurtamento do canal 
circlagem de emergência tem algum benefício endocervical, dilatação do orifício interno, 
sobre não fazê-la.transformação do istmo em funil e protrusão de 
11
1114 .
12
1,6 
1920
15
6,16
21
11,16,17
17
21
3
Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba
A circlagem geralmente deve ser adiada até manutenção da gravidez em curso até a viabilidade 
 após 13 semanas, porque antes desta época ainda fetal. Este procedimento é denominado circlagem 
não ocorreu a fusão da caduca capsular com a cervical; termo de origem francesa (cerclage) que 
parietal e o concepto pouco influi no crescimento significa literalmente “efetuar um cerco”. 
uterino. Por outro lado, antes desse período A utilização da circlagem no momento 
ocorrem, em torno de 15%, abortamentos precoces oportuno para o tratamento da IIC permitiu atingir 
dependentes de outros fatores. até 90% de sucesso na evolução da gestação.
Quanto mais avançada a gravidez, maior a Existem técnicas descritas para se fazer durante a 
probabilidade de que o manuseio cirúrgico gestação e também fora dela. Atualmente, é 
estimule o trabalho de parto pré-termo ou a cório- consenso que os melhores resultados são obtidos 
amniorrexe. Por tais razões, alguns preferem o com a circlagem executada durante a gestação, 
repouso no leito à circlagem algum tempo após o pois em mulheres não grávidas existe o risco 
meio da gravidez. Dada a eficácia questionável da potencial de se produzir estenose cervical, 
circlagem de emergência, muitos clínicos não a promovendo dificuldade para a eliminação do 
fazem depois do limite de viabilidade fetal ter sido sangue menstrual e esterilidade secundária.
alcançada (atualmente 24 semanas de gestação). Os autores que defendem o circlagem pré-
Nesse ponto, o risco de colocar a sutura supera o concepcional assumem essa posição por 
benefício potencial. considerar que essas técnicas de circlagem têm 
A utilização de ultra-sonografia para como vantagem o fato de serem definitivas.
seguimento do aspecto do colo é prática aceita pela Existem também as chamadas “circlagens 
literatura. São considerados casos de pior de emergência” que são executadas em colos já em 
prognóstico aqueles cujos colos têm menor más condições (esvaecimento e dilatação 
comprimento após a execução da circlagem, ou avançadas e protrusão de membranas); esses 
que exista diminuição do comprimento na procedimentos revestem-se de pobres resultados, 
evolução dos exames de ultra-sonografia de mas são considerados medidas extremas para 
controle. tentar prolongar a gestação.
Aarts e associados (1995), recentemente 
fizeram uma revisão da cerclagem tardia no INTERVENÇÕES FORA DO PERÍODO 
segundo trimestre, comumente conhecida como GESTACIONAL
“cerclagem de emergência”. Esses autores 
concluíram que a cerclagem de emergência pode As propostas de circlagem em mulheres não 
ser benéfica para algumas mulheres, mas que a grávidas são genericamente denominadas 
incidência de complicações, principalmente “istmorrafias profiláticas”. Presentemente, existem 
infecção, é alta. poucas indicações para esses procedimentos que são 
De acordo com Schorr e Morales (1996), graves defeitos no colo conseqüentes a traumas ou 
membranas salientes estão associadas a taxas de cirurgias e também para pacientes que se submeteram 
fracasso significativamente aumentadas. a amputações de colo uterino.
Norwitz lembra, nesses casos, para auxiliar 
a reduzir as membranas fetais protrusas antes da INTERVENÇÕES DURANTE A 
colocação da sutura, a colocação da paciente na GESTAÇÃO 
posição acentuada de Trendelenburg, ou a 
colocação de um cateter de Foley de 30 ml através Os bons resultados obtidos nas pacientes 
da cérvix, enchimento do balão e/ou a realização operadas para correção da IIC durante a gestação 
de amniocentese por via abdominal, para diminuir fizeram com que, atualmente, as técnicas mais usadas 
a pressão do líquido amniótico na bolsa sejam aquelas efetuadas nesse período.
prolapsada. A época adequada para realização da 
a aO tratamento da IIC é cirúrgico e circlagem, como já referimos, é da 14 a 20 semana de 
corresponde ao reforço do colo uterino com sutura gestação, pois nessa fase já foi ultrapassado o período 
atraumática e inabsorvível na altura do orifício de maior risco de abortamento espontâneo de causa 
interno do canal endocervical, com o objetivo de cromossômica. 
9
7 
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Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, v. 5, n. 2, p. 1 - 9, 2003
O limite superior poderá ser estendido comparativamente em ensaio clínico prospectivo, 
dependendo da experiência do cirurgião e das randomizado e controlado, provavelmente, é justo 
dizer que as duas são igualmente eficazes. A dimensões do colo uterino. Inclusive, alguns 
seleção cuidadosa da paciente e a experiência do poucos autores sugerem que, mesmo frente a 
cirurgião são muito mais importantes na gestações de até 28 semanas, em situações de 
determinação do sucesso que a escolha da técnica emergência, com o colo bastante dilatado 
de sutura. Entretanto, sob certas circunstâncias, permitindo a herniação do saco gestacional, a 
uma ou outra técnica pode ser preferida. Por circlagem deve ser tentada.
exemplo, se a cérvice for muito curta ou lacerada, a Alguns autores acreditam que, com o auxílio 
circlagem de Shirodkar pode ser tecnicamente da ultra-sonografia para caracterizar a adequada 
mais fácil de ser realizada. evolução fetal e ausência de malformações 
Na literatura não há consenso quanto aos grosseiras, a circlagem deve ser efetuada em torno 
cuidados pós-operatórios e de seguimento das da 12ª semana, já que o tamanho do útero facilitaria 
gestantes. A maioria aconselha revisões semanais sua mobilização, a dissecção da prega vesico-
realizadas, pelo menos, no primeiro mês para uterina e a colocação das suturas.
avaliar a integridade da sutura. Em todas as Existem técnicas submucosas (Shirodkar, por 
técnicas de circlagem, as pacientes deverão exemplo) ou extramucosas (McDonald, por exemplo). 
guardar repouso no leito durante as primeiras 24 Existem, também, técnicas com abordagem vaginal ou 
horas, com alta no 4º pós-operatório. Restrição abdominal.
relativa da atividade física, até o termo da A opção entre as várias técnicas dependerá 
gravidez. Desaconselha-se o coito ou qualquer das condições do colo (principalmente o tamanho de 
manipulação na vagina pelo restante da gestação. colo remanescente), da idade gestacional e da 
As pacientes devem estar cientes do risco da experiência da equipe. Habitualmente, a abordagem 
amniorrexe e do trabalho de parto prematuro e mais usada é a vaginal, contudo, são consideradas 
devem ser instruídas a relatar qualquer sintoma de indicações preferenciais da via abdominal: colo 
pressão na pelve ou nas costas, corrimento vaginal congenitamente curto, amputado cirurgicamente, 
aumentado, dor pélvica ou cólicas. Esses cuidados pacientes que já tenham se submetido a circlagens 
devem ser observados, se possível, até o termo da vaginais anteriormente sem sucesso, cicatrização e 
agravidez, ou pelo menos até se completar a 34 deformação extensa da cérvice, lacerações 
semana e, isso, especialmente após a colocação da penetrantes em fórnices, cervicites subaguda e 
circlagem de emergência. fístula cérvico-vaginal.
O crescimento fetal deve ser monitorizado Tanto a circlagem de Shirodkar quanto a de 
pela ultra-sonografia a cada três a quatro semanas McDonald são realizadas por via vaginal. A 
até o final da gestação, dada a associação com o circlagem de Shirodkar envolve uma única sutura 
RCIU. A razão dessa associação não está clara, ao redor da cérvix no nível do orifício interno, 
mas pode estar associada ao suprimento sanguíneo depois de fazer uma incisão na mucosa vaginal 
prejudicado na segmento inferior do útero. acima da cérvix e rebatendo a bexiga, e uma 
Os estudos, até agora, não demonstram incisão semelhante na parte de baixo da cérvix, 
qualquer associação entre a presença da circlagem rebatendo o reto. A sutura é, então, atada e as 
(seja ela McDonaldou Shirodkar) e amniorrexe incisões da mucosa fechadas. Na sua descrição 
prematura relacionada à colocação da original em 1955, Shirodkar usou uma faixa de 
Também não existe consenso quanto à conduta 10x0,5cm de fascia da coxa da paciente. 
quando ocorre na paciente com circlagem cervical Em 1957, McDonald publicou sua 
a amniorrexe prematura. Todos concordam em que modificação de circlagem transvaginal, a qual 
se houver evidência de amnionite, a circlagem envolvia uma sutura em bolsa de tabaco ao redor 
deve ser removida imediatamente. Na ausência de da cérvix com material absorvível. A sutura é 
infecção, não há uniformidade de opiniões, colocada o mais alto possível, sem dissecção da 
parece, entretanto, que não existe benefício claro bexiga ou do reto. Se necessário uma segunda ou 
em nenhum sentido. até mesmo uma terceira sutura podem ser 
O risco de prematuridade (assumindo que realizadas. Apesar delas não terem sido testadas 
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31 
21
32
6,33
6,10,21 sutura.
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Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba
se acredite que a circlagem funcione) deve ser incisão semelhante no fórnice posterior. Com o 
pesado contra o risco da infecção ascendente. Os auxílio das agulhas de Deschamps fixa-se faixa de 
estudos recentes sugerem que as morbidades Mersilene®; o nó deve ser dado na sua porção 
neonatais e maternas não mudam com o manejo posterior e a mucosa fechada com catgut 
expectante na rotura prematura das membranas. cromado.
Entretanto, não existem dados conclusivos para A técnica de McDonald (1957) é mais 
demonstrar que o manejo expectante (incluindo a usada em nosso meio do que a técnica original de 
tocólise, terapia com corticosteróides e Shirodkar. A técnica preconizada por McDonald 
antibióticos) melhore o desfecho neonatal. tenta facilitar, sobretudo, a retirada do fio para 
A maioria dos clínicos recomenda a permitir o parto; inicia-se de modo semelhante à 
a aremoção da circlagem por volta da 36 a 38 cirurgia de Shirodkar, com o pinçamento dos 
semana para prevenir que a cérvico-dilatação do lábios anterior e posterior do colo, na reflexão do 
trabalho de parto possa traumatizar a circlagem colo na parede vaginal anterior, introduz-se ponto 
intacta com a possível laceração da cérvix ou de seda 2 ou Mersilene® 3; esse fio (que estará na 
rotura uterina. altura do istmo) deverá entrar no local 
Quanto à remoção por via vaginal da sutura correspondente às 12 horas, sair novamente às 10 
feita por via abdominal (CTA), através da horas, de modo a entrar e sair no colo nos seus 
colpotomia posterior, apesar de tecnicamente quatro quadrantes, tomando-se o cuidado de não 
factível, tem se mostrado mais difícil do que foi comprimir a irrigação cervical que localiza-se às 3 
 relatado originalmente e, muitas vezes, resulta em e 9 horas. 
perda sanguínea excessiva. Ela não é, portanto, Pontes Mattar et al. consideram que a 
amplamente recomendada. As pacientes com CTA técnica de McDonald é superior à de Shirodkar por 
requerem uma cesárea eletiva com 37 a 38 ser mais simples de realizar, ter índices reduzidos 
semanas de gestação, depois da confirmação da de infecção, de distócia cervical e de parto cesáreo. 
maturidade pulmonar. Se o casal desejar fertilidade Aquino Salles - 1959- sugeriu que a IIC deveria ser 
no futuro, a CTA é deixada no local no momento da tratada com três pontos (dois laterais e um medial), 
cesárea. em forma de “U” de fio inabsorvível (seda 2), 
As técnicas com abordagem abdominal, transfixando o colo longitudinalmente, sendo os 
 atingem o útero através de abertura do peritônio nós aplicados em sua porção anterior. Ainda entre 
parietal e incisão transversal do peritônio visceral nós, Dantas do Amaral (1970) recorreu à técnica 
uterino. de cervicorrafia, que consiste em cerrar o canal 
A utilização de ultra-sonografia para cervical com três pontos transversos em “U” 
seguimento do aspecto do colo é prática aceita pela perpendiculares ao seu eixo, sendo um medial (de 
literatura; são considerados casos de pior situação mais elevada) e dois laterais (fio de 
prognóstico aqueles cujos colos têm menor nylon). 
comprimento após a execução da circlagem, ou Outra técnica bastante usada é a descrita 
que exista diminuição do comprimento na por Espinosa Flores (1966), em que a circlagem é 
evolução dos exames de ultra-sonografia de efetuada usando ancoragem no ligamento de 
controle. Mackenrodt, no lábio posterior do colo, no 
Com relação à conduta a ser tomada no ligamento de Mackenrodt contralateral e no lábio 
parto, há consenso de que a via deverá ser a anterior do colo, onde é fixado o nó. A sustentação 
vaginal, indicando-se cesárea apenas nas situações é dada por fita cardíaca de 3,0 cm. Também podem 
em que for necessária, por algum outro motivo. ser usadas bolas de algodão umedecidas ou sondas 
A primeira técnica de circlagem foi descrita de Folley com o balão distendido para redução da 
por Shirodkar (1955). O autor propôs que, com bolsa de águas. Outra opção é a amniocentese, com 
pinças de De Lee, tracionando os lábios anterior e o objetivo de reduzir a tensão na bolsa protrusa e 
posterior do colo, efetue-se uma pequena incisão permitir a circlagem. Estudos demonstraram que a 
na mucosa no fórnice anterior, dissecando-se a diminuição da pressão dentro da bolsa de águas 
fascia vaginalis e introduzindo agulha de permite abordagem mais segura para se fixar a 
Deschamps bilateralmente através de outra circlagem. 
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6
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10 6 e
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12,33
4,30 
 
6
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As su tu ra s de ve m se r am ar ra da s a circlagem eletiva, entretanto, está de acordo com 
anteriormente ou posteriormente ? Mais uma vez, a prudência do cirurgião. Se os antibióticos forem 
dados para prevenir a infecção ascendente, os refere Norwitz , não existe consenso sobre essa 
agentes de amplo espectro que cobrem tanto questão. O nó da sutura dado anteriormente pode 
anaeróbios como aeróbios são recomendados, tornar mais fácil a visualização durante a gestação 
como as cefalosporinas de terceira geração, e ser mais fácil de remover, mas também 
ampicilina e sulbactam, ou uma combinação de demonstra um desconforto aumentado na bexiga.
ampicilina, gentamicina e clindamicina.A circlagem transabdominal (CTA) foi 
Com relação ao uso de antibioticoterapia realizada pela primeira vez em 1965, por Benson e 
profilática e ao uso de bloqueadores de Durfee. A taxa de salvação perinatal nessa série foi 
contratilidade uterina há controvérsia na literatura. relatada como de 11% (cinco bebês viáveis de 45 
Alguns sugerem que deve ser usado creme vaginal à gestações) antes, e 82% (11/13) depois da 
base de sulfa, outros acreditam que seu uso não seja colocação de CTA. Um número de investigadores 
necessário. tem, desde então, usado este procedimento em 
pacientes cuidadosamente selecionadas com Shi ffman ver ifi cou que o us o de 
incompetência cervical, e resultados semelhantes antibioticoterapia de baixas doses (ampicilina 
têm sido relatados. 250mg/dia usado alternadamente com eritromicina 
Nenhuma evidência sugere que a CTA é 250mg/dia até o término da gestação) permitiu mais 
superior à circlagem transvaginal (seja de tempo de gestação e melhores resultados perinatais. 
Shirodkar ou de McDonald) e a realização da CTA Outrossim, considera-se importante o uso de 
é um procedimento com uma morbidade muito corticoterapia com vistas ao estímulo da maturidade 
maior, requerendo laparotomia e um subseqüente pulmonar nas idades gestacionais apropriadas ao 
parto cesáreo. A circlagem transabdominal deve, seu uso (28 a 34 semanas).
portanto, ser reservada para as pacientes com As pacientes deverão ser consideradas 
incompetência cervical documentada, nas quais a como gestantes de alto risco e necessitam de 
circlagem profilática é indicada, mas que falharam freqüentesretornos para controle clínico.
ou nas circlagens transvaginais prévias ou nas que 
 COMPLICAÇÕES DA CIRCLAGEMa circlagem transvaginal é tecnicamente impossível 
de ser realizada; cérvix ausente ou encurtada 
As complicações associadas com a adquirida; acentuadas lacerações ou defeitos da 
circlagem cervical aumentam com o aumento da cérvix (trauma ou circlagens prévias); fístula 
idade gestacional e dilatação cervical. As cérvico-vaginal e/ou cervicite subaguda.
complicações a curto prazo (isto é, 48 h) ocorrem Não existe consenso na literatura sobre o uso 
em 3% a 20% dos casos, incluindo sangramento de antibióticos profiláticos, tocólise profilática ou 
excessivo (ocasionalmente necessitando de escolha de anestesia para a circlagem cervical. Tais 
transfusão de sangue), ruptura prematura das decisões devem ser individualizadas.
membranas fetais, aborto e complicações da A anestesia regional é, geralmente, 
anestesia. preferida, pois as pacientes acordam muitas vezes 
A ruptura prematura das membranas é a da anestesia geral tossindo e com ânsia de vômito, 
causa mais comum de falha da sutura. As o que pode colocar uma força adicional tanto sobre 
complicações a longo prazo para a circlagem a circlagem quanto sobre as membranas fetais. A 
cervical incluem as lacerações cervicais (3% - 4%), tocólise profilática (indometacina, ritodrina, 
corioamnionite (4%) e estenose cervical (1%) bem sulfato de magnésio ou terbutalina) pode ser usada 
como complicações raras (como RCIU, morte fetal, por dois a três dias para inibir as contrações 
descolamento prematuro da placenta, tromboflebite, uterinas transitórias associadas com a colocação 
migração da sutura, desconforto vesical e dor das suturas, mas nenhuma evidência sugere que 
abdominal). isto melhore o desfecho perinatal. 
O uso da circlagem cervical está também Numa situação de circlagem de emergência, 
associado ao aumento das intervenções durante a os antibióticos profiláticos são recomendados pelo 
gravidez, incluindo altas taxas de admissões risco da corioamnionite. O uso de antibióticos para 
21
34 
21
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Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba
hospitalares, administrações de tocolíticos orais, carcinoma de colo uterino, cervicite herpética 
indução do trabalho de parto e cesáreas. ativa, toxemia grave, hidrâmnio ou hidrocéfalo e 
A inf ec çã o p ue rp er al oc or re em , infecção uterina, sangramento vaginal inexplicado 
aproximadamente, 6% das pacientes com circlagem, (descolamento prematuro de placenta), morte fetal 
duas vezes mais comum do que a incidência dos intra-uterina (MFI), condição ameaçadora da vida 
controles pareados pela idade gestacional sem materna ou contrações uterinas e/ou trabalho de 
circlagem. As complicações associadas com a parto ativo.
circlagem cervical aumentam com o aumento da Mays et al. consideram que evidência de 
idade gestacional e dilatação cervical. corioamnionite deveria ser também uma contra-
A falha do método com a subseqüente indicação para a circlagem; apresentam análise de 
evolução para o parto prematuro ou imaturo é a 25 pacientes que se submeteram previamente à 
complicação mais comum; pode ocorrer na amniocentese para detecção de infecção 
dependência de vários fatores, mas tem maiores subclínica e concluíram que em todos os casos em 
índices de insucessos ao ser executada que já existia infecção amniótica antes da 
tardiamente. Independente da técnica usada, a circlagem, as pacientes não se beneficiaram do 
circlagem transvaginal efetuada após 20 semanas procedimento cirúrgico.
terá 50% de chances de conseguir o objetivo de Antes de realizar a circlagem, uma ultra-
levar a gravidez até a viabilidade; se efetuada no sonografia é recomendada para confirmar uma 
momento oportuno falha em torno de 10% a 15% gestação intra-uterina viável e para excluir defeitos 
das vezes. anatômicos graves, como a anencefalia. 
Quando ocorrer quadro de aborto ou parto A evidência de membranas fetais protusas 
iminente há necessidade de rápida retirada das através do orifício cervical é uma contra-indicação 
suturas, pois caso elas permaneçam in situ, há relativa para a circlagem; a literatura sugere uma 
risco de graves lacerações do colo e mesmo alta incidência de ruptura das membranas nessa 
ruptura uterina. situação. 
A despeito de não existirem estudos A presença de bactérias no esfregaço de Gram 
randomizados e prospectivos para se confrontar ou numa cultura positiva de uma amniocentese pré-
os riscos e os benefícios da manutenção do fio operatória está associada a uma taxa de falha 
após a ruptura de membranas sem a instalação do acima de 90%. Entretanto, a não ser que haja uma 
trabalho de parto, considera-se que deverá ser evidência clínica de corioamnionite, a amniocentese 
retirado prontamente, pois sua presença pré-operatória não é realizada rotineiramente. 
aumentaria o risco de infecção uterina. Ainda que alguns obstétras indiquem a 
Ainda com relação às infecções, foram circlagem cervical para o tratamento da placenta 
descritos casos de sepsis após a realização de prévia, esta conduta não é aceita pela maioria dos 
tocólogos. Entretanto, em casos da associação da circlagem.
placenta prévia com a incompetência cervical não São outras complicações da circlagem: 
há um acordo. hemorragia por lesão dos vasos uterinos, deslize 
Recentemente, um ensaio randomizado da da sutura, transfixação da bexiga, necrose da 
circlagem de McDonald em 25 pacientes com parede vaginal anterior ou posterior, lacerações, 
sangramento entre 24 e 30 semanas e evidências amputações do colo, esterilidade secundária e 
sonográficas de placenta prévia resultou em partos fístula vesico-vaginal.
tardios (35 vs. 32 semanas das não circladas) e maior 
peso ao nascer (2.709 g vs. 1.812 g), menos CONTRA-INDICAÇÕES PARA A 
admissões hospitalares e menos complicações CIRCLAGEM CERVICAL 
neonatais no grupo randomizado para circlagem 
quando comparado aos controles. Atualmente, não São contra-indicações para a circlagem na 
existe qualquer outro dado que apoie estes gestação: membranas ovulares rotas, infecção 
intra-uterina, feto morto, metrossístoles achados.
persistentes, hemorragia uterina moderada ou As gestações múltiplas têm um risco 
intensa, malformações fetais importantes, aumentado de trabalho de parto pré-termo, 
2,11
35 
10
26
19
1
36
8
Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba, v. 5, n. 2, p. 1 - 9, 2003
Buenos Aires: Panamericana, 1985.entretanto, nenhuma evidência sugere que a 
17. Marder SJ, Jackson M. Sonographic assessment of the circlagem profilática tenha algum benefício nas 
incompetent cervix during pregnancy. Sem Roentgenol gestações gemelares. Entretanto, para pacientes 1999; 1:35-40.
com história de incompetência cervical, com 18. Hricak O, Virgil DA, Ixquierdo L, Schiff M, Curet LB. 
cérvico-dilatação precoce verificada ao toque e Cervical incompetence: preliminary evaluation with 
MR imaging. Radiology 1990; 174:821-6.sem contrações uterinas dolorosas, com menos de 
rd19. Maldjian C, Adam R, Pelosi M, Pelosi M 3 . MRI 26 semanas, acredita-se que a circlagem tem sua 
appearence of cervical incompetence in a pregnant indicação. patient. Magn Reson Imaging 1999; 17:1399-402.Não existe qualquer dado sobre gestações 20. Palmer R. Le role de la beance del istme uterine dans 
múltiplas com mais de dois conceptos e circlagem l'avortement habitues. Rev Fr Gynecol Obstet 1950; 
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