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quanto mais próspero ele for em sua profissão, mais ela precisa da companhia dele. B. Amor compassivo. A mulher possui uma inclinação natural para cuidar de doentes, mas poucos homens demons- tram tal amor. Quando o marido ou um filho se fere, quem corre para socorrer? Quem salta da cama às 2:30 da madruga- da, quando o bebê solta o mais leve gemido? Raramente é o pai. A mãe não demonstra esse amor compassivo por ser mãe, mas por ser mulher. Os homens precisam aprender que a capacidade que a mulher tem de demonstrar o amor compassivo é prova de que ela necessita recebê-lo também. E essa necessidade se torna ainda mais aguda, quando ela está passando por algum sofri- 43 mento físico ou emocional. Ê lamentável que o homem que desfruta do amor compassivo da esposa, muitas vezes seja relapso em retribuí-lo à sua amorosa companheira. Nesse caso deve aplicar-se a Regra Áurea. C. Amor romântico. As mulheres são românticas. Escon- dido no coração de cada menina (mesmo depois que ela cresce) existe aquela imagem do "príncipe encantado" vindo ao seu encontro num cavalo branco, para despertar a princesa com seu primeiro beijo de amor. Por essa razão, ela precisa de gestos românticos, flores, músicas, iluminação difusa, jantar fora e muitas outras coisas. Infelizmente, muitos homens deixam de compreender isso, principalmente porque sua necessidade de romantismo ou inexiste ou é mínima. Mas ele é casado com uma criatura que possui extraordinária necessidade disso. Alguns homens podem até pensar que suas esposas são pessoas práticas, diferentes das outras mulheres, mas isso é um erro de julgamento. Para falar a verdade, o mais provável é que essas mulheres tenham superado aquele "so- nho", tornando-se práticas, porque lhes parece melhor repri- mir este anseio do que se sentirem frustradas pela falta de romantismo do marido. Contudo, uma ou outra noite fora, sem os filhos, um presentinho inesperado, ou qualquer outra expressão de romantismo pode ser muito gratificante para elas. Essa diferença entre homens e mulheres pode contribuir para o surgimento de sentimentos de incompatibilidade após o casamento. A mulher nunca perde essa necessidade de romantismo, ao passo que o homem nem mesmo a possui. As emoções dele estão sempre à tona e se incendeiam facilmente; as dela são profundas e de combustão lenta. Ê esse amor romântico que faz a mulher corresponder aos pequeninos gestos de carinho do marido, tais como abrir a porta do carro para ela ou segurar seu braço quando atravessa a rua. É possí- vel que ele se sinta um pouco encabulado ao fazê-lo, mas a reação dela bem que vale o esforço. Lembro-me de certo domingo em que eu e minha esposa chegamos de carro à porta da igreja. Cinco homens estavam observando, enquanto eu dava a volta e abria a porta do carro para Beverly. Sinceramente, eu me senti meio ridículo, naque- le momento, mas ela fez com que tudo aquilo valesse a pena, não somente pelo ligeiro aperto que deu em minha mão, quando nos encaminhávamos para o templo, mas também por 44 algo que aconteceu mais tarde. Após ter pregado cinco vezes naquele dia, eu estava exausto quando chegamos em casa à noite. Já eram quase onze horas da noite, e chovia levemente. Puxei o freio de mão logo que parei, mas fiquei admirado ao ouvir minha esposa abrir a porta de seu lado, e correr à frente dos faróis para erguer a porta da garagem para mim. O que a fizera agir assim? Simplesmente isso: às cinco da tarde ela precisara de um gesto romântico de minha parte, e eu o fiz, diante de meus amigos; às onze, ela demonstrou sua gratidão e atendeu a uma necessidade minha. Não nos enganemos pensando que as mulheres "moderni- nhas" de hoje são diferentes, só porque algumas usam roupas sem graça, e às vezes agem como se não se preocupassem com as boas maneiras e a etiqueta. Há algo bem no fundo do coração da mulher que clama pelo amor romântico. Jeri foi um exemplo disso. Com vinte e um anos, ela foi levada a Cristo por uma jovem de nossa igreja, que fora sua colega de escola. Quando começou a freqüentar nossas reu- niões, usava calças jeans e camiseta branca. Exteriormente, era um pouco grosseira, de modos independentes. Porém, à medida que crescia na fé, começou a arrumar-se melhor e a pentear o cabelo. Surpreendentemente, ela revelou-se uma jovem muito atraente. Não demorou muito, e Roy começou a namorá-la e pediu-lhe que o apresentasse aos pais dela. Cerca de um ano depois, ela me procurou em meu gabinete para combinar os detalhes do casamento. Quando lhe perguntei o que mais apreciava em Roy, ela respondeu: "Ele me trata com toda a cortesia, como a uma grande dama. É o primeiro rapaz que vem à porta de minha casa apanhar-me para um encon- tro, abre portas para mim e puxa a cadeira quando vou sentar-me à mesa." Indaguei-lhe se gostava desse tipo de tratamento, e seus olhos se encheram de lágrimas, e ela sussurrou: "Adoro!" Havia sete anos que ela namorava, mas foi o primeiro rapaz que a tratou como uma dama, que conquistou seu coração. A razão é simples: as mulheres têm necessidade de um amor romântico. D. Amor carinhoso. A maioria das mulheres tem sede de beijos de agradecimento e apreciação. Talvez você conheça exceções — e nós também — mas se examinar bem, verá que essa falta de afeição é cultivada. Em alguns casos, ela é causada por um marido que exige a realização de um ato sexual rápido, ao invés de uma preparação mais demorada. 45 Alguns homens desatenciosos se satisfazem com isso, mas a maioria das mulheres não: para elas, um toque carinhoso, um cálido abraço, e a proximidade daquele que elas amam é quase tão agradável como o contato mais íntimo. Na verdade, muitas mulheres reagem mais positivamente a um olhar de admiração ou a palavras de elogio, que a qualquer outra coisa. O marido inteligente é aquele que freqüentemente quebra a rotina da vida e expressa verbalmente sua admiração pela esposa. Esses homens não "passam fome", sexualmente fa- lando, pois já descobriram que a mulher é despertada pelas pequenas expressões de carinho que muitas vezes parecem sem sentido para os homens em geral. Pessoalmente, não ligo muito para flores. Se nunca hou- vesse flores em casa, nem sentiria falta delas. Mas quase todas as vezes que volto da reunião do seminário, no sábado à noite, compro um ramo de flores para Bev, no aeroporto de San Diego. Por quê? Porque gosto da reação que isso provoca nela. Devo confessar sinceramente que foram precisos vários anos para que eu aprendesse o valor de conformar meus atos à necessidade de carinho que existe nela. Ela não somente fica alegre em ter as rosas amarelas, mas também mostra-se agradecida ao ver que pensei nela, no momento em que voltava à cidade. 3. Amor passional. O amor passional é algo natural ao homem por causa de seu forte impulso sexual. A maioria das mulheres precisa cultivar esse desejo de amor passional, mas podemos estar certos de que elas possuem a capacidade de aprender a senti-lo. O marido que oferece carinho à esposa pode levá-la a sentir esse amor passional. E qualquer um que fizer isso dirá depois que valeu a pena o tempo empregado. Como veremos mais adiante, a paixão feminina é mais sujeita a fases do que a do homem. Em certas ocasiões, em condições adequadas de lugar, intimidade e afeição, ela pode desfrutar plenamente do amor passional. Contudo, uma coisa deve ser lembrada: a mulher terá mais facilidade de expressar amor passional depois que os outros quatro tipos de amor tiverem sido satisfeitos. Depois que a necessidade de amor que há no coração feminino é adequadamente atendida, ela passa a ter certeza do amor do marido, coisa que está-se tornando cada vez mais importante, coisa que numa época em que homens e mulheres se relacionam mais estreitamente a cada