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informações valiosas e úteis para qualquer casal, e várias das informações aqui fornecidas não são encontradas em nenhuma outra obra semelhante. Portanto, nós o entregamos ao público com a oração de que Deus o use para enriquecer tanto o amor como a vida sexual daqueles que o lerem. Tim LaHaye 1, 2. Robert J. Levin — em Redbook, setembro de 1970. 13 1 A Santidade do Sexo O ato conjugal é essa bela relação íntima de que partilham marido e mulher, na seclusão de seu amor — e ela é sagrada. Na verdade, Deus determinou para eles esse relacionamento. Prova disso é o fato de que Deus tenha apresentado esta experiência sagrada em seu primeiro mandamento para o homem: "Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra." (Gn 1.28.) Esse encargo foi dado ao homem antes de o pecado entrar no mundo; portanto, o sexo e a reprodução foram ordenados por Deus, e o homem experimentou-o ainda quan- do se achava em seu estado original de inocência. Isso inclui o forte e belo impulso sexual, que marido e mulher sentem um pelo outro. Sem dúvida, Adão e Eva o sentiram no Jardim do Éden, como fora intenção de Deus, embora não haja um registro ou prova escrita de que tal tenha acontecido, mas é razoável supormos que Adão e Eva tenham tido relações sexuais antes de o pecado entrar no jardim. (Ver Gênesis 2.25.) A idéia de que Deus criou os órgãos sexuais para nosso prazer parece surpreender algumas pessoas. Mas o Dr. Henry Brandt, um psicólogo cristão, nos relembra que: "Deus criou todas as partes do corpo humano. E não criou algumas boas e outras más; ele criou todas boas, pois quando terminou a obra 15 da criação, ele olhou para tudo e disse: 'Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom." (Gn 1.31.) E outra vez lembramos que isso ocorreu antes de o pecado macular a perfeição do Paraíso. Após vinte e sete anos de ministério e o aconselhamento de centenas de casais com problemas pertinentes à intimidade conjugai, estamos convencidos de que muitos abrigam, escon- dida em algum canto da mente, a idéia de que há algo errado com o ato sexual. Temos que reconhecer que a má-vontade dos líderes cristãos, através dos anos, em abordar abertamente este assunto, tem lançado dúvidas sobre a beleza desse tão necessário aspecto da vida conjugai; mas a distorção dos desígnios de Deus, feita pelo homem, é sempre posta a desco- berto, quando recorremos às Escrituras. Para desfazer essa noção falsa, ressaltamos que há regis- tros na Bíblia de que os três membros da Santíssima Trindade apoiaram esse relacionamento. Já citamos o selo aprobatório de Deus, o Pai, em Gênesis 1.28. Todas as pessoas que assistem a um casamento evangélico provavelmente ouvem o oficiante relembrar que o Senhor Jesus escolheu um casamen- to para ser o cenário de seu primeiro milagre; os pastores, quase que universalmente, interpretam isso como um sinal divino de aprovação. Além disso, Cristo afirma claramente em Mateus 19.5, o seguinte: "E serão os dois uma só carne." A cerimônia nupcial em si não é o ato que realmente une o casal em santo matrimônio aos olhos de Deus; ela simples- mente concede, publicamente, a permissão para que eles se retirem para um local isolado, e realizem o ato pelo qual se tornam uma só carne, e que realmente os transforma em marido e mulher. Tampouco o Espírito se manteve em silêncio com relação à questão, pois ele apoia esta experiência sagrada em muitos textos das Escrituras. Nos capítulos subseqüentes considera- remos a maioria deles, mas citaremos um logo aqui, para exemplificar sua aprovação. Em Hebreus 13.4, ele inspirou o autor a escrever o seguinte princípio: "Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula." Nada poderia ser mais claro do que esta declaração. Qualquer pessoa que sugerir que pode haver algo de errado com o ato sexual entre marido e mulher simplesmente não entende as Escrituras. O autor do livro poderia ter afirmado apenas: "Digno de honra entre todos seja o matrimônio", o que já teria 16 sido suficiente. Mas, para ter a certeza de que todos entendes- sem bem o que queria dizer, ampliou a mensagem com a declaração: "bem como o leito sem mácula". Ele é "sem mácula" porque constitui uma experiência sagrada. Até recentemente, eu estava relutante em empregar a palavra coito para designar o ato sexual, embora sabendo que se trata de um termo legítimo. Essa situação mudou quando descobri que a palavra que o Espírito Santo usou em Hebreus 13.4 foi o grego koite, que significa: "coabitar; implantar o erpermatozóide masculino."1 O vocábulo koite deriva de Keimai, que significa "deitar", e que é relativo a koimao, que significa "fazer dormir".2Embora a palavra coito derive do latim coitu, o termo grego koite tem o mesmo significado: a união que o casal realiza na cama;, coabitar. Baseados neste significado da palavra, poderíamos traduzir assim o verso de Hebreus 13.4: "O coito no casamento é honroso e sem mácula." O casal que pratica o coito, está fazendo uso de uma possibilidade e privilégio, dados por Deus, de criarem uma nova vida, um outro ser humano, como resultado da expressão de seu amor. NÃO APENAS A SIMPLES PROPAGAÇÃO DA ESPÉCIE Minha primeira experiência como conselheiro no campo do sexo foi um completo fracasso. Estava no segundo ano do seminário, quando fui abordado certo dia por um colega do time de futebol, quando saíamos do treino, em direção aos vestiários. Eu já notara que aquele rapaz grande e atlético não estava agindo normalmente. Éramos ambos casados, havia pouco mais de um ano, mas ele não parecia feliz. Ele era, por natureza, uma pessoa afável, mas, depois de alguns meses de casamento, tornara-se tenso, irritável, e, de um modo geral, muito sensível. Afinal um dia ele explodiu: "Quanto tempo você acha que devo concordar com o celibato conjugai?" Ao que parece, sua jovem esposa cria que o ato sexual era reservado "apenas para a propagação da espécie". E como haviam combinado ter filhos apenas depois que ele se formas- se, ele se tornou um marido frustrado. Muito sério ele me perguntou: "Tim, será que não existe na Bíblia uma passagem que diga que o sexo pode ser motivo de prazer?" Infelizmente, eu também estava muito desinformado para dar uma resposta adequada. Eu tivera a bênção de ter uma 17 esposa que não adotava aquelas idéias, e nunca pensara muito no assunto. De lá para cá, porém, procurei examinar um bom número de passagens das Escrituras, durante meu estudo bíblico, com o objetivo de descobrir o que a Palavra de Deus ensina sobre este assunto. Já encontrei muitos trechos que abordam a questão da relação sexual dos casais; alguns falam basicamente sobre a propagação da espécie, mas muitos outros provam que Deus determinou que o ato sexual fosse praticado para o prazer mútuo. Na verdade, se todos conhe- cessem esse fato, ele se tornaria a principal fonte de gozo no casamento, desde os tempos de Adão e Eva até os nossos dias, como Deus determinou. O QUE A BÍBLIA FALA SOBRE SEXO Como a Bíblia, clara e reiteradamente, condena o abuso sexual, tachando-o de adultério e fornicação, muitas pessoas — ou por ignorância ou como um meio de justificar seus atos de imoralidade — interpretam erradamente estes conceitos, e dizem que Deus condenou toda e qualquer manifestação sexual. Mas a verdade é exatamente o contrário. A Bíblia sempre fala dessa relação aprovativamente — desde que seja limitada a casais casados. A única proibição da Bíblia diz respeito a atos sexuais extra ou pré-conjugais. A Bíblia é inquestionavelmente clara a esse respeito, condenando esse tipo de conduta. Foi Deus quem criou o sexo. Ele formou os instintos humanos, não com o fim de torturar homens e mulheres, mas para proporcionar-lhes satisfação e senso de realização pes-