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EE - Aulas 01 à 05

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EDUCAÇÃO ESPECIAL. 
AULA 01 – CULTURA DAS DIFERENÇAS. 
INTRODUÇÃO. 
Nesta aula, definiremos o campo da Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva 
entendo-o como uma modalidade de ensino que não substitui a educação comum e que tem como 
objetivo oferecer serviços e recursos, de forma complementar ao ensino regular, atendendo às 
necessidades de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades. 
Discutiremos o processo de construção da visão social sobre a deficiência e sobre a pessoa com uma 
deficiência procurando destacar os novos paradigmas que orientam a perspectiva da educação 
inclusiva no contexto brasileiro contemporâneo. 
Inclusão Social. 
A discussão sobre inclusão/exclusão social está presente no cenário atual brasileiro e vem 
mobilizando um amplo debate sobre os mecanismos socioculturais que viabilizam, dificultam ou 
impedem o acesso permanente aos direitos políticos, civis e sociais a todas as pessoas que 
compõem a sociedade. 
Dentro de um determinado contexto social, observamos que existem diferentes formas e 
mecanismos de organização da sociedade que terminam por exercer influência restritiva de acesso a 
papéis sociais e o exercício pleno da cidadania. 
Pessoas que trazem alguma característica que as distingue das demais, seja por diferenças em 
relação a credo, gênero, raça, condição física, etc., muitas vezes são estigmatizadas e excluídas do 
convívio social. Na vida cotidiana, enfrentam preconceitos em relação às suas capacidades e 
potencialidades, que são evidenciados, muitas vezes, pelas atitudes desfavoráveis e negativas a elas 
dirigidas, antes mesmo de um conhecimento prévio da situação ou de qualquer inter-relacionamento 
mais pessoal. 
Como afirma Sawaia (2001, p.7), a exclusão é um termo ambíguo que revela a complexidade e as 
contradições do processo de exclusão social e sua transmutação em inclusão social, ou seja, é um... 
“...conceito que permite usos retóricos de diferentes qualidades, desde a concepção de desigualdade 
como resultante de deficiência ou inadaptação individual, falta de qualquer coisa, um sinônimo do 
sufixo sem (less), até a de injustiça e exploração social”. 
No Brasil, convivemos com altos índices de desigualdade social, em decorrência da má distribuição 
de renda e do cenário instável das políticas econômicas e sociais, o que resulta na existência de um 
grande número de pessoas que não têm acesso e não usufruem dos bens e serviços historicamente 
acumulados. 
Os efeitos da exclusão são, algumas vezes, irrecuperáveis e causam danos ao sujeito e ao 
grupo social. Veja a seguir as consequências dos danos nos seguintes aspectos: 
Psicológicos - Em termos psicológicos, o sujeito que vive à margem do convívio social, sofre danos 
em relação à sua autoestima e pode vir a estruturar sua autoimagem de forma negativa, 
desenvolvendo um tipo de comportamento desviante, apático, acomodado ou agressivo como forma 
de resistência ou de defesa. 
Econômicos - Do ponto de vista econômico, a pessoa que não é absorvida pelo sistema de 
produção capitalista, por diferentes razões, é percebida como improdutiva. Muitas vezes, não 
consegue sair da condição de dependência e de pobreza e não encontra oportunidade de reverter 
essa situação por não atender às exigências ditadas por uma ideologia de mercado altamente 
competitiva e preconceituosa. 
Políticos - Sob o aspecto político, a exclusão determina a limitação da possibilidade de ações 
participativas na vida do país e do exercício da cidadania para o grupo de excluídos, que tende a 
permanecer em uma posição subalterna e de fácil manipulação em relação ao grupo que detém o 
poder. 
Culturais - No contexto educacional/cultural, observamos que este movimento de inclusão/exclusão 
do aluno em relação à escola também acontece por diferentes fatores. A problematização deste 
fenômeno exige uma ampliação do foco de análise, uma vez que, atinge não só o grupo de alunos 
com necessidades especiais de aprendizagem em decorrência de algum tipo de deficiência, mas 
também envolve a educação de alunos da zona rural, das crianças de rua, dos indígenas, 
analfabetos e de todos aqueles que, por alguma razão, se distinguem da norma e são diretamente 
afetados pelos mecanismos de inclusão/exclusão educacional. 
Segundo Skliar (2001, p.15), entre estes diferentes grupos sociais “existe uma especificidade que os 
diferencia, mas também há um fator comum que os faz semelhantes: trata-se daqueles grupos que, 
com certa displicência, são classificados como minorias; minorias que, na verdade, sofrem exclusões 
parecidas desde o processo educativo”. 
Pretendemos nos aproximar do tema mais específico que aborda o movimento de inclusão no 
contexto escolar, sem com isso desconsiderar as ambiguidades e contradições que permeiam as 
análises desenvolvidas sobre as desigualdades e injustiças sociais e que terminam por dificultar ou 
impedir o processo de inclusão social, devido a fatores econômicos e sociais. 
Em nosso estudo, procuramos focalizar o debate atual sobre o campo da educação especial no 
Brasil, tomando por base que este campo de investigação faz parte do contexto educacional geral. 
A proposta inclusiva de educação visa garantir a educação para todos e vem norteando as 
discussões atuais no cenário social brasileiro. 
O convívio de alunos com necessidades especiais de aprendizagem de forma integrada com os 
demais alunos, frequentando a mesma escola, participando de atividades comuns, interagindo e 
compartilhando o espaço comum da sala durante todo o tempo de aula é assegurado por lei e 
indicado como a forma mais adequada de desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem. 
Diferentes documentos e propostas foram elaborados, ao longo dos últimos anos, com o objetivo de 
promover o debate e a consolidação de ações que garantam o ingresso e a permanência de todos os 
alunos, incondicionalmente, na escola regular. 
No sistema educacional orientado pelo modelo inclusivo, todas as crianças devem estar 
matriculadas em escolas regulares e frequentando classes comuns. 
A proposta inclusiva pressupõe, assim, uma revisão nos paradigmas que orientam a sociedade 
como um todo, de modo a permitir uma consolidação efetiva do projeto de construção de uma 
escola onde a diferença e a diversidade humana sejam valorizadas e respeitadas. 
Desta forma, convivendo num grupo heterogêneo, todos os alunos terão oportunidade de 
desenvolver um maior respeito à diferença, o espírito de cooperação e de solidariedade 
humana. 
AULA 02 - DA INTEGRAÇÃO À INCLUSÃO: UMA ABORDAGEM HISTÓRICA DA 
EDUCAÇÃO ESPECIAL. 
 
Acompanhando a história da Educação Especial no Brasil, observamos que diferentes paradigmas – 
assistencialista, de serviços e de suportes, orientaram as propostas para o atendimento dos alunos 
com necessidades educacionais especiais. 
Inicialmente, o modelo médico-assistencialista visava cuidado e proteção da pessoa com deficiência. 
A partir dos anos 70, a ênfase na terapia foi aos poucos sendo substituída por um modelo de 
atendimento educacional, com o apoio de uma rede de serviços especializados. O modelo 
educacional de atendimento começa a influenciar a pesquisa de novos métodos e técnicas de ensino 
oferecido ao aluno com deficiência. 
Nos anos 80, a filosofia da integração e normalização norteou o trabalho neste campo, defendendo 
a ideia de que a pessoa com deficiência tem o direito de usufruir as condições de vida e 
escolarização comuns aos demais alunos. 
A partir dos anos 90, o paradigma da inclusão suscita diversos questionamentos e ações que 
procuram garantir uma escola comum para todos os alunos, com qualidade para oferecer os 
suportes necessários à escolarização. 
Desde a Antiguidade até os dias de hoje, podemos observar uma longa trajetória de transformações 
em relação ao movimentode inclusão/exclusão social da pessoa com deficiência e ao modo como é 
alterado, ao longo da história, o comportamento da sociedade quando se defronta com a questão do 
convívio com a diferença, a diversidade humana e a pluralidade cultural. 
Em distintas épocas, observamos que a sociedade tende a isolar aquele indivíduo que possui alguma 
característica que o distingue dos demais, ditos normais, por não suportar conviver com as 
diferenças. Em decorrência deste fato, cria espaços separados e específicos para seu confinamento, 
tratamento ou reabilitação social, como, por exemplo, hospícios, prisões, asilos, reformatórios, 
escolas especiais, etc. 
“A diferença, a deficiência, o desvio, não suportados no convívio social, determinam a criação desses 
espaços diferenciados que, por sua vez, são estigmatizados pela própria sociedade que os cria.” 
(Goffman, 1988). 
De acordo com Carvalho (2003, p.89), esses espaços perpetuam o tratamento assistencialista da 
sociedade, uma vez que: 
“A mesma sociedade que cria e mantém mecanismos de exclusão, desenvolve políticas 
assistencialistas que, por seu caráter instrumental, não resolvem a natureza reprodutiva dos 
problemas cujos efeitos pretendem compensar, cristalizando-se, portanto, os padrões de exclusão e 
de segregação”. 
Ao analisar o processo de exclusão de grupos minoritários e em situação de desvantagem social, 
Carvalho (2003) afirma que a sociedade cria medidas de cunho protecionista que, ao invés de 
funcionarem como emancipatórias, configuram mecanismos de reafirmação do estigma desses 
grupos minoritários e terminam por gerar maior segregação social. Diferentes mecanismos 
excludentes estão presentes nos diversos contextos sociais e dependem da forma como cada 
sociedade organiza seu modelo de desenvolvimento econômico, político e social. 
Veja a linha do tempo com informações sobre a deficiência em diferentes momentos históricos: 
Antiguidade - No período da Antiguidade, na Grécia e em Roma, segundo relatos encontrados na 
Bíblia e na literatura da época, as pessoas com limitações funcionais ou necessidades diferenciadas, 
como, por exemplo, os surdos, cegos, deficientes mentais, deficientes físicos e doentes idosos, eram 
rejeitadas e abandonados à própria sorte. 
A deficiência era vista como doença contagiosa ou castigo divino, como uma maldição dos deuses 
que puniam esse tipo de indivíduo e sua família por alguma razão oculta e desconhecida, e “as 
crianças deficientes até eram sacrificadas, porque eram percebidas como estorvos ou como 
manifestações demoníacas, que precisam ser segregadas, excluídas ou eliminadas” (Carvalho, 2003, 
p.22). 
Idade Média - Com o advento do Cristianismo e as transformações na organização político-
administrativa que ocasionaram a divisão do poder decisório entre a nobreza e o clero, a visão sobre 
a pessoa com deficiência sofre transformações. 
Sob a influência dos dogmas cristãos, a sociedade passa a suportar o convívio com pessoas doentes, 
deficientes, mentalmente afetadas e a prática do extermínio passa a ser condenada, uma vez que, 
segundo a Igreja Católica, todas as pessoas são criaturas de Deus e têm direito à vida. 
Neste período, os sentimentos de piedade e caridade permeiam a relação e o trato que a sociedade 
estabelece com os deficientes, que passam a ser concebidos como seres inferiores. Mantidos à 
margem do convívio social, sem trabalho ou renda, viviam da caridade de outros cidadãos, que os 
tratavam com desprezo e pena, como um ser desqualificado, incapaz e improdutivo. 
Século XVI – Inicia-se a revolução burguesa e, com ela, uma nova forma de organização social 
orientada pelo capitalismo. Mesmo com a derrubada da monarquia e da hegemonia religiosa e com o 
surgimento de uma nova forma de organização social capitalista, não ocorrem alterações sociais 
significativas que contribuam para a revisão do comportamento altamente desfavorável, 
 estigmatizante e excludente em relação ao convívio da pessoa com alguma deficiência no meio 
social. 
Século XVIII - Somente no século XVIII, vamos encontrar as primeiras iniciativas voltadas para o 
desenvolvimento de um trabalho de ação educativa junto às pessoas com alguma deficiência, criado 
a partir da tese de que, por meio da estimulação direta, seria possível obter algum resultado na 
aprendizagem e na adequação do comportamento desejável. 
As primeiras instituições criadas para o abrigo de pessoas com deficiência surgem com objetivo 
assistencialista e se caracterizam como locais para confinamento e não para tratamento ou 
aprendizagem. A pessoa era retirada do convívio social, separada de sua família e da comunidade, e 
internada em conventos, asilos, manicômios, etc. 
Esse movimento orientado pelo paradigma da institucionalização tem como premissa a concepção de 
que o deficiente ou qualquer pessoa que se desvie do padrão de normalidade e do comportamento 
estabelecido socialmente como modelo, deve ser retirada do convívio social e colocada em um outro 
espaço, onde permanece segregada e separada do convívio com os demais. 
Ainda nos dias de hoje, podemos observar a influência deste paradigma da institucionalização, 
entendido aqui como um conjunto de ideias, valores e ações que contextualizam as relações sociais, 
orientando práticas no campo da saúde e da educação. 
A prática, ainda vigente, de encaminhar o aluno com deficiência para o espaço da escola especial, 
traz a marca desta concepção de institucionalização, ou seja, da criação de espaços diferenciados 
destinados ao atendimento exclusivo de crianças, jovens ou adultos com deficiências. 
Século XX - Somente no século XX, após os anos 60, esse paradigma da institucionalização começa 
a ser criticado, devido à sua ineficiência e inadequação na recuperação ou preparação das pessoas 
com necessidades educacionais especiais para a vida em sociedade. 
Nesta época, tem início o movimento contra a retirada da pessoa com deficiência do convívio 
familiar, e o trabalho educacional proposto passa a ter como principal objetivo sua normalização, ou 
seja, procurar formas de atuação junto ao deficiente visando ajudá-lo a adquirir as condições e os 
padrões de comportamento mais próximos possíveis do que é socialmente determinado como 
normal. 
Para atender esses objetivos, vários mecanismos e serviços foram criados com o propósito de 
viabilizar o processo de integração da pessoa com deficiência na sociedade. No contexto escolar, o 
conceito de normalização passa a orientar o trabalho pedagógico junto aos alunos com necessidades 
educacionais especiais. 
Surgem diferentes serviços, oferecidos pelas escolas especiais, entidades assistencialistas e centros 
de reabilitação, e novos recursos são criados na tentativa de oferecer condições para que o aluno 
com necessidades especiais de aprendizagem alcance os mesmos resultados esperados dos demais 
alunos. 
Ainda no Século XX... 
Nas décadas de 1980 e 1990 aparecem os conceitos de inclusão e inclusão total (Godoy, 2002) e o 
projeto educacional, construído a partir do paradigma de serviços e da ideia de que os alunos com 
necessidades especiais de aprendizagem devem percorrer etapas para alcançar as condições de 
frequentar a escola regular, que passa a receber duras críticas. 
Os resultados alcançados com a proposta de integração são questionados porque, efetivamente, não 
é atingido o objetivo principal de inserir o aluno no ensino regular, após este ter passado pelas 
etapas e serviços especializados que teriam como função prepará-lo para tal integração. Na maioria 
dos casos, os alunos permaneciam à parte do sistema regular de ensino, durante toda a sua 
trajetória escolar, sem nunca alcançarem os níveis exigidos pelo sistema educacional para inserção 
em classe comum de uma escola regular. 
A proposta de construção de um projeto educacional inclusivo e de uma escola para todos temcomo referência novos paradigmas e requer uma intervenção junto a diferentes setores da 
sociedade para garantir o acesso imediato, irrestrito e contínuo dos alunos com necessidades 
especiais a todos os espaços comuns da escola regular. O paradigma de suporte orienta a proposta 
de inclusão educacional e, segundo essa concepção, é preciso que a escola e as demais 
instâncias sociais revejam suas formas de organização com o objetivo de criar uma rede 
de suporte e apoio para auxiliar o processo de inclusão social e educacional do aluno com 
necessidades educacionais especiais. 
Resumo: 
Paradigma médico-assistencialista: objetivo de cuidar e proteger; pouca ênfase no trabalho 
pedagógico. 
Paradigma de serviços: ênfase na oferta de serviços especializados que o aluno com uma 
deficiência deve frequentar como condição para atingir o nível de escolarização desejado e somente 
depois ser inserido no ensino regular (classe especial, escola especial). 
Paradigma de suportes: inclusão direta do aluno em classe comum da escola regular e 
atendimento educacional especializado no turno oposto da escola oferecendo apoio e suporte 
necessário para sua escolarização (escola inclusiva). 
AULA 03 - EDUCAÇÃO INCLUSIVA: PRINCÍPIOS E DESAFIOS. 
A discussão sobre inclusão/exclusão social está presente no cenário atual brasileiro e vem 
mobilizando um amplo debate sobre os mecanismos socioculturais que viabilizam, dificultam 
ou impedem o acesso permanente aos direitos políticos, civis e sociais a todas as pessoas 
que compõem a sociedade. No campo educacional, o movimento da educação inclusiva assegura 
o direito à educação a todos os alunos, independentemente de suas características ou necessidades 
especiais. 
Nesta aula, vamos conhecer os fundamentos da educação inclusiva e a proposta de 
atendimento educacional especializado que procura garantir os serviços e suportes de apoio à 
escolarização do aluno com deficiência ou transtorno global de desenvolvimento, matriculado na 
escola regular, convivendo, interagindo e construindo conhecimentos junto com os demais alunos. 
Destacamos a reflexão sobre a importância da parceria escola-família-comunidade. 
No movimento da educação inclusiva e na construção de uma rede de apoio aos alunos com 
necessidades educacionais especiais. 
Acompanhando a história da Educação Especial no Brasil, a partir das décadas de 60 e 70, 
observamos o surgimento, ainda que reduzido, de políticas públicas que procuravam garantir e 
orientar o trabalho neste campo. Veja a seguir essas manifestações: 
Lei de Diretrizes e Bases LDB (Lei nº 4.024/61) - Fica explícita a preocupação do poder 
público com a educação especial no país. 
Lei nº 5.692/71 - Introduz a visão tecnicista em relação ao aluno com deficiência no contexto 
escolar e sugere a implementação de técnicas e serviços especializados para seu atendimento. 
O Conselho Nacional de Educação Especial – CENESP - Foi criado por decreto, em 1973, com o 
intuito de funcionar como representação do poder público neste campo específico da educação. 
Nos anos 80, desponta pela primeira vez no cenário brasileiro a discussão sobre as transformações 
significativas que deveriam ocorrer para a viabilização de projetos educacionais mais inclusivos, 
orientados pelo novo paradigma de suporte e o debate sobre a inclusão da pessoa com deficiência 
na sociedade. 
No cenário político-social brasileiro, as iniciativas mais pontuais em relação à necessidade de se criar 
mecanismos de inclusão no sistema educacional encontram apoio e subsídios nas ideias levantadas 
por diferentes movimentos sociais, documentos e leis, que surgiram como resultado de uma maior 
mobilização da sociedade em relação à necessidade de garantir o direito de todos à educação e ao 
exercício da cidadania. 
Ao longo dessa trajetória, destacamos também: 
Constituição Federal de 1988 - Recomenda o “atendimento educacional especializado 
preferencialmente na rede regular de ensino” (art. 208). 
Declaração de Salamanca - Redigida em 1994, por cerca de cem países reunidos em conferência 
internacional apoiada pela UNESCO, realizada em Salamanca, na Espanha, como um importante 
marco na luta pelos direitos humanos, pela igualdade de oportunidades para todas as pessoas e pela 
participação social efetiva da pessoa com deficiência como cidadão. 
Após a Declaração de Salamanca, o movimento de educação inclusiva ganha força e vários países 
passam a orientar suas ações tendo como base os princípios e as propostas redigidas e assinadas 
em comum acordo. Neste documento, diferentes países defendem a ideia de que o sistema 
educacional deve organizar-se de forma a atender a todos os alunos, onde o sistema de segregação 
de alunos com necessidades educacionais especiais em instituições especializadas não é 
recomendado. 
Segundo este princípio, a escola deverá utilizar recursos, programas, serviços e tecnologias 
disponíveis para todos os alunos, adaptando o currículo, apenas quando necessário, para atender 
aos alunos com necessidades especiais. Na perspectiva da inclusão, é de responsabilidade do 
sistema educacional e das instituições escolares a criação dos suportes para viabilizar o acesso ao 
currículo e a quebra de barreiras que impeçam ou dificultem o aprendizado de todos os alunos.. 
Desde a década de 90 até os dias de hoje, observamos que a proposta da inclusão foi aceita como 
desafio e algumas transformações ocorreram no sistema educacional brasileiro com o objetivo de 
oferecer condições para sua implementação. 
 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, publicados em 1998, reafirmam a intenção do governo em 
trabalhar neste sentido, e também as orientações do MEC e da Secretaria de Educação Especial, que 
determinam “o direito ao acesso ao ensino público, preferencialmente na rede regular de 
ensino, a toda e qualquer criança com necessidades educacionais especiais”. 
 
O governo procura implementar a educação inclusiva, através das políticas educacionais instituídas, 
por meio da legislação (Lei de Diretrizes e Bases da Educação, nº 9.394/96; Lei 7.853/89), de 
documentos norteadores (Resolução do CNE/CEB nº 2/2001 que institui as Diretrizes Nacionais para 
a Educação Especial na Educação Básica, entre outros) e de ações, que procuram garantir o acesso 
e permanência do aluno com necessidades educacionais especiais no ensino comum. 
Atenção! 
De acordo com o Parecer CNE/CEB nº 13/2009, que trata das “Diretrizes Operacionais para o 
Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial”, a 
educação especial é uma modalidade de educação que não tem caráter substitutivo à escolarização 
comum do aluno com deficiência física, intelectual, sensorial, do aluno com transtornos globais de 
desenvolvimento e do aluno com altas habilidades. Segundo este parecer, o AEE- Atendimento 
Educacional Especializado- deve ser oferecido a este aluno de forma complementar ao ensino 
comum, em turno inverso ao da escolarização, com o objetivo de garantir seu acesso à educação 
comum e de disponibilizar os serviços, apoios e recursos que complementam a formação deste aluno 
nas classes comuns da rede regular de ensino. 
Sabemos que existem barreiras e dificuldades a serem superadas pela sociedade em relação ao 
processo de inclusão educacional do aluno com alguma deficiência física, intelectual e/ou sensorial 
ou com transtornos globais de desenvolvimento. Aos poucos, amplia-se a conscientização social 
sobre o caráter discriminador e segregador que perpassa a proposta de trabalho em espaços 
especiais, destinados somente ao atendimento de alunos com necessidades especiais de 
aprendizagem, de forma isolada dos demais alunos. 
AULA 04 - ACESSIBILIDADE, TECNOLOGIA ASSISTIVA E A ESCOLARIZAÇÃO DO 
ALUNO COM DEFICIÊNCIA FÍSICA. 
Nesta aula, vamos estudar o campo da deficiência física com o objetivode melhor conhecermos as 
características e necessidades especiais do aluno com problemas de coordenação motora e de 
locomoção. 
O trabalho desenvolvido pelo atendimento educacional especializado em parceria com toda 
comunidade escolar é essencial para a definição de estratégias pedagógicas e disponibilização dos 
recursos que favoreçam o acesso do aluno ao currículo comum, sua interação social, acessibilidade 
ao espaço físico da escola e participação em todos os projetos e atividades escolares. 
Somente uma ação pedagógica consciente e conjunta poderá superar as barreiras que possam 
surgir no processo de construção de uma escola inclusiva e acessível a todos os alunos. Conhecer os 
meios e as mediações que favoreçam esse processo é, então, nosso principal objetivo de estudo. 
Desde muito tempo, a sociedade estabelece relações extremamente segregadoras e estigmatizantes 
em relação à pessoa com deficiência física. Quando uma pessoa apresenta características físicas 
desviantes da norma padrão e, em alguns casos também se diferencia na forma de locomoção e 
comunicação, muitas vezes, é vista como incapaz. 
A sociedade julga, classifica e segrega essa pessoa de forma preconceituosa, negando-lhe a chance 
de revelar suas potencialidades e possibilidades, que estão além da aparência física. 
Desde a década de 90, observamos o início do movimento de inclusão do aluno com necessidades 
especiais de aprendizagem na rede regular de ensino. 
Sob orientação da política de democratização do ensino e da perspectiva de transformação de uma 
escola para todos, algumas iniciativas são implementadas, tanto na rede pública como em escolas 
particulares, com o objetivo de garantir a inserção do aluno com deficiência diretamente no contexto 
da classe comum em escola regular. 
Destacamos que, no caso da inclusão de alunos com deficiência física, encontraremos uma 
diversidade de tipos e graus de comprometimento. Será preciso um estudo atento sobre as 
necessidades específicas de cada aluno para que a escola possa oferecer o atendimento educacional 
especializado adequado a cada um deles. 
Essas transformações acarretaram um maior acesso à escola por parte dos alunos com deficiências, 
em decorrência não só do aumento da oferta de vagas e do direito à matrícula compulsória, como 
também da maior conscientização dos familiares na luta pelos seus direitos que estão assegurados 
por lei. 
Segundo o documento do MEC/SEESP, “Salas de Recursos Multifuncionais: Espaço de Atendimento 
Educacional Especializado” (2006)... 
 
“...a deficiência física se refere ao comprometimento do aparelho locomotor que 
compreende o sistema Osteoarticular, o Sistema Muscular e o Sistema Nervoso. As 
doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas, isoladamente ou em conjunto, 
podem produzir grandes limitações físicas de grau e gravidades variáveis, segundo os 
segmentos corporais afetados e o tipo de lesão ocorrida.” (Brasil, 2006, p.28) 
Na escola inclusiva, o educador poderá trabalhar com alunos com deficiência física que apresentam 
diferentes diagnósticos, com quadros progressivos ou estáveis, alunos com ou sem alterações na 
sensibilidade tátil, térmica ou dolorosa. 
Alguns alunos podem apresentar quadros associados de epilepsia ou outro problema de saúde. Será 
preciso investir na parceria da escola com a família para que o trabalho pedagógico seja oferecido 
adequadamente, respeitando as características e possibilidades de cada aluno. 
De acordo com Schirmer (2007, p. 23), “devemos distinguir lesões neurológicas não evolutivas, 
como a paralisia cerebral ou traumas medulares, de outros quadros progressivos como distrofias 
musculares ou tumores que agridem o Sistema Nervoso”. Dependendo do tipo de lesão, as 
limitações do aluno tendem a diminuir quando tem acesso aos recursos e estimulações específicas, 
como no caso do aluno com sequelas de paralisia cerebral. 
Atenção! 
Cabe mencionar que, em alguns casos, a deficiência física aparece associada com outros tipos de 
deficiência, tais como, visual, auditiva, intelectual e requer um trabalho específico nestas áreas. 
O Atendimento Educacional Especializado deverá utilizar os recursos de Tecnologia Assistiva no 
ambiente escolar necessários para o trabalho pedagógico com o aluno com deficiência física. A 
Tecnologia Assistiva é definida como: 
“Um auxílio que promoverá a ampliação de uma habilidade funcional deficitária ou 
possibilitará a realização da função desejada e que se encontra impedida por 
circunstância de deficiência.” (Bersch, 2006, p.2). 
A escola deverá priorizar as seguintes modalidades, respeitando as características e necessidades 
especiais de cada aluno (Schirmer, 2007): 
- Auxílio em atividades de vida diária – material pedagógico. 
- Comunicação aumentativa e alternativa, e também informática acessível. 
- Acessibilidade e adaptações arquitetônicas. 
- Mobiliário, adequação postural e mobilidade. 
O objetivo do trabalho desenvolvido em parceria com o processo de escolarização regular é que o 
atendimento especializado contribua para o desempenho do aluno em relação à comunicação, 
mobilidade, interação social, construção de conhecimento, dentre outros aspectos. 
No caso mais específico de trabalho junto aos alunos com sequelas de paralisia cerebral, é preciso 
compreender que a paralisia cerebral é um quadro ou estado patológico estabelecido como 
consequência de uma lesão irreversível no encéfalo e que ocasiona alterações de ordem motora no 
corpo humano. De acordo com Basil (In: Coll, 1995, p.252), a definição mais aceita procede dos 
países de língua inglesa onde a paralisia cerebral é definida como uma: 
 “Sequela de um comprometimento encefálico que se caracteriza, primordialmente, por 
um distúrbio persistente, mas não variável, do tônus, da postura e do movimento que 
surge na primeira infância e não somente é diretamente secundário a esta lesão não 
evolutiva do encéfalo, mas que se deve, também, à influência que esta lesão exerce na 
maturação neurológica.” 
O desenvolvimento global da criança com paralisia cerebral pode ser afetado em outros aspectos, 
como a consequência das dificuldades que ela possa vir a ter na percepção e nas relações com o 
meio, com o outro e consigo própria. 
As disfunções motoras decorrentes da paralisia cerebral podem afetar o desenvolvimento 
psicológico da criança, como também, podem provocar atrasos e alterações na linguagem e 
motricidade, devido aos reflexos involuntários que a criança não consegue inibir. 
Seu desenvolvimento cognitivo pode ser afetado e prejudicado em função de sua dificuldade em 
atuar sobre o mundo físico, decorrente de suas limitações sensório-motoras e de linguagem, o que 
pode vir a comprometer o desenvolvimento das capacidades lógicas, de interação e de domínio das 
práticas culturais, que vão desde as atividades da vida diária até o domínio da leitura e da escrita. 
A dificuldade de comunicação e expressão e o domínio da língua falada e escrita podem terminar por 
prejudicar as interações sociais e o movimento de integração e inclusão social. Excluída do convívio 
social, essa criança pode desenvolver um baixo conceito de autoestima e perder a motivação para 
intercambiar experiências e estabelecer interações, o que repercutirá na sua vida adulta. 
Atenção! 
Dentro deste quadro, ressaltamos a importância da intervenção do trabalho pedagógico e do 
atendimento clínico e fisioterápico como procedimentos indicados para auxiliar no desenvolvimento 
pleno das capacidades da criança com paralisia cerebral e sua inserção no meio educacional e social. 
AULA 05 - RECURSOS E SUPORTES ADAPTADOS PARA A ESCOLARIZAÇÃO DO 
ALUNO COM DEFICIÊNCIA VISUAL. 
Nesta aula, vamos caracterizar a deficiência visual procurando conhecer o aluno e suas necessidades 
educacionais especiais. 
O aluno com baixa visãoou cegueira se beneficia da proposta inclusiva de educação, desde que as 
mediações e os meios necessários para sua escolarização, socialização, locomoção e acessibilidade 
sejam oferecidos pela escola. 
O aluno necessita de um conjunto de fatores que explorem sua forma particular de percepção, 
contribuindo para seu aprendizado, comunicação e socialização: 
Ambiente estimulador + Mediadores + Materiais + Propostas. 
Nosso objetivo será refletir sobre como a escola e o educador podem criar, adaptar e oferecer as 
estratégias e atividades pedagógicas adequadas que atendam às necessidades do aluno com baixa 
visão ou cegueira incluído na escola regular. 
A inclusão do aluno com cegueira ou baixa visão no contexto da escola regular requer uma nova 
estruturação da escola, que deve estar preparada para oferecer as adaptações, mediações e 
recursos necessários ao processo de ensino-aprendizado adequado às necessidades deste aluno. 
Será preciso repensar toda a organização escolar e aspectos relacionados à: 
- Escolarização 
- Socialização 
- Locomoção 
- Acessibilidade 
Para que assim a escola possa garantir a participação do aluno com deficiência visual nas diversas 
atividades desenvolvidas no cotidiano escolar, como também, viabilizar seu acesso ao currículo 
comum. 
O aluno necessita de um ambiente estimulador, de mediadores, de materiais e propostas que 
explorem sua forma particular de percepção e contribuam para seu aprendizado, comunicação e 
socialização. 
Entendemos que o aluno cego e com baixa visão têm as mesmas potencialidades que os demais 
alunos para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizado, já que a deficiência visual 
não limita sua capacidade de aprender. 
A cegueira é compreendida como: 
“Uma alteração grave ou total de uma ou mais das funções elementares da visão que 
afeta de modo irremediável a capacidade de perceber cor, tamanho, distância, forma, 
posição ou movimento em um campo mais ou menos abrangente” (Sá, 2007, p.15). 
E pode ser Congênita ou Adquirida. 
A pessoa com baixa visão (ambliopia, visão subnormal ou visão residual) apresenta características 
variadas dependendo do tipo e da intensidade de comprometimentos das funções visuais, que 
podem englobar desde a capacidade de percepção da luz até a redução da acuidade e do campo 
visual, que interferem nas ações e no desempenho geral da pessoa (Sá, 2007). 
O convívio entre alunos videntes, alunos cegos ou com baixa visão na escola inclusiva, interagindo 
no espaço escolar e compartilhando da experiência coletiva de construção de conhecimento, exigirá 
uma revisão das práticas pedagógicas convencionais que, muitas vezes, enfatizam os estímulos 
visuais e as imagens como meios e mediações do processo de ensinar e aprender. 
Os alunos com cegueira ou baixa visão, de acordo com suas características pessoais, poderão 
necessitar de diferentes adaptações de acesso ao currículo e da mediação de profissionais 
qualificados para que possam desenvolver plenamente seu potencial no contexto escolar e na vida 
cotidiana. 
Frequentemente, esses alunos são inseridos em ambientes construídos e orientados por padrões e 
experiências que privilegiam a visualidade como referencial e, muitas vezes, essa situação os coloca 
em desvantagem em relação aos demais alunos videntes. Por isso, é sempre necessário reavaliar e 
repensar a organização do contexto escolar de forma que possa atender às necessidades de todos 
os alunos, independentemente de suas características ou necessidade especiais. 
O planejamento de ações integradas, que envolvam toda comunidade escolar, pode garantir a 
construção de um espaço mais acessível na escola. As adaptações arquitetônicas e de 
mobiliário são necessárias, pois contribuem para uma maior autonomia e mobilidade do aluno com 
deficiência visual. 
Os alunos com cegueira ou baixa visão necessitam de estímulos, recursos e mediações que 
explorem e favoreçam outras potencialidades de decodificação das informações através dos demais 
sentidos e da percepção tátil, auditiva, sinestésica e olfativa. 
Para tal, é preciso que o educador esteja capacitado a atuar adequada e atentamente, observando e 
avaliando as reais limitações do aluno decorrentes da cegueira ou da baixa visão, e procurando criar 
as adaptações de acesso ao currículo, adequadas às características individuais de cada aluno. 
O atendimento educacional especializado deve ser oferecido de forma a complementar e dar suporte 
ao processo de escolarização regular. 
O aluno com cegueira deve ter acesso ao aprendizado do Sistema Braille de leitura e escrita. 
E também aos diferentes recursos adaptados e facilitadores do processo de ensino-aprendizado, tais 
como: 
- Sorobâ. 
- Maquetes. 
- Livro Acessível. 
- Recursos Tecnológicos. 
O Sistema Braille é um código universal de leitura e escrita que é usado pela pessoa cega inventado 
por Louis Braille, na França, em 1825. 
Se baseia na organização de seis pontos em relevo, distribuídos em duas colunas de três pontos, 
que configuram um retângulo de seis milímetros de altura por dois milímetros de largura. 
Esse conjunto de pontos forma a “cela braille” e suas diferentes combinações resultam em 63 
símbolos denominados “Símbolos Universais do Sistema Braille”, que representam as letras do 
alfabeto, números e outros símbolos gráficos. 
 
A escrita braille pode ser realizada através do uso de uma reglete e punção, através de uma 
máquina de escrever braille ou de meios informáticos, que agilizam seu processo de produção e 
impressão. 
Os alunos com baixa visão também podem se beneficiar de matérias adaptadas, tais como letras 
ampliadas, contraste de cores, lupas, lápis preto HB2 etc, que devem ser utilizados de acordo com 
as características e necessidades individuais. 
É essencial que o educador e a equipe pedagógica da escola tenham conhecimento sobre o tipo de 
deficiência visual que o aluno apresenta e quais são as implicações decorrentes e os sentidos 
remanescentes para que possam atuar favoravelmente no processo de construção de conhecimento 
e nas diferentes interações deste aluno com o outro e com o meio ambiente. 
Reflexão. 
Identificando e atuando como mediador do processo de ensino-aprendizado, o educador poderá 
intervir, quando necessário, para auxiliar o educando a desenvolver suas potencialidades, 
superando ou rompendo as barreiras que possam dificultar ou impedir esse processo.

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