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Educação Inclusiva - Marcos históricos

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ALGUNS MARCOS HISTÓRICOS QUE 
PRODUZIRAM A EDUCAÇÃO ATUAL 
 
ROMERO, Rosana Aparecida Silva - SME/PMSP 
 e-mail: rosana-romero@uol.com.br 
 
SOUZA, Sirleine Brandão de - SME/PMSP 
e-mail: sirleinesouza@uol.com.br 
 
Área Temática: Educação: História e Políticas 
Agência Financiadora: Não contou com financiamento 
 
Resumo 
 
Na educação atual a Inclusão é tema de constantes debates devido ao desafio que representa. 
Analisando a história da educação brasileira percebemos que a sociedade, de tempos em 
tempos, apresenta mudanças no seu conjunto de valores, percepções e práticas, ou seja, muda 
seus paradigmas. Neste trabalho nos propomos a fazer uma breve pesquisa bibliográfica sobre 
a história da Educação Especial para embasar uma análise da situação da inclusão nas escolas 
de hoje, destacando os paradigmas: Institucionalização (período em que a sociedade acredita 
que os deficientes deveriam ficar segregados, internados em instituições), de serviços (período 
em que a institucionalização total é questionada, repensando-se o papel da instituição 
enquanto local para preparar o deficiente para a vida em sociedade) e de suporte (as 
diferenças são consideradas ecológicas, todas as pessoas possuem necessidades especiais e 
cabe a sociedade se estruturar para oferecer a todos seus cidadãos os meios necessários para 
que todos tenham acesso aos bens culturalmente produzidos). Objetivamos, a partir de 
recortes históricos, demonstrar como chegamos até as idéias inclusivas atuais e refletir como 
está a situação da escola nos tempos de hoje. Concluímos que a inclusão, fruto da mudança de 
paradigma social, representa avanço no tratamento dispensado ao deficiente e consiste sim 
num grande desafio para a educação, pois implica numa reestruturação da organização escolar 
atual que vai muito além da adaptação física ou mesmo curricular, necessitando que se 
modifique a razão de existir desta instituição, criada inicialmente para legitimar a segregação 
e que hoje possui a tarefa de acolher em seus bancos todo e qualquer indivíduo, independente 
de suas características pessoais. 
 
Palavras-chave: Inclusão; Paradigmas; Educação Especial; Escola. 
 
Introdução 
 
Quando falamos sobre Inclusão de Deficientes nas escolas regulares, é comum 
ouvirmos as queixas dos docentes, pois não se sentem preparados para trabalhar com esse 
público, acreditam que é necessário ter formação de especialista, enfim, tentam resistir ao 
acolhimento dos que antes ficavam segregados do ensino regular, tendo lugar apenas na 
educação especial. 
 3092 
Essa resistência docente nada pode contra a legislação que garante a matrícula de todo 
aluno no ensino regular; assim, a inclusão acontece e é motivo de grande angústia por parte de 
todos que trabalham nas escolas. 
Uma das maneiras de trabalhar essa resistência é a discussão dessa construção 
histórico-social, onde se pode perceber como chegamos a esse paradigma, entendendo que a 
inclusão não é criação de um grupo de pessoas com intenções “politiqueiras”, e sim fruto da 
luta de uma minoria que acredita e defende os direitos de todas as pessoas, mesmo que 
possuam alguma deficiência. 
O movimento em defesa da inclusão aconteceu fora dos muros escolares, na sociedade 
civil e, se hoje as escolas sentem-se surpreendidas por ele, é porque não perceberam e nem 
acompanharam as mudanças sociais que o geraram. 
A Declaração de Salamanca (1994), marco da incorporação legal da inclusão no nosso 
país, não foi uma criação de políticos e sim fruto da movimentação de um grupo de pessoas 
que entendiam a necessidade de se ampliar a discussão sobre o tratamento destinado aos 
deficientes a várias instancias sociais, com o objetivo de se repensar as práticas sociais 
excludentes. Então, a “inclusão social tem (...) se caracterizado por uma história de lutas 
sociais empreendidas pelas minorias e seus representantes, na busca da conquista do exercício 
de seu direito ao acesso imediato, contínuo e constante ao espaço comum da vida em 
sociedade (recursos e serviços)” (ARANHA, 2000) e, por sua vez a escola é um local 
indicado para que esta discussão ocorra, pois é uma instituição social que se ocupa da 
educação formal de crianças e aqueles que não estão na escola perdem o status social de 
“criança normal”. 
Analisando a história da Educação Brasileira percebemos, até o momento, a passagem 
por três paradigmas, sendo o primeiro “a Institucionalização”, que foi substituído pelo “de 
serviços”, o qual, por sua vez, está dando lugar ao “de suporte”. Entendemos por paradigma 
“o conjunto de conceitos, valores, percepções e práticas compartilhadas por grupo sociais, ou 
por toda uma sociedade, em diferentes momentos históricos” (ARANHA, 2000. p. 3). 
Seguimos apresentando os paradigmas acima, situados num breve contexto histórico, 
detendo-nos um pouco mais nas idéias contidas no “de serviço” e no “de suporte”, por 
entendermos que hoje estamos num momento de passagem deixando as idéias que 
caracterizaram o primeiro (integração) e iniciando a incorporação dos conceitos que 
caracterizam o segundo (inclusão). 
 3093 
A Deficiência no desenvolvimento histórico da sociedade 
 
As pessoas deficientes ocuparam diferentes papeis na história da humanidade. O 
tratamento destinado aos deficientes era proporcional a sua (des)importância no contexto 
social. 
Na idade antiga, “a sociedade baseava-se no modelo agro-produtor e as classes 
inferiores eram responsáveis pelos serviços braçais” (SILVA, 2003, p. 4), algumas sociedades 
valorizavam muito a força humana para a guerra, para a agricultura, enfim dependiam dela 
para sua sobrevivência e viam a deficiência física como algo intolerável, descartando os 
deficientes físicos no momento do nascimento (Grécia e Roma antigas, dentre outras). Os 
deficientes mentais ficavam diluídos na sociedade, uma vez que alguns podiam realizar 
serviços braçais e aqueles com comprometimentos mais severos eram cuidados pelas famílias. 
Como “a vida humana só tinha algum valor enquanto valorada pela nobreza, em função da 
utilidade que tivesse para a realização de seus desejos e satisfação de suas necessidades”1, a 
vida dos serviçais pouco ou nenhum valor tinham e o tratamento era igual para os deficientes. 
Com o advento do cristianismo a deficiência foi atribuída a causas divinas; a sociedade 
passou a atribuir uma alma a todas as pessoas e a acreditar que todos mereciam um tratamento 
caridoso, mesmo que fossem deficientes. 
Durante todo o período do feudalismo o divino era o critério de norma e valor, 
buscando-se respostas para as aflições humanas na religião. O clero detinha o conhecimento 
em suas mãos, e os deficientes não se destacavam numa sociedade que permanecia 
analfabetizada. 
Com a queda do feudalismo, a visão de mundo, de homem, de sociedade, de natureza 
e de história se modifica: “o natural, e não mais o divino, passa a ser critério de norma e valor, 
sendo, portanto, valorado ou (des)valorado tudo aquilo que é conforme a natureza”. 
(GUHUR, 1994, p. 80). Iniciam-se tentativas de compreender a natureza das deficiências e de 
tratá-las conforme as possibilidades da ciência que nascia. 
No Séc. XVI surge o primeiro hospital psiquiátrico, um local de confinamento de 
deficientes, onde se verifica também uma primeira tentativa de tratamento da deficiência, 
baseado no que havia de desenvolvimento da ciência na época: alquimia, magia e astrologia. 
 
1
 ARANHA, 2001, p.2. 
 3094 
Essa mudança da visão da sociedade onde o “natural” passa a ser o critério de norma e 
valor juntamente com a criação das instituições caracteriza o primeiro paradigma da 
sociedade em relação ao deficiente: a institucionalização. Os deficientes eram levados para 
hospitais psiquiátricos, eram tirados de circulação, pois,como as famílias, agora proprietárias 
de seus corpos e força e trabalho, precisavam trabalhar na industrialização nascente e não 
podiam mais cuidar dos considerados inválidos, havia que se buscar um lugar para eles. 
No começo do século XX começam a questionar a institucionalização, pois “se 
reconhece que a vida na instituição era desumanizadora, afetava a auto-estima, tornava os 
pacientes impossibilitados de viver em sociedade, os tratos não eram adequados e era muito 
dispendioso para o governo manter essa massa improdutiva segregada” (Silva, 2003, p. 7), ao 
mesmo tempo em que cresciam as discussões sobre os direitos humanos e começava-se a 
reconhecer os direitos dos deficientes. 
Neste momento caracteriza-se o segundo paradigma: de serviços, que tem como idéia 
principal a integração. As instituições deixam de ser locais de confinamento e passam a ter a 
função de preparar o deficiente para o convívio em sociedade, preparando-os para o trabalho e 
desenvolvendo sua auto-suficiência. 
Como bem afirma Bueno ( 1999, p 8), a integração: 
 
 “tinha como pressuposto que o problema residia nas características das crianças 
excepcionais, na medida que centrava toda sua argumentação na perspectiva de 
detecção mais precisa dessas características e no estabelecimento de critérios 
baseados nessa detecção para a incorporação ou não pelo ensino regular, expresso 
na afirmação – sempre que suas condições pessoais permitirem” 
 
Esse paradigma foi rapidamente questionado, pois tanto os acadêmicos como quanto 
os deficientes e familiares não viam possibilidade de um deficiente executar as atividades 
sociais tão bem quanto um “normal” e tão pouco concebiam a possibilidade de igualdade 
entre os homens ou de invalidade da diferença. 
O tempo que a sociedade levou para se questionar quanto a esse paradigma é 
considerado “rápido” se comparado ao tempo que levou para questionar a institucionalização, 
pois se o primeiro hospital psiquiátrico data do século XVI e apenas no século XX foi 
pensado a possibilidade de integração, temos um tempo de cerca de quatro séculos, enquanto 
que a integração, que surgiu no século XX, hoje, século XXI já é colocada em xeque. 
No Brasil, atualmente, discutimos a Inclusão Social, característica do terceiro 
paradigma da relação da sociedade com o deficiente – o paradigma de suporte. Para chegar a 
 3095 
estas idéias há mudanças de pensamentos interessantes: considera as diferenças entre as 
pessoas como característica do humano, localizando as deficientes não mais como orgânica e 
sim como ecológica, ou seja, algo que faz parte da humanidade, do meio. Implica numa 
mudança de posicionamento social, pois é a sociedade quem deve fornecer os serviços que o 
deficiente necessita para ter acesso aos bens culturais, sociais, ou seja, as escolas devem 
modificar-se para que os deficientes possam acessar seu currículo, os logradouros públicos 
devem sofrer reformas para que qualquer pessoa possa ter acesso a vias e bens públicos 
(rampas, elevadores, guias rebaixadas, banheiros adequados, portas largas, pisos com 
sinalização para deficientes visuais, orelhões para surdos, ônibus adaptados, enfim uma série 
de alterações que vemos em vias públicas), além das modificações necessárias nas concepções 
humanas, com o intuito de acabarem as atitudes preconceituosas. 
Alguns países mais avançados que o nosso já discutem um outro paradigma, 
denominado “empowerment”, termo que não foi traduzido para o português e ainda se faz 
distante de nossa realidade. Esse paradigma se refere à garantia de poder de decisão e de 
determinação para o deficiente encaminhar sua própria vida, objetivando promover sua 
autonomia2. 
 
A trajetória da educação especial no Brasil 
 
No Brasil, o primeiro marco da educação especial ocorreu no período imperial. Em 
1854, Dom Pedro II, influenciado pelo ministro do Império Couto Ferraz, admirado com o 
trabalho do jovem cego José Álvares de Azevedo que educou com sucesso a filha do médico 
da família imperial, Dr. Sigaud, criou o Imperial Instituto dos Meninos Cegos. Em 1891 a 
escola passou a se chamar Instituto Benjamin Constant - IBC. 
Em 1857, D. Pedro II também criou o Instituto Imperial dos Surdos-Mudos. A criação 
desta escola deve-se a Ernesto Hüet que veio da França para o Brasil com os planos de fundar 
uma escola para surdos-mudos. Em 1957 a escola passou a se chamar Instituto Nacional de 
Educação de Surdos – INES. Ainda no período imperial, em 1874, iniciou-se o tratamento de 
deficientes mentais no hospital psiquiátrico da Bahia (hoje hospital Juliano Moreira). 
Porém: 
 
 
2
 Prof. Maria Cândida Soares Del-Masso, em curso proferido em 11/07/07, Prefeitura Municipal de São Paulo. 
 3096 
“A criação dessas primeiras instituições especializadas (...) não passaram de umas 
poucas iniciativas isoladas, as quais abrangeram os mais lesados, os que se 
distinguiam, se distanciavam ou pelo aspecto social ou pelo comportamento 
divergentes. Os que não o eram assim a “olho nu” estariam, incorporados às tarefas 
sociais mais simples. Numa sociedade rural desescolarizada” (JANNUZZI, 1985, p. 
28). 
 
Após a proclamação da república a Deficiência Mental ganha destaque nas políticas 
públicas, mesmo porque acreditavam que esta deficiência pudesse implicar em problemas de 
saúde - uma vez que era vista como problema orgânico e a relacionavam com a criminalidade 
- e escolar, pois também temiam pelo fracasso escolar. Por volta de 1930 surgiram várias 
instituições para cuidar da deficiência mental, em número bem superior ao das instituições 
voltadas para as outras deficiências. 
O surgimento das primeiras entidades privadas marca mais um fator preponderante na 
história de nosso país: a filantropia e o assistencialismo. Estes dois fatores colocam as 
instituições privadas em destaque no decorrer da história da educação especial brasileira, uma 
vez que o número de atendimentos realizados por elas era muito superior ao realizado pelas 
públicas, e, por essa razão tinham certo poder no momento de discutir as políticas públicas 
junto à instancias governamentais. 
Muitas instituições eram ligadas a ordens religiosas e voltadas para o atendimento das 
camadas sociais mais baixas, o que lhes concedia um caráter “filantrópico-assistencial, 
contribuindo para que a deficiência permanecesse no âmbito da caridade pública e impedindo, 
assim, que as suas necessidades se incorporassem no rol dos direitos de cidadania” (BUENO, 
1993, p. 90), professando uma educação diferente daquela desenvolvida nos centros de 
excelência, equipados de tecnologia e recursos avançados que se destinavam ao atendimento 
de pessoas oriundas das camadas mais altas da sociedade. 
A psicologia ganhou espaço na área da educação através dos conceitos da Escola 
Nova, sendo exigido da escola pública que executasse uma educação entendida como “o 
envolvimento completo da criança na sua parte física, psíquica, social e, por fim, intelectiva” 
(JANNUZZI, 1985, p. 83). Para que essa educação se tornasse viável era necessário um 
professor que fosse capaz de perceber e atuar nas necessidades afetivas e de descobrir 
interesses e habilidades dos alunos, ou seja, um professor-psicólogo. Para cuidar dos 
“anormais” o estado de São Paulo criou o serviço de inspeção médico-escolar (1938), cuja 
função era formar as classes especiais e preparar as pessoas que trabalhariam com elas. 
 3097 
Desde aquela época percebe-se um grande número de crianças consideradas normais 
que não conseguiam alcançar o sucesso na escola regular; isto fica provado no trabalho de 
Anísio Teixeira que relata ter recebido o encaminhamento de duas mil crianças por parte dos 
professores e diretores da rede pública com a queixa de debilidade mental e após os testes que 
aplicou confirmou o diagnóstico em apenas10% das crianças pesquisadas - “As outras, 
embora anormalizadas pelo meio, geralmente causas familiares de alcoolismo, abandono, 
maus tratos, miséria etc, não necessitariam de separação do ensino comum, embora não 
prescindissem de atenção cuidadosa de seus mestres” (JANNUZZI, 1985, p. 63). 
Pelo que está relatado acima, podemos dividir a história do Brasil em dois momentos: 
No primeiro, durante o Brasil Império, as pessoas com deficiências mais acentuadas, 
impedidas de realizar trabalhos braçais (agricultura ou serviços de casa) eram segregadas em 
instituições públicas. As demais conviviam com suas famílias e não se destacavam muito, 
uma vez que a sociedade, por ser rural, não exigia um grau muito elevado de desenvolvimento 
cognitivo. 
No segundo momento, ao mesmo tempo em que surgia a necessidade de escolarização 
entre a população, a sociedade passa a conceber o deficiente como um indivíduo que, devido 
suas limitações, não podia conviver nos mesmos espaços sociais que os normais – deveria, 
portanto, estudar em locais separados e, só seriam aceitos na sociedade aqueles que 
conseguissem agir o mais próximo da normalidade possível, sendo capazes de exercer as 
mesmas funções. Marca este momento o desenvolvimento da psicologia voltada para a 
educação, o surgimento das instituições privadas e das classes especiais. 
A partir da Declaração de Salamanca (1994) o Brasil oficializou a discussão de idéias 
diferentes. Este documento traz uma visão nova de educação especial, pois possui uma outra 
concepção de criança. Acredita e proclama que todas as crianças possuem suas características, 
seus interesses, habilidades e necessidades que são únicas e, portanto, tem direito à educação 
e à oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem e, “aqueles com 
necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, que deveria acomodá-
los dentro de uma pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer a tais necessidades” 
(SALAMANCA, 1994, p 1 e 2). 
Ainda colocam que as escolas regulares que adotassem tal modelo inclusivo seriam os 
locais adequados para combater o preconceito e a discriminação, promovendo a construção de 
 3098 
sociedades mais acolhedoras, e uma educação para todos, uma vez que estariam aprimorando-
se cada vez mais. 
A nova Lei de Diretrizes e Bases, promulgada em 1996, incorpora os princípios da 
Declaração de Salamanca e a partir dela verifica-se toda uma alteração na legislação brasileira 
onde, nota-se a intenção de tornarem-se possíveis, as mudanças sociais necessárias para a 
construção de uma escola inclusiva. Pela primeira vez foi destinado um capítulo para tratar da 
educação especial (Capítulo V da L. D. B.), prevendo a oferta de educação preferencialmente 
na rede regular para os alunos deficientes, a oferta de serviço de apoio especializado na escola 
regular para atender às peculiaridades da clientela, o início da oferta de educação na educação 
infantil e restringe o atendimento em classes e/ou escolas especializadas aos alunos cuja 
deficiência não permitir sua integração na rede regular. 
A partir deste documento a rede regular começou a matricular os deficientes nas 
classes comuns e iniciou-se uma série de discussões sobre o assunto. Alguns defendem a 
proposta, pois reconhecem que a convivência entre “normais” e “deficientes” será benéfica 
para ambos, uma vez que a integração permitirá aos ”normais” aprender a conviver com as 
diferenças e aos “deficientes” será oferecida maior oportunidade de desenvolvimento devido o 
estímulo e modelo oferecido pelos alunos “normais”. 
Outros se posicionam contra, pois vêem que a escola regular não possui nenhum 
recurso (físico ou humano) para atender uma clientela tão diversa. Afirmam que o governo 
institui as leis, mas não oferece condições para que sejam devidamente implantadas. 
Abaixo discutiremos um pouco mais essa resistência à inclusão, abordando um pouco 
da representação da deficiência para a escola. 
 
O papel da escola na determinação da deficiência mental 
 
Até o surgimento das escolas a deficiência mental não era um problema, pois a 
sociedade não era alfabetizada e ocupava-se de atividades que não exigiam muito do 
cognitivo, como, por exemplo, a agricultura, o trato de animais domésticos, atividades 
artesanais. Os deficientes mentais com pouco comprometimento passavam despercebidos e os 
mais comprometidos eram cuidados pelas famílias. 
Com o nascimento da escola surgiram os conceitos de Normal/Anormal, distinguindo 
as crianças que podiam freqüentar a escola daquelas que deveriam ficar de fora. Esses 
conceitos foram bastante confusos e carregados de pré-conceitos sociais. A escola brasileira 
 3099 
baseava-se nos ideais da Escola Nova, e, portanto, era adepta dos testes de quociente 
intelectual para medir a inteligência das crianças. Com isso, abriu-se espaço para a entrada 
dos pedagogos envolvidos com a educação dos anormais, como Binet, Decroly e Montessori, 
sendo recomendados inclusive para leitura nos cursos de formação de professores. 
A escola primava pela formação dos cidadãos normais, higiênicos, sadios, havendo o 
Serviço de Higiene e Educação Sanitária Escolar para organizar e fiscalizar escolas e classes 
especializadas, ou seja, as crianças que não conseguiam corresponder ao esperado por seus 
mestres eram relegadas a esse serviço e tratadas como trataríamos hoje um problema de 
infestação de piolhos, vermes ou outro problema de saúde, ou seja, seus problemas eram 
entendidos como orgânicos e delegados a médicos que poderiam ministrar tratamentos para 
curá-los. 
Os cursos de formação de professores sofreram algumas mudanças consideráveis, pois 
passaram a se fundamentar na psicologia e na biologia, com exclusão da história e da 
sociologia, ficando muito explícita a intenção de que os professores pudessem atuar junto aos 
profissionais higienistas, buscando a detecção precisa de crianças anormais, cuidando da 
formação dos cidadãos sadios. Embora se falasse muito em sociabilização, esta nada tinha a 
ver com a sociologia, pois entendiam por “sociabilização” a “busca de harmonia entre todos, 
ocultando a organização política em camadas antagônicas” (JANNUZZI, 1985, p 78). 
O diagnóstico da anormalidade baseava-se em critérios como: observações feitas pelos 
professores e pela família, desajustamento caracteriológico (agressividade, teimosia, 
homossexualidade, turbulência, medo, timidez, apatia, problemas de aprendizagem, dentre 
outros) além do uso de testes de Quociente Intelectual, sendo que estes últimos eram 
considerados como facilitadores para alguns profissionais, pois a classificação das crianças se 
daria por idade mental. É importante ressaltar que anormais “são sempre comportamentos fora 
das expectativas escolares ou das normas sociais dentro desse momento histórico” 
(JANNUZZI, 1985, p. 64) e que “a classificação, a catalogação da deficiência é feita de 
acordo com a maior ou menor adequação às normas sociais veiculadas na escola” 
(JANNUZZI, 1985, p. 64, grifo da autora), deixando claro que “criança especial é uma 
criação produzida no e pelo discurso social escolar posto em circulação no início da 
modernidade” (KUPFER e PETRI, 2000, p. 110). 
 Baseado no exposto, entendemos que a escola foi utilizada como ferramenta para a 
sociedade detectar e classificar seus cidadãos entre normais e anormais, relegando os 
 3100 
anormais a segregação, pois pensavam que “colocados em uma escola de educandos normais, 
eles constituem os elementos de desordem, nada aproveitam do ensino e prejudicam os seus 
condiscípulos” (SOUZA PINTO, 1928, apud JANNUZZI, 1985, p 69), uma vez que, segundo 
Souza Pinto, a anormalidade estava sempre correlacionada a criminalidade, falta de 
moralidade, não-rendimento social. 
 
Analisando a situação da escola atual 
 
 Hoje encontramos uma escolaque ainda está muito atravessada pelas idéias 
psicológicas. Sonhamos com a escola que poderá ensinar a todos os alunos, que conseguirá 
controlar a aprendizagem de seus pupilos, que será capaz de transformar a todos em adultos 
felizes, capazes, sadios, ou seja, os mesmos ideais da década de 30. Porém, nos deparamos 
com a demanda da inclusão: absorver aqueles que historicamente foram criados para não estar 
na escola - a criança especial. É a negação da própria instituição3. 
 As queixas que ouvimos dos professores confirmam essa negação. Muitos se 
questionam sobre o aproveitamento dos deficientes numa sala regular, outros afirmam que 
eles vão prejudicar a aprendizagem dos demais, alguns se sentem despreparados, 
amedrontados e inseguros. Essas queixas estão justificadas historicamente, são procedentes, 
mas questionáveis. 
 Para que a escola consiga pensar na reabsorção desse público historicamente excluído 
necessitará passar por uma “revolução que a ponha do avesso em sua razão de existir, em seu 
ideário político-ideológico” (KUPFER e PETRI, 2000, p 112). Será necessário desconstruir 
muitos de seus conceitos, de sua forma de atuação. Gestões autoritárias e centralizadoras e 
modelos conservadores terão de ser abandonados, pois “essas escolas apenas acentuam a 
deficiência, e, em conseqüência, aumentam a inibição, reforçam os sintomas existentes e 
agravam as dificuldades dos alunos com deficiência mental” (BATISTA, 2006, p. 12), tendo 
em vista que as “outras deficiências não abalam tanto a escola comum, pois não tocam no 
cerne e no motivo de sua urgente transformação: entender a produção do conhecimento 
acadêmico como uma conquista individual” (BATISTA, 2006, p. 12). Aliás, entender que 
 
3
 Em relação à reabsorção das crianças especiais pela escola como está, considerando que ao mesmo tempo em 
que a escola determina quem não são suas crianças acaba se definindo enquanto instituição poderemos citar 
Kupfer e Petri onde afirmam que, “a reabsorção do que ela não é ameaça sua consolidação como instituição” 
(2000, p. 112) 
 
 3101 
cada pessoa aprende de um jeito, possui uma maneira única de se relacionar com o 
conhecimento e que o saber que a escola veicula – a cultura humana possui significados 
diferentes para cada um não é um fato de domínio docente. 
 A educação continua buscando respostas para justificar o fracasso de determinados 
alunos, seja no conceito de deficiência mental, seja nas mazelas sociais, e ignora que as 
diferenças são humanas, e que não é possível continuar investindo numa educação comum 
para sujeitos singulares da maneira que se tem feito. Se hoje nos deparamos com uma 
educação que não tem atingido seus objetivos talvez seja o momento de tentarmos de 
maneiras diferentes, em vez de ficarmos jogando a culpa de um lado para o outro. 
 Batista (2006) propõe algumas mudanças interessantes, como a diferenciação entre 
ensino e aprendizagem. Para a autora, “aprender é uma ação humana criativa, individual 
heterogênea e regulada pelo sujeito da aprendizagem, independente de sua condição 
intelectual ser mais ou menos privilegiada”, enquanto que “ensinar é um ato coletivo, no qual 
o professor disponibiliza a todos alunos sem exceção um mesmo conhecimento” (p. 13) e 
segue esclarecendo que 
 
“as práticas escolares que permitem ao aluno aprender e ter reconhecidos e 
valorizados os conhecimentos que é capaz de produzir, segundo suas 
possibilidades, são próprias de um ensino escolar que se distingue pela diversidade 
de atividades. O professor, na perspectiva da educação inclusiva, não é aquele que 
ministra um “ensino diversificados” para alguns, mas aquele que prepara atividades 
diversas para seus alunos (com e sem deficiência mental) ao trabalhar um mesmo 
conteúdo curricular. As atividades não são graduadas, para atender a níveis 
diferentes de compreensão e estão disponíveis na sala de aula para que seus alunos 
as escolham livremente, de acordo com o interesse que têm por elas.” (p. 13 e 14). 
 
 Sem dúvida, o exposto acima parece desestruturar totalmente a escola atual. Imagine 
uma sala de aula onde o professor exponha um conhecimento e deixe os alunos livres para 
optarem pela atividade que mais gostarem para trabalhar o conteúdo da aula? Por outro lado, 
imagine os alunos podendo manifestar aquilo que puderam compreender do conhecimento 
ministrado de acordo com suas possibilidades, sem medo de estarem errados? Ou ainda, o que 
pretendemos que os alunos com deficiência, principalmente a mental, aprendam numa sala de 
aula regular, considerando que “o aluno com essa deficiência tem uma maneira própria de 
lidar com o saber que, invariavelmente, não corresponde ao ideal da escola?” (BATISTA, 
2006, p.12). Permaneceremos ministrando aulas de maneira que já sabemos que os deficientes 
 3102 
mentais não conseguem atingir os objetivos propostos para avaliá-los como “Não 
Satisfatórios”4? 
 Sem dúvida estamos num momento que exige uma reflexão sobre o papel da escola. 
Herdamos da escola nova uma escola inchada. Esta abarcou tantos compromissos sociais que 
acabou relegando para segundo plano sua função primordial: sistematização de 
conhecimentos e a ênfase do saber básico, o que resultou numa escola onde se faz muitas 
coisas, mas se produz pouco conhecimento. 
 Esse é um ponto crucial a ser discutido no interior destas instituições. Faz-se urgente 
que as escolas reflitam sobre seu “compromisso primordial e insubstituível: introduzir o aluno 
no mundo social, cultural e científico; e todo ser humano, incondicionalmente tem direito a 
essa introdução”. Essa introdução não significa todos aprendendo da mesma maneira, e sim 
todos tendo acesso para que cada um se aproprie do conhecimento segundo suas 
possibilidades. Alguns de nós aprendemos a ler e escrever para ler romances, outros apreciam 
revistas de carro, outros escrevem poesia, não importa o fim, desde que seja útil para nos 
expressarmos enquanto humanos, para nos sentirmos parte dessa humanidade e podermos 
desfrutar das produções culturais que mais calarem fundo em nossa alma. 
 
Conclusão 
 
 Na história da educação brasileira percebemos a passagem pelos paradigmas da 
institucionalização no período imperial, onde os cegos, os surdos e os deficientes mentais 
mais comprometidos ficavam segregados da sociedade, uma sociedade agro-produtora e 
analfabeta, onde a escolarização era oferecida apenas a uma pequena parte da população. 
Após a proclamação da república a escola se tornou mais abrangente. Numa sociedade 
onde já apareciam relações capitalistas nos centros urbanos, surgem as instituições para cuidar 
da educação dos deficientes, principalmente os mentais, uma vez que esta sociedade estava 
muito preocupada com a eugenia da raça, acreditando que os “anormais”, ou seja, aqueles que 
não conseguiam se adequar às normas escolares deveriam receber educação separados dos 
“normais”, para evitar que os primeiros atrapalhassem a educação dos últimos. As 
instituições, antes locais de confinamento, passam a ser responsáveis pela educação dos 
deficientes, objetivando que estes venham adquirir condições de viver entre os “normais”. 
 
4
 Na Prefeitura de São Paulo a atribuição de Conceitos é feita ao final de cada semestre e os alunos são avaliados 
como P (Plenamente Satisfatório), S (Satisfatório) ou NS (Não-Satisfatório). 
 3103 
 Neste momento nos encontramos divididos entre as idéias da integração e da inclusão, 
ou seja, estamos abandonando as formações de classes homogêneas, estamos às voltas com as 
diferenças, tentamos acolher os alunos deficientes, mas não sabemos como, ainda sofremos 
influências da “Psicologização do ensino5”, visto que se solicita do professor a abrangência do 
aluno como um todo, buscando perceber suas habilidadese capacidades e ocupar-se de sua 
afetividade, muitas vezes deixando de garantir a aprendizagem de conhecimentos básicos. 
Esse, aliás, consiste num ponto de suma importância, uma vez que, para conseguir 
desenvolver uma educação de fato, junto aos alunos deficientes, haveremos de repensar em 
toda a organização político-ideológica da escola, limpando e esclarecendo seus objetivos e 
função social. 
Havemos de resgatar a função da escola enquanto meio primordial de difusão de 
conhecimentos científicos, culturais e assumir a tarefa de ensinar os alunos a lidar com esses 
conhecimentos para se expressarem através deles, aceitando que não conseguiremos abarcar 
todo o desenvolvimento dos alunos. Quando se alarga demais os objetivos da escola corre-se 
o risco de não ensinar nada. 
Além do mais, a inclusão pede que a escola repense a função que tem tentado 
desenvolver, pois adaptações físicas e curriculares são importantes, mas por si só não 
garantirão a aprendizagem dos alunos deficientes. Esse objetivo exige que reformulemos os 
processos de ensino, buscando esclarecer o que queremos de fato com esses alunos, podendo 
perceber como aprendem, como apreendem o mundo a sua volta, como se relacionam com ele 
e com as pessoas e como podemos contribuir para seu desenvolvimento, considerando que 
possui sim suas diferenças, suas particularidades, mas que estas não são impedimento para sua 
escolarização. 
 
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5
 Lajonquiére discute este tema com muita propriedade em sua obra “Infância e Ilusão (Psico) Pedagógica”. 
 3104 
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