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(1b) UNO Banco de Questões - Português

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LÍNGUA
PORTUGUESA
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO I
FUNÇÕES DA LINGUAGEM E
LINGUAGEM FIGURADA
VOCABULÁRIO
FONOLOGIA, ACENTUAÇÃO, ORTOGRAFIA
E FORMAÇÃO DE PALAVRAS
ARTIGOS, SUBSTANTIVOS, ADJETIVOS
VERBOS E ADVÉRBIOS
PRONOMES
NOÇÕES DE LITERATURA
HUMANISMO, QUINHENTISMO,
BARROCO E ARCADISMO
ROMANTISMO
LITERATURA NO PERÍODO COLONIAL
CLASSICISMO
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO II
FIGURAS DE LINGUAGEM
PERÍODOS SIMPLES E COMPOSTO
PONTUAÇÃO
CONCORDÂNCIA E REGÊNCIA
REALISMO/ NATURALISMO
PRÉ-MODERNISMO/ MODERNISMO
PARNASIANISMO/ SIMBOLISMO
CRASE
FUNÇÕES DE “QUE” E “SE”
Língua Portuguesa - Interpretação de texto I
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LÍNGUA PORTUGUESA
INTERPRETAÇÃO DE
TEXTO I
1. U. Católica de Brasília-DF Assinale V, para os itens
verdadeiros, e F, para os falsos.
( ) A figura ao lado trata-se de uma charge, cujo tema
versa sempre sobre algum acontecimento que já
foi veiculado na mídia. Dessa forma a charge não
é responsável por uma nova notícia, mas é uma
releitura de uma notícia ou de um fato.
( ) Observando os elementos que compõe a charge,
é correto afirmar que ela se refere a alguma notí-
cia sobre aviação. Isso é comprovado pelos elementos icônicos, pois nenhum ele-
mento verbal faz referência à aviação.
( ) O verbo ter, utilizado na fala do passageiro, poderia ser substituído pelo verbo
haver, o que configuraria o uso do nível formal da linguagem.
( ) A opção de reserva de um lugar na caixa-preta, que em caso de sinistro com a
aeronave, é um instrumento que pode ajudar a identificar as causas, é a responsável
pelo humor na charge e, ao mesmo tempo, permite inferir que a charge foi feita
depois de algum desastre aéreo.
( ) As palavras “algum”, “vago” e “caixa-preta” são respectivamente, adjetivo, advér-
bio, adjetivo e substantivo.
( ) Caixa-preta, sob o ponto de vista de sua estrutura, contém dois radicais, por isso,
quanto ao processo de formação, é considerada uma palavra derivada.
2. Analise a charge que segue, publicada na revista Veja, de 07. jun. 2000.
A leitura da charge permite as seguintes afirmações:
( ) nos desenhos humorísticos, a caricatura é uma representação gráfica de uma pes-
soa ou situação que explora aspectos ridículos ou grotescos.
( ) a legenda, texto curto que, às vezes, acompanha o desenho, tem a finalidade de
determinar para o leitor o sentido da charge.
( ) o cartunista interpreta uma idéia presente no imaginário do torcedor brasileiro: os
técnicos de futebol, quando cometem erros, são chamados de burros.
( ) a frase “O técnico Wanderley Luxemburgo examina as condições do gramado”
funciona de modo redundante, visto que repete o significado contido no desenho.
Língua Portuguesa - Interpretação de texto I
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3. Uneb-BA
Folha Ilustrada. Folha de São Paulo, 14 de julho 2000, p. 34.
No texto do convite para ver a exposição de Guignard, no MASP, passa-se a idéia de que:
a) ver Guignard é ter uma aula de como funciona o sistema nervoso humano;
b) a emoção provocada pela arte nem sempre pode ser traduzida com palavras;
c) a arte causa, no homem, uma sensação de leveza tal, que o adormece para a realidade;
d) o sentimento gerado pela obra de arte lírica é constante e equilibrado em cada ser
humano;
e) o humanismo lírico de Guignard está na sua capacidade de associar a arte ao equilí-
brio das sensações humanas.
4. UFPE Observe os quadrinhos abaixo e responda à questão.
Assinale a alternativa em que se faz um comentário inaceitável com relação aos quadri-
nhos de Ziraldo.
a) O menino tinha idéia clara acerca da finalidade apelativa do seu texto.
b) Os termos do cartaz reproduzem a sintaxe típica desse gênero de texto.
c) O menino demonstra inabilidade para ajustar-se às exigências de textos publicitários.
d) As incorreções gramaticais do segundo quadro vão da ortografia à sintaxe.
e) Os erros do cartaz constituíram uma estratégia para atrair possíveis consumidores.
O equilíbrio da pressão nas membranas celulares dos tecidos
nervosos, sem variação nos níveis de sódio e potássio, provoca
impulsos que vão do córtex cerebral até o sistema nervoso cen-
tral, confirmando uma sensação agradável e sem grandes alte-
rações. De tão relaxado, você pode até tirar um cochilo.
“O Humanismo Lírico de Guignard”. Um dos maiores pintores do mo-
dernismo brasileiro.
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Ziraldo. O Menino Maluquinho.
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5. Univali-SC A leitura dos quadrinhos abaixo remete-nos à seguinte conclusão:
Márcio Kühner
a) Os ditados não estão sempre certos. d) Devemos rir dos nossos percalços.
b) Errar é fundamental para crescer. e) É preciso sempre acertar.
c) Tirar o proveito de todas as situações.
6. PUC-RS Instrução: Responder às questões 2 e 3 com base no texto abaixo.
HUMOR EM TIRAS
Considerando as atitudes e falas dos personagens, é correto concluir que:
a) a mãe já sabia que Calvin havia decidido não ir mais à escola, como se depreende da
expressão “Sei”, no primeiro quadrinho;
b) a mãe de Calvin, indecisa sobre o que fazer com o filho, viu-se obrigada a consultar o pai;
c) Haroldo, o tigre presente no último quadrinho, demonstra apoio incondicional à atitu-
de do menino, pelo fato de estar disposto a acompanhá-lo à escola;
d) não havendo outra saída, foi necessário usar a força física para mandar Calvin à esco-
la, como se depreende da expressão “esmagar”, do último quadrinho;
e) as expressões “os pais” e “uma criança”, no último quadrinho, indicam que Calvin
generalizou a conclusão a que chegou.
7. PUC-RS Instrução: Responder à questão 3 com base nas idéias abaixo, que completam
a frase sublinhada.
Pela leitura da tira, é correto afirmar que Calvin:
1. Demonstra temer uma vida adulta em meio à poluição.
2. Usa sua fantasia para tentar convencer sua mãe do acerto de sua decisão.
3. Considera-se injustiçado pelos pais.
4. Conclui que seu projeto para o futuro foi rejeitado por ser ambicioso.
As idéias que complementam adequadamente a frase sublinhada, de acordo com o senti-
do da tira, estão na alternativa:
a) 1 e 2.
b) 1, 2 e 3.
c) 2 e 3.
d) 2, 3 e 4.
e) 3 e 4.
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8. U.F. Goiânia-GO Leia as tiras do cartunista Angeli, publicadas no caderno Ilustrada, da
Folha de São Paulo, em 29. jul. 1999. Depois assinale V, para os itens verdadeiros, e F
para os falsos.
Sansão e Dalila são personagens do universo gráfico de Angeli. Eles formam um casal
sem charme, cujo cotidiano é retratado de forma ridícula pelo cartunista.
De acordo com os elementos que constituem as tiras acima:
( ) as expressões crak, flap e tuf! são consideradas onomatopéias, porque procuram
representar, na escrita, sons naturais.
( ) a falta de diálogo entre o casal, durante a refeição, indica uma vida monótona,
propensa às explosões agressivas.
( ) a sigla TPM – que significa tensão pré-menstrual – opõe-se à expressão kung fu,
arte marcial desenvolvida na antiga China.
( ) o humor das tiras tem função social, pois procura descontrair o leitor, com a repre-
sentação caricaturesca de cenas do cotidiano dos personagens.
9. UFMS Observe a tira humorística que segue e marque a(s) opção(ões) verdadeira(s).
URBANO, o aposentado A.Silvério
Globo, 22/09/2000.
01. A frase apresentada no balão 3 pode ser associada à profissão da personagem que a
enuncia.
02. Atribui-se a uma dada estação do ano a capacidade de influenciar o estado de almadas pessoas em geral.
04. Em Todos mesmo (balão 4), o advérbio em negrito é usado como reforço, indicando
que não há exceção à regra.
08. O uso do artigo definido em a outra metade (balões 1 e 3) está equivocado, uma vez
que se trata de referentes que aparecem pela primeira vez no texto.
16. Os enunciados Encontrei a outra metade da minha laranja! (balão 1) e Encontrei a
outra metade do meu comprimido! (balão 3) retomam, através de figuras distintas, o
enunciado mais genérico “Encontrei a companheira ideal.”
32. O efeito humorístico da tira advém do fato de que se a personagem hipocon-
dríaca leva sua obsessão às últimas conseqüências, associando-a inclusive ao
campo amoroso.
Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.
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10. UFMA
Jaguar.
Na tira acima, o autor:
a) trabalha a fala das personagens no contexto, relacionando termos que não possuem
nada em comum;
b) subverte a lógica homonímica através da utilização de um jogo de palavras marcado
pela sonoridade, num tom de humor;
c) aproxima palavras heterógrafas (termos de grafias diferentes) e heterófonas (termos
de sons diferentes) que, apesar de sugerirem humor, não subvertem a lógica homoní-
mica;
d) usa sua criatividade e faz uma brincadeira lingüística com Há fogo / Afogo para de-
monstrar que ambos os termos possuem o mesmo significado;
e) considera os termos grifados acima como palavras sinônimas que não possuem outra
relação a não ser a própria referência.
11. UFMA
Revista Veja, de 19/04/2000.
Sobre a propaganda acima, é correto inferir que:
a) inanição gera morte e morte gera imobilidade. Logo, os usuários da Internet estão
condenados a morrer;
b) ir ao supermercado implica, infelizmente, em deslocamento e deslocamento implica
em não morrer de fome. Logo, sem se mexer, a Internet é a solução;
c) não comer implica em não se mexer e não se mexer implica em não sair de casa. Logo,
para não morrer, é preciso ir ao supermercado;
d) a Internet possibilita a compra e a compra implica em deslocamento. Logo, é preciso
se mexer para não morrer de inanição.
e) para consultar a fatura da compra pela Internet, é preciso se mexer e se mexer implica
em ir ao supermercado. Logo, o ideal é não acessar a Internet.
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12. UFMG
“Com o Document Centre a Xerox reinventa a copiadora
O mercado evolui. A Xerox revoluciona. Todo o poder
da tecnologia digital chega ao seu escritório com o mais
avançado sistema de processamento de documentos: Do-
cument Centre. Uma copiadora que também é impres-
sora, fax e scanner, com capacidade de realizar as opera-
ções simultaneamente. Para você copiar, imprimir, rece-
ber, enviar, criar, transformar, alterar, arquivar e recupe-
rar documentos com mais facilidade, menor manuseio
de papel e maior segurança. O novo software Centrewa-
re permite explorar e gerenciar o equipamento de acor-
do com as suas necessidades, a partir do seu computa-
dor, via rede e até mesmo via Internet. Document Centre
é tudo isso e mais a garantia e a assistência técnica que
só a Xerox pode lhe oferecer.”
AO VIVO E EM CORES NA DOCUWORLD. Visite a feira de tecnologia
avançada, dias 13 e 14 de maio, no Hotel Transamérica - SP.
Todas as afirmativas apresentam recursos lingüísticos que estão presentes nesse texto de
propaganda, exceto:
a) Articulam-se a linguagem verbal e a não-verbal.
b) Impessoaliza-se o tratamento do leitor.
c) Enumeram-se cumulativamente as características do produto.
d) Recorre-se não só à conotação, mas também à denotação.
13. UERJ
Ziraldo, Jornal do Brasil, 11/11/1999.
Na tira de Ziraldo, os personagens mudam de atitude do primeiro quadrinho para o se-
gundo. Pelo terceiro quadrinho, pode-se deduzir o que não está escrito: um pensamento
teria provocado a mudança.
Esse pensamento poderá ser traduzido como: “E se os caras dentro do espelho...
a) ...estivessem rindo deles?”
b) ...fossem reais e eles o reflexo?”
c) ... pudessem trocar de lugar com eles?”
d) ... duvidassem da realidade do mundo?”
Língua Portuguesa - Interpretação de texto I
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14. U.F. Pelotas-RS A compreensão de um texto
não decorre apenas da decodificação pura e
simples dos itens lingüísticos neles contidos.
Na realidade, ao ler, o leitor deixa aflorar seu
conhecimento de mundo, suas crenças, suas
vivências, que possibilitam conexões entre os
enunciados e o levam a construir o sentido do
texto que leu. Uma das características do leitor
proficiente é a capacidade de interpretar gráfi-
cos. Demonstre que você domina a habilidade
de leitura, inferindo corretamente os resulta-
dos expressos no gráfico ao lado:
Uma pesquisa encomendada pela entidade Parceria Contra as Drogas entrevistou 700 pes-
soas, entre 13 e 21 anos, de cinco cidades há três anos e obteve os seguintes resultados:
De acordo com os dados representados no gráfico, pode-se dizer que:
a) a descoberta do novo sempre atraiu o homem a aventuras cujas conseqüências, muitas
vezes, são desconsideradas em virtude do prazer do desconhecido, sendo esse o moti-
vo para que de noventa a cem jovens recorram às drogas;
b) como todo ser em formação, a maior parte dos jovens procura uma maneira de afirma-
se em seu grupo, recorrendo, para isso, ao uso de psicotrópicos;
c) não é verdadeira a argumentação de que o maior contingente de jovens, rebeldes por
natureza, procura nas drogas formas de transgredir normas sociais;
d) a orientação familiar não seria uma das primeiras providências no combate ao vício,
uma vez que não está na família a causa principal de o jovem se envolver com drogas;
e) são de toda ordem as causas que levam o jovem ao consumo de drogas; com exceção
dos problemas com a família, essa diversidade, somada, representa mais de 3/4 do
total de entrevistados.
15. UFPR Assinale V (verdadeiro) ou F (falso)
na(s) alternativa(s) em que a descrição da foto
abaixo vem expressa de acordo com as nor-
mas de escrita do português padrão.
( ) Um homem com roupas típicas de tra-
balhador rural, onde é mostrado da cin-
tura para baixo, segura um tipo de fa-
cão com a mão direita. Abraçado a sua
perna há uma criança, que a expressão
denota raiva e medo. O homem apóia
sua outra mão na cabeça da criança, como se protegesse ela.
( ) Um homem com roupas típicas de trabalhador rural, mostrado da cintura para bai-
xo, segura uma espécie de facão. Abraçado a sua perna há um menino, cuja expres-
são denota raiva e medo. A outra mão do homem repousa sobre a cabeça da crian-
ça, como se protegendo-a.
( ) A foto mostra um menino abraçado às pernas de um homem vestido como um
trabalhador rural, onde está segurando uma espécie de facão com a mão direita. A
expressão da criança é de medo e raiva, e é como se o homem estivesse protegendo
a ela de alguma ameaça.
( ) Na foto, mostra um homem, que está segurando uma espécie de facão e vestido como
trabalhador rural. Uma criança está abraçada à perna dele, que apóia a mão sobre sua
cabeça, como se estivesse protegendo. E onde o olhar da criança exprime medo e raiva.
( ) Na foto, aparecem um menino e um homem. O enquadramento destaca a criança,
mostrando o homem apenas na altura da cintura. A ele está abraçada a criança, cujo
olhar é de medo e raiva. O homem, que, em traje de trabalhador rural, empunha um
facão, parece estar protegendo o menino, sobre cuja cabeça pousa a mão.
( ) A foto mostra, da cintura para baixo, um homem que traja roupa de trabalhador
rural e empunha uma espécie de facão. Uma criança, com expressão de medo e
raiva, está abraçada à perna do homem. Ele apóia a mão sobre a cabeça do menino,
como se o estivesse protegendo.
Contrariar
Foto: Paula Simas
LínguaPortuguesa - Interpretação de texto I
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16. UEGO
A leitura da charge permite as seguin-
tes afirmações:
( ) o título “A República do Mau
Humor” funciona como indicador
de leitura, pois dá ao leitor a opor-
tunidade de interpretar tanto o
texto verbal como o não-verbal;
( ) o mau humor dos aliados do go-
verno nos permite deduzir que os
políticos aderem ao poder visan-
do apenas ao seu benefício pró-
prio;
( ) a parte inferior da charge remete-
nos ao contexto social brasileiro,
onde a população, em sua maio-
ria, sofre os efeitos;
( ) a frase de 2º balão “Um dia, só eles vão rir de tudo isso!”, proferida pelo persona-
gem que representa o povo, deixa transparecer o humor e o descompromisso com
que o brasileiro encara seus problemas;
( ) a frase “Não esquenta, mulher!”, proferida pelo personagem denuncia a ineficiên-
cia do cobertor com que ele se agasalha, uma vez que o frio é intenso.
17. UnB-DF
“ACREDITAMOS EM OPORTUNIDADES IGUAIS INDEPENDENTEMENTE DE RAÇA,
CREDO, SEXO, REINO, TRIBO, CLASSE, ORDEM, FAMÍLIA, GÊNERO OU ESPÉCIE.
Os seres vivos são interdependentes. Dessa for-
ma, sem apoio de milhões de espécies, a sobrevi-
vência humana não estaria garantida. Essa varie-
dade e a dependência entre as espécies interessa
especialmente à nossa empresa. Pois o nosso tra-
balho depende de descobertas no mundo das in-
formações genéticas. Informações que se perdem
para sempre quando as espécies são extintas. In-
formações que oferecem soluções inéditas para a
agricultura, a nutrição e a medicina. Para atender
a uma população que está crescendo. Em um pla-
neta do mesmo tamanho.”
Considerando as informações prestadas pelo anúncio acima, o sentido da mensagem e a
correção gramatical dos itens a seguir, julgue-os.
( ) A figura explora e exemplifica a biodiversidade.
( ) Mesmo sabendo que nem todos os reinos estão representados na figura, isto não
contradiz o argumento principal da propaganda, colocado acima da ilustração.
( ) Devido à interdependência dos seres vivos, a sobrevivência da espécie humana não
estaria garantida sem apoio de milhões de espécies.
( ) O trabalho desenvolvido pela empresa depende de descobertas no mundo das in-
formações genéticas e, quando as espécies são extintas, se perdem para sempre.
( ) As informações genéticas oferecem soluções inéditas para a agricultura, a nutri-
ção, a medicina, a população que está crescendo e o planeta, que tem o tamanho da
população.
Isto é. nº 1.575. 8/12/99. p. 125 (com adaptações).
Folha de São Paulo, 11.09.99
Língua Portuguesa - Interpretação de texto I
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18. UFPB-PSS
Texto I
“Diogo Mainardi
Índios furibundos invadiram o Congresso Nacional para protestar contra as comemorações dos
500 anos de descobrimento do Brasil. Paramentados com seus tradicionais cocares, calções de
banho e tênis Nike, foram até o senador Antonio Carlos Magalhães e apontaram-lhe uma lança.
Foi bonito ver todos aqueles índios lutando juntos – 500 anos atrás, eles provavelmente estariam
devorando uns aos outros. Pois eu concordo com os índios: não há o que comemorar. Em 500
anos de História, não fizemos nada que justificasse uma festa. A meu ver, deveríamos ficar recolhi-
dos num canto, chorando pelo joelho de Ronaldinho. Foi o que fiz.”
Texto II
Lendo o texto I e relacionando-o com a charge (texto II), conclui-se:
a) O selvagem da charge não é o índio, mas sim a respeitável autoridade brasileira.
b) Os índios continuavam lutando entre si.
c) O índio da charge é mais autêntico porque não usa tênis Nike e veste calça comprida.
d) O objetivo de Mainardi e Chico é o mesmo: registrar a política favorável do Congres-
so Nacional às causas indígenas.
e) As comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil representaram um mo-
mento de alegria para os índios.
19. UFMA
“O chinês anônimo desafia os tanques
Nunca se soube o nome daquele jovem alto e ma-
gro vestido como milhões de chineses, de camisa bran-
ca e calça de tergal. Ninguém ouviu sua voz. Jamais
se soube o paradeiro do solitário rebelde que barrou
uma coluna de 17 tanques naquela manhã de junho
de 1989. Sozinho, nas fotografias e no balé diante
das câmeras de vídeo – os tanques se deslocavam e a
silhueta se movia, simultaneamente, para a esquerda
e para a direita – o chinês anônimo fez mais, em seu
grande momento, do que muitos líderes revolucio-
nários do milênio. É certo que foi visto por mais gen-
te, nas telas de TV, dentro dos lares, do que persona-
lidades como o mongol Kublai Khan, o francês Maximilien de Robespierre ou o mexicano Emiliano
Zapata.”
Depreende-se da compreensão do texto acima que há uma gradação ascendente do per-
sonagem envolvido, que assim passa do anonimato de um momento para a fama de um
milênio. Isso fica evidente através dos seguintes itens lexicais:
a) jovem alto e magro solitário rebelde silhueta líder revolucionário personalidade;
b) silhueta solitário rebelde sem paradeiro sozinho personalidade;
c) jovem alto e magro sem voz solitário rebelde líder revolucionário sozinho;
d) sem paradeiro silhueta solitário rebelde chinês anônimo líder revolucionário;
e) solitário rebelde líder revolucionário sozinho personalidade chinês anônimo.
5 de julho de 1989.
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20. UERJ Leia a piada reproduzida a seguir.
Vinha o motorista dirigindo o seu carro, quando se deparou com uma placa de sinalização:
Imediatamente, ele acelerou o seu veículo. Logo depois, voltou a pé para o local da placa
e nela escreveu, para corrigi-la:
Como muitas piadas, esta se baseia em um equívoco.
O comportamento do motorista que explica mais adequadamente o efeito cômico da
piada é:
a) voltar a pé ao local da placa para efetuar uma correção;
b) ler a mensagem da placa como uma ordem para acelerar;
c) corrigir a mensagem da placa para retificar informação incompleta;
d) imprimir maior velocidade ao carro para escapar dos quebra-molas.
Texto para as questões 21 e 22.
“Homem Primata
Desde os primórdios
Até hoje em dia
O homem ainda faz
O que o macaco fazia
5 Eu não trabalhava, eu não sabia
Que o homem criava e também destruía.
Homem primata
Capitalismo selvagem
Ô, ô, ô
10 Eu aprendi
A vida é um jogo
Cada um por si
E Deus contra todos
Você vai morrer e não vai pro céu
15 É bom aprender, a vida é cruel.
Homem primata
Capitalismo selvagem
Ô, ô, ô
Eu me perdi na selva de pedra
20 Eu me perdi, eu me perdi”
BRITTO, Sérgio, FROMER, Marcelo, REIS, Nando, PESSOA, Ciro. Do CD Cabeça de dinossauro.
21. UFR-RJ No texto Homem Primata, a comparação estabelecida entre o homem e maca-
co alude:
a) a uma das teorias sobre a origem da espécie humana;
b) ao comportamento irracional do homem na sociedade moderna;
c) às semelhanças biológicas entre os dois seres;
d) ao bom relacionamento entre homem e macaco;
e) ao capitalismo selvagem da sociedade contemporânea.
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22. UFR-RJ A oposição entre os quatro primeiros versos de Homem primata e o texto
Pecados do século XXI (questões 101 a 103) envolve, respectivamente, os antônimos:
a) lentidão X velocidade;
b) atraso X progresso; d) estagnação X mudança;
c) santidade X pecado; e) passado X presente.
Instrução: Responder às questões de 23 a 25 com base no texto.
JAGUAR. Átila, você é barbaro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968. p. 166-167.
23. PUC-RS Instrução: Responder à questão analisando a veracidade das afirmativas
abaixo.
1. A absolescência das armas utilizadas pelo homem levam-no a um final trágico.
2. As armas apresentam-se em gradação ascendente quanto ao seu poder letal.
3. O militarismo, simbolizado pelosuniformes que os personagens vestem, é causa prin-
cipal do desfecho presente no cartum.
4. A vestimenta dos personagens ilustra cronologicamente o desenrolar dos fatos apre-
sentados.
5. Os itens 2 a 5 do cartum apresentam o homem como o responsável pelas ações
bélicas, enquanto nos itens 6 a 10 essa responsabilidade é atribuída apenas aos ar-
mamentos.
Conclui-se que a alternativa que apresenta a numeração correspondente às afirmativas
corretas é:
a) 1 e 2. b) 1, 2 e 4. c) 2 e 4. d) 3 e 5. e) 3, 4 e 5.
24. PUC-RS Instrução: Responder à questão com base nas afirmativas a seguir.
I. A estrutura narrativa e as ilustrações têm efeito argumentativo marcante.
II. As ilustrações são um recurso para chamar a atenção do leitor, e poderiam ser retira-
das sem prejuízo para a clareza do texto.
III. Os itens 1 e 2 apresentam ao leitor os personagens, enquanto o 9 prepara-o para o
desfecho da história.
IV. A simplicidade da linguagem contrasta com a seriedade do tema.
Concluí-se que as afirmativas corretas encontram-se na alternativa:
a) I e II. b) I, III e IV. c) I, II, III e IV. d) II, III e IV. e) III e IV.
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25. PUC-RS O ditado popular que melhor sintetiza as idéias expressas no cartum é:
a) “O feitiço virou contra o feiticeiro.” d) “Quando um não quer, dois não brigam.”
b) “Quem tudo quer tudo pode.” e) “Devagar se vai ao longe.”
c) “Se queres a paz, prepara-te para a guerra.”
26. Univali-SC
“BOM CONSELHO
Ouça um bom conselho
Que lhe dou de graça
Inútil dormir
Que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado
Quem espera nunca alcança
Ouça meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
I
E não foi só ele.
Milhares de brasileiros pendurarão
as chuteiras mais cedo por
problemas cardiovasculares.
II
Hoje, 20% da população adulta
brasileira é hipertensa,
12% é diabética e 30% tem
colesterol elevado.
III
Essas doenças, associadas
a tabagismo, obesidade, estresse
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou para rua e bebo a tempestade”
Chico Buarque
Ao compor o texto, o autor se preocupou em:
a) contradizer sistematicamente os conselhos populares em situações absurdas;
b) enfatizar a sabedoria que se exprime através de provérbios;
c) utilizar-se de provérbios para expressar sua concordância ou discordância diante de
fatos da vida;
d) inadvertidamente o compositor apresenta situações nas quais os ditos populares vão
de encontro à realidade;
e) através de um jogo de palavras, o autor procura confundir o leitor.
INSTRUÇÃO: Com base no texto, julgue os itens da questão 27.
“Tão novo e já pendurou as chuteiras
e vida sedentária levam ao óbito
por problemas cardiovasculares,
que correspondem a 32% de todos os óbitos.
IV
Não seja mais uma vítima
das doenças cardiovasculares.
V
Procure seu médico e siga
a sua orientação.”
Líder em soluções
Veja. 23/06/99, p. 153.
27. UFMT
( ) A polissemia presente no título do texto se revela pelos sentidos diversos que ele sugere.
( ) A leitura do texto desfaz a polissemia do título atribuindo-lhe o sentido da morte.
( ) O sentido da palavra hoje é encontrado na primeira parte do texto, daí ser um
elemento anafórico.
( ) Em Ele é um novo homem, o adjetivo novo apresenta sentido igual ao do título do texto.
( ) Na última parte do texto, o pronome possessivo sua provoca certa ambigüidade
que pode ser desfeita se substituído por dele.
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INSTRUÇÃO: A partir da leitura do texto, julgue os itens da questão 8.
“A VIDA MODERNA OFERECE TV DIGITAL, CELULAR, INTERNET E O JEEP GRAND CHEROKEE
PARA VOCÊ FUGIR DISSO TUDO.
Jeep Grand Cherokee. A partir de R$ 55.400.
O mundo tem lugares onde você pode viver emoções muito maiores do que ir e vir do trabalho.
E o Jeep Grand Cherokee dá liberdade para você seguir qualquer trilha. Ele tem motor 4.0L High
Output, tração Quadra-Trac® 4x4 permanente, duplo air-bag, freios a disco nas quatro
rodas com ABS e suspensão “Up Country” para você chegar onde ninguém chegou. Além de
câmbio automático e ar-condicionado para você chegar lá inteiro. Jeep Grand Cherokee. A
vida moderna em favor da vida de verdade.
Jeep®
Só Existe Um.”
Veja, 11/10/98.
28. UFMT
( ) A propaganda defende a idéia de que a tecnologia é insuficiente para o homem ser
feliz na vida moderna.
( ) A tese que sustenta o texto é a de que se a vida moderna propicia não só alta
tecnologia como também possibilidades de se fugir.
( ) A expressão “onde ninguém chegou” pode significar sucesso profissional.
( ) Os argumentos utilizados para convencer o leitor se baseiam nos atrativos da vida
moderna e não no objeto em si da propaganda.
( ) A palavra trilha refere-se unicamente a caminhos pouco percorridos.
29. Unifor-CE
“Façam a festa
cantem dancem
que eu faço o poema duro
o poema-murro
sujo
como a miséria brasileira.”
Nos versos acima, o poeta Ferreira Gullar:
a) defende uma poesia voltada para o canto e a exaltação dos sentimentos líricos;
b) expõe sua condição de artista marcado pelo desejo de participação social;
c) opõe a poesia que ele faz à poesia dos que se preocupam com temas políticos;
d) deixa claro que suas opções estéticas coincidem com as dos poetas concretistas;
e) adota uma visão de mundo muito semelhante à da poesia de Manuel Bandeira.
30. U. Potiguar-RN
“Soneto
Pálida, à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!
Era a virgem do mar! na escuna fria
Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre nuvens d’alvorada
Quem em sonhos se banhava e se esquecia!
Era mais bela! o seio palpitando...
Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas no leito resvalando...
Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti – as noite eu velei chorando,
Por ti – nos sonhos morrerei sorrindo!”
O texto acima é um poema de Álvares de Azevedo, autor que, segundo Mário de Andra-
de, sofre muito o prestígio romântico da mulher. O amor sexual lhe repugnava. Há no
soneto uma contradição entre as imagens que caracterizam a mulher. Aponte-a:
a) De um lado, a mulher é pálida sobre o leito e, de outro lado, anjo entre nuvens.
b) Num momento, a mulher caracteriza-se pela pureza e, em outro momento, pela nudez
e sensualidade.
c) Em princípio, a surpresa da visão da mulher amada; num segundo momento, a revela-
ção de que apenas é uma lavadeira.
d) Inicialmente, o sofrimento das noites de vigília; em seguida, a fuga pelo sonho e pela morte.
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Leia atentamente o texto abaixo para responder às questões de 31 a 33.
“Consoada
Quando a Indesejada das gentes chegar O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(Não sei se dura ou coroável), (A noite com seus sortilégios.)
Talvez eu tenha medo. encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
Talvez eu sorria, ou diga: A mesa posta,
– Alô, iniludível! Com cada coisa em seu lugar.”
Manuel Bandeira. In: Os melhores poemas de Manuel Bandeira. São Paulo: Global,1984.
31. Uniube-MG Para o poeta a palavra Indesejada se refere à:
a) Amada. b) Visita. c) Morte. d) Noite.
32. Uniube-MG Por que o poeta cumprimenta a Indesejada das gentes, chamando-a de
iniludível?
a) Porque ela é fácil de se enganar. c) Porque aparece toda noite.
b) Porque não poupa ninguém. d) Porque é amiga do poeta.
33. Uniube-MG Com relação à estrutura, o poema pode ser dividido em duas partes:
I. a primeira, que mostra incerteza do poeta, expressa pelos advérbios de negação edúvida, e a segunda, que apresenta certeza expressa pelo tom afirmativo dos verbos;
II. a primeira, que revela segurança e certeza quanto ao futuro, e a segunda, que apresen-
ta dúvida e descontrole emocional;
III. a primeira, que mostra coragem e segurança para enfrentar o desconhecido, e a se-
gunda, que revela a felicidade de um dia de trabalho;
IV. a primeira, que mostra o poeta despreparado para o que lhe espera, e a segunda, que
revela sua ousadia e destemor diante da vida.
O item que melhor caracteriza essa divisão é:
a) I. b) II. c) III. d) IV.
34. Univali-SC Compare os versos de Manual Bandeira e Vinícius de Moraes, sobre o tema:
Mulheres.
“Mulheres
Como as mulheres são lindas!
Inútil pensar que é do vestido...
E depois não há só as bonitas:
Há também as simpáticas.
E as feias, certas feias em cujos olhos vejo isto:
Uma menininha que é batida e pisada e nunca sai da cozinha.
Como deve ser bom gostar de uma feia!”
BANDEIRA, Manuel. In: Libertinagem.
“Receita de mulher
As muito feias que me perdoem
Mas beleza é fundamental. É preciso
Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso.
(...)
Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e
Seja leve como um resto de nuvem...”
Vinícius de Moraes.
Sobre os textos, pode-se afirmar que:
a) os dois textos são ambíguos na abordagem do tema;
b) ambos os textos vêem apenas belezas, embora diferentes, nas mulheres;
c) enquanto o primeiro texto fala só na beleza infantil, o segundo aborda a beleza da
mulher madura;
d) embora falem sobre o mesmo assunto, os dois textos revelam posicionamentos antagônicos;
e) os textos abordam temáticas diferentes.
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35. PUC-PR
“Nada mais diferente (...) entre o biscoito de Proust e o embrulho do pai. A madeleine trouxe o
gosto que leva ao passado geral, ao passado anterior ao passado, ao passado depois do passado,
ao passado ‘ao lado’ do passado.
O biscoito abriu as portas do tempo – do tempo perdido. Ora, o meu caso, ou melhor, o ‘meu’
embrulho não abre nada, muito menos o tempo. Se abria alguma coisa era o espaço – até então,
nunca pensara organizadamente na única pessoa, no único personagem, no único tempo de um
homem que, não sendo eu, era o tempo do qual eu mais participara.”
Assinale a alternativa que identifica e explica a referência feita ao episódio da “ma-
deleine” na obra de Proust, criando uma relação com Quase memória, de Carlos
Heitor Cony:
a) É uma similaridade e provoca a percepção de que tempo e espaço são valores diferentes.
b) É uma comparação que demonstra as leituras do autor.
c) É um caso de intertextualidade e serve para estabelecer relações na cadeia de leituras
e de escrita literária.
d) É um caso de referencialidade porque faz referência a um livro do passado.
e) É um caso de associação de idéias, pois a noção de passado é a mesma nos dois autores.
O texto publicitário que você lerá abaixo foi extraído de Isto é, de 7 jun. 2000. As ques-
tões 36 e 37 referem-se a ele.
“Quando a gente deixa as crianças
experimentarem, se sujarem,
elas aprendem mais
e se desenvolvem melhor.
É por isso que estamos lançando
o novo Omo Multi Ação.
Uma fórmula inovadora que
age nos primeiros instantes da
lavagem, removendo manchas
de gordura como nenhum outro.
Omo Multi Ação está ainda
mais eficiente porque sabe, assim
como você, que seu filho precisa
de liberdade para aprender.
Novo Omo Multi Ação.
Porque não há aprendizado
sem manchas.”
36. UFGO Além de veicular informações sobre o produto, a linguagem publicitária procu-
ra persuadir o consumidor.
Com base nessa informação e na leitura do texto, pode-se afirmar que:
( ) liberdade de ação e aprendizagem infantil, idéias deduzidas do início do texto,
estabelecem relação de causa e conseqüência.
( ) o vocábulo outro, em “como nenhum outro”, refere-se a um elemento extratextual,
pois não remete a nenhum termo explicitamente presente no texto.
( ) a palavra ainda, em “Omo Multi Ação está ainda mais eficiente”, indica que, só a
partir de agora, o produto foi aprovado pelo consumidor.
( ) o vocábulo manchas aparece no texto com dois sentidos diferentes, ou seja, o pri-
meiro é denotativo e o segundo, conotativo.
37. UFGO Acerca da organização das frases, é possível afirmar que:
( ) o trecho “removendo manchas de gordura como nenhum outro” NÃO pode ser
substituído por “que remove manchas como nenhum outro”, pelo fato de causar
incoerência.
( ) o segmento “Quando a gente deixa as crianças experimentarem, se sujarem”, apre-
sentado na abertura do texto, serve para destacar a atitude desejável de um consu-
midor ideal.
( ) os vocábulos “elas” e “se”, apresentados no primeiro período do texto, remetem à
expressão “as crianças”.
( ) a oração “Porque não há aprendizado sem manchas” estabelece uma relação de
dependência com frase “Novo Omo Multi Ação”.
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INSTRUÇÃO: A partir da leitura do texto, julgue os itens da questão 38.
“TOURO
De 21/4 a 20/5
Você está curando suas velhas feridas e aprendendo a confiar de novo na vida. A dinâmi-
ca do mês é o aprofundamento das relações e a expressão das emoções. Você poderá con-
tribuir com o parceiro, ampliando a intimidade e a cumplicidade do casal. Vida íntima em
alta: dê vazão à sua sensualidade. Com Marte transitando em seu signo, este é um mês de
ação e decisões: hora de colocar projetos em prática, o que lhe trará entusiasmo. Para isso,
conte com os amigos. É tempo também de investir “no social”: lute com a velha preguiça
de sair e vá ao encontro das pessoas. Terá que enfrentar algum mal-estar passageiro que a
obrigará a ter mais cuidado com a saúde. No trabalho, confusão: espere até poder expres-
sar suas idéias.”
Marie Clarie, maio de 1998.
38. UFMT
( ) A organização desse texto se calca em conselhos, ora implicitamente ora direta-
mente.
( ) Há no texto uma única marca lingüística que mostra ser o interlocutor você feminino.
( ) O lugar comum investir no social tem o sentido usual reiterado por referir-se a
conselho.
Texto para as questões 39 e 40.
“Língua
Gosto de sentir minha língua roçar
A língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar
A criar confusões de prosódia
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
E quem há de negar que esta lhe é superior
E quem há de negar que esta lhe é superior
E deixa os portugais morrerem à mingua
Minha pátria é minha língua
Fala Mangueira
Fala!
Flor do Lácio sambódromo
Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua (...)
A língua é minha Pátria
E eu não tenho Pátria: tenho mátria
Eu quero frátria”
VELOSO, Caetano. Língua. Velô-Caetano e a Banda Nova. PolyGram, 1984.
39. UFPE Leia as afirmativas abaixo sobre as idéias apresentadas no texto.
1. Em “Gosto de ser e de estar”, a idéia de plenitude, desejada pelo autor, é expressa
com os verbos “ser” e “estar”, que implicam o aspecto do ser permanente e do ser
transitório.
2. Utilizando a expressão “Fala mangueira”, grito de guerra de uma escola de samba, o
autor alude à idéia de que, sendo “pátria”, uma língua expressa os valores culturais de
seu povo.
3. O verso “Lusamérica latim em pó” alude não só à pulverização do latim que deu
origem às línguas latinas como à divisão-união de Portugal e Brasil.
4. Os neologismos “mátria” e “fátria” disfarçam o sentimento de união que o autor pre-
tende esteja envolvido na sua percepção de “língua”.
Está(ão) correta(s) apenas:
a) 1, 2 e 3. d) 2.
b) 1, 3 e 4. e) 3 e 4.
c) 2 e 4.
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40. UFPE Os enunciados abaixo referem-se aos recursos utilizados na criação de Língua.
1. Com os versos “E sei que a poesia está para a prosa/Assim como o amor está para a
amizade”, o autor estabelece uma relação de proporcionalidade.
2. O autor incorpora à sua canção elementos relacionados à expressão sensorial, como
“roçar”, “dores”, “cores”.
3. Nos versos “Gosto do Pessoa na pessoa/Da rosa no Rosa” o autor utiliza o recurso da
inversão.
4. Nas expressões “confusões de prosódia”, “profusão de paródias” e “furtem cores como
camaleões”, perpassa a idéia comum de “pluralidade”.
Estão corretas:
a) 1, 2 e 3 apenas.
b) 1 e 4 apenas.
c) 1, 2, 3 e 4.
d) 2 e 4 apenas.
e) 3 e 4 apenas.
41. UFBA
“À despedida do seu mau governo
Senhor Antão de Souza de Menezes,
Quem sobe a alto lugar, que não merece,
Homem sobe, asno vai, burro parece,
que subir é desgraça muitas vezes.
A fortunilha autora de entremezes
Transpõe em burro o herói, que indigno cresce,
Desanda a roda, e logo o homem desce,
que é discreta a fortuna em seus reveses.
Homem sei eu que foi Vossenhoria,
Quando o pisava da Fortuna a Roda,
Burro foi ao subir tão alto clima.
Pois vá descendo do alto, onde jazia;
verá quanto melhor se lhe acomoda
ser homem em baixo, do que burro em cima.”
MENDES, Cleise Furtado. Senhora Dona Bahia: poesia satírica de Gregório de Matos. Salvador: EDUFBA, 1996. p. 63.
O discurso da sátira contida no soneto pode ser assim sintetizado:
01. Um mau governo é fruto da falta de senso do povo que o escolhe.
02. É tão fácil conquistar um alto posto quanto é fácil dignificá-lo.
04. A irracionalidade em proveito de alguns representa a satisfação de muitos.
08. À ascensão social deverá corresponder o mérito pessoal.
16. A glória indevidamente conquistada rebaixa o indivíduo em vez de exaltá-lo.
32. É preferível o anonimato a um destaque que desabone o homem.
64. Em terra de incompetentes, o menos incompetente reina.
Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.
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Leia atentamente o texto abaixo para responder às questões de 42 a 44.
“Valsinha
 1. Um dia ele chegou tão diferente
 2. Do seu jeito de sempre chegar.
 3. Olhou-a de um jeito muito mais quente
 4. Do que sempre costumava olhar
 5. E não maldisse a vida tanto
 6. Quanto era seu jeito de sempre falar.
 7. E nem deixou-a só num canto
 8. Pra seu grande espanto
 9. Convidou-a pra rodar.
10. Então ela se fez bonita
11. Como há muito tempo não queria ousar
12. Com seu vestido decotado
13. Cheirando a guardado
14. De tanto esperar
15. Depois os dois deram-se os braços
16. Como há muito tempo
17. Não se usava dar
18. E cheios de ternura e graça
19. Foram para a praça
20. E começaram a se abraçar.
21. E ali dançaram tanta dança
22. Que a vizinhança toda despertou
23. E foi tanta felicidade
24. Que toda a cidade se iluminou
25. E foram tantos beijos loucos
26. Tantos gritos roucos
27. Como não se ouviam mais
28. Que o mundo compreendeu
29. E o dia amanheceu em paz.”
MORAES, Vinícius de e HOLANDA, Chico Buarque de. Chico Buarque de Holanda. São Paulo,
Abril Educação, 1980. p. 30-I. (Literatura Comentada).
42. Uniube-MG Sobre o texto, só não se pode afirmar que:
a) o texto estabelece uma relação de semelhança entre a dança, o jogo amoroso e as
relações humanas;
b) o gesto amoroso da dança começa no interior da casa e atinge o mundo;
c) o gesto amoroso da dança produz o efeito de instaurar a paz entre os seres humanos;
d) o conceito de amor implícito no texto não inclui o prazer físico entre os personagens.
43. Uniube-MG Leia as asserções a seguir para responder à questão abaixo:
I. A expressão “pra”, nos versos 8 e 9, traz marcas de oralidade.
II. Nos versos 21 e 22 estabelece-se uma relação de conseqüência.
III. A expressão “ali”, no verso 21, refere-se à palavra cidade.
IV. Este é um texto narrativo que relata uma transformação.
A alternativa que traz os números das asserções corretas é:
a) I e II. c) I, III e IV.
b) III e IV. d) I, II e IV.
44. Uniube-MG A expressão “seu jeito” (verso 6) tem como referente:
a) o narrador. c) ele.
b) o autor. d) ela.
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Instrução: Responder às questões de 45 a 46 com base nos textos 1 e 2.
TEXTO 1
“A vida em Barretos nunca mais foi a mesma depois que peão de boiadeiro virou caubói e
música caipira passou a ser chamada de country. Integrada ao calendário das maiores comemora-
ções nacionais, a 44ª Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos está para abrir as porteiras, estilizan-
do a rotina do campo para o fascínio de legiões urbanas. (...) É uma multidão de turistas vestidos
a caráter e apelidados de “peões de butique”. Chegam de todos os cantos do país, enfiados em
calças jeans, imaculadas botas de couro, cintos e chapéus vistosos. Os boiadeiros urbanos capri-
cham na indumentária (chegam a importá-la) e vivem uma fantasia que só fica a dever ao Carna-
val carioca em termos de público e opulência. No Carnaval, reis e princesas sonham até a Quarta-
feira de Cinzas. Em Barretos, imagina-se domar perigosos touros e potros ariscos.”
Adaptado de: Época – Especial “Nós, brasileiros”, 24/05/99, p. 102.
TEXTO 2
Charge de lotti, Zero Hora, Porto Alegre, 24/01/99.
45. PUC-RS A problemática comum aos textos 1 e 2 é:
a) a crescente valorização da vida rural no Brasil;
b) o obstinado apego do homem do campo às suas tradições;
c) a evidente influência do que vem de fora sobre o brasileiro;
d) a pacífica convivência entre o antigo e o novo Brasil moderno;
e) a saudável popularização dos costumes gaúchos em outros centros do Brasil.
Instrução: Responder à questão 15 analisando as afirmativas sobre os textos 1 e 2.
I. A charge (texto 2) destina-se a um público mais restrito, pois faz alusão a um fato
recente de repercussão regional.
II. Para uma adequada compreensão do texto 2, é necessário levar em conta dados con-
textuais, como veículo de divulgação, local e data.
III. Enquanto o texto 1 visa principalmente a informar o leitor, o texto 2 pretende mobi-
lizar seu humor, a partir de uma informação que esse já tem.
IV. Apesar de não utilizar frases exclamativas como o gaúcho da charge, o autor do texto
1 expressa um grau de indignação equivalente.
46. PUC-RS A alternativa que contém apenas afirmativas corretas é:
a) I e II. d) I, II e III.
b) I e III. e) I, II, III e IV.
c) II e IV.
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Texto para a questão 47.
“TESTE
Avalie suas chances de obter um emprego.
Existem vários fatores que fazem uma pessoa ter maior ou menor facilidade para encontrar um
bom emprego. Assinale o número de pontos que você tem em cada fator e some tudo no final
para obter sua pontuação no teste.
CURSOS COMPLEMENTARES
Você fez...
• pós-graduação lato-sensu;
• mestrado;
• doutorado;
• um curso de especialização.
CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA
Seu domínio é...
• bom – 15 pontos
• médio – 8 pontos
• ruim – zero
FORMAÇÃO ACADÊMICA
Você completou...
• até o ensino médio – 40 pontos
• até a faculdade – 60 pontos
INGLÊS
Sua fluência é...
• boa – 15 pontos
• média – 8 pontos
• ruim – zero
Caso você fale uma terceira língua, acrescente 20 pontos se tem um bom domínio dela, ou 10
pontos, se tem um domínio regular.
Sua imagem perante os colegas de trabalho é...
• boa – 30 pontos
• média – 15 pontos
• ruim – zero
Seus conhecimentos técnicos dentro da profissão...
• bons – 25 pontos
• médios – 13 pontos
• ruins – zero”
47. UnB-DF Julgue se os itens a seguir apresentam, por meio de estruturas gramaticalmen-
te corretas, informações coerentes com o teste do texto.
( ) quem tivercursos complementares de pós-graduação será menos valorizado no
mercado de trabalho.
( ) Conhecimentos de inglês são importantes, mas se forem substituídos por outro
idioma – como, por exemplo, espanhol – a valorização será maior.
( ) Todo candidato que tiver conhecimentos técnicos ruins e domínio de informática
médio terá “pontuação no teste” inferior a dez.
( ) A pontuação atribuída a uma boa imagem perante os colegas de trabalho corres-
ponde: a de um curso de mestrado ou a de uma boa fluência em inglês acrescida da
de um bom domínio de conhecimentos de informática.
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Texto para as questões 48 e 49.
“Às vezes, gosto de viabilizar o Universo como a superfície de uma lagoa, cheia de vitórias-
régias, as belas plantas flutuantes que aparecem em bandos, arquipélagos de ilhas verdes de
tamanhos e formas variados. Cada planta é uma galáxia, e cada grupo de plantas é um agregado
de galáxias. Claro, esse é um modelo bidimensional do Universo, pois estou me restringindo a
visualizar a superfície da lagoa. Uma outra diferença importante é que o Universo está em expan-
são, as distâncias entre galáxias e seus aglomerados, sempre aumentando, enquanto, em geral,
lagoas não costumam estar em expansão. De qualquer forma, a imagem vale, senão pela sua
precisão, pelo seu poder evocativo.”
GLEISER, Marcelo. “As maiores estruturas do Universo”.
In: Folha de S. Paulo, 27 ago. 2000. p. 29. Mais!
48. U. Salvador-BA A confissão do autor tem por objetivo revelar:
a) uma grande sensibilidade, ao englobar duas realidades antagônicas na busca da har-
monia universal;
b) um momento de percepção da realidade, através de um discurso poético, meta-
fórico;
c) a emoção em face da semelhança entre o mundo da fantasia e o real;
d) a preocupação com questões de ordem ecológica e transcendental.
e) a exuberante natureza amazônica.
49. U. Salvador-BA Por inferência, o texto permite afirmar:
a) Há múltiplas formas de enxergar o mundo.
b) O espaço físico do mundo palpável é uniforme.
c) As lagoas e as vitórias-régias são a síntese de um universo delimitado.
d) A amplitude do universo é inversamente proporcional à imaginação do homem.
e) O cosmo é constituído de espaços específicos para serem contemplados pelo artista.
50. Unifor-CE
“Uma nova carta de Caminha
Senhor,
Posto que outros escreveram a Vossa Excelência sobre a nova do achamento dessa vossa terra
nova, não deixarei também de dar conta disso a Vossa Excelência, o melhor que eu puder, ainda
que – para o bem contar e falar – o saiba fazer pior que todos. Tome Vossa Excelência minha
ignorância por boa vontade e creia bem por certo que, para alindar ou afear, não porei aqui mais
do que aquilo que vi e me pareceu.
A terra em si é de muitos bons ares. Águas são muitas, infindas. E em tal maneira é graciosa
que, querendo-a aproveitar, é só estimular o turismo. Hotéis não há muitos, mas os poucos que
existem são confortáveis, especialmente o que nos foi oferecido. E que não houvesse mais que
uma pousada, isso bastaria.”
SCLIAR, Moacyr. Folha de S. Paulo. 17/05/99.
Considere as seguintes afirmações:
I. Há, no primeiro período, considerando-se o uso atual, uma infração à norma culta,
quanto à relação entre o pronome possessivo e o pronome de tratamento.
II. Registra-se um propósito do narrador no sentido de se ater a um relato fiel a suas
constatações e impressões pessoais.
III. No segundo parágrafo, há uma referência nova, ausente no relato da carta original de
Pero Vaz de Caminha.
Está correto, em relação ao texto, o que se afirma em:
a) somente II.
b) somente I e II.
c) somente I e III.
d) somente II e III.
e) I, II e III.
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51. U.F. Uberlândia-MG Leia o poema seguinte e assinale a alternativa incorreta.
“Macunaíma nos ajude
Barriga de minha perna
onde estás?
na barriga do gorila
Dedos de minha mão
onde estão?
na barriga do gorila
Lobos de minha orelha
onde estais?
na barriga do gorila
Cabeça do meu pau?
na barriga do gorila
Meu alegre coração
onde estás?
na barriga do gorila”
SCHWARZ, Roberto, 26 poetas hoje.
a) O poema não se refere à obra Macunaíma, de Mário de Andrade; é tão somente uma
brincadeira que o poeta faz, dentro do universo irreverente da poesia marginal.
b) O poema refere-se à obra Macunaíma, recuperando o episódio em que o herói come
carne da perna de Curupira.
c) O título do poema está na 1ª. pessoa do plural, enquanto o poema em sua totalidade
está escrito na 1ª. pessoa do singular. Considerando que o sujeito lírico expõe senti-
mentos que poderiam ser nossos o título do poema não está inadequado.
d) O poema sugere que o “gorila”, metáfora de uma situação ou de um ente abominável,
tem-nos espoliado bens físicos e espirituais: a capacidade de andar, escrever, ouvir,
pensar e sentir.
Para responder às questões de números 52 a 54, leia os textos a seguir.
Texto 1
“Se um certo homem vem a ter cem ovelhas e uma delas se perder, não deixará ele as noventa
e nove sobre os montes e irá à procura daquela que se perdeu? E, se por acaso a encontrar,
certamente vos digo que se alegrará mais com ela do que com as noventa e nove que não se
perderam. Do mesmo modo, não é algo desejável para meu Pai, que está no céu, que pereça um
destes pequenos.”
Tradução do Novo Mundo das Sagradas Escrituras. Mateus 18:12.
Texto 2
“Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,
Da vossa piedade me despido,
Porque, quanto mais tenho delinqüido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto um pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido,
Que a mesma culpa, que vos ha ofendido,
Vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma ovelha perdida, e já cobrada
Glória tal, e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na Sacra História:
Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada
Cobrai-a, e não queirais, Pastor Divino,
Perder na vossa ovelha a vossa glória.”
MATOS, Gregório de. Poesia Barroca. São Paulo: Melhoramentos.
52. F.M. Triângulo Mineiro-MG A idéia do Texto 1, à qual Gregório de Matos recorre,
corresponde à:
a) preocupação de Deus com todos os que seguem os seus ensinamentos;
b) ira que Deus mostra em relação aos que pecam e deixam de seguir o caminho divino;
c) expiação dos pecados para aqueles que ferem os ensinamentos do Criador;
d) exaltação da sabedoria de Deus, que exclui da salvação os que se desviam do santo caminho;
e) preocupação especial de Deus com os que pecam e desviam-se do caminho divino.
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53. F.M. Triângulo Mineiro-MG O verbo destacado no Texto 1 significa:
a) morra. d) peque.
b) sofra. e) padeça.
c) se perca.
54. F.M. Triângulo Mineiro-MG Pode-se entender, do texto 2, que Gregório Matos:
a) reconhece seus pecados, mas não se arrepende deles, razão pela qual acredita que não
será salvo;
b) conversa com o Senhor, explicando-lhe que é uma ovelha tão importante quanto as
demais e, por isso, merece a salvação;
c) suplica pela salvação divina, pois está arrependido de todos os pecados que cometeu
durante a sua vida;
d) argumenta, chantageando o Senhor, pois, se Ele não o salvar entrará em contradição
com a Sagrada Escritura;
e) submete-se à vontade de Deus, deixando que Ele decida se o salva ou não.
55. Univali-SC
“Opções diferentes no Estado
Entre tantas datas comemorativas, algumas passam quase em branco e outras são exaustiva-
mente lembradas. O Dia do Museu, comemorado hoje, talvez não precise de uma grande festa
nacional, mas pode servir de momento de reflexão sobre a existência dessas instituições surgidas
na antigüidade, “para conservar, estudar, valorizar pelos mais diversos modos, e sobretudo expor
para deleitee educação do público, coleções de interesse artístico, histórico e técnico”, conforme
a definição do dicionário Aurélio. Santa Catarina possui cerca de 100 museus, de acordo com um
levantamento da Gerência de Organização de Museus da Fundação Catarinense de Cultura. Eles
estão espalhados por pelos menos 50 cidades.
A palavra museu, vem do grego “mouseon”, que significa templo de musas. E as musas esco-
lhidas nos municípios catarinenses são as mais variadas. Muitos museus são dedicados à história
de cidade na qual estão sediados. Mas há também os arqueológicos, antropológicos, de artes, de
armas, erguidos em homenagem à cerveja, ao vinho ou aos insetos, os religiosos, ecológicos,
oceanográficos, os que reverenciam a colonização ou profissões, entre tantos outros que chegam
a impressionar pela variedade de temas científicos e culturais.”
SILVA, Marco Aurélio. Jornal de Santa Catarina, 18/05/00.
Sobre o texto, assinale a alternativa correta.
a) O objetivo do texto é explicar morfologicamente o significado da palavra museu.
b) O texto preocupa-se em lembrar a importância de todas as datas comemorativas.
c) É um texto informativo sobre uma data comemorativa pouca lembrada.
d) O autor se utiliza da narração para argumentar sobre a necessidade dos museus.
e) O texto sugere que os museus de Santa Catarina não são valorizados, visitados e res-
peitados pelos catarinenses porque não há quem os preserve.
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Texto para as questões 56 e 57:
“A carta de Pêro Vaz de Caminha
Num dos trechos de sua carta a D. Manuel, Pêro Vaz de Caminha descreve como foi o
contato entre os portugueses e os tupiniquins, que aconteceu em 24 de abril de 1500: “O
Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, aos pés de uma alcatifa por
estrado; e bem vestido, com um colar de ouro, muito grande, ao pescoço (...) Acenderam-se
tochas. E eles entraram. Mas nem sinal de cortesia fizeram, nem de falar ao Capitão; nem a
ninguém. Todavia um deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em
direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. E
também olhou para um castiçal de prata, e assim mesmo acenava para a terra, e novamente
para o castiçal, como se lá também houvesse prata! (...) Viu um deles umas contas de rosário,
brancas; fez sinal que lhas dessem, folgou muito com elas, e lançou-as ao pescoço, e depois
tirou-as e meteu-as em volta do braço, e acenou para a terra e novamente para as contas e
para o colar do Capitão, como se davam ouro por aquilo. Isto tomávamos nós nesse sentido,
por assim o desejarmos! Mas se ele queria dizer que levaria as contas e mais o colar, isto não
queríamos nós entender, por que não lho havíamos de dar! E depois tornou as contas a quem
lhas dera. E então estiraram-se de costas na alcatifa, a dormir sem procurarem maneiras de
esconder suas vergonhas, as quais não eram fanadas; e as cabeleiras delas estavam raspadas
e feitas. O Capitão mandou pôr por baixo de cada um seu coxim; e o da cabeleira esforçava-
se por não a estragar. E deitaram um manto por cima deles; e, consentindo, aconchegaram-se
e adormeceram.”
COLEÇÃO BRASIL 500 ANOS. Fasc. I, Abril, SP, 1999.
Vocabulário:
Alcatifa – tapete, carpete.
Fanadas – murchas.
Coxim – almofada que serve de assento.
56. UFSC De acordo com o texto, assinale a(s) proposição(ões) verdadeira(s).
01. Pêro Vaz de Caminha, um dos escrivães da armada portuguesa, escreve para o Rei
de Portugal, D. Manuel, relatando como foi o contato entre os portugueses e os
tupiniquins.
02. Em E eles entraram. Mas nem sinal de cortesia fizeram, nem de falar ao capitão,
nem a ninguém, fica implícito que os tupiniquins desconheciam hierarquia ou cate-
goria social lusitanas.
04. O trecho ... e acenou para a terra e novamente para as contas e para o colar do
Capitão, como se davam ouro por aquilo. Isto tomávamos nós nesse sentido, por
assim o desejarmos, evidencia que havia problemas de comunicação entre portugue-
ses e tupiniquins.
08. Nada, na embarcação portuguesa, pareceu despertar o interesse dos tupiniquins.
Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.
57. UFSC A propósito do texto, é correto afirmar que:
01. A expressão ...folgou muito com elas... pode ser substituída por divertiu-se muito
com as contas do rosário.
02. Os tupiniquins, bastante comunicativos, falaram aos marinheiros que havia muita
riqueza na terra descoberta.
04. Pelo trecho ...E também olhou para um castiçal de prata, e assim mesmo acena-
va para a terra... entende-se que os tupiniquins estavam dentro da embarcação
portuguesa.
08. Os tupiniquins ficaram constrangidos com a presença dos portugueses e logo aban-
donaram o navio.
Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.
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Texto para as questões 58 e 59.
“A história oficial tem sido contada do ponto de vista dos dominadores e não dos dominados.
Essa perspectiva se inverte na entrevista abaixo, publicada na revista Isto é (21/7/99, p. 7-11), em
que o índio tapuia Kaká Werá Jecupe analisa os 500 anos do descobrimento do Brasil, sob a
ótica dos que habitavam o Novo Mundo quando os colonizadores europeus aqui chegaram, e fala
do seu livro A terra dos mil povos. Apresentamos, a seguir, trechos dessa entrevista.
ISTOÉ - O Brasil está se preparando para comemorar seus 500 anos. Para os povos indígenas,
são anos de descoberta ou de invasão?
Kaká - De desencontro. Desencontro que provocou e continua provocando situações gravíssi-
mas. A realidade atual indígena não é fácil. Ainda hoje, em grandes áreas do País, é na base do
tiro. Os interesses que provocam essas ações continuam os mesmos interesses econômicos: Hoje
há um elemento a mais que são as indústrias farmacêuticas multinacionais que estão praticando a
biopirataria, roubando todo o conhecimento ancestral que os povos indígenas detêm a respeito
de ervas medicinais.
ISTOÉ - E qual é a razão desse desencontro?
Kaká - A semente desse desencontro está na sociedade que tem na sua estrutura de cultura a
questão do ter e encontrou uma cultura aqui voltada para o ser.
ISTOÉ - Os europeus chegaram trazendo o progresso, trataram aqui como primitivos. Como
você pensa essa relação?
Kaká - Para quem fundamenta a sua cultura no teor, a noção de progresso está a ver ao seu
redor o acúmulo de bens materiais. A noção de progresso dos indígenas está em desenvolver a
sua capacidade criativa, a sua expressão no mundo. É preciso que a civilização olhe para os índios
com menos prepotência, até para perceber que ela está em colapso. (...)
ISTOÉ - Nesses 500 anos, com o desaparecimento de centenas de etnias, qual foi o maior
patrimônio que o Brasil já perdeu?
Kaká - O patrimônio da sabedoria. O brasileiro não sabe da sua própria cultura. Tem todo um
modelo insistindo no imaginário que vê o índio como um pobre coitado. Esses 500 anos oferecem
a possibilidade de rever as suas raízes, ter a percepção desse patrimônio.
ISTOÉ - Há um trecho em seu livro, A terra dos mil povos, em que você escreve: “De acordo com
a nossa tradição, uma palavra pode proteger ou destruir uma pessoa. Uma palavra na boca é
como uma flecha no arco.” O que significa exatamente a palavra para o índio?
Kaká - Para o tupi-guarani, ser e linguagem são uma coisa só. A palavra tupuy designa ser. A
própria palavra tupi significa em pé. Nosso povo enxerga o ser como um som, um tom de uma
grande música cósmica, regida por um grande espírito criador, o qual chamamos de Namandu-ru-
etê, ou Tupã, que significa o som que se expande. Um dos nomes da alma é neeng, que também
significa fala. Um pajé é aquele que emite neeng-porã, aquele que emite belas palavras. Não no
sentido de retórica. O pajé é aqueleque fala com o coração. Porque fala e alma são uma coisa só.
É por isso que os guaraniscayowas, por ilusão dessas relações com os brancos, preferem recolher
a sua palavra-alma. Se matam enforcados (como vem acontecendo há cerca de dez anos, em
Dourados, em Mato Grosso do Sul) porque a garganta é a morada do ser. Por aí você pode ver que
a relação da linguagem com a cultura é muito profunda para o tupi-guarani. (...)”
58. UFMS Marque a(s) proposição(ões) verdadeira(s), de acordo com os trechos da entre-
vista que você acabou de ler.
01. Para Kaká Jecupe, a tensão entre índios e brancos é um problema deste final de
século, motivado pelo acirramento de interesses econômicos.
02. A biopirataria mencionada na entrevista consiste no roubo de ervas medicinais indí-
genas pelas indústrias farmacêuticas multinacionais.
04. A base do desencontro entre índios e brancos está nos valores assumidos por cada
uma dessas culturas, que são respectivamente o ter e o ser.
08. A noção do progresso relacionada ao ser desloca a questão do acúmulo de bens
materiais para a do aprimoramento da criatividade.
16. Na opinião do escritor tapuia, ver o índio de forma menos prepotente levaria a civi-
lização atual a voltar o olhar sobre si mesma para avaliar sua própria situação.
32. A representação do índio como “pobre coitado” é um dos estereótipos cultivados
pelo imaginário nacional.
64. Os 500 anos de Brasil significam, para as etnias indígenas desaparecidas, a oportuni-
dade de resgatar sua raízes culturais dilapidadas pelo progresso.
Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.
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59. UFMS-MS Com base no trecho em que se discorre sobre a linguagem na visão do ín-
dio, é correto afirmar que:
01. a linguagem, enquanto som, e o ser são elementos distintos, mas que se combinam
harmoniosamente na constituição da “grande música cósmica”.
02. palavra, em tupi, significa “som em pé”.
04. na tradição indígena, a palavra é vista como uma forma de poder nas relações interpessoais.
08. o termo “neeng-porã” não significa “belas-palavras” enquanto mero ornamento do
discurso, tendo a ver com sentimento, emoção.
16. entendendo alma e fala como “uma coisa só”, os guaranis-cayowas da região de
Dourados, em Mato Grosso do Sul, vêem no gesto de pôr fim à vida a forma de fazer
calar a palavra-alma.
32. a principal causa apontada por Kaká para justificar os suicídios ocorridos em Doura-
dos é o desencanto que os índios passam a ter com sua própria língua e cultura,
depois do contato com a língua e a cultura do homem branco.
64. na frase “Uma palavra na boca é como uma flecha no arco.”, a metáfora usada cria um
efeito de sentido de realidade ao identificar a linguagem com uma arma de caça e guerra.
Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.
Texto para as questões 60 e 61.
Também o compositor Geraldo Espíndola retrata os fatos a partir do ponto de vista do
índio na canção “Quyquyho” (LP Prata da Casa, 1982), cuja letra reproduzimos abaixo.
“Quyquyho nasceu no centro entre montanhas e o mar
Quyquyho viu tudo lindo tudo índio por aqui
Indiamérica deu filhos foi Tupi foi Guarani
Quyquyho morreu feliz deixando a Terra para os dois
Guarani foi pro Sul, Tupi foi pro Norte e
Formaram suas tribos cada um no seu lugar
Vez em quando se encontravam pelos rios da América
E lutavam juntos contra o branco em busca de servidão
E sofreram tantas dores acuados no sertão
Guarani foi pro Sul
Tupi entrou no Amazonas
Quyquyho na lua cheia
Quer Tupi quer Guarani
Quyquyho na lua cheia
Quer Tupi quer Guarani.”
60. UFMS Os aspectos apontados, a seguir, podem ser encontrados em “Quyquyho”, exceto:
01. menção à origem comum das tribos Tupi e Guarani.
02. alusão ao deslocamento geográfico das duas tribos, provocado pela discórdia.
04. oposição índio feliz, nos primeiros tempos, versus índio sofredor, a partir da rela-
ção com o branco.
08. noção que a terra pertence aos indígenas, pois a eles foi legada.
16. sugestão de uma relação harmoniosa entre a terra e o índio, ilustrada pela aglutina-
ção dos termos índio e América.
32. presença de um forte sentimento ufanista.
Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.
61. UFMS Reconheça abaixo o(s) item(ns) que representa(m) pontos comuns entre os tex-
tos 1 (entrevista) e 2 (letra de música).
01. Referência à violência praticada pelo branco contra o índio.
02. Alusão ao “grande espírito” criador do Universo, denominado Namandu-ru-etê ou
Tupã, e Quyquyho.
04. Uso da narração como forma de estruturação das idéias no texto.
08. Emprego de termos de origem indígena.
16. Indicação da(s) razão(ões) que explica(m) as divergências entre brancos e índios.
32. Visão ingênua e idealizada do índio.
Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.
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As questões de números 62 a 64 referem-se ao texto que segue.
“Natal 1961
Deslocados por uma operação burocrática – o recenseamento da terra – a Virgem e o carpintei-
ro José aportam a Belém.
“Não há lugar para essa gente”, grita o dono do hotel onde se realiza um congresso interna-
cional de solidariedade.
O casal dirige-se a uma estrebaria, recebido por um boi branco e um burro cansado do trabalho.
Os soldados de Herodes distribuem elementos radioativos a todos os meninos de menos de dois
anos.
Uma poderosa nuvem em forma de cogumelo abre o horizonte e súbito explode.
O menino nasce morto.”
MENDES, Murilo. Conversa portátil. Poesia completa e prosa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1944. p. 1486.
62. Unifor-CE Pode-se inferir que o autor do texto:
I. Atualiza a história de Cristo, adaptando o sentido da paixão cristã às duras condições
de vida nas grandes cidades.
II. Faz ver que, em nossa era, o advento de um Cristo seria impossível, em vista das
atrocidades em que os homens se especializaram.
III. Ironiza a corrida armamentista, comparando-a a fatos narrados em passagens bíblicas.
Está correto somente o que se afirma em:
a) I. d) I e II.
b) II. e) II e III.
c) III.
63. Unifor-CE Anacronismo. S.m. 1. Confusão de data quanto a acontecimentos ou
pessoas.
Com base na definição acima, do Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, o
autor se vale intencionalmente de um anacronismo quando associa:
a) a Virgem e o carpinteiro José à cidade de Belém;
b) a fala do dono de um hotel à realização de um congresso;
c) soldados de Herodes a elementos radioativos;
d) nuvem em forma de cogumelo a súbita explosão;
e) uma estrebaria a um boi branco e um burro cansado.
64. Unifor-CE O texto apresenta-se de forma predominantemente:
a) narrativa, com narrador em terceira pessoa;
b) narrativa, com narrador em primeira pessoa;
c) descritiva, sobretudo nos três primeiros parágrafos;
d) descritiva, sobretudo nos três últimos parágrafos;
e) dissertativa, pois se apóia em argumentos encadeados.
65. Unifor-CE Atente para as seguintes afirmações:
I. Na crônica moderna, o cotidiano pouco ou nenhum interesse tem; o que importa são
as emoções profundas e intemporais do homem, anotadas em estilo elegante.
II. No romance, mais do que no conto ou na novela, as personagens ganham amplo
desenvolvimento, as tramas se cruzam e os espaços de ação se multiplicam.
III. No conto, o reduzido espaço narrativo obriga o narrador a selecionar e a concentrar
as ações essenciais de suas poucas personagens num tempo quase sempre bastante
limitado.
Está correto o que se afirma em:
a) II, somente; d) II e III, somente;
b) I e II, somente; e) I, II e III.
c) I e III, somente;
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Texto para as questões de 66 a 69.
“Certo milionário brasileiro foi traído pela esposa. Quisgritar, mas a infiel disse-lhe sem medo:
– “Eu não amo você, nem você a mim. Não temos nenhum amor a trair”. O marido
baixou a cabeça. Doeu-lhe, porém, o escândalo. Resolveu viajar para a China, certo de que
a distância é o esquecimento. Primeiro, andou em Hong Kong. Um dia, apanhou o automó-
vel e correu como um louco. Foi parar quase na fronteira com a China. Desce e percorre, a
pé, uma aldeia miserável. Viu, por toda a parte, as faces escavadas da fome. Até que entra
na primeira porta. Tinha sede e queria beber. Olhou aquela miséria abjeta. E, súbito, vê
surgir, como num milagre, uma menina linda, linda. Aquela beleza absurda, no meio de
sordidez tamanha, parecia um delírio. O amor começou ali. Um amor que não tinha fim,
nem princípio, que começara muito antes e continuaria muito depois. Não houve uma pala-
vra entre os dois, nunca. Um não conhecia a língua do outro. Mas, pouco a pouco, o brasi-
leiro foi percebendo esta verdade: – são as palavras que separam. Durou um ano o amor
sem palavras. Os dois formavam um maravilhoso ser único. Até que, de repente, o brasileiro
teve que voltar para o Brasil. Foi também um adeus sem palavras. Quando embarcou, ele a
viu num junco que queria seguir o navio eternamente. Ele ficou muito tempo olhando.
Depois não viu mais o junco. A menina não voltou. Morreu só, tão só. Passou de um silêncio
a outro silêncio mais profundo.”
RODRIGUES, Nelson. A cabra vadia: novas confissões.
São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
66. UERJ Há uma contradição aparente entre as passagens “um amor que não tinha fim” e
“durou um ano o amor sem palavras”.
Essa aparente contradição se desfaz se procurarmos interpretar o texto relacionando-o
aos seguintes versos da poesia brasileira:
a) “quando o amor tem mais perigo
é quando ele é sincero” (Cacaso).
b) “Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure” (Vinícius de Morais).
c) “e se te fujo é que te adoro louco
és bela – eu moço; tens amor – eu medo! ...” (Casimiro de Abreu).
d) “não é pois todo amor alvo divino,
e mais aguda seta que o destino?” (Carlos Drummond de Andrade).
67. UERJ A esposa do milionário convenceu o marido.
Para apresentar o seu argumento de uma forma completa, ela poderia utilizar a seguinte
construção:
a) “Toda traição envolve outro amor, ora, eu amo outro; logo, eu não amo você”.
b) “Só se trai a quem se ama; ora, eu não te amava nem você me amava; logo, eu não te
trai”.
c) “Na dívida entre o amor e a traição eu escolhi, como mulher, o amor; logo, você não
se deve sentir traído”.
d) “Como você não me amava nem eu a você, ninguém tem culpa dessa traição; logo,
cada um deve seguir a sua vida”.
68. UERJ O pequeno conto de Nelson Rodrigues narra o improvável encontro entre um
milionário brasileiro e uma menina miserável do interior da China.
O caráter improvável desse encontro pode ser lido como uma metonímia que tem função
central na constituição do sentido do texto.
Essa função é a de:
a) revelar as obsessões do autor;
b) marcar as repetições da narrativa;
c) negar um amor para afirmar outro;
d) ressaltar a dificuldade dos encontros amorosos.
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69. UERJ O narrador de um conto assume determinados pontos de vista para conduzir o
seu leitor a observar o mundo sob perspectivas diversificadas.
No conto de Nelson Rodrigues, a narrativa busca emocionar o leitor por meio do seguin-
te recurso:
a) expressa diretamente o ponto de vista do personagem milionário;
b) expressa de maneira indireta o ponto de vista da personagem chinesa;
c) alterna o ponto de vista do personagem milionário com o do narrador;
d) alterna o ponto de vista do personagem milionário com o da personagem chinesa.
70. Univali-SC
“Agonia pública
Na cama, de olhos semicerrados, a boca aberta no esforço desesperado por ar, a cabeça sem
cabelos, os olhos salientes pela magreza do doente terminal. No colo dele, uma fotografia tirada
apenas dois meses antes daquele momento final. Na imagem, um homem robusto, musculoso e
de farta cabeleira loira aparece com o filho pequeno nos braços. A divulgação das fotos chocantes
foi o último desejo do moribundo, Bryan Lee Curtis, um americano de 34 anos devastado pelo
câncer nos pulmões. O motivo para tornar pública a própria agonia foi a esperança de servir de
alerta sobre os malefícios do cigarro. Enquanto agonizava, em 3 de junho, sua mãe ligou para o
St. Petersburg Times, jornal da cidade de St. Petersburg, na Flórida, pedindo a presença de um
fotógrafo. Às 11h56, Bryan morreu em casa, ao lado da mãe, da mulher, Bobbie, e do filho Bryan
Jr., de 2 anos. Em poucos dias, o retrato de sua morte espalhou-se pelo mundo. (...)”
Revista Veja, 30 de junho de 1999.
Sobre o texto acima pode-se afirmar:
a) Observa-se a predominância de figuras de linguagem que realça a narrativa.
b) É um texto poético com intuito de relatar o drama vivido por um paciente terminal.
c) É um texto jornalístico com elementos descritivos para caracterizar a situação do doente.
d) É um pequena dissertação argumentativa contra o uso do tabaco.
e) É pura e simplesmente uma narração.
71. Univali-SC
“A reconstrução de Anita
Ana Maria de Jesus Ribeiro mudou de nome e carimbou seu passaporte para a História aos 18
anos, quando abandonou o primeiro marido, um sapateiro, para embarcar no navio comandado
pelo revolucionário italiano Giuseppe Garibáldi (1807–1882). Virou Anita. Dez anos depois, em 4 de
agosto de 1849 – há exatos 150 anos –, com a cabeça a prêmio e perseguida pelo Exército austríaco,
morreu nos braços de Garibáldi, numa fazenda em Mandriole, 400 quilômetros ao nordeste de
Roma, na Itália. Lá, é venerada como heroína da unificação. Mas, no Brasil, onde nasceu e combateu
ao lado de rebeldes republicanos na Revolução Farroupilha (1835–1845), é quase desconhecida.
Tanto que só passou a existir, oficialmente, há três meses. Só no último dia 11 de maio, o cartório
de Laguna, em Santa Catarina, por iniciativa da Câmara Municipal, expediu o chamado mandado de
registro de nascimento tardio. O documento afirma que Ana Maria de Jesus Ribeiro nasceu em
Laguna, em 30 de agosto de 1821. Ninguém sabe se a data e o local estão corretos. Naquela época
não existia certidão de nascimento e o chamado “assento de batismo” jamais foi encontrado.”
MARKUN, Paulo. Superinteressante, agosto de 1999.
Observe as afirmações abaixo:
I. O autor isenta-se de opinar a respeito do assunto.
II. O autor chama a atenção para a desvalorização em relação à história de Anita Garibáldi.
III. O texto é um relato poético da vida de Anita Garibáldi.
IV. Este trecho sintetiza um pouco a vida heróica de Anita.
V. Os parágrafos narram a trajetória da heroína catarinense Anita Garibáldi.
Estão de acordo com o texto:
a) somente a II. d) II, IV e V.
b) I e III. e) somente a V.
c) somente a III.
Língua Portuguesa - Interpretação de texto I
IM
PR
IM
IR
Voltar
GA
BA
RI
TO
Avançar
30
72. Univali-SC
“As armadilhas da lógica
(...) Ele lecionava lógica de segunda a sábado para uma turma, digamos, efervescente. Aborre-
cido com o mau desempenho de seus discípulos, um dia perdeu a paciência: “A partir de agora,
vocês terão uma prova toda semana”, anunciou peremptoriamente. E ressaltou: “Como na vida o
tempo é escasso e bem determinado, eu só avisarei de véspera que o teste será realizado. Assim,
os senhores terão no máximo 24 horas para se preparar, e nada mais”. Assustados, os jovens se
remexeram em suas carteiras. Um deles, porém, manteve a impassividade de quem tinha a certeza
de ter encontrado uma brecha lógica.
Depois de esperar que o evidente mau humor do mestre passasse, o jovem ponderou: “Profes-
sor, rigoroso, porém justo e lógico como o senhor tem sido, quero acreditar que nunca poderá nos
dar tal prova”. Antes que todos saíssem do estado de curiosidade

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