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AC COERÇÃO (1)

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� PAGE \* MERGEFORMAT �2�
UNIVERSIDADE PAULISTA
VALÉRIA APARECIDA SANTANA
REFLEXÕES SOBRE O CONTROLE COERCITIVO NA SOCIEDADE 
Atividade Complementar- Psicologia Comportamental.
Prof. Dr. Fernando Del Mando Lucchesi
BAURU
2019
INTRODUÇÃO
	Frente à centralidade do aspecto coercitivo entre o indivíduo e o ambiente social, torna-se nítido a observação dos resultados, podendo ser facilmente mantida ou reforçada a depender dos ambientes com os quais as pessoas se relacionam. 
Neste contexto, Sidman (1989), analisa as varias consequências que controlam o comportamento na sociedade, sejam por reforçamento negativo, punição negativa ou punição positiva e reforçamento positivo, além se seus efeitos colaterais. 
 Desta forma, a análise do controle coercitivo na sociedade pretende elucidar e propor alternativas, cuja finalidade visa formular e responder importantes questões sobre a conduta humana, com vistas ao melhor entendimento do comportamento.
Assim, busca-se com essa reflexão o entendimento do comportamento diante dos efeitos do controle aversivo e das contingências, além de analisar os estímulos, frente ao cotidiano que é repleto de eventos que variam das mais variadas formas possíveis, onde o individuo emite seu comportamento de acordo com lhe é receptivo. 
 DISCUSSÃO 
 A referência de coerção alude às classes de consequências que controlam o comportamento por reforçamento negativo, punição negativa ou punição positiva, onde o reforçamento positivo também é uma relação de controle, mas não é considerada coercitiva, mas que pode produzir efeitos colaterais emocionais, dentre os quais é possível citar, o medo, ansiedade, raiva, mágoa e ociosidade, sendo o medo e ansiedade implicações comuns dos comportamentos de fuga e esquiva. 
O contracontrole, que é o ataque ao agente manipulador dos eventos aversivos pelo indivíduo controlado, também se torna provável.
Assim, um posicionamento contrário e crítico em relação ao uso de controle aversivo se devem ao fato deste tipo de controle comportamental ser considerado como ineficaz em função da transitoriedade de seus efeitos e por produzirem subprodutos indesejáveis e perigosos, mas que em determinados momentos ele apresenta uma posição mais flexível, pois, de acordo com o contexto, o uso de estimulação aversiva seria necessário e justificado.
Entretanto, relacionado às diferenças entre controle aversivo e controle coercitivo, o primeiro ocorre naturalmente e por vezes é benéfico ao indivíduo, já que permite a ele a aquisição de novos repertórios comportamentais mais adequados, em situações em que as consequências são atrasadas ou distantes. O controle coercitivo, nesse sentido, difere do controle aversivo, onde não é necessariamente derivado de contingências aversivas presentes no ambiente e é socialmente indesejado, onde o controle coercitivo como resultado de contingências em que as consequências não têm relação com as regras pré-estabelecidas são opressivas, intensas, exageradas e não condizentes com a situação ocorrida de fato, ou seja, são independentes das regras determinadas e atendem muito mais a quem pune do que a quem recebe a punição. 
Assim, mesmo com todas as discussões acerca de controle aversivo, Skinner não elaborou uma definição especifica e bem delimitada a respeito do tema, e, portanto, na falta de uma definição operacional do que seria controle aversivo, logo, em seus estudos foram apontados reflexões de vantagens e desvantagens. 
 Desta forma, algumas das vantagens descritas, dizem respeito ao controle do comportamento quando o mesmo não foi sensível ao reforçamento positivo, fazendo com que o organismo se depare com contingências que levem ao uso do reforçamento negativo, como, por exemplo, nos casos em que pode haver prejuízo ao próprio sujeito (como nos casos de automutilação) ou ao ambiente. Destacam, no entanto, que se trata de uma solução extrema, com alto nível de aversividade, que deve ser usada com cautela e apenas quando estritamente necessário. Ou seja, a recomendação de Skinner é muito mais no sentido do não uso de tal forma de controle. Isso(fica claro, quando Skinner defende a escola como um local agradável e prazeroso, no qual os alunos desejariam estar e permanecer estar.
As desvantagens descritas envolvem geralmente o uso excessivo da punição e os subprodutos do controle aversivo, como a ansiedade, o medo, o contracontrole, a agressividade, dentre outros.
Porém ha ressalva de que em situações extremas, como em casos de crianças autistas que se engajam em comportamentos autolesivos, o uso de um estímulo aversivo apresentado de forma contingente à resposta inadequada poderia ser justificado, onde a aplicação de procedimentos baseados em contingências aversivas, sendo que este uso somente seria aceitável caso o comportamento sob intervenção apresente alto risco à integridade física do indivíduo e caso não haja alternativa disponível no momento, porém pode ser ambígua sua colocação sobre o uso ou não uso de controle aversivo.
Nesse contexto, a punição que é quase inevitável, pois está embutida em muitas contingências naturais, que pode ocorrer com frequencia pelos pais, quando as crianças tende a fugir de casa, além de desperta-las a utilizar a coerção, tornando-a como criança-problema, para tanto, se a criança for exposta a interações familiares baseadas em contingências de reforço negativo, logo sua personalidade e sua adaptação às demandas da sociedade serão diferentes de outra que foi exposta a contingências de reforço positivo, em suma, terão experiências diferentes na vida. 
Frente à qualidade dos efeitos das contingências de reforço positivo e de controle aversivo, a coerção é responsável pelos sérios problemas da sociedade, devido às suas implicações diretas e indiretas, das quais devem ser substituídos métodos embasados em contingências aversivas, por intervenções fundamentadas em reforço positivo. 
Outro ponto importante esta relacionada quanto às definições de reforço positivo e negativo, onde Sidman (1989) não referencia sua distinção, mas coloca o reforço positivo em um extremo, como o procedimento de escolha para intervenções comportamentais, e reforço negativo em outro, como procedimento não recomendável por acarretar diversos prejuízos comportamentais. 
	Dessa forma, o mesmo estímulo pode exercer ambos os papéis, o reforçador ou punidor, ou seja, um elemento que outrora oferecia reforço pode passar a oferecer punição e vice-versa, dadas as contingências em que o comportamento é emitido. 	À medida que se ganha os reforçadores, a vida se torna mais gratificante, o contrário acontece quando elementos punidores são inseridos. 
	Igualmente, o ensino pode ser conceituado como um arranjo de contingências de reforçamento sob as quais se aprende, onde ensinar, portanto, tem como aspecto nuclear de sua definição o fato de alguém ter aprendido em decorrência do fazer de quem ensinou. A partir disso conclui-se que, sem o efeito aprendizagem, não é apropriado dizer que alguém ensinou.
	Nesta relação de contingência, a estimulação aversiva é apresentada e o indivíduo se comporta a fim de cessar ou remover a estimulação aversiva presente, e não é necessário um condicionamento prévio com a estimulação aversiva, e um exemplo de resposta de fuga seria um indivíduo que está na rua, quando começa a chover e, então, ele corre para um abrigo. Nesse exemplo, a chuva é entendida como a estimulação aversiva que precedeu o comportamento de abrigar-se (a resposta de fuga), que terminou com a exposição do indivíduo à estimulação aversiva (a chuva).
Nessa perspectiva, entra-se no contexto das implicações do controle aversivo na prática do psicólogo, onde o controle aversivo não é um caso específico de controle, mas é parte das contingências em geral, ou seja, não faria sentido à divisão existente na literatura que estabeleceque algumas relações comportamentais devam envolver o controle aversivo e outras o controle por reforço positivo, essa dicotomia que se mantém é um indício de que ela pode ser necessária à compreensão do fenômeno central, o comportamento, onde a relação entre o organismo e ambiente, da quais o ambiente independe do fenômeno comportamental, além disso, define também o conceito de comportamento operante como sendo a relação entre estimulo, resposta e consequência. (BORGES; CASSAS, 2012).
Além disso, em se tratando de analise do comportamento, o controle refere-se a uma relação de eventos, onde a probabilidade de ocorrência de um, poderá ser alterada em função do controle exercido por outro (HUNZINKER, 2011). 
Como lembrado por Sidman (2009), nem todo controle significa coerção. O controle comportamental é parte integrante do mundo em que vivemos, e cabe à Análise do Comportamento investigar este fenômeno e compreender suas leis.
	Portanto, Sidman (2009) destaca que, no caso do controle coercitivo, não há, apenas, a variação da probabilidade de os comportamentos serem emitidos, uma vez que existe um conjunto de efeitos colaterais indesejados que devem ser compreendidos, onde o conceito de punição se distancia daquele que é corriqueiramente usado popularmente, ou seja, utilizado para se referir a situações de castigo ou aplicação de penalidades.
	Hunzinker (2011) referencia que as respostas emocionais eliciadas pelo controle aversivo, são muito diferentes das que surgem em função do reforçamento positivo, além de ser uma justificativa suficiente para manter a dicotomia, é também um argumento válido para fundamentar a substituição do controle aversivo por intervenções pautadas pelo princípio do reforçamento positivo.
	Para tanto, Sidman coloca sua definição como incisivo de controle coercitivo, onde cita que o uso da punição e da ameaça de punição para conseguir que os outros tenham uma ação onde a sociedade aprove, torna-se uma prática de recompensar pessoas deixando-as escapar de punições e ameaças, sendo então preciso distinguir e saber mais sobre a coerção, pois gera um circulo onde as maiorias das pessoas tentam controlar uns aos outros, conforme a sua necessidade, ou o que a sociedade determina como correta. (SIDMAN, 2006).
	Refletir sobre as inúmeras consequências do controle aversivo em ser eficaz na prática da psicologia, Skinner (1953) e Sidman (1989) sustentam a noção de que o controle aversivo é prejudicial, pois gera respostas emocionais indesejáveis, e essa afirmação é à base da sua argumentação em prol do controle por reforço positivo, das quais emprega essa proposição, cujo objetivo maior e de se opor à opressão existente nas diferentes sociedades. 
	Esse objetivo é inegavelmente bem-vindo em um mundo onde essa opressão é uma das maiores fontes de problemas sociais, onde o problema está na identificação de opressão/coerção com controle aversivo, este último utilizado como termo técnico dentro de uma ciência experimental. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Frente à reflexão estudada sobre o controle coercitivo na sociedade, foi possível observar que a análise não conduz à prescrição de uso do controle aversivo, bem como não endossa a sua condenação de forma indiscriminada. 
A única prescrição que ela sugere é a de se fazer a análise funcional do comportamento da maneira mais completa possível, onde referencia a função do analista do comportamento levar em conta as relações existentes entre organismo e ambiente, identificando as múltiplas relações concomitantes e complementares, operantes e respondentes e a direção que o comportamento toma em função delas, e pós inferir sobre os objetivos apropriados. 
Minimizar a ênfase na natureza aversiva ou não-aversiva do controle pode ser uma ajuda para que a análise funcional do comportamento se dê de maneira mais objetiva, de forma mais competente e ética
REFERÊNCIAS 
BORGES, N. B.; CASSAS, F. A. Clínica Analítico-Comportamental: Aspectos Teóricos e Práticos. Porto Alegre: Artmed, 2012. 
HUNZIKER, M.H.L. Afinal, o que é controle aversivo? Acta Comportamentalia, vol. 19, N. 9, 2011.
SIDMAN, M. (1989). Coercion and its fallout. Boston, MA: Authors Cooperative. 
SIDMAN, M. (2006). The distinction between positive and negative reinforcement: Some additional considerations. The Behavior Analyst, 29, 135-139.
SKINNER, B. F. (1953). Science and human behavior. New York: Free Press.

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