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Revisão bibliográfica sobre gestão de custos, riscos ambientais e sua relação

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1 
 
Revisão bibliográfica sobre gestão de custos, riscos 
ambientais e sua relação 
 
Gustavo Cândido Reis Silva (597139) 
Rodrigo Franzin dos Santos (597635) 
Luca Corsi (597554) 
Eduardo Mann Prado Plastino (597473) 
Engenharia de Produção 
Universidade Federal de São Carlos – Campus Sorocaba 
 
 
1. Introdução 
 
 Na atual competividade do mercado, verifica-se um crescimento significativo 
da importância de um uso adequado de gestão de custos, objetivando a sustentação 
competitiva da empresa no mercado (POMPERMAYER, 1999). Neste cenário é importante o 
corte de custos e, consequentemente, um aumento de lucro para o maior saldo positivo 
possível da empresa. Porem nem sempre o corte de custos gera um aumento de lucro, para 
isto é necessário um estudo do ambiente de mercado para acertar no corte de custo. Assim a 
empresa que apresenta uma gestão de custos mais adequada naturalmente se torna mais 
competitiva no mercado. 
Segundo Bouças, Buratto e da Silva (2009) e Tachizawa (2006) a escassez dos 
recursos naturais e a degradação ambiental têm ocasionado cobranças por parte da população 
para com as empresas para uma responsabilidade ambiental. Com esse aumento da cobrança 
de responsabilidade ambiental, as empresas têm apresentado posturas cada vez mais 
sustentáveis, com interesse pelo meio ambiente ou pela sua imagem de proativa. 
Riscos ambientais demandam gestão, com medidas para evitá-los ou minimizá-
los e também para preservar a imagem da empresa. Essas medidas geram custos, estes, que 
como outros precisam ser gerenciados (FENKER; DIEHL; ALVES, 1999). Os custos 
ambientais são como qualquer outro custo, necessita ser analisado e também possui uma 
2 
 
influência na economia da empresa. As que praticam gestão dos custos ambientais, na maioria 
das vezes, apresentam maior sucesso na pratica de ações ambientais com menores gastos. 
De acordo com esta situação de demanda de responsabilidade ambiental, 
necessidade de uma correta gestão de custos para qualquer custo e a possibilidade de uma 
gestão de custos ambientais, esta revisão visa mostrar conceitos de gestão de custos, riscos 
ambientais, custos ambientais e gestão de custos ambientais. 
 
2. Justificativa 
 
 Ao adentrar no campo de Engenharia Econômica, encontramos a subárea de 
Gestão de Custos Ambientais, cujo enfoque a sustentabilidade encaixa-se com a proposta 
apresentada pelo campus UFSCar –Sorocaba, gerando interesse no aprofundamento de suas 
propriedades e características. 
A Gestão de Custos torna-se um tema abrangido pela Engenharia de Produção 
na medida que, segundo da Cunha (2008), a engenharia para estabelecer probabilidades de 
ocorrências com potencial negativo utiliza-se análises de riscos, buscando reduzir suas 
possíveis consequências. 
No atual paradigma globalizado, a constante busca pelo lucro fomenta o corte 
de custos, principalmente daqueles que não trazem retornos financeiros e dependem da 
consciência do empreendedor/grupo de investimentos. Assim, os custos ambientais tornam-se 
vítimas dessa conjuntura, necessitando-se de um aprofundamento em seu estudo, sendo esta a 
razão dessa revisão bibliográfica. 
 
3. Fundamentação teórica 
 
Esta seção possui o referencial encontrado na revisão da literatura, sendo 
utilizado para o posicionamento em relação ao tema. 
 
 
 
3.1. Gestão de Custos 
3 
 
 
Normalmente, através de uma visão monetária de custos, as empresas tomam 
medidas redutoras de custos de forma indiscriminada, sem a analise necessária sobre recursos 
e consequências das ações nos produtos ou serviços, não praticando, ainda, a otimização de 
recursos (POMPERMAYER, 1999). Na mesma linha de Almeida e Brunstein (1999) 
afirmam que muitas empresas ao se depararem com a necessidade de redução de custos, 
respondem com diversas medidas, que variam desde simples cortes no orçamento até 
importantes programas de racionalização, os quais, se não forem corretamente planejados e 
implantados, podem resultar em supressões arbitrárias e precipitadas. Demonstrando assim o 
quão necessário é uma gestão de custos. 
Segundo Pereira e Nagano (2002) apud Gollo (2002), a Gestão de Custos é o 
resultado da combinação de três análises básicas: a) análise da cadeia de valor, b) análise do 
posicionamento estratégico, c) análise de direcionadores de custos. De modo a confirmar a 
importância da análise para a gestão de custos Marinho et al (2011) diz que qualquer pratica 
de gestão de custos deve passar por uma análise prática e teórica dos fatos. Assim é 
imprescindível o conhecimento profundo do ambiente em que se a empresa está inserida na 
pratica gestão de custos. 
Pompermayer (1999) enfatiza que a importância da gestão de custos cresce 
conforme o tamanho da competição em que a empresa esteja inserida, assim o maior 
conhecimento dos instrumentos de custos possibilita, a partir da gestão de custos, uma 
posição mais vantajosa diante dos competidores. Logo uma empresa que pratica corretamente 
as análises defendidas pelo autor está mais propicia a um sucesso competitivo. 
De acordo com Marinho et al (2011) um dos papeis estratégicos da gestão de 
custos é fornecer subsídios que facilitem a implantação e desenvolvimento de qualquer 
sistema de controle gerencial, de forma a observar os objetivos traçados. Então quando uma 
empresa traça um objetivo de diminuir os riscos ambientais, através de medidas, a gestão de 
custos tem um papel estratégico fundamental quanto ao sucesso desta ação. 
 
 
 
 
 
3.2. Riscos ambientais 
4 
 
 
A ação humana sobre o meio ambiente pode ser benéfica ou maléfica, na 
maioria das vezes causando impactos de gêneros distintos simultaneamente (FENKER; 
DIEHL; ALVES, 1999). Como situações de riscos são as que antecedem acontecimentos 
negativos uma situação de risco ambiental é a que precede danos ambientais. 
O princípio da prevenção é fundamental da regulação ambiental em muitos 
países (BARROSO, 2013). Deste modo as empresas precisam se precaver de possíveis danos 
ambientais. O princípio da precaução se torna mais importante com o surgimento de riscos 
ambientais até então desconhecidos como exposições radiológicas, efeitos de substancias 
químicas e biotecnologia, estas por serem de natureza involuntária e de baixa probabilidade 
(ROGERS, 2011). 
Vastag, Kerekes e Rondinelli (1996) acrescentam que a minimização de riscos 
gera custos, principalmente a de prevenção, há casos que existe a possibilidade de suprimir os 
riscos como há casos em que só é possível minimizar riscos por ter natureza aleatória. Assim, 
a preocupação com a gestão ambiental deve aumentar quanto maior for o nível de risco 
ambiental. 
 
3.3. Custo Ambiental 
 
Custo ambiental é todo gasto oriundo de danos ambientais causados por algum 
produto ou serviço (BOUÇAS; BURATTO; DA SILVA,2009). Como há muitas formas de 
danificar o meio ambiente, seja qual esta for, a empresa poluente sempre terá um custo 
ambiental. Os mesmos autores afirmam ainda de custos ambientais também impactam 
diretamente na economia da empresa já que são custos, seja para detectar o dano, preveni-lo 
ou corrigi-lo. 
Desta forma os custos ambientais são uma determinada parte da renda da 
empresa que é destinada para solucionar ou prevenir problemas ambientais, dependendo da 
grandeza do problema, a verba destinada a resolução dos problemas passar a ser maior ou 
menor , o que em algumas empresas isso pode significar o corte da verba destinada aos custos 
ambientais, pois caso a verba necessária para tal fim seja muito elevada as empresas acabam 
por omitirem o problema, mesmo que futuramente isso possa significar problemas ambientaise multas, as quais acabaram saíram mais barato que o da verba que seria necessária para a 
resolução da fonte do problema. 
5 
 
Entender a importância do comportamento dos custos é fundamental para o 
planejamento, controle e tomada de decisão das empresas em relação ao problema ambiental. 
(BOUÇAS; BURRATO; DA SILVA). Diante tais preocupações relacionadas as questões 
ambiente foi necessário desenvolver um sistema para de gestão destes custos. 
 
 
3.4. Gestão dos custos ambientais 
 
A Gestão dos custos ambientais, aliada à responsabilidade social, vem 
ganhando importância crescente nos últimos anos por parte de empresas, governos e países, 
no entanto o número de pesquisa no Brasil ainda é baixo (MOURA et al, 2012). 
A gestão estratégica de custos visa apoiar o desenvolvimento de estratégias 
superiores a fim de se obter vantagem competitiva sustentável (SHANK: GOVINDARAJAN, 
1997; HANSEN; MOWEN, 2003). A mudança do enfoque de custeio do produto para o 
suporte às decisões operacionais e estratégicas, adotando análise de processos, (ex.: Activity-
based Management – ABM), visando melhorar o desempenho por meio de redução de custos 
e atendimento às demandas dos clientes. O enfoque interno muda para o enfoque externo, 
com a Strategic Cost Management (SCM), dando ênfase à melhoria de retorno e dos custos da 
cadeia de valor e a Value Creation Model (VCM), que procura entender as relações entre o 
que as empresas gastam e o valor criado para seus clientes e parceiros ou stakeholders e os 
desperdícios. Em última instância, os desperdícios são fatores de redução de competitividade 
e sua gestão se dá no âmbito da qualidade (MC NAIR, 2007). 
Embora os custos ambientais sejam muitas vezes descartados ou deixados de 
lado por parte de algumas empresas, a gestão dos custos ambientais vem tendo um avançado 
significativo nas decisões financeiras das empresas, pois além de procurarem a maximização 
do lucro com a redução dos desperdícios, o mercado teve um aumento na demanda por 
produtos que sejam ecologicamente corretos, contendo selos de qualidades e 
sustentabilidades. 
A questão ambiental tem sido tratada na literatura como uma questão de 
qualidade, sendo exemplo as normas de qualidade da série ISO 14000. Para Robles Jr (2003, 
p. 133), “A qualidade ambiental é parte inseparável da qualidade total adotada pelas 
empresas”, adotando conceitos e ferramentas comuns, além das específicas da área ambiental, 
de forma integrada. Porter e Van de Linde (1999) indicam cinco situações em que as 
6 
 
empresas podem avançar: (1) melhorias ambientais capazes de beneficiar a produtividade dos 
recursos; (2) economia de materiais; (3) aumento no rendimento do processo; (4) conversão 
de desperdícios em valor; (5) reciclagem de insumos. 
 
4. Conclusão 
 No cenário extremamente competitivo que o mercado se encontra, toda redução 
consciente de custos é de grande importância para obter vantagens sobre a concorrência. 
Desse modo, é de se esperar que empresas que visam o sucesso e pensam no lucro a longo 
prazo, invistam na área de gestão dos custos. Com a escassez de recursos naturais finitos, 
muitos clientes dão preferencia a produtos cujas fabricações não geraram riscos ao meio-
ambiente. Devido a essa consciência social, a gestão de custos ambientais traz, além da 
sustentabilidade e da preservação da natureza, mercado consumidor às empresas em questão. 
 Os riscos ambientais se relacionam com a gestão de custos ambientais de modo 
que à medida que há uma adequada gestão de custos, pode-se investir numa operação que 
evite ou minimize a ocorrência de um desastre natural que possivelmente viria a denegrir a 
imagem da empresa, além de trazer prejuízo imediato à renda da mesma. Assim sendo, o 
controle de riscos ambientais aliado a uma gestão de custos bem fundamentada servem de 
ferramentas para empresas do mundo todo obterem bons resultados em praticamente todas as 
áreas de mercado atualmente. 
Referências 
BOUÇAS, A. S.; BURATTO, A. L.; DA SILVA, L. M. Sistema ABC na gestão dos custos 
ambientais: a importância de sua utilização na Gestão Ambiental. Sociedade, Contabilidade e 
Gestão, Rio de Janeiro, v. 4, n. 2, jul. /dez. 2009. 
DA CUNHA, I. A. Gerenciamento de riscos ambientais e a política de proteção dos 
mananciais em São Paulo. Revista de Gestão Integrada em Saúde do Trabalho e Meio 
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DE ALMEIDA, A. R. C.; BRUNSTEIN, I. Gestão de custos florestais: um estudo de caso 
utilizando o activity-based costing. Gestão e Produção, São Paulo, v. 6, n. 2, p. 127-140, ago. 
1999. 
7 
 
FENKER, E. A; DIEHL, C. A.; ALVES, T. W. Um estudo empírico sobre gestão de custos e 
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2, p. 190-208, jul. /dez. 2013. 
GOLLO, S. S. O sistema de gestão de custos como suporte à formulação e alinhamento das 
estratégias organizacionais. ConTexto, Porto Alegre, v. 2, n. 3, 2ºsemestre 2002. 
GONCALVES, V. B. O princípio da precaução e a gestão dos riscos ambientais: 
contribuições e limitações dos modelos econômicos. Ambient. soc. São Paulo, vol. 16, n.4, p. 
121-138, out. /dez. 2013. 
HANSEN, D. R; MOWEN, M. M. Gestão de custos: contabilidade e controle. São Paulo: 
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MARINHO, S. V. et al. Gestão de custos em empresas de desenvolvimento de software de 
Santa Catarina: uma pesquisa exploratória. Revista de Contabilidade do Mercado em Ciências 
Contábeis da UERJ, Rio de Janeiro, v. 16, n. 3, p. 2-19, set. /dez. 2011. 
McNAIR, C. J. Beyond the boundaries: Future trends in cost management. Cost Management. 
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MOURA, G. D; FANK, O. L; SANCHES, J. R. TOLEDO FILHO, J. R. Perfil das pesquisas 
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PEREIRA, E. P.; NAGANO, M. S. Gestão estratégica de custos. In: SCHMIDT, P. 
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PORTER, M. E; VAN DER LINDE, C. Verde e competitivo: acabando com o impasse. In: 
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ROBLES JR., A. Custos da qualidade: aspectos econômicos da gestão da qualidade e da 
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ROGERS, M. D. “Risk management and the record of the precautionary principle in EU case 
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SHANK, J; GOVINDARAJAN, V. A revolução dos custos: como reinventar e redefinir sua 
estratégia de custos para vencer em mercados crescentemente competitivos. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 1997. 
8 
 
TACHIZAWA, T. Gestão ambiental e responsabilidade social corporativa. 3. ed. São Paulo: 
Atlas, 2006. 
VASTAG, G; KEREKES, S; RONDINELLI, D. Evaluation of corporate management 
approaches: A framework and application. International Journal of Production Economics. n. 
43, 1996.

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