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X Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 2009 
 
 
X Salão de 
Iniciação Científica 
PUCRS 
 
Desenvolvimento de Procedimentos Operacionais Padrão e 
Ferramentas de Gerenciamento dos Dados de Controle da 
Qualidade para Equipamentos de Raios X Médicos e 
Odontológicos 
Jefferson Santana Martins1, Carla Borck1, Gabriela Hoff1 (orientador) 
1Faculdade de Física, PUCRS 
 
Resumo 
 
Este trabalho faz parte de um projeto mais amplo que tem por objetivo desenvolver e 
testar um conjunto de procedimentos operacionais padrões e de ferramentas de gerenciamento 
de dados para verificação das exigências normativas nacionais aplicadas às áreas da 
radiologia médica e odontológica. Deste modo, foram adaptados os testes determinados pela 
Portaria 453 para todas as áreas da radiologia, de acordo com a realidade encontrada no 
Hospital São Lucas. Através da criação de procedimentos operacionais padrões (POPs), onde 
estão contidas todas as etapas necessárias para realização e análise dos dados dos testes 
descritos na referida portaria. Além dos POPs, desenvolvidos neste trabalho, será criado um 
software para gerenciamento de dados em radiologia. Assim, espera-se que o uso do conjunto 
de ferramentas criadas para o gerenciamento do Controle da Qualidade contribua para 
melhorar a precisão e aumentar a velocidade, na realização e tratamento dos dados, dos testes 
contidos na Portaria 453, em um serviço de radiologia médica e odontológica. 
 
Introdução 
Apesar da sua grande aplicabilidade, a radiação X para uso diagnóstico, quando não 
utilizada com devido cuidado, pode contribuir para a realização de diagnósticos errôneos e 
provocar danos a saúde de pacientes e profissionais. A criação da Portaria 453, no ano de 
1998, regulamentou o uso de radiações ionizantes a nível diagnóstico no Brasil. Nela, estão 
contidos os requisitos mínimos necessários para o uso dos aparelhos de radiologia médica na 
prática clínica, além dos testes mínimos indispensáveis para a garantia destes requisitos. No 
entanto, ela não contém os procedimentos necessários para a realização dos testes de Controle 
da Qualidade, sendo estes sugeridos na regulamentação RE 1016. Mesmo possuindo a 
regulamentação, é necessário adaptar os procedimentos contidos na mesma, para infra-
estrutura e dinâmica de trabalho hospitalar ou clínica em que se estará inserido. 
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X Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 2009 
 A criação dos Procedimentos Operacionais Padrões (POPs), condizentes com a infra-
estrutura e dinâmica hospitalar, são necessários para garantir a padronização dos 
procedimentos de Controle da Qualidade em serviços de radiodiagnóstico. Com isso, busca-se 
garantir a qualidade dos testes realizados, oferecendo aos pacientes e aos profissionais 
envolvidos, proteção contra as radiações e, somente para os pacientes, qualidade nos exames 
realizados. Neste trabalho foram desenvolvidos POPs para as diferentes áreas da radiologia, 
adaptados à realidade do Hospital São Lucas (HSL) da PUCRS, com o objetivo de padronizar 
os procedimentos para realização dos testes descritos na Portaria 453 para este hospital. 
 
Metodologia 
 Este trabalho começou por listar os testes descritos na Portaria 453 de cada área da 
radiologia. Para organização dos dados foram criadas algumas planilhas que continham o 
nome, o item na qual eram citados na portaria, a descrição e instrumentos necessários para a 
realização de cada teste exigido por lei. Essa primeira etapa serviu para organizar e definir os 
passos a serem seguidos para confecção dos POPs. 
 Com base na regulamentação RE 1016 foram desenvolvidos procedimentos para 
realização dos testes de Controle da Qualidade, adaptando-os aos equipamentos e às rotinas 
do hospital. Para desenvolver estes procedimentos foram reproduzidos todos os testes 
exigidos na legislação de forma a ser possível definir todas as etapas necessárias para realizá-
los. 
 O HSL possui, atualmente, um sistema de radiografia computadorizada (CR) de 
aquisição e de processamento de imagens radiológicas. Por isso, todos os procedimentos de 
testes, descritos na regulamentação, tiveram que ser adaptados para esse sistema e para os 
equipamentos de coleta de dados disponíveis no HSL. Isto envolveu a criação de novas 
metodologias para realização dos testes e análises dos dados, em especial para aqueles testes 
onde era necessária a produção e aquisição de imagens. Para analisar as imagens foi utilizado 
o software ImageJ e, a partir dele, foram desenvolvidas novas metodologias para fazer a 
interpretação dos dados. Para os testes onde não era necessária a produção de uma imagem, 
foram seguidos basicamente os procedimentos contidos na regulamentação RE 1016. 
 Após a confecção dos POPs eles passaram por um processo de validação, que ainda 
está em andamento, para que possíveis erros sejam corrigidos. A partir do primeiro conjunto 
de POPs começará a etapa de produção do programa para gerenciamento de dados, o objetivo 
principal deste projeto. 
 
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X Salão de Iniciação Científica – PUCRS, 2009 
Resultados e Discussão 
 Por se tratar de um projeto em andamento, nesta publicação serão apresentados os 
resultados parciais já obtidos. Até o momento foram desenvolvidos os POPs da mamografia e 
os da radiologia convencional. Já foram definidos e estão em elaboração os POPs da 
tomografia computadorizada. Cabe ressaltar, que os POPs elaborados na primeira etapa deste 
projeto, em 2008, ainda continham base em imagens geradas por filmes. Na versão revisada 
dos protocolos foram desenvolvidos materiais e processos que utilizam somente imagens de 
IPs. Estes POPs estão em período de avaliação e interpretação, e a interface do programa de 
gerenciamento de dados está sendo desenvolvida. Foi desenvolvido um método de relação 
entre densidade óptica da impressão e intensidade de sinal que possibilita a análise dos testes 
de imagens digitais com base na regulamentação nacional. Além disso, a lógica de análise de 
dados automatizada, com base em planilhas de cálculo já está sendo desenvolvida em 
conjunto com os POPs. No momento está ocorrendo a elaboração da interface gráfica do 
programa. 
 
Conclusão 
 Foram apresentados os resultados parciais deste projeto, mostrando a possibilidade de 
adaptação de alguns testes para aquisição em IPs. Os POPs para duas grandes áreas da 
radiologia já foram desenvolvidos e estão em etapa de validação, bem como já foi definida a 
interface de comunicação do programa como sendo por abas. Acredita-se que com o software 
para o gerenciamento de dados desenvolvido é esperado que todo o gerenciamento do 
Controle da Qualidade seja aprimorado e agilizado, possibilitando precisão na coleta e no 
tratamento dos dados, bem como na preparação dos relatórios dos testes. Isto será devido à 
substituição de um processo fragmentado de gerenciamento de dados por um processo 
conjunto e padronizado gerenciado pelo software. 
Referências: 
a) PALADINI, Edson Pacheco, Controle de Qualidade: Uma abordagem Abrangente, São Paulo: 
Atlas, 1990. 
b) Brasil, Portaria da Secretaria de Vigilância Sanitária Nº 453, de 1º de Junho de 1998. Diretrizes de 
Proteção Radiológica em Radiodiagnóstico Médico e Odontológico. 
c) Brasil, Resolução RE 1016 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, de 03 de Abril de 2006. 
 
Agradecimentos: 
 
À PUCRS pela auxilio com oferecimento da bolsa BPA. 
Aos físicos Guilherme Macagnan Burkhardt e Rafael Menezes Nunes. 
Aos meus colegas de estágio André Luiz Utinguassú dos Santos, Diane Reckziegel e Daysi Caroline Ragiuk 
de Oliveira. 
 
 
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