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Contabilidade de Custo UN1

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Aula 1 Terminologia contábil 
Conceito de Contabilidade de Custos 
O estudo da Contabilidade é de longa data, pois há muito o ser humano já registrava e 
controlava os fatos contábeis. Conforme Lopes de Sá (2006), os antigos egípcios já registravam fatos 
contábeis nos papiros, originando-se, pois, os livros contábeis. Assim, a Contabilidade capta, registra, 
acumula e interpreta os fenômenos que afetam o patrimônio das entidades. 
A seguir, veremos alguns conceitos da Contabilidade de Custos, que consolidam este ramo da 
Contabilidade como forte ferramenta no processo decisório das organizações. 
Para Leone (2010, p. 17), “Contabilidade de Custos é uma atividade que se assemelha a um 
centro processador de informações, recebe (ou obtém) dados, acumulando-os de forma organizada, 
analisá-los e interpreta-os, produzindo informações de custo para os diversos níveis gerenciais”. 
Segundo Horngreen et al. (2004, p. 2), “A Contabilidade de Custo mensura e relata informações 
financeiras e não financeiras relacionadas à aquisição e ao consumo de recursos pela organização. Ela 
fornece informação tanto para a contabilidade gerencial quanto para a contabilidade financeira”. 
Entendemos, portanto, que a Contabilidade de Custos é um meio de informação gerencial, de controle 
e de avaliação para que a organização possa gerenciar seu desempenho de modo eficiente, eficaz e 
efetivo. 
 
Finalidade dos Custos 
Até a época do feudalismo, as cidades não tinham a importância que lhes foi atribuída com a 
organização da burguesia que surgia originada com o desenvolvimento de técnicas até então não 
utilizadas de plantio e de artesanato. As pessoas passaram a migrar do campo para as cidades em razão 
de mão de obra excedente, vindo a estabelecer uma nova classe social: a burguesia que se constituía 
deste excedente. 
Assim, encerrava-se uma época em que os senhores feudais ditavam as ordens de comércio e se 
iniciava uma nova forma de comercializar as mercadorias, com a compra e venda entre os comerciantes 
das cidades, que gerava uma maior circulação de moedas e permitia o comércio entre regiões mais 
distantes entre si. 
Ao mesmo tempo, a indústria, principalmente a têxtil, começava a florescer com a mecanização 
dos sistemas de produção, em que a burguesia industrial, cada vez mais, buscava aumentar seus lucros 
absorvendo grande contingente de mão de obra ociosa que vinha do campo para as cidades. 
Com o avanço da tecnologia, as fábricas produziam cada vez mais, e a divisão do trabalho veio a gerar 
aumento da produtividade, dando início à Revolução Industrial. Deste modo, consolidava-se de vez o 
capitalismo, sedimentando o poder da burguesia. 
A contabilidade, que antes, apenas contabilizava o resultado, com a adição ao estoque inicial 
das compras efetuadas, subtraindo das mercadorias vendidas, iniciava um novo modo de contabilizar 
os estoques, para apuração correta dos custos dos produtos que eram produzidos nas indústrias. 
Atualmente, a crescente escassez de recursos versus as necessidades ilimitadas, bem como a 
busca por uma melhor gestão destes recursos, levam os gestores a uma nova forma de condução de 
gerenciamento, como a adoção de medidas de avaliação desempenho, a partir das metas traçadas no 
planejamento estratégico, no qual é possível medir o que é relevante para a avaliação de desempenho 
atual e identificar as tendências para o futuro, cujos sistemas de contabilidade de custos são 
fundamentais para uma gestão eficiente, eficaz e efetiva. 
Portanto, os gestores necessitam de informações sobre os custos para auxílio ao processo 
decisório. Informações acerca dos custos dos seus próprios produtos e serviços servem para avaliar 
posições no mercado, fixar preços, bem como estabelecer a necessidade de novas estratégias de vendas 
ou de marketing. Os diferentes tipos de custos servirão de base para as diversas estratégias de mercados 
e melhor alocação de recursos. 
Deste modo, a Contabilidade de Custos, nos dias atuais, é imprescindível na manutenção do 
equilíbrio tanto econômico quanto financeiro das organizações, pois as informações sobre o custo de 
cada produto e/ ou serviço fornecerá aos tomadores de decisão informações sobre desperdícios, de mão 
de obra, materiais, máquinas de cada departamento de modo a fazer a contabilidade incidir em correta 
interpretação nos relatórios enviados à administração. 
Com o advento das indústrias, tornou-se mais complexa a função do Contador que, para 
levantamento do balanço e apuração do resultado, não dispunha agora tão facilmente dos dados para 
poder atribuir valor aos estoques; seu valor de “Compras” na empresa comercial estava agora 
substituído por uma série de valores pagos pelos fatores de produção utilizados (MARTINS, 2010). 
Assim sendo, a contabilidade de custos é fundamental para a as tomadas de decisão, ao fornecer 
informações relevantes não apenas para as organizações industriais, mas para vários outros tipos de 
organizações, tais como empresas prestadoras de serviços e instituições financeiras, que utilizam a 
contabilidade de custos para um melhor gerenciamento de suas atividades. 
Como você pode perceber, a contabilidade de custos representa um importante segmento 
contábil para as organizações, visto que se converte em uma poderosa ferramenta gerencial para o 
processo decisório. 
A tarefa principal dos gestores é o gerenciamento de custos. Nós usamos o gerenciamento de 
custos para descrever as ações que os gerentes tomam com o intuito de satisfazer os clientes enquanto 
continuamente reduzem e controlam custos (HORNGREEN, et al., 2004). 
 
Exemplo: 
Qual a finalidade do controle de custos para as organizações? 
Os cálculos de custo do produto influenciam a maioria das decisões dos preços e do mix dos produtos. 
Gerentes monitoram o custo dos processos operacionais para assegurar que eles sejam mantidos sob 
controle e que a empresa use os recursos eficientemente. 
Além disso, os gerentes analisam os custos cuidadosamente, em decisões não rotineiras, tais como o 
fechamento de fábricas ou o acréscimo de novas rotas aéreas. Portanto, eles devem entender uma 
quantidade de conceitos diferentes de custos para poderem usar as informações geradas por um sistema 
de contabilidade de custo apropriado a uma ampla variedade de propósitos de decisões e de controle 
(ATKINSON et al., 2011). 
 
 
TERMINOLOGIAS UTILIZADAS 
 
Aula 2 Classificação dos custos 
 
A contabilidade de custos é um sistema de informações, que desempenha um importante papel 
no gerenciamento de uma organização. Conhecer, saber classificar e controlar os custos da organização 
irá ajudar na tomada de decisão correta que afetará tanto o presente quanto o futuro da empresa. De 
início vamos conhecer a classificação dos custos: 
Na identificação dos custos, nem sempre é fácil perceber a relação destes com o objeto de 
custeio. Horngren et. al, (2004, p.19), afirma isto quando diz: “a maior questão com relação a custos é 
saber quando eles têm um relacionamento direto ou indireto com determinado objeto de custo”. 
Em relação ao produto, os custos são classificados em custos diretos e indiretos. No que se 
refere à produção, os custos são classificados em custos fixos e variáveis. 
Primeiramente iremos estudar os custos em relação ao produto: 
 
O método de custeio direto é um dos principais instrumentos de informações em nível 
permitindo tomadas de decisões mais assertivas, pois enfatiza a rentabilidade de cada produto sem as 
distorções ocasionadas pelos rateios de custos fixos aos produtos, como também reflete as flutuações 
de lucro diretamente relacionadas com as vendas de produtos e mercadorias e prestação de serviços e 
o nível de produção, de modo a permitir, mais facilmentea análise e a situação atual do estágio de 
vendas (de produtos e mercadorias ou estágio da prestação de serviços), se está obtendo sucesso ou 
fracasso. Tal análise possibilita tomada de decisões em medidas corretivas, caso haja necessidade 
(MARTINS, 2010). 
Na figura a seguir, podemos ver que os custos diretos são facilmente identificáveis e podem 
ser apropriados diretamente aos objetos de custeio, enquanto que os custos indiretos, por não serem 
facilmente identificáveis necessitam de rateio. 
 
Agora veremos os custos no que se refere à produção, em que são classificados em custos fixos 
e variáveis. Para isso temos que compreender que o comportamento dos custos tem relação direta com 
o volume da produção, dentro de um determinado período. 
É importante, por parte dos gestores, a percepção das mudanças ocorridas nos níveis de 
atividades de produção nas organizações, levando-se em conta a relação entre os custos, período e 
volume de uma atividade, para fins de tomada de decisões. 
Para que se torne mais clara a compreensão em relação ao seu comportamento, veremos a 
distinção entre Custos Fixos e Custos Variáveis de Produção. 
 
Custos Fixos de Produção: são aqueles cujo total não varia proporcionalmente ao volume produzido, 
ou seja, se a capacidade total de produção for de 1.000 unidades, se a empresa produz apenas uma 
unidade ou todas as 1.000, seu custo fixo total será o mesmo. Como exemplo, temos o aluguel da 
fábrica, que deve ser pago todos os meses, independente do volume de produção. 
 
Veja que os custos fixos podem ser vistos como encargos necessários para que a entidade tenha 
condições de produzir, e não apenas como encargos de um produto específico. Por não estarem 
associados a nenhum produto específico ou a uma unidade de produção, eles sempre são distribuídos 
aos produtos por meio de critérios de rateio. 
Vamos ao nosso exemplo: 
 
Exemplo 1: 
 
Exemplo 2: 
 
Percebemos então que o custo fixo diminui na medida em que a produção se eleva e vice-versa. 
Vejamos o gráfico a seguir que o custo se mantém fixo mesmo que com a elevação da quantidade 
produzida. 
 
 
Custos Variáveis de Produção: mantêm uma relação direta ao volume de produção. Em outras palavras, 
cada unidade a mais ou a menos produzida repercute diretamente no custo do produto. São exemplos 
de custos variáveis: matéria-prima e mão de obra diretamente utilizada no processo produtivo. 
 
Vamos ao nosso exemplo? 
Exemplo 1: custo total de matéria-prima adquirida no período: 
 
Exemplo 2: Mão de obra utilizada diretamente na produção: 
 
Vejamos no gráfico a seguir que o custo se eleva quando há aumento da quantidade produzida. 
 
 
Na Contabilidade de Custos outros Custos entram na composição dos produtos, das 
mercadorias ou dos serviços prestados. Veremos a seguir quais são estes custos. 
 
• Custos das Matérias-Primas Disponíveis: valor do estoque inicial de matérias-primas mais o valor 
das compras de matérias-primas efetuadas no período, considerando todos os fatores que alteram 
positivamente ou negativamente o valor das compras do período, tais como: seguros, abatimentos de 
compras, devoluções de compras, fretes, impostos; 
• Custos das Matérias-Primas Aplicadas: equivale ao custo das matérias-primas disponíveis menos 
o estoque final de matérias-primas; 
• Custos de Produção do Período: correspondem à soma dos custos incorridos na produção do 
período. Seu cálculo é feito pela soma dos valores gastos com materiais diretos e indiretos, com mão 
de obra direta e indireta e com gastos de fabricação diretos e indiretos aplicados na produção do 
período, sem considerar o valor do estoque inicial dos produtos em elaboração; 
• Custos de Produção: equivalem ao custo de produção do período mais o estoque inicial de produtos 
em elaboração; 
• Custos das Mercadorias Vendidas ou dos Produtos Vendidos: se constituem na soma dos itens 
vendidos pela empresa em determinado período, extraídos da conta de Estoque de Mercadorias ou 
Produtos Acabados. Nas indústrias, o estoque de produtos acabados representa o custo de produção 
dos produtos prontos. Nas organizações comerciais, o custo das mercadorias vendidas pode ser 
mensurado pela soma do estoque inicial, de compras de mercadorias, ou custo dos produtos fabricados 
e do estoque final; 
• Custos Totais: são todos os custos diretos e indiretos; 
• Custo Unitário: é o indicador representado por uma fração, em que o denominador será a quantidade 
dos produtos fabricados em determinado período ou em um processo produtivo. O numerador será o 
custo. O custo unitário de um processo servirá para a determinação do lucro ou para a avaliação de 
estoques; 
• Custos Comuns: em alguma fase do processo produtivo, pode acontecer que uma fase da produção 
seja comum a dois ou mais produtos, bem como aos custos desta fase, que deverão ser rateados entre 
eles; 
• Custos Funcionais: são custos identificados com diversas funções da organização. São divididos em 
custos operacionais e não operacionais e correspondem aos custos de diversas funções, tais como: 
custos administrativos, custos financeiros, custos tributários e custos comerciais; 
• Custo de Primários: equivalem aos gastos com matéria-prima mais os gastos com mão de obra 
direta; 
• Custo de Transformação: correspondem aos custos incorridos para transformar a matéria-prima em 
produto. São custos com a mão de obra direta e os custos diretos de fabricação; 
• Custos Estimados: são custos predeterminados destinados a resolver problemas de controle e 
planejamento em situações especiais. Os custos de projetos de viabilidade econômica, custos 
decorrentes de produção por encomenda se constituem em custos estimados; 
• Custo Padrão: apesar de serem custos predeterminados, estes são calculados com base nos padrões 
operacionais. Servem para controle, planejamento e tomadas de decisão. Estes custos são aplicados 
normalmente em operações repetitivas (operações por série), quando os parâmetros ou indicadores 
físicos estão perfeitamente definidos e quando os custos matêm uma relação íntima com a variabilidade 
daqueles dados quantitativos. São custos mais aplicados em fabricas, que produzem por padronização; 
• Custos Periódicos: são custos relacionados a um período de tempo; são repetitivos a cada período e 
não guardam relação de variabilidade com o parâmetro operacional de referência; 
• Custo por Natureza: classificação inicial dos custos; 
• Custo Fabril: corresponde à soma dos custos de material direto, de mão de obra direta e das despesas 
indiretas de fabricação debitadas à produção durante determinado período; 
• Custos Semifixos: custos classificados como fixos, mas que se modificam em razão de mudanças da 
capacidade de produção instalada. Exemplo: se a produção se eleva e a fábrica necessita alugar mais 
um galpão, que é classificado como custo fixo, este deverá elevar-se, bem como a depreciação das 
máquinas, em patamares, e assim permanecerão constantes em um novo patamar. O mesmo raciocínio 
é válido quando a produção necessita ser reduzida; 
• Custos Semivariáveis: equivalem aos custos que possuem uma parte fixa e outra variável, como 
custos de manutenção; custos que possuem, em seu valor, uma parcela fixa outra variável. Comportam-
se como custo fixo até dado momento e depois passa a se comportar como custos variáveis. Exemplo: 
energia elétrica e água; quando não há utilização desses recursos, ou quando o consumo fica abaixo de 
um valor mínimo estipulado, paga-se uma taxa fixa (parte fixa do custo). À medida que se eleva o uso 
a partir do aumento da produção, o valor da conta (água/luz) se eleva (parte variável do custo); 
• Custo de Oportunidade: corresponde ao valor do benefícioque se deixa de ganhar quando, no 
processo decisório, se toma um caminho e não outro; 
Autores, como Johnson e Kaplan (1996), pregam que no longo prazo, todos os custos tornam-se 
variáveis. No longo prazo todos os fatores de produção são variáveis, não havendo custo fixo. 
Carvalho (2011) diz que quando aumenta a quantidade da mão de obra utilizada, é preciso diminuir a 
quantidade de capital, com a finalidade de manter o produto constante. As escolhas de insumos que 
geram custos mínimos para a empresa dependerão dos preços dos insumos e do nível de produto que a 
empresa deseja produzir. Estas demandas resultam nas escolhas que minimizam custo para um dado 
nível do produto. No longo prazo, a capacidade de variar a quantidade do capital permite que a 
empresa reduza seus custos. 
• Custos Relevantes: custos comparados entre alternativas para que se escolha uma delas. 
Outros conceitos importantes ligados à contabilidade de custos: 
 
Você sabia que o custo unitário cai à medida que se aumenta a produção? 
Este raciocínio é fruto da observação de que a ociosidade de mão de obra nas fábricas reduz à medida 
que aumenta a produção. Portanto, o custo unitário é uma medida de eficiência, ou seja, quanto mais 
se produz, menor o custo unitário de produção, considerando a existência de ociosidade na fábrica. 
 
Aula 3 Esquema básico da Contabilidade de Custos: 
Departamentalização 
 
Podemos definir Departamentalização como a unidade mínima administrativa para a 
Contabilidade de Custos. Martins (2010, p. 65) avalia como uma estrutura “[...] representada por 
pessoas e máquinas que desenvolvem atividades homogêneas. Diz-se unidade mínima administrativa 
porque sempre há um responsável para cada Departamento [...]”. Entendemos, portanto, que a 
Departamentalização incorre como forma de controle, já que cada departamento está sob a 
responsabilidade de alguém. 
Para que aprendamos a departamentalização, iremos ver, a seguir, como ocorre o ciclo básico 
da contabilidade de custos: 
 
Ciclo Básico da Contabilidade de Custos 
O processo de apuração dos custos do produto incide na busca da identificação de todos os 
custos que serviram para a produção deste produto. Por exemplo, para produzir 100 unidades de 
sandálias de couro, necessitamos no mínimo de: couro, linha, mão de obra e estrutura física (máquinas, 
aluguel etc.), conforme demonstrado a seguir: 
 
Para sabermos o preço de cada sandália, dividiremos o valor total dos custos (R$ 3.000,00) pela 
quantidade produzida, que foram 100 unidades, conforme evidenciado anteriormente. Ficando dessa 
forma: 
R$ 3.000,00 / 100 unidades = R$ 30/unidade 
Para produzir cada sandália, tem-se um custo de R$ 30,00 
 
No exemplo, a indústria produzia apenas um único tipo de produto, que eram sandálias. Assim, 
a alocação dos custos (diretos e indiretos) fica mais fácil. Contudo sabemos que hoje as organizações 
não produzem um só produto, elas precisam diversificar a sua produção para poder ganhar 
competitividade no mercado, por isso é necessário que tenham critérios mais precisos para a alocação 
dos custos aos produtos. 
Deste modo, para a alocação dos itens de custos com mais de um produto, torna-se necessário 
seguir uma sequência de atividades, isto é, um esquema básico. 
O ciclo básico para alocação de custos consiste em três passos, que são: 
 
1° Passo: separação entre custos e despesas 
Vimos anteriormente que os gastos relativos ao processo de produção são custos, e os relativos 
à administração, às vendas e aos financiamentos são despesas. 
Observação 
Para diferenciar custos de despesas, é necessário observar o momento que o produto está pronto para a venda. 
Até este ponto, todos os gastos são contabilizados como custos. A partir desse ponto, os demais gastos serão 
contabilizados como despesas necessárias para a realização da venda (MARTINS, 2010). 
 
De posse de todos os gastos da organização, efetua-se a separação entre custo e despesa. 
Enquanto as despesas deverão ser classificadas diretamente no resultado do período, os custos 
primeiramente são identificados com os produtos, para cuja elaboração foram incorridos, constituindo 
os custos dos produtos fabricados (ou das matérias-primas e mercadorias adquiridas), sendo depois 
ativados, na forma de estoques de matérias-primas, produtos em elaboração, produtos acabados e/ou 
mercadorias para revenda para, finalmente, e apenas por ocasião da venda (ou consumo ou ainda, 
doação) serem computados como despesas, ou melhor, no Custo do Produto Vendido. 
 
Deve-se ficar atento na separação entre custos e despesas: 
 Valores irrelevantes devem ser considerados como despesas (princípios do conservadorismo e 
materialidade); 
 Valores com rateio extremamente arbitrário também devem ser considerados como despesa do período; 
 Gastos com pesquisa e desenvolvimento de novos produtos podem ter dois tratamentos: como despesas do 
período em que incorrem, ou como investimento para amortização na forma de custo dos produtos a serem 
elaborados futuramente. 
2° Passo: apropriação dos custos diretos aos produtos 
Como já sabemos, os custos diretos (os mais comuns são a mão de obra direta e os materiais 
diretos) são mais fáceis de alocar aos produtos e serviços, por isso é coerente que após a identificação 
dos custos, os apropriemos, para em seguida, fazer o mesmo com os custos indiretos. 
 
3° Passo: rateio dos custos indiretos 
Com os custos indiretos, como o próprio nome já diz, não são relacionados diretamente ao 
produto ou serviço, faz com que se adotem critérios de rateio diversos para a sua apropriação. 
Os custos indiretos podem ser rateados proporcionalmente à soma dos materiais diretos, à mão 
de obra, aos materiais diretos, ao tempo de fabricação (quando conhecido), entre outros. 
Podemos observar que o critério escolhido é arbitrário, e depende da escolha do gestor de custos. 
 
Departamentalização 
Departamentos e centro de custos 
Na contabilidade de custos para avaliação de Estoques, interessa mais a visualização do 
Departamento como um conjunto que, apesar de na maioria das vezes ser constituído de homens e 
máquinas, pode também ocorrer sob a forma de apenas homens, pelo menos teoricamente, também só 
máquinas, realizando tarefas homogêneas. 
Ainda conforme Martins (2010), os departamentos podem ser divididos em dois grandes 
grupos: 
 os que promovem qualquer tipo de modificação sobre o produto diretamente, denominados de 
Departamentos de Produção; 
 os que nem recebem o produto, denominados de Departamentos de Serviços. 
Os Departamentos de Produção têm os seus custos apropriados aos produtos, quando passam 
por eles e os Departamentos de Serviços, como os produtos não passam por ele, os custos são rateados 
aos produtos que deles se beneficiam. Na maioria das vezes um Departamento é também denominado 
Centro de Custos, ou seja, uma unidade mínima de acumulação de custo indireto de fabricação, que 
serão rateados aos produtos através de um critério de rateio. 
Muitas vezes, podemos dizer que um Departamento é ao mesmo tempo um Centro de Custos. 
Isto porque nele são acumulados os custos indiretos para posterior alocação aos produtos, chamados 
de Departamentos de Produção ou a Departamentos de Serviços. Em determinados casos há existência 
de vários centros de Custos dentro de um Departamento. Martins (2010) exemplifica um Departamento 
de Perfuração, em que são realizados vários serviços da mesma natureza, com a utilização de três 
máquinas em hipóteses: 
 
 Primeira Hipótese: cada uma das três máquinas realiza todos os tipos de serviços. Apesar dos três 
operadores destas máquinas receberem salários diferentes, não haverá diferenciação na definição do 
conceitode departamento único de perfuração; assim, será um único Centro de Custos. Na apuração dos 
custos, estes serão distribuídos aos produtos em função do número de perfurações ou volume perfurado. A 
base será o custo médio por máquina, pois estas são iguais e realizam o mesmo tipo de serviço; 
 Segunda Hipótese: existem três máquinas com capacidades diferentes e operadas por operários 
especializados no Departamento de Perfuração. Existem produtos específicos para cada uma das máquinas. 
Assim, neste departamento o custo de funcionamento das máquinas é alto, havendo a necessidade de 
criação de três Centros de Custos, na apuração de cada máquina, separadamente. Então os valores para 
cada produto serão atribuídos em relação ao trabalho de cada máquina; 
 Terceira Hipótese: existem três máquinas diferentes, operadas por três operários distintos; seus salários 
são diferentes também. Os produtos passam individualmente e sequenciados da mesma forma e 
compreendendo o mesmo nível de utilização das máquinas. Neste caso, se fossem atribuídos custos por 
máquina ou se fosse aplicada uma média geral por departamento. 
Os departamentos são tidos como unidade administrativa, pois se pressupõe que os mesmos 
têm uma pessoa responsável. Normalmente, os departamentos são formados por pessoas e máquinas, 
mas pelo menos teoricamente, podem ser formados apenas por máquinas. 
Podemos citar como exemplos de departamentos: montagem, administração geral, almoxarifado, 
pintura, acabamento etc. Percebemos nesses exemplos que alguns departamentos são relacionados ao 
produto diretamente, e outros, indiretamente, daí a classificação dos departamentos em: departamentos 
de produção; e departamentos de serviços ou auxiliares. 
Os departamentos de produção são aqueles que atuam diretamente sobre o produto, 
promovendo qualquer tipo de modificação sobre o mesmo, isto é, esses departamentos são 
responsáveis diretamente pelo processo do produto. 
Vamos ver alguns exemplos de departamento de produção: 
 
Já os departamentos de serviços ou auxiliares não atuam diretamente sobre os produtos, e sim, 
dá suporte para que os departamentos de produção funcionem a contento. Isto é, têm como 
característica auxiliar os departamentos produtivos. Existem para prestar serviços aos demais 
departamentos. Neles não ocorre nenhuma ação direta sobre o produto. 
Vamos ver alguns exemplos de departamentos de serviços ou auxiliares: 
 
Cada departamento depende do outro para que tenham um funcionamento harmônico. 
 
Vamos ver um exemplo, que vai ajudar a diferenciar os tipos de departamentos. 
 
Para fabricar camisas, a Indústria Alpha tem, entre os seus departamentos, o departamento de ‘corte 
e costura’ e o departamento de ‘almoxarifado’. O departamento de ‘corte e costura’ é um departamento de 
produção, pois ele vai atuar diretamente na fabricação da camisa; já o departamento de ‘almoxarifado’ é 
um departamento de serviço ou auxiliar, pois ele não vai promover nenhuma modificação na camisa, mas 
vai auxiliar o departamento de corte e costura fornecendo os materiais necessários para a sua confecção. 
 
Normalmente, os departamentos são centros de custos, nos quais são acumulados os custos 
indiretos para posterior alocação aos produtos, mas podem haver casos em que os departamentos são 
divididos em vários centros de custos. 
 
 
Os departamentos possibilitam um melhor controle, apropriação e distribuição dos custos aos 
produtos, principalmente os indiretos que têm uma alocação mais difícil, pelo fato de os departamentos 
tornarem-se pequenas unidades, o que facilita a administração dos custos. 
 
Vamos alocar os custos aos produtos utilizando a departamentalização 
Vimos anteriormente, como distribuir os custos aos produtos, utilizando o esquema básico de 
custos, no qual é feita a separação entre custos e despesas, depois a apropriação dos custos diretos, e, 
por fim, a apropriação dos custos indiretos aos produtos, via bases de rateio para toda a empresa, sem 
considerar os seus departamentos. 
Já na departamentalização, as empresas são divididas em unidades menores, que são os 
departamentos, o que possibilita um melhor acompanhamento dos custos. 
Vamos ver agora um exemplo para ajudar a compreender porque a distribuição dos custos aos 
departamentos pode ser mais precisa que pelo esquema básico. 
 
Exemplo: 
A Indústria Beta S.A. tem um custo indireto de R$ 200,00 para ser dividido aos produtos A, B e C, em 
função do volume produzido. E a produção foi a seguinte: 
 
 
O rateio dos R$ 200,00 ficaria assim distribuído (Sem departamentalização): 
 
A = 16,67% = R$ 33,33 
B = 33,33% = R$ 66,67 
C = 50,00% = R$ 100,00 
 
Agora imagine que a empresa tenha quatro (04) departamentos, e que esses R$ 200,00 estejam assim 
distribuídos pelos departamentos: 
 
 
E que o produto “A” e “B” passam em todos os departamentos e o produto “C” passa apenas 
no departamento D4. Dessa forma, o produto “C” que passa apenas em D4, não receberia nem 
R$30,00, pois esse valor seria rateado entre os três produtos, e como o produto C, só passa pelo D4, a 
ele não seria atribuído os custos dos demais departamentos. 
Agora veja a diferença, fazendo o rateio dos custos indiretos com base no volume produzido: 
sem departamentalização, atribuiríamos R$ 100,00 de custos ao produto “C”. Com 
Departamentalização, este produto não receberia nem R$ 30,00. 
Sem a departamentalização, o produto “C” estaria absorvendo custos que não foram gastos para 
a sua fabricação, pois os gastos do único departamento pelo qual ele percorreu não passam de R$30,00. 
Isso só vem confirmar que a departamentalização auxilia numa melhor distribuição dos custos. 
 
Em uma indústria, por exemplo, existe uma gama muito grande de departamentos, sendo que para a 
contabilidade de custos interessa apenas aqueles relacionados aos produtos fabricados e aos que prestam 
serviço para aqueles. 
Esquema da Contabilidade de Custos com Departamentalização 
Quando da opção pelo cálculo com base na departamentalização deve-se seguir alguns passos básicos. 
 
1° passo: Separação entre custos e despesas. 
2° passo: Apropriação dos custos diretos aos produtos. 
3° passo: Apropriação dos custos indiretos que pertencem, visivelmente, aos departamentos, agrupando, à 
parte, os comuns. 
4° passo: Rateio dos custos indiretos comuns aos diversos departamentos, quer de produção, quer de 
serviços. 
5° passo: Escolha da sequência de rateio dos custos acumulados nos departamentos de serviços e sua 
distribuição aos demais departamentos. 
6° passo: Atribuição dos custos indiretos que agora só estão nos departamentos de produção aos produtos, 
segundo critérios fixados. 
 
Perceba que os dois primeiros passos são exatamente iguais ao do esquema básico sem 
departamentalização que vimos anteriormente. O que muda nesse modelo é que a distribuição dos custos 
indiretos aos produtos segue um maior nível de detalhamento. 
Ao invés de ratear diretamente todos os custos indiretos aos produtos, o esquema com 
departamentalização vai atribuí-los primeiramente aos departamentos, e só depois que os custos 
indiretos estiverem somente nos departamentos de produção, é que eles serão atribuídos aos produtos, 
mediante critério de rateio estabelecido. 
 
1° passo: separação entre custos e despesas. 
Este passo é simples e você já sabe, é exatamente igual ao ciclo básico da contabilidade de 
custos sem departamentalização. 
Você vai separar as despesas de custos. Reservar as despesas, pois só os custos vão compor o 
valor do produto. 
2° passo: apropriação dos custos diretos aos produtos. 
Esse passo é exatamente igual ao ciclo básico da contabilidade de custos sem 
departamentalização. Oscustos diretos são de fácil alocação, pois você consegue identificá-los a cada 
produto, com facilidade. 
Por exemplo, você é capaz de identificar, a quantidade e o valor da matéria-prima utilizada na 
produção de qualquer produto. 
3° passo: apropriação dos custos indiretos que pertencem, visivelmente, aos departamentos, 
agrupando, à parte, os comuns. 
 
A partir desse ponto, começaremos a alocação dos custos indiretos. E o que você tem de fazer 
nessa etapa? 
 
 
 
Veremos exemplos: 
 
O custo de depreciação das máquinas de costura de uma fábrica de roupas pertence ao 
‘Departamento de Costura’. Portanto, ele deve ser alocado somente ao departamento de costura. 
Perceba que o custo é indireto em relação ao produto, mas conseguiu ser identificado ao 
departamento. Então ele é direto em relação ao departamento. 
Já o custo do salário do supervisor geral da produção (mão de obra indireta) é um custo indireto 
associado a todos os departamentos, visto que o supervisor gerencia todos os departamentos. Portanto, 
tem de ser rateado, de acordo com algum critério, a todos os departamentos. 
Ficou claro? Então, vamos ao próximo passo. 
 
4° passo: rateio dos custos indiretos comuns aos diversos departamentos, tanto de produção, 
como de serviços. 
Continuando a alocação dos custos indiretos. 
 
Lembra-se dos custos indiretos comuns a todos os departamentos que você deixou agrupado 
à parte no passo anterior? Então chegou a hora de utilizá-los. 
A alocação dos custos comuns a cada departamento será feito mediante um critério de rateio 
estabelecido. Veja que ainda recorremos a rateio nesse modelo, porém menos que nos outros modelos. 
Vamos ver um exemplo de rateio de custos comuns. 
Exemplo: 
 
O aluguel do galpão da fábrica é um custo indireto comum a todos os departamentos, visto que toda 
a fábrica está ali instalada. Portanto, precisamos de um critério para ratear o aluguel para os diversos 
departamentos, que pode ser a área em metros quadrados que cada departamento ocupa. 
Vamos supor que o galpão da fábrica tenha 1.000 m² e esteja alugado por R$ 2.000,00. O 
‘Departamento de Costura’ ocupa uma área de 150 m², qual é o valor do custo indireto do aluguel que será 
atribuído a este departamento? 
Fácil. Será um valor proporcional. 
Então, (150 m²/ 1.000 m²) x 100 = 15%, então a área que o ‘Departamento de Costura’ ocupa, 
corresponde a 15% da área total alugada. Se o valor do aluguel é R$ 2.000,00, o valor que deverá ser 
atribuído a este departamento é 15% de R$2.000,00, que é igual a R$300,00. 
Então, se o ‘Departamento de Costura’ teve custos visivelmente identificados a ele no valor de 
R$5.000,00, e no rateio dos custos comuns, foi destinado a esse departamento R$300,00. Portanto, os 
custos indiretos totais desse departamento ficaram R$5.300,00 (R$5.000,00 + R$300,00). Partindo do 
pressuposto que não houve outros custos comuns, porque se houvesse, somava-se todos que fossem 
destinados a esse departamento. 
 
Vamos ao próximo passo? 
5° passo: escolha da sequência de rateio dos custos acumulados nos departamentos de serviços e 
sua distribuição aos demais departamentos. 
Já estamos com os custos indiretos distribuídos a todos os departamentos, tanto aos de produção 
quanto aos de serviços. Entretanto, ainda não podemos fazer a distribuição aos produtos, visto que só 
podemos distribuí-los aos produtos quando os custos estiverem apenas nos departamentos de produção. 
E é o que vamos fazer agora a seguir: primeiro iremos escolher a sequência de rateio. Como 
assim? Iremos escolher a ordem em que os custos dos departamentos de serviços deverão ser rateados 
aos diversos departamentos, até chegar um momento que só tenham departamentos de produção. 
Vamos ver um exemplo: a Indústria Gama possui os seguintes departamentos: administração 
geral da produção; almoxarifado; corte; costura; e acabamento. Os dois primeiros são de serviços e os 
três últimos de produção. Como os custos da administração geral prestam serviços a todos os 
departamentos, inclusive ao almoxarifado, os custos indiretos dele devem ser os primeiros a serem 
rateados; logo após os custos do almoxarifado deverão ser rateados para os departamentos de produção. 
Agora só restam os departamentos de produção. Então vamos ao próximo passo. 
 
6° passo: atribuição dos custos indiretos que agora só estão nos departamentos de produção aos 
produtos, segundo critérios fixados. 
Agora ficou fácil, não é? Estamos com os custos indiretos todos nos departamentos de 
produção, então só é estabelecer o critério de rateio e atribuí-los aos produtos. 
Por exemplo, depois de fazer toda a distribuição dos custos diretos do terceiro ao quinto passo, 
chegamos ao sexto passo com os seguintes custos indiretos nos departamentos de produção: 
 
 
Estes custos deverão ser distribuídos aos produtos A e B, utilizando como critério de rateio o 
valor total de mão de obra direta, que foi R$2.000,00 para o produto A; e R$3.000,00 para o produto 
B. Portanto, 40% dos custos para o Produto A e 60% para o Produto B. 
Então ficam assim distribuídos os custos para os produtos: 
 
 
Encerramento 
Qual a importância de conhecer a terminologia contábil para o processo decisório 
evidenciação? 
Agora você sabe que para uma melhor compreensão de custos, é de fundamental importância 
saber diferenciar os vários tipos de gastos. Isto ocorre com a compreensão da terminologia 
contábil relacionada aos custos. Ao saber diferenciar custos e despesas, por exemplo, pode-se 
alocar corretamente a depreciação das instalações do setor de operações em custos e as 
instalações do setor administrativo em despesas de modo a permitir uma tomada de decisão 
mais precisa. 
Qual a importância de conhecer a classificação dos custos para que a contabilidade 
cumpra o seu papel de informar? 
Outro fator preponderante na Contabilidade de Custos é a necessidade da classificação 
correta dos custos. Enquanto que os custos diretos são alocados diretamente na produção, tais 
como o custo da mão de obra direta ou dos materiais diretos ao passo em que os custos 
indiretos não podem ser alocados diretamente à produção, como exemplo, o salário dos 
supervisores da fábrica ou os custos do almoxarifado, também da fábrica. Assim, percebemos 
que a preocupação dos gestores na manutenção de um adequado controle de custos torna-se 
importante na eliminação de prejuízos das entidades. 
Quais as vantagens da Departamentalização? 
A Departamentalização traz como vantagens no controle dos custos uma melhor 
distribuição dos custos indiretos, já que cada departamento é dividido em vários centros de 
custos podendo dessa forma, apurar o desempenho de cada departamento, antes mesmo de 
conferir o custo ao produto ou serviço. 
Resumo da Unidade 
Vimos nesta unidade que a Contabilidade de Custos é importante tanto para o controle de custos 
quanto para o processo decisório. Ela é utilizada em todos os seguimentos, não se limitando apenas 
ao segmento industrial, mas servindo de igual forma ais segmentos de comércio e de prestação de 
serviços.

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