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Ciencias Farmaceuticas lntroduc;ao a Quimica de Compostos Heterociclicos HELlO A. STEFANI Mestre em Quimica Organica - Universidade de Sao Paulo. Douror em Quimica Organica - Universidade de Sao Paulo. P6s-Doutorado em Quimlca Organica - University of Pennsylvania, Philadelphia - USA. Professor Associado - Universidade de Sao Paulo GUANABARA!!;KOOGAN 0 autor e a editora empenharam-se para citar adequadamente e dar o devido credito a todos os detentores dos direitos autornis de qualquer material utilizado neste tivro, dispondo- se a possiveis acenos caso, inadvertidnmcnte, a identifica~ao de algum delcs tenha sido omitida. Direitos exclusives para a lfngua portuguesa Copyright© 2009 by EDlTORA GUANABARA KOOGAN S.A. Uma editora integrante do GEN I Grupo Editorial Nacional Reservados todos os direitos. E proibida a duplica,i!o ou reprodu,iio deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquerforma.<o ou por quaisquer meios (eletr5nico, mccllnico, grava~ao. fotoc6pia, dislribui~ao na internet ou outros), sem permissrio express ada Editora. Travessa do Ouvidor, 11 Rio de Janeiro, RJ - CEP 2llll40-040 Tel.: 21-3970-9480 Fax: 21-222!-3202 gbk@grupogen.com.br www.editoraguanabara.com.br Editora,ao Eletronica: Nova Estrutura CIP-BRASIL. CATALOGAt;AO NA FONTE SINDICATO NACIONAL DOS ED ITO RES DE LIVROS, RJ S828i Stefani, Helio A. lntrodu,ao a quirnica de compostos heterocicticos I HelioA. Stefani. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. il.- (Ciencias farmaceuticas) lnclui bibliografia ISBN 978-85-277-1499-0 I. Cornpostos heterocfclicos. 2. Qufrnica heterocfclica. 3. QuJrnica org5nica.l. Tftulo. II. Serle. 08-3240. 01.08.08 05.08.08 CDD: 547.59 CDU: 547.7 007978 Apresenta~ao Os compostos heterodclicos provavelmente constituem o maior e mais variado ramo da familia dos compostos organicos. A motiva~o para escrever sabre o tema veio da consta- ta~o da inexistenda de material didatico escrito na lingua portuguesa, o que causava serio empecilho aos estudantes do curso de Farm:kia. Tambem o escasso conteudo do tema nos livros de Quimica Organica refor10ou a necessi- dade de disponibilizar material com conteudo basico para as disciplinas que utilizam e precisam de conhecimentos sabre a materia. 0 presente livro resultou da coleta de viirios anos de material disponivel em publical'6es de lingua inglesa, ar- tigos de pesquisa e textos sabre mecanismos de rea~6es organkas. Embora fosse desejavel, seria praticamente impassive) cobrir todos os t6picos da vasta area de compostos hetero- ciclicos, ficando restrito o material disponivel no livro aos aneis com maior recorrencia na quimica organica, bioqui- mica e farmaceutica. 0 livro foi projetado pam fomecer uma introdu,ao clam e condsa sabre a quimica de compostos heteroddicos aos estudantes que se interessam pelo assunto au necessitam conhed!-lo. Est:! dividido em capitulos, descrevendo cada um a ocor- rencia, OS metodos de s!ntese, quando passive! o mecanismo da rea~ao, assim como as rea~oes mais caracteristicas de cada aneL Hello A. Stefani Apresentac;;ao da Serie 0 ensino de Ciencias farmaceuticas no Bmsil vern sen do alva de grande aten\iio e inumeras discuss6es nos ultimos anos, o que gerou uma reformula<;ao da estrutura curricular do curso, em ambito nacional. Tal medida visa a forma<;:ao de farmad~uticos competemes, sagazes, cr!ticos, humanistas, com visao sistemica, preparados pam trabalhar em equipe e comprometidos com a sociedade e a cidadania. A faculdade de Ciencias Farmaceuticas da Universidade de Sao Paulo (FCF-USP), como referencia nacional e in- ternaciona[ de ensino, pesquisa e extensao universit3rios, caracteriza-se ainda par seu comprometimento com o de- senvolvimento sustentavel nas dirnens6es cientifica, social e economica. Assim, a FCF-USP tem-se mantido atenta as transforma<;:6es sociais, politicas e cientificas. Tem prestado contribuiyio relevante nas areas de medicamemos, alimen- tos e nutri<;:ao experimental, an:ilises clinicas e toxicol6gkas, nas quest6es de gestao ambiental, da farmacovigilancia, transgenicos, biotecnologia e biologia molecular, sem se descuid'f da aten~ao farmaci:utica. A cria~ao da Serie de Ciencias Farmaceuticas e resultado de todo esse empenho e destina-se tanto a cstudantes como a profissionais no ambito das Ciencias Farmad'=uticas, com o objetivo de Jhes fornecer fontes de esmdo e pesquisa, Os profissionais envolvidos na elabora\AO da Selic. como coordenadores e colaboradores, tem ampla capacita<;ao nas areas especfficas de atua~ao, estando aptos a competente- mente abordarem os assuntos, dada a sua larga experiencia profissional. Cada um dos assuntos tratados mercce uma reflexao espedfica, ainda que seja notavel a coerencia do conjunto, quanta a pertinencia dos temas, que atingem de forma gradual e progressiva OS distimos ambit OS das Ciencias Far- maceuticas. Oferecemos, assim. iiqueles que as estudam e sabre elas se dcbru(am um rico material educacional, pelo qual seci possfvel aprechr ou rever oricnta1;6es relacionadas a saUJe e areas correlatas. Durante todo o processo, desde o planejamento desta serie .ate a sua condusao, manteve-se const.ante a colabo- ra<;:ao do agente litenirio Rami!son Almeida, cujo empenho nas atividades editoriais e no pleno conhecimento delas foram por n6s arnplamente reconhecidos e valorizados. Deve ainda ser ressaltado o precioso apoio e inccmivo da Editora Guanabara Koogan. A todos os participante' destcs volumes, qucro expressar minha efusiva graridao e congrarula~oes pela iniciativa e pela obra rcallzada. Diretoria da Faculdade de Ciencias Farmaccuticas da Universidade de Sao Paulo (FCF-USP) Conteudo 1 Introdu~ao, 1 2 Aplica~oes de Compostos Heterodclicos, 3 3 Classifica~ao e Nomenclatura, 6 Defini~ao, 6 Classifica<,;ao, 6 Nomenclatura para Sistemas Monoddicos, 6 Nomenclatura de Hantzsch-Widman, 7 Tipo de Heteroatomo, 7 Tamanho do Anel, 8 Exemplos, 9 Outros Exemplos, 9 Am'!is ldenticos Conectados por uma Liga<,;ao Simples, 10 Sistemas Heterociclicos Fundidos, 11 Sistemas Bicidicos com urn Anel Benzenico, 11 Sistemas Bi- e Poliddicos com Dois ou mais Heteroddicos, 12 Dois lsomeros Sao Dados como Exemplo, 12 Indica<,;iio dos Hidrogenios, 12 Sistemas Heterociclicos Espiro, 13 4 Compostos Carbonillcos, 14 Estrutura e Reatividade, 16 Aldeidos e Cetonas a()-insaturados, 16 5 Heterodclos Nitrogenados, 17 6 Oxirana, 20 Sintese, 20 Via Haloidrinas, 21 Mecanismo, 21 Epoxidas;ao lnduzida por Per6xidos, 21 Exemplo, 22 Epoxida<,;ao de Juliii-Colonna, 22 Epoxida<,;iio Assimetrica de Sharpless-Katsuki, 23 Mecanismo, 23 Epoxida<,;ao Assimetrica Catalitica de Jacobsen, 24 Reap)es, 25 Rea<,;ao de Grignard com Ep6xidos, 25 Abertura de Ep6xidos Catalisada por Acidos, 26 Abertura de Ep6xido com (CJI,), PBr2 ou com (C6H5) 3 P/12, 26 Rea<,;ao, 26 Mecanismo, 27 7 Aziridina, 28 Sintese, 28 Via Adi<,;iio de Nitreno, 29 Via Adi<,;iio de Michael, 30 Via I ,2-aminoalcool, 30 · ·Via Ep6xidos, 31 Mecanismo da Rea<,;ao de Staudinger, 31 Prepara<,;ao Via Ep6xidos, 31 Sintese Via Alquenos, 32 Rea<,;iies, 32 Outras Rea~oes, 33 Forma<,;iio de A!deidos, 34 Forma<,;iio de Outros Aneis Heteroddicos, 34 Rea<,;iio com Amina Primaria e Secundaria, 35 Sais de Aziridinio, 35 Rea~iies com Reagentes Acidos e Basicos, 35 8 Oxetana, 36 Sintese, 36 Cicliza<,;iio de Alco6is -y-substituidos, 36 Rea<,;ao de Paterno-Buchi, 36 Rea<,;iio, 37 Mecanismo, 37 Abertura do Diceteno, 38 Rea<,;oes, 38 Abertura do Anel por Nude6filos Catalisada por Acidos, 38 Rea<,;iio, 38 Mecanismo, 38 Ciclooligomeriza~ao e Polimeriza~iw, 38 Rea<,;iio, 38 Mecanisme, 39 9 Tietano, 40 Sintese, 40 Cidiza<,;iio de-y-halo Ti6is ou Seu Derivado Acetila por Bases, 40 Rea<,;iio, 40 Mecanismo, 40 A(:ao de Sulfeto de S6dio ou Potassio sobre 1 ,3-dialoakanos, 40 Rea<,;iies, 41 10 Azetidina, 42 Slntese, 42 Cicliza~ao de Aminas )1-substituidas, 42 A~iio de p-toluenossulfonamida e Bases sabre 1,3-dialoalcanos. 42 Rea~ao, 42 Mecanlsmo, 42 Rea~oes, 43 11 Azetidinona, 44 Sintese, 45 Forma<;ao da Liga<;ao Amida N,-C,, 45 Proviivel Mecanismo, 46 Forma~ao da Liga,ao C,-c,, 46 Forma~ao da Liga\;ao CrC4, 47 Rea<;ao,47 Provavel Mecanismo, 47 Diceteno, 47 Rea,ao,47 Mecanismo, 48 Via Ep6xidos, 48 Rea<;ao,48 Mecanisme, 48 Forma('ao da Lig,1('ao C1-N1, 49 Rea,ao, 49 ~Iecanismo, 49 Rea('ao,49 ~Iecanismo, 'i9 Rea<;ao, 50 Mecanjsn101 SO Outras Rotas de Sintese, !minas + Cetenos, 51 Rea<;ao, 51 Mecanismo da Rea,ao de Staudinger, 51 !minas + Acidos Carboxilicos Ativados, 51 Gera~ao do Ceteno, 51 Ctorossulfonil Isocianato + Alquenos, 51 12 Aneis de Cinco Membros, 54 Ocorrencia, 54 13 Furano, 57 Sintese, 59 Sintese de !minas, 59 Reac;ao.60 Sintese de Paal-Knorr, 60 Rea<;ao,60 Mecanismo, 60 Variame, 61 Sintese de Feist-llenary, 61 Reac;ao, 61 Mecanisrno, 61 Mecanismo de Elimina<;ao de Agua, 62 Transforma~o de Oxaz6is pela Rea~ao de Diels-Alder, 62 Rea~oes, 63 Substitui~o Eletrofilica, 63 Metala~"ilo, 64 Rea,6es de Adi~o, 64 Rea<;6es de Abertura do Anel, 65 14 Tiofeno, 66 Sintese, 68 Simese de Paal, 68 Rea9ao, 68 Mecanisme, 68 Reagente, 69 Mec-anisme, 69 Sintese de Fiesselmann, 69 Forma~o do Reagente de Vilsmeier, 70 Simese de Hinsberg, 70 Sintese de Gewald, 70 Rea~e, 71 Mecanisme, 71 Rea<;6es, 71 Substitui<;oes Eletrofilicas, 71 Metala~ao, 72 Aminometila<;iie (Mannich), 72 Rea<;oes de Adi~ao, 72 Rea96es de Abertura do Anel, 73 Oxida1:ile, 74 15 Pittol, 75 Sintese, 76 Sintese de Paal-Knorr, 76 Rea<;iio, 76 Mecanismo, 76 Sintese de Hantzsch, 77 Rea,ao, 77. Rea,ao, 77 Mecanisme, 77 Simese de Knorr, 78 Forma~o de a-aminocetonas, 78 Rea~CilO, 78 Mecanismo, 79 Forma~o cia Imina, 79 Tautomeriza~ao da Imina pam a Enamina e Cicliz.1~o, 79 Esteres Pirr61icos 2-<:arboxmcos 3-substltuidos, 79 Cidocondensa<;ao de Nitroalquenos com Isodanetos, 80 Rea,ao, 80 Rea<;ao Multicomponente, 80 Rea~ao, 80 Mecanismo, 80 Rea~5es,81 Rea,oes Acido-Base, 81 Rea~iles de Substitui~~o Eletrofilica no Carbnno, 81 Rea,oes de Substitui.,ao Eletrofllica no Nitrogenio, 83 Rea10oes de Adi\aO, 84 Rea.,ao de Abertura de Anel. 85 16 Oxazol, 86 Sintese, 86 Sintese de Robinson-Gabriel, 86 ... Rea.,ao, 86 Mecanismo, 86 S!ntese, 87 Rea,ao, 87 Mecanismo, 87 Sintese de Blumlein-Lewy, 87 Rea.,ao, 87 Mecanismo, 88 Simese de Cornforth, 88 Rea~ciio, 88 Mecanismo, 88 Rea\OeS, 89 Transforma.,6es de Adutos de Diets-Alder, 89 Forma.,ao de Sais, 89 Metala.,ao, 89 Rea\6eS com Reagentes Eletrofflkos, 90 Rea\OeS com Reagentes Nudeofilicos, 90 Rearranjo de Cornforth, 91 Rea.,ao, 91 Mecanismo, 91 17 Imidazol, 92 Sintese, 94 Condensa.,ao de Compostos 1 ,2-dicarbonilicos com Acetato de Amonio e um Alde!do, 94 Rea.,ao, 94 Mecanismo, 94 Rea.,ao uma a-halo ou a-hidr6xi Cetona com uma Amidina, 94 Condensa,ao de Cianamidas e a-amino Cetonas, 94 Rea,ao,95 Mecanismo, 95 Rea\OCS, 95 Rea,oes Acido-base, 95 Tautomerismo Anular. 95 Metala.,ao, 96 Conte:ldo xi Rea,6es com Reagemes Eletrofilicos, 96 Rea.,oes com Reagentes Nucle6tilos, 97 18 Tiazol, 99 Rea.,ao, 99 Mecanismo, I 00 Simese, 100 Sfntese de Hantzsch, 100 Rea.,ao, 100 Mecanismo, 101 Rea.,ao, 101 Mecanismo, 101 Rea.,ao, 101 Mecanismo, 101 Sfntese de Cook-Heibron, 102 Rea~ao, 102 Mecanismo, 102 Sfntese de Gabriel, 102 Rea~6es, 102 Forma~ao de Sal, 102 Metala~ao, 102 Rea,6es com Reagentes EletrofHicos, !03 Rea.,6es com Reagemes Nudeofilkos, 103 Oxida~iio, 104 Rea,oes de 2-alquiltiaz6is, 104 19 Isoxazol, 105 Slntese, 105 Sintese de Claisen, I 05 Rea.,ao, 105 Mecanismo, 106 Slntese de Quilico, 106 Rea.,Oes, 106 Abertura de Anel, 107 Desprotona.,ao do C-3, 107 Rca<;ao de Anela~ao, 107 Isomeriza<;:".:io Termica, 107 Forma~ao de Sal, 108 Rea,6es com Reagentes Eletrofilicos, 108 Rea,ocs com Reagentes Nucleofilicos. 108 Abertura RedutiYa do Anel, 108 20 Isotiazol, 110 Rea,oes, Ill Forma.,ao de Sal, Ill Metala,ao, Ill Rea\6es com Reagentes Eletrofflicos, 111 Rea,oes com Reagemes Nucleofilicos, Ill Oxida~ao, Ill Sfntese, 112 Oxida,ao de ~-iminotionas, 112 Ciclocondensa\ilO de 13-clorovini! Aldeidos com Tiocianato de Am6nio, 112 21 Pirazol, 113 Rea~6es, 113 Acido-base, 113 Tautomerismo Anular, 114 Metala\aO, 114 Rea~oes com Reagentes Eletroffiicos, 114 Rea,oes com Reagentes Nucleofilicos, 115 Sintese, 115 Ciclocondensa\ao de Hidrazina, 115 Rea,ao, 115 Mecanisme, 115 Rea,ao, 116 Mecanisme, 116 Cicloadi\ao 1,3-dipolar de Diazoalcanos com Alquinos, 116 Rea\aO de Nef, 116 Rea~o, 116 Mecanismo, 117 22 Aneis Pentagonais de 3 e 4 Heteroatomos, 118 Simese, 118 Sintese de 1,2,4-oxadiazo!, 118 Exemplo, 119 Sintese de 1,2,3-triazois, 119 Sintese de 1,2,4-triaz6is, 120 Rea,ao de Einhorn-Bnmner, 120 Rea~o, 120 Mecanisme, 120 Sintese de Pellizari, 120 Rea1=iio, 120 Mecanisme, 121 Rea\iio, 121 Mecanismo, 121 Sintese de Tetmz6is, 121 Reac;:;1o, 122 Mecanismo, 122 Exemplo, 122 23 Indol, 123 Processo Industrial de Obten,ao do fndigo, 124 Sintese, 124 Sintese de Fischer, 125 Rea,ao, 125 Mecanismo, 125 Sintese de Madelung, 125 Rea\iio, 126 Mecanisme, 126 Sintese de Bischler, 126 Rea1=ao, 126 Mecanismo, 126 Sintese de Reissert, 127 Rea~o, 127 Mecanismo, 127 Sintese de Bartoli, 127 Rea~ao, 127 Mecanismo, 128 Sintese de Gassman, 128 Rea,ao, 128 Mecanismo, 129 Sintese de Nenitzescu, 129 Rea\aO, 129 Mecanismo, 129 Rea~6es, 129 Reagentes Eletrofi!icos, 129 Protona~o, 129 Rea\Oes de lnd6is 13-protonados, 130 Nitra~ao, 130 Sulfona~ao, 131 Acila~o, 131 Rea\ao de Vilsmeier, 131 Gera\iio de fon lmfnio, 132 Rea,ao como Indo!, 132 Rea~ao de Vilsmeier Intmmolecular, 133 24 Pirrolidina, 134 Sintese, 134 Cidiza~o de Aminas Bis-homoalilicas, 134 Cicliza~ao Eletrofnica (Cidiza1=ao Intramolecular), 135 lodocicliza~:io, 135 Cidiza~il.o de Amidetos de Litio, 135 Sintese de Overman, 135 Rea~ao, 136 Mecanismo, 136 25 Piridina, 137 Farmacos com Aneis Piridinicos, 137 Sintese da (.5)-nornicotina, 138 Nomenclatura, 140 Grupos Piridil, 140 fon Piridinio, 140 Diidropiridinas, 140 Tetmidropiridinas, 141 Nomes Triviais de Derivados da Piridina, 141 Reao;oes, 141 Estnnums de Ressonancia, 141 Rea~oes de Substituic;ao Eletroffiicas, 142 Sulfona,ao, 142 Ha!ogena\ao, 142 Rea~iles de Substitui~ao l'udeofilica, 143 Adi96es de Nucle6filos a !on Piridlnio, 145 Reatividade de Cadeias Laterais da Piridina, 146 Sintese, 148 Via Ciclocondensa,ao, 148 Compostos 1,5-dicarbonflicos, 148 Dialdeidos Glutac6nicos, 149 Condensa,ao de Knoevenagel, 149 Mecanisme da Condensa~iio de Knoevenagel, 149 Rea9ao, 150 Rea9iio, 150 Mecanisme~ 150 Rea9ao, 150 Mecanismo, 150 Sintese de Hantzsch, 151 Forma,ao da Enamina, 151 Mecanismo, 151 Rearranjo de Ciamician-Dennsted, 152 Rea9iio, 152 Geral'1io do Dialocarbeno, 152 Mecanismo de Rea01o, 152 Sintese Via Cicloadil'iio, 153 Sintese Via Transforma,ao de Aneis, 153 26 Piperidina, 155 Sintese, 155 Substitui9ao Nucleofilica, 155 Cicliza~;ao de 1-amino-5-haloalcanos, 155 Rea~;ao de Aminas com Acetatos e Mesilatos. 156 Rea010 de Aminas com Alco6is, 156 Reas:ao, !56 Forma9iio do Reagente de Mitsunobu. !56 Mecanismo, 157 Rea,ao de Aminas com Aneis de Tres Membros, 157 Hidrogena9ao C.1talitica, 157 Redu9iio par:~ Piperidina, 158 Expansao de Aneis e Rearranjos, 159 Pirrolidinas, 159 Rearranjo Radicular Intramolecular, 159 Cidoadi~oes, 159 Rea96es de Imino Diels-Alder, 159 Rea.,oes de Diels-Alder de Aza-dieno, 160 27 Pirim.idinas, 161 Sintese, !64 Metodo de Pinner, 165 Rea~ao, 166 Mecanismo, 166 Real'1io, 166 Mecanismo, 166 Sintese de Remfry"Hull, 167 Rea,ao, 167 Mecanismo, 167 Simese de Shaw, 167 Real'1io, 168 Mecanismo, 168 Rea~oes, 168 Reagentes Eletrofflicos, !68 Adi,ao no Nitrogenio- Protona9ilo, 168 Alquilal'ao, 168 Oxida1'1io, 168 Halogenas:ao, 169 Alquilal'1io e Arila1'1io, 169 Rea.,oes de Deslocamemo, 169 Rea<;6es com Bases, 170 Desprotona<;ao do C-hidrogenio, 170 Reas:ao de Diazinas C-metalado, 170 Deriva1'1io de Litio, 170 Reas:iles Catalisadas por Paladio, 171 Rea9ao de Acoplamento de Sonogashira, 171 Rea,ao de Acoplamento Tipo-Stille, 171 Rea-;iles com Agentes Redutores, 171 N-6xido-diazinas, 171 Oxidiazinas, 172 Rea~;oes, 172 Rea,oes com Reagentes Eletrofilicos, 172 Rea,oes com Reagemes Nucleofilicos, 172 Rea~;oes com Bases, 173 NDesprotona,ao, 173 C-Metala,ao, 173 Deslocamento do Oxigenio, 173 Rea96es Catalisadas por Metais de Transi<;ao, 174 Rea.,ao de Acoplamento de Suzuki-Miyaura, 174 Aminodiazinas, 174 Rea<;ao, 174 Mecanismo do Rearranjo de Din1roth, 174 Alquiidiazinas, 174 28 Purina, 175 Rea<;oes, 176 Mecanismo da Rea<;ao de Antina<;ao de Chichibabin, 176 Sintese, 177 Sfntese de Traube, 178 Rea~o, 178 Mecanismo, 178 Real'1io, 178 Mecanisme, 178 29 Diidropirimidin-2(1H)-onas, 180 Rea,iles, 180 Oxida1'1io, 180 Redu;;ao, 181 Rea;;oes de Alquila-;ao e Acilas;ao, 181 N-alquilas:ao, 181 N-acila<;iio, 182 Reas;oes no Substiruinte do C-5, 182 Reas;oes no Substiruinre do C-6, 183 Compostos Bromometila, 183 Rea,ao de Transformaqiio do Anel, 184 Rearranjos no Anel, 184 Expansao e Contra<;ao do Anel, 184 Rea<;:11o de Condensa;;ao do Anel, 185 Ciclizas:6es nos C-5/C-6, 185 Cicliza;;oes no C-2/ N-3, 185 Sintese, 185 Reas:ao de Biginelli, 185 Rea<;ao de Atwal, 186 Rea<;:ao com cx-azido ou cx-tosil Tiourc!ia, ·186 Rea<;:iio de Sidler e Hu, 187 30 ion Pirilio, 188 Rea<;oes, 188 Nitrometano e Fosforana, 188 Reas:ao com Anion Ciclopenradienila, 189 Rea<;:iio com Amonia, 190 Rea<;:ao com Sulfito de S6dio e Fosfana, 190 Rea<;:ao com Hidrazina, 190 Reaqao com Azida, 191 Rea<;6es, 191 Rea(:iiO com Nucle6filos, 191 Rea.;oes com Reagenres Organometalicos, 192 Sintese, 194 Compostos 1,3-dicarbonilicos, 194 Sintese de Balaban, 194 Sintese de Dilthey, 195 31 Cunaarina,196 Rea<;6es, 197 Rea-;oes de Adi<;ao, 197 Rea<;iio de Carbonila, 197 Rea<;iio de Rearranjo, 198 Sintese, 198 Rea<;iio de Pechmann, 198 Sintese de Knoevenagel, 199 Condensaqao de Perkin, 199 Rea<;'JO, 199 Provavel Mecanismo, 199 Sintese Via Acidos Propargilicos, 200 Reaqao de Pormdorf, 200 Rea<;iio de Houben-Hoesch, 200 Mecanismo, 201 Rea;;ao, 201 Rea<;:11o de Wittig, 201 Rea<;:11o, 201 Mecanismo, 201 32 2H-Piranona, 202 Sinrese, 203 Ciclocondensaqao, 203 Esteres Crotonicos, 204 Ester Acetoacetico, 204 En6is de Piridinio, 204 Reas:ao, 204 Mecanismo, 205 33 3,4-Diid.ro-2H-Pirano, 206 Rea,oes, 207 Sintese, 208 Compostos Carbonilicos cx,l:l-insaturados, 208 Sais de 4-aciloxibutilfosfonio, 208 Rea<;J.o, 208 Mecanismo, 208 Hetero Diels-Alder, 208 34 Cromona, 209 Reaq6es, 209 Sfnrese, 210 Acido de o-hidroxiaril1,3-dicetonas, 210 Rea(:iio, 210 Mecanismo, 211 Rearranjo de Baker-Venkataraman, 211 Reaqiio, 211 Mecanismo, 211 Sintese de Kosmnecki-Robinson, 211 Ciclizaqao Oxidativa de Chalconas, 212 35 Quinolina, 213 Rea<;6es, 215 Substitui<;ao Eletrofilica, 215 Nitra<;:1io, 215 Halogena;;ao, 215 Sulfona<;ao, 216 Substiruis:ao Nucleofnica, 216 Reatividade das Cadeias Laterals, 217 Oxida<;'JO, 219 Redu<;:11o, 219 Sintese, 220 Compostos o-aminocinamoil, 220 Rea<;ao, 220 Mecanismo, 221 Sintese de Skraup, 221 Mecanismo de Formaqao cia Acroleina, 221 Limira<;:11o da Reas:ao, 221 Rea<;:11o, 221 Mecanismo, 222 Orienta~iio de Fechamento do Anel, 222 Sintese de Dobner von Miller, 223 Rea<;iio, 223 Mecanisme, 223 Sintese de Conrad·Limpach, 223 Sintese de Friedlander, 223 Rea<;iio, 224 Mecanismo. 224 Mecanismos, 224 Simese de Pftizinger, 225 Rea<;ao, 225 Mecanisme, 225 Sintese de Combes, 225 Rea<;iio, 226 Mecanisme, 226 Sintese da Cloroquina - Antimal<\rico Sintetico, 226 Sintese de Camps, 226 Rea<;ao, 227 Mecanisme. 227 Simese de Baba, 227 Rea~ao, 227 Mecanismo, 228 Sintese Via Acido Cinamico, 228 Sintese Via Acetanilidas, 228 Rea<;oes de Cicloadic;:io 4+ 2, 229 Sintese a partir de Aneis Hererocfclicos, 229 36 Isoquinolina, 231 Rea,oes, 232 Substitui~ilo Eletrofilica, 232 Substitui<;ao Nucleofilica, 232 Reatividade das Cadeias Laterais, 234 Oxida~ao, 234 Redu<;ao, 235 Sintese, 235 Homoftalaldeido e Compostos Dicarbonilicos, 236 Rea,ao, 236 Mecanisme, 236 Rea,ao, 236 Mecanismo, 237 Sfntese de Bischler-Napieralski, 237 Rea~ao, 237 Mecanismo, 238 Sintese de Pomeranz-Fritsch, 239 !'orma<;iio de Cetais, 239 Rea,-ao, 239 Mecanismo, 239 Rea,ao, 239 Mecanisrno, 240 Sintese de Pictet -Spengler, 240 R<:'A<;ao, 240 Contm1do XV Mecanisme, 240 Rea-;ao Intramolecular a7.a·Wittig, 241 Rea<;ilo, 241 Mecanismo, 241 Transfonna-;ao do Anel de Outro Heterociclo, 241 Sintese de Schlittler·Miiller, 242 Rea<;ilo, 242 Mecanismo, 242 37 Benzodiazepinos, 243 Rea,6es, 244 1,4-Benzodiazepinos, 244 Caralise Acida, 244 Rearranjo, 244 Contra<;ilo do Anel, 244 Alquila<;iio dos Atomos de Nitrogenio, 245 Sintese, 245 1,3-Benzodiazepino, 245 Rea~ao, 245 Mecanisme, 246 1,4-Benzodiazepino, 246 Rea;;:ao, 246 Mecanismo, 246 Rea<;iio, 247 Mecanismo, 247 Rea,ao, 247 Mecanismo, 247 Rea<;ilo, 248 Mecanisme, 248 Rea<;iio, 248 Mecanismo, 248 Rearranjo de Beckmann, 249 Mecanismo, 249 1,5-Benzodiazepino, 250 Compestos I ,3·dicarbonflicos, 250 Compostos a,fl-insaturados e fl-halogeno Carbonilicos, 250 Sfnteses a partir de Outros Sistemas Heterociclicos, 251 Quinazolinas, 251 Rea<;iio, 251 Mecanismo, 251 Rea<;ao, 252 Mecanismo, 252 Sfntese a partir de Ind6is, 252 Sintese Via Rearr•njos: Beckmann e Schmidt, 252 Rearranjo de Beckmann, 253 Rea~ilo, 253 Slntese Via Anidridos lsat6icos, 253 Rea\JO, 253 Mecanisme, 253 :xvi Contefido 1,4-Diazepinicos com Aneis Heterociclicos Fundidos, 254 Rea\iio, 254 Mecanismo, 254 Rea<;ao, 254 Rea<;ao, 255 Rea<;oes, 255 38 Hetero Diels-Alder, 256 Rea<;ao, 256 Mecanismo, 256 Estereoquimica, 256 Mecanismo Geral, 257 Possiveis Mecanismos, 257 Heterodienos e Heterodien6filos, 257 Heterodienos, 258 Heterodien6filos, 258 C-H Dien6filos, 258 !minas, 258 Rea<;ao, 258 N itrilas, 258 Rea<;ao, 259 C-0 Dien6filos, 259 Rea<;oes, 259 C-S Dien6filos, 259 Rea<;oes, 259 N-0 Dien6filos, 260 Rea<;oes, 260 N-S Dien6filos, 260 Forma<;iio da Aril Sulfonamida, 260 Rea<;6es, 26o N-N Dien6filos, 260 Rea\iio, 261 Referencias Gerais, 262 fndice Alfabetico, 263 CAPITULO 1 Introdu\=ao A Quimica Organica e a qulmica dos compostos de carbono e hidrogenio. Do vasto grupo de estruturas que as compostos organicos adotam, muitos contem aneis como urn de seus componentes; assim, esses composros podem ser classificados como "heterocidicos" quando o anel contem pelo menos um heteroatomo (N, S, P, Se, 0 etc.). Aproximadamente, metade dos compostos organicos conhecidos contem ao menos um sistema heterociclico. 'v!uitos compostos heterocldicos ocorrem na natureza e suas fun~iles freqUentemente sao de fundamental impor- tiincia para os organismos vivos, pois atuam como componentes-ch;JVe em processos biol6gicos. Podemos identifi- car os derivados da pirimidina e purina como as bases dos acidos nlicleicos; a clorofila eo heme, ambos derivados do anel da porfirina, sfto fundamentais para a fotosslntese e para o transporte do oxigenio nas plantas enos anima is; ingredientes essenciais da dieta, tais como a vitamina B6 (piridoxol) e a vitamina C (acido asc6rbico), sflo hererodclicos: dois dos aminoacidos essenciais, triptofano e histidina. 0 papel deste ramo da Quimica Organica pode ser ilustrado atraves das propriedades de dais compostos de ocorren- cia natural: seratonina e histamina. NH2 HO seratonina hislidina Estes produtos nnturais ocorrem em quantldades muito pequenas e sao, portanto. dificeis de isolar de fontes naturals. Dessa forma, os quimicos orgimicos podem fornecer uma solu~fto para o problema atraves da sintcse em laborat6rio; afinal, embora a seratonina seja largamente distribuida na natureza, ocorre em baixa conccmra,iio. Ela e derivada do triptofano atraves da hidroxila,ao enzimatica no sistema nervoso central, seguida pela descar- boxila\:ao. Foi isolada pela primeira vez na forma pur• de uma fonte natural em 1948, sendo mais tarde sintetizada em laborat6rio, possibilitando a investiga,ao do seu modo de a<;ao. A seraronina rem l;uga variedade de fun.;:oes farmacol6gicas. incluindo a contra,ao de vasos sangulneos e estimu- la<;ilo de mtlsculos imestinais, mas foi sua ao;:ao no cerebra que instigou maior interesse. A libem<;iio de scratonina pelos neuronios pode causar mudan<;as no humor e no a petite. Alem disso, e conhecido que os nivcis de seratonina podem determinar a preferencia por alimentos ricos em carboidratos au em prote!nas. Os compostos hetcrociclicos estilo envolvidos em um numero extraordimirio de tipos de rea<;oes; afinal, todos os processos biol6gicos siio processos quimicos em ultima instancia: manifesta~oes de vida como fornecimento de energia, transmissao de impulsos nervosos, visfi.o! metabolismo c t:ransferCncla de informa\6es heredittirias sao todas basea- clas em rea~oes qulmicas envolvendo a participa,ao de compostos hctcrodclicos. Os compostos heterociclicos tem aplica,oes em praticamente todos os campos da ciencia e natureza, como: fo- tosslntese. biosslntese de moleculas complexas como os amino:'icidos, protelnas, polissacarideos, fosfolipfdcos, es- ter6ides, pesticidas, drogas veterin;irias, cornntes, agentes fluoresccntes, rctardadores de chamas, materials fotogra- ficos, flavorizantes, aromatizames. cosmeticos. condutores orgiinicos e. principalmcnte. as f{!rmacos. Por centenas de anos, as doen<;as foram tmtadas e curadas com rcmeclios obtidos cia natureza, provenkntes das plantas (folhas. frutos, cascas), dos anim:tis e dos insetos, e neles a presen<;:a de aneis hetcrociclicos na estrutura de moleculas e maci;;a. Das plantas uma das principais fontes de compostos heteroddicos sao cxtr:•klas, desde milhares de :mos. uma serie muito extensa de substancbs com propriedades tempeuticas usadas na medicina popular. Uma clel:ts, citada pelo impemdor chines Shen Nung em seu livro Pe.11sao, escrito ha 5.100 a nos, G1> 'a"g Sbfm, prescrita para fcbres, era extra ida cia raiz Dicbroafebrifilga e hoje e empregada no tratamento de mabria. 2 lr:trodu~ifv 0 6pio exrraido da semente da flor cia papoula, Papaver sonmifemm, contem morfma, urn poteme analgesico, e code ina, usado como antitussigeno. RO / morfina (R =H) N code!na (R CH,) Os anrigos grcgos e orienta is usavam urn narc6rico obticlo de plantas, a escopolamina (soro da verdade), como sonifero; as folhas da coca, fonte da cocaina, cram empregadas pelos correios incase mineiros (e ainda o e nos tempos atuais) nas minas de prata das momanhas andinas, como estimulante e eufOrico. cocaina A droga reserpina, extraida das r:aizes da planta Rauwolfia serpentina pelos amigos hindus, foi empregada no rrara- mento da hipertensfto, ins6nia c insanidade. w ' MeO N ' H H N 0 1 0~: OMe OMe ' "'- OMe OMe reserpina Em 1820, foi isolada a quinina, usacb como antimaliirico, extmida da casca da arvore Cinchona, conhecida pelos in- dios sui-america nos, que a empregavam no combate a febres. II t-O~,, (],' N "' N quinina CAPITULO 2 Aplicas;oes de Compostos Heterocfclicos Os compostos bcterociclicos dominam a Quimica Orgflnica modema com pelo menos 55% das publica~oes clcdicad1s a esta :!rea. F..sta coloca0lo encontra respaldo quando se verifica que :t maioria clas prepara~oes de f<innacos conhecidas (antibi- 6ticos, neurotr6picos, cardiovasculares, antic:~rdnogenicos etc) incluem beterocidos. A agricultura cada dia usa mais regubdo- res de crescimento .de plantas e pesticiclas estruturalmente baseados em compostos hetcrocidicos. sem nos esquecemJos da produ0lo de poliri1eros rennoestavei.s, fibras de alta rcsistencia e durabilidade, pigmentos, corantes e supercondurores. Em cada celu!a viva contendo iiddo desoxirribonucleico (DNA), ou seja, nosso c6digo genctico, encontramos heterocidos clerivados de pirimidina e purina (dtosina, timina, uracHal adenina e guanina)1 que participam diretamente na tmnsmis- sao da her~n~ genctica de uma gera~ao a outra. J) I H citosina 0 H,N'JM• OAN I H !imina 0 H, J 01N I H uracila N~N ~NJlNJ 1 H aden ina As vitaminas essenciais a manuten<;ao da vida hunmna (tambem conhecidas como molc<"ui:Js da vida) silO compos- tos heteroddicos. Por exemp!o, o acido nicotfnico e sua amida (vitamina B) sao precursores das desidrogenases de- pendentes da piridina NAD' e NADP'. De forma similar, o fosfato de piridoxal c biossinterizado de fontes nutricionais eontendo piridoxina, piridoxal e piridoxamina (vitamina 1\)· As coenzimas tiamina, ribofbvina, biotina e :lcido f6lico sao~ respectivamcnre, as vitaminas B1, B2 e Bi. 0 " Vc'R vitamina 8:! acido nicotinico (R = OH) nicolinamida (R = NH,) HO OH HO JJltl-CHzOH 0 0 HOH Me vltaminaC (acido asc6rbico) Me Me 0 vitaminaBs piridoxina (R = CHoOH) piridoxal (R = CHO) piridoxamina (R = CHoNH,) , ..• ~· vitamina E (a·tOColeroiJ 4 AplicacOes de Compos/as HeJerudclicos A atividade das vitaminas e muito poteme e apenas alguns poucos miligrnmas sao necessarios diariamente. As necessi- dades cliarias de ingestao, por exemplo, de acido nicotlnico, riboflavina e piridoxina sao, respectivamente, de 15-20, 1-3 e 1-2 mgldia. A vitamina B, apresenta atividade biol6gica ainda mais elevada, e a dose diaria para um aclulto e de somente 0,2 mg, merecendo especial aten\1io nao somente devido a este fato, mas rambem com rela,ao a extraordinaria complexiclade de sua estrutura, composta de varios aneis heterociclieos nitrogenados e oxigenados e varios centros estereog€:nicos. R = 5'-deoxiadenosil Vitamin a B,, (cobalamina) e suas modifica~oes: cianocobalamina (R = CN), hidroxicobalamina (R = OH), metilcobalamina (R =Me) e adenosilcobalamina Muitos compostos heteroddicos sao biossintetizados por plantas e animais e sao biologicamente ativos. Atraves de milhaes de anos, estes organismos tem estado sob intensa pressao evolucioniiria e seus mctab6Htos podem ser vantajo- samente usados, por cxempto, como roxinas para manter afa.scados os predadores1 matfi-los, ou como corames para atrair parceiros ou inseros polinizadores. Alguns heterociclos sfio fundamenrais paw a vida: tais como os derivados heme do sanguc e a clorofila, essencial para a fotossintese. ROC 0 CO;>H heme clorotila "A" R= A 0 De forma similar, as bases encontradas no RNA e no DNA sito heterociclos. assim como sao os a~(lcares que, em combina,ao com fosfatos, fornecem a estrutura e determinam a topologia destes acidos nucleicos. Corantes de origem vegetal induem os indigos azuis, usados pam tingir jeans. Ap!ica£fieS de <.Omposros J/ctt?rociclfcos 5 0 0 fndigo Um veneno de novela de detetives, estricnina, e obtido da resina da planta curare. 0 es!ricnina As propriedades dos compostos hcterocicliws em geral fazem deles objetos de grande interesse das ind(Jstrias farmaceuticas e de biotecnologia. Alguns compostos biologicamente ativos siio mostrados adiante. Jncluem quatro produtos naturais (nicotina, piridoxina, cocafna e morfin:J), e dois compostos sinteticos (nifedipino e paraquat). nicotina (droga viciante e inseticida) Me, N OCOPh coca ina (anestesico local e droga de abuso) HO HO piridoxina (vitamina 8,;) morfina OH NMe (heroina eo 0, O·diacetato de mortina) N I H niledipino (droga cardiovascular) Me~J-C~Me 2CI~ paraquat (herbicida, intelere na lotossintese) Existem mil hares de outro.s compostos heterocidicos. naturals e sintCricos, de malar importfinda nao somente na me- didna, mas tambE:m na maioria das atividades comuns para o homem, CAPITIJLO 3 Classificas;ao e Nomenclatura DEFINI<;:AO Composto heterociclico e aquele no qual o ciclo possui pelo menos urn atomo diferente do carbona (N, S, 0, P, Se, Te etc). Os hetermltomos mais comuns sao oxigenio (0), em:ofre (S) e nitrogenio (N), mas muitos outros elementos podem estar pre- sentes no anel, incluindo boro, silicio, f6sforo etc. CLASSIFICA<;:AO Um grande numero de compostos heterociclicos e conhecido, diferindo entre si em tamanho e niimero de seus aneis, no tipo e posi~f•o dos heteroatomos no aneL Os hidrocarbonetos ddicos sao divididos em cidoalcanos (ex.: ciclopentano, cicloexano), cicloalquenos (ex.: ciclopenteno, cicloexeno) e aromaticos (ex.: benzeno). Analogamente, podemos classificar de forma similar os com- pastas heterociclicos e terernos: heterocicloalcanos (ex.: pipericlina), heterocicloalquenos (ex.: 1,2,3,4-tetraidropiri- dina) e sistemas heteroaromaticos (ex.: pi riel ina). Outro criterio de classifiCl~Ciio emprega como referencia o tipo de heterm\tomo. 0 no en 0 no n ca ~u e .co a u 0 al 0 f al 0 lq -t' 0 .c ,o 6 r a ,o er a a r -11 m tema .c t ,o .c t f 0 c' he .c c' he .c ar he o c' c' i 0 0 0 0 0 0 N cicloexano I H cicloexeno I H benzeno piridina piperidina 1,2,3, 4-tetraidropiridina Em principia, os hererocicloalcanos e os heterocicloalquenos mostram pequenas diferen,as quando comparados com seus aniilogos adclicos. Por exemplo, a piperidina possui propriedades qu!micas mui!O similares i1s das aminas secundri.rias1 tai como a dietilamina, e as da 1 ,2J,6-tetraidropiridina assemelham-se tanto as de uma am ina secundt'iria como 1•s de um alqueno. NOMENCLATURA PARA SISTEMAS MONOciCUCOS :Vluitos compostos organicos, induindo os composros heterocidicos, rem um nome trivial (apelido). Usualmente, os names triviais sao originados cia ocorrencia dos compostos, cia sua primeira prepara~ao ou devido a alguma proprie- dade especiaL Classifica~iio e Nomencfawra 7 As regras da IUPAC perm item duas nomenclaturas. A nomenclatura de Hantzsch-Widman e recomendada para heterodclicos de tres a clez membros. Para aneis heterociclicos maio res, deve ser usada a nomenclatura de deslo- camento. Estrutura Nome trivial Nome sistematico 0 u 6xido de etileno oxirnna ~C02H addo piromiicico acido furano-2-<:arboxllico aC02H acido nicotinico acido piridino-3-<:arboxHico "" N COo cumarina 2H -cromen-2-ona NOMENCL\TIJRA DE HANTZSCH-WIDMAN Tipo de heteroatomo Os compostos monociclkos con!endo um ou mais heteroiitomos no anel sao denominados combinando-se um prefi- xo apropriado da T:tbela 3.1 (fazendo a elisiio do "a" quando necess:irio) com o sufixo da Tabela 3.2. A sequencia na Tabcb 3.1 tambem indica a ordem de precedencia dos prefL'tos. Tabcla 3.1 Prcfixos no Sistema de Han12Seh-Widman Elc:mento l'rellx<> Elcmento Prellxo 0 Ox a Sb Estiba s Tia Bi msma Se Selena Si SiJa Tc Tc!Ur:l c.c Genna N Am Sn Esuna p Fosfa B !lora As ArSQ Hg Mercum Tabcla 3.2 Sufixos no Sistema de Hantzs<:h-Wldman -ir 3itomos -<:1 4" -ol 5" ·ol 6" -ep 7" -oc 8" -<>11 9" -<:<: 10" A ordem de prececlcncia dos trcs heteroatomos mais comuns e oxlgeruo, enxofre e nitrogenio (OSN). 8 Cla.s.siflcapio e Nomenclatura Tamanho do anel 0 tamanho do anel e indicado por um sufLxo, de acordo com a Tabela 3.3. Algumas das sflabas sfto derivadas de lnumerais Iatinos: ir de trl, et de tetra, ep de hepta, oc de octa, on de nona, ec de deca (uma sflaba caracteristica). Tabela 3.3 Sufixos para Indicar o Tamanho do Anel Heterociclico !IJ ... de ;itomos do ancl 3 4 5 G 7 8 9 10 AnCis: contendo nitrogCnJo lnsaturn'\ao ·I rim< ·CtO -ol -inc -eplno .-ocino -onino -edno Saturn~ao -iridino .-etidino ·{)lidtno lnsatt1ray.1o ·irene <tC .-ole -in -epino -ocino .-onino -edno AnCis sem nitrogCnio Saturm;ao -imno -eta no -ol:\no -a no -cpano -oamo -on~no -ecano No caso de anCis de quatro e cinco membros, uma terminar;?to especial C usada pam as estruturas contenclo uma liga- <;1io dupla, quando pode existir mais que uma Uga<;ao dupla nao cumulativa. N."' de iitomos dos anCis parcialmcntc saturodos 4 5 1 4 HN-CH2 I I HAs-CH2 2 3 3!\.-1 ,2-azarsetina AnCis contendo nitrogCnio .etino -Qllno 3-siloleno AnCisscm nitrogCnio ·<.:t<:no -olcno • A multiplicidade de um mesmo heterootomo e indicada porum prefi:m "di-", "tri-'' etc., colocado antes do prefixo aproprhtdo "a", 1 ,2,5-lriazina • Se duas ou mais espCcies de heteroatomos aparecem em um anel hererociclico, sua prcva!Cncia de citar;3o no nome segue a seguintc orclem decrescente de prioridacle (T<tbela 3.4). Tabela 3.4 Ordem Decrcscente de Prioridade Elemcnto Oxigi:nio Enxofrc Sc1Cnio Tcllliio NitrogCnio FOsforo Antim6nio flismuto Silicio Genn1lnlo Est:.tnho MercUrio ValCncia II II li II lil lil lll Ill IV IV IV II Preft..'Xo Ox;~ Tia Selena Tdur.t :\1..1 FosE1 Estitxl Bisma Sil;t Genna Est ana :\icrcura Exemplos Classificaf.fiO e Nomenclattlra 9 1 00,2 5 5 4 3 1 ,2-oxatiolano 1,3-tiazol 4 3 slo/J2 1 1 ,2-oxa li ol ano • . d. ..------;geni{ I "-. ~ indica anel saturado numeros que 1n 1cam a "-' posi9iio dos heteroatomos tamanho do anel enxofre · · · · 4 N 5( 'n3 6 ~ _..N 2 indica anel insaturado 1 / 1 ,2,4-tri az ina /\ tres heteroatomos (atomos de nitrogenio) nitrogenio • A posit;ao de urn Unico heteroatomo determina a numerat;ao em um composto heterodclico. "(:)' 7 4 6 5 azocino Outros exemplos H 1 H 1 H 562 ' . 01 11 1N 2 Si N 403 502 3u2 3g2 4 3 4 3 oxirana 1 H-azirina azeto 2H-fosfolo silolana 1 1 1 2 6op 2 5 ~ 1 3 4 BH 2 :u3 70s1 2 6 3 5 4 SCHN 3 7 4 4 6 5 fosfinina borinana tiepino azocano • Quando o mesmo hereroatomo ocorre mais de uma vez no anel, a numera.;ao e atribuida de forma a dar a menor localiza.;ao possivel aos heteroatomos. 1 ,2,4-triazina • Quando heteroaromos diferentes esrao presentes no anel, a posi<;ao dos hereroaromos e indicada pelos respecti- vos numeros. colocados antes do prefixo do primeiro heteroatomo e na mesma ordem de prioridade anterior- mente citada. 1 ,3-oxatiolana I a numera9ao 1 ,3 e) \ menor que a 1 ,4 (s'tf\ ~1,2,5 6H-1 ,2,5-tiadiazina ( a numera9ao come9a no enxofre, a sequencia 1 ,2,5 e me nor que 1,3,6 H t N ( '~H H-N-Si-H ' 1,2,4,3 H 1 ,2,4,3-triazasilolidine No exemplo seguinte, a numera<;ao deve comepr com o atomo de enxofre. Esta condi<;iio elirnina 2,1 ,4-tiadiazina. Entao os atornos de nitrogenio recebem a menor numera,ao possivel, o que elimina a 1 ,3,6-tiadiazina. 2H, 6H-1 ,5,2-ditiazina (niio: 1 ,3,4-ditiazina) (nao: 1 ,3,6-ditiazina) (nao: 1 ,5,4-diliazina) A numer'J\ilO tem inkio como {ltomo de enxofre. A escolha deste atomo c deterrninada pela serie de !ocalizadores que podem ser atribuidos para o restante dos heteroatomos de qualquer especie. Como a serie 1,2,5· e menor que a 1,3,4- m1 a 1,5,4- no sentido horario, o nome correto e 1,5,2-ditiazina. ANEIS IDENTICOS CONECfADOS POR UMA LIGA<;:AO SIMPLES Tais compostos sao definidos pelos prefLxos bi-, terc-, q11arter- etc. de acordo como n(rmero de aneis, e as liga~Ciies sao indicadas como segue: OD 1 1' 1 2,2' -bipiridina 2,2':4' ,3"-tertiofeno SISTEMAS HETEROciCilCOS FUNDIDOS Sistemas bicfdicos com urn anel benzenico Classf{icn(:iio a NomcncffJWm 11 Sistemas em que ao menos dois :homos vizinhos silo comuns a dois ou mais anCis; sao conhecidos como sistemas fundidos. Para varios compostos heterocfclicos biciclicos, benzofundidos, sao pem1itidos nomes triviais. co 0 ~0:5 a 1 indo! quinolina isoquinolina Se esse nao for o eJso, e somente o heterociclo tem urn nome trivial, entao o nome sistematico c formulado do prefixo benzo- e o nof9e. trivial do heterocfclico e dado como segue. 0 ~Q:5 benzo[b]lurano benzo Tabela 3.5 Prefixos para Anels Fundidos Furano Imidazol IsoquinoHna Piridina Quinolina Tiofcno furano Furo lmidazo lsoquino Pirido Quino l'lcno 0 sistema i' dividido em seus componentes. 0 componeme heterodclico e tido como o componente base. A Jiga~ao entre OS atom OS do aneJ e assinaJada de acordo com 0 numero SUCessivo de atomos peJas Jetras a, b. C etc. A letra be colocada entre ! ], entre o prefixo benzo- e o nome do componentc base, ldemificando os aneis. A letra deve ser a de menor sequencia alfabetica possivel e desta forma: benzo[d)furano e incorreto. E geralmeme aceito que a numera~ao do sistema inteiro, no caso de sistemas hi- e tambem de sistemas polidclicos. seja feita independemememe da numera~ao dos componentes. 0 sistema de aneis e projetado sobre coordenadas retangulares de tal forma que: • 0 maior m1mero possivel de aneis fique na linha horizontal; • 0 numero maximo de aneis esteja no quadrante superior direito. 0 sistema assim orientado e entao numerado no semido hocirio, come~ando como atomo que nao faz parte da fusiio dos aneis. Atomos de carbono que pertenpm a mais de um anel (cabe<;a de ponte) sao omltidos, e hetero<\tomos em tais posi- <;i)es sao incluidos. 6 2 4 5 4 Se o componente base niio tern urn nome trivial, o sistema inteiro e numerado como explicado anteriormente e as posi,oes resultames dos lleteroatomos sao colocadas antes do prefixo benzo-. 6 1,2,4-benzoditiazina 3,1-benzoxazepino Sistemas bi- e policfclicos com dois ou mais heterocfclicos Primeiro, o componente base e esrabelecido. Para isso, os crirerios, colocados na ordem a baixo, sao aplicaclos urn por urn para se chegar a uma decisao. Por exemplo, o componente base e: 1 urn cornponenre contendo N; 2 urn componente com urn heteroatomo diferente deN, que seja superior na Tabela 3.1; 3 urn componente com 0 maior numero possivel de aneis (ex.: sistemas biciclicos condensados ou sistemas po!idclicos que tenham nomes triviais); 4 o componente com o maior anel; 5 - o componente com mais hereroatomos; 6 o anel com o maior numero de heteroatomos diferentes; 7 o componenre com o maior numero de heteroatomos que sejam superiores na Tabela 3.1; 8 o componente com heteroatomos que tenham os menores m:imeros de locali:w~ao. Dois isomeros sao dados como exemplo ~N ~A_) N N 7 6 pirido[2,3-d]pirimidina (CN ) N 7 5 4 3 pirido[3,2-d]pirimidina 0 sistema e separaclo em seus componentes, porem o componente base nao pode ser esrabelecido are que o quinto criteria tenha sido eswbe!ecido: pirimidinas. As liga~oes entre os atomos do anel sao marcadas por letras consecurivas de acordo com uma nurnera,;ao seriada do componente base. 0 componente fundido deve tambem ser numerado, sempre observanclo o principia de assinalamento do menor loca!izador (numero) possiveL 0 nome dos componentes fundidos, pelo des[ocamento da termina~ao ·~" com "Q", e posto antes do nome do componeme base. Os aromos comuns a ambos os am§is sao descriros por numeros e letras entre colchetes [ I, em que a sequencia de numeros deve corresponder a dir~ilo das letras do componente base. l'ina!mente, 0 sistema inteiro e numerado. Indica~ao dos hidrogenios Em alguns casos, sistemas heterodclicos ocorrem como um ou mais isomeros estmturais que cliferem somente na posi(:ilO do atomo de hidrogenio. Esses is6meros sao designaclos indicando 0 m:imero COrresponclente a posi~o do ato- mo de hidrogenio ~ frente do nome, seguiclo por urn H maiusculo em itilico. Q I H pirrol 304 2 5 1 2H-pirrol (nao SH-pirrol) Classi[icaftlo e Nomenclatura 13 403 5 2 1 3,4-diidro-2H-pirrol (nao 4,5-diidro-3H-pirrol) 0 nome pirrol implica a posi~ao 1 para o ii.tomo de N (nitrogenio). Compostos heterodclicos em que o {!tomo de carbono do and e parte de urn grupo carbonila sao denominados com a ajuda do hidrogenio. 4 pirazin-2(3)-ona Sistemas heterocfclicos espiro Sistemas heteroddicos contendo cspiro-atomos de carbono (;\tomo que liga dois aneis) recebem o nome do hidroCJr- boneto alif:ltico correspondente como preflxo espiro-, diespiro- ou triespiro-, dependendo do numero de espiro-atomos. 0 numero de ;ltomos ligados ao espiro-atomo se indica com nlimeros entre colchetes [ ]. A numera~ao come~a pelo anel menor e continua para o outro anel. Aos heteroatomos, sempre sao dados os menores numeros possiveis, consistentes com o modo de numerar os aneis. 0 anel heterodclico tem preferencia sobre o anel carbodclico. 7 1 9 Bo(')<)o2 5 3 3 8 7 6 4 2,6-dioxaespiro[3.3]heptano 1-oxaespiro[4.5]decano Se () espiro-atomo for Urn nitrogenio quatermhio, e chamado azonia. 6-az6nia[5.5]undecano CAPITULO 4 Compostos Carbonilicos Os compostos carbonilicos (C=O) sao uma ferramenta importante nas sinteses classicas de varios tipos de compostos heterodclicos, pois muitos gmpos funcionais contem a liga~ao C=O, rais como: aldeidos, cetonas, acidos carboxilicos, esteres, amidas, anidridos etc. 0 carbono de uma liga~o C=O esta hibridizado na forma sp2. 0 grupo carbonila e os atomos a ele ligados estiio no mesmo plano e os angulos da liga~ao estao pr6ximos a 120". 0 comprimento da liga~ao carbono-oxigenio e de aproxi- madamente 120 pm nos aldeidos e cetonas. Para efeito de compara~iio, a distancia cia liga9ao C- 0 em alco6is e eteres e de 140 pm. 0 oxigenio e mais e!etronegativo que o carbono, e a liga9ao C=O e polarizada, como mostrado a seguir: , S:+ s:- ~u u C=O I Como consequenda desta polariza~iio, urn grande numero de rea96es sao baseadas na adi~ao de urn nucle6filo ao carbono carbonilico eletrofilico. 0 mecanismo geral para a adipio pode ser escrito como segue. 0 destino deste intermediario tetraedrico depende largamente da natureza dos grupos R e R'. Se nenhum dos grupos R ou R' e um bom grupo de partida, o anion oxigenio (ou alcolato) pode ser protonado porum acido diluido, fonmando o a !cool correspondente. Se R ou R' e um born grupo de partida, ex.: Eto-, urn novo composto carbonilico pode ser forma do por elimina~ao de EtO ·. A segunda principal dasse de rea~oes encontradas em compostos carbonllicos envolve indiretamente o grupo C=O. Se existem atomos de hidrogenios no carbono adjacente (a) ao grupo carbonila, estes podem ser removidos por uma base forte, formando urn ion enolato. ion enolato 0 hidrogenio e acido porque o grupo carbonila pode estabilizar a carga negativa. 0 pKa de urn hidrogenio a a carbonila de uma cetona e aproximadamente 20 e pode ser removido por uma base forte, tal como n·butilitio (n·BuLl); o pKa de urn hidrogenio cr em urn composto dicarboru1ico e aproximadamente 10 e pode ser removido por uma base mais fraca, como o ion et6xido. Uma vez fom1ado, o ion enolato pode reagir com eletr6filos de duas fom1as: via oxigenio ou via carbono, sendo de· nominado nudeofilo ambidentado. Em geral, especies eletrofilicas de carbono reagem via carbono do enolato. Alguns eletr6filos reagem via oxigenio e estes incluem o silicio (ex.: Me3SiCl) devido a sua alta oxofilicidade. Estas alquila\X)es em cr sao extremamente importantes em quimica sintetica e dao acesso a diversas funcionalidades e estruturas. A maioria das rea1:oes segue o mesmo caminho basico; por exemplo, a forma\ao do enolato seguida pela reaqao do enolato com llll! eletr6filo. Grupos Funcionais Carbonilicos mais Comuns Metana! ou formaldeido Aldeido 0 0 H)lH R)lH Cetona Acido carboxilico 0 0 R)lR RAOH Ester Amida primaria 0 0 RAOR R)lNHR Anidrido de acido Haleto de acila 0 0 0 R)lO)lR RACI Outros grupos funcionais con tendo a funcionalidade carbonila podem ser usados na sfntese de compostos heteroddicos, tais como: carbamatos, imidas e clorofom1atos. uretana ou ester carbamato imida ester cloroformato 16 Compostos Carbom1icos EsTRUTURA E REATIVIDADE Na serie formaldeido-acetaldeido-acetona, a reatividade frente aos nude6fi!os diminui nessa ordem. lsto se deve par- cialmente ao grupo "Me" (CH,) que e urn eletron-doador se comparado ao hidrogenio. Desta forma, sucessivas trocas de hidrogenio por "Me" causam a diminui~ao da eletrofilicidade do carbono carbonilico. fonnaldeido acel:aldeit:lo acelona 0 deslocamento de hidrogenios por grupos "Me" introduz tambem impedimenro esterico, o que dificulta a aproxima- ~ao do nucle6filo. Este efeito fica daro quando analisamos a diisopropilcetona, que e muito menos reativa que a acetona. No caso da diisopropilcetona, dois fatores contribuem parn a diminui~'5o cia reatividade. 0 fa tor eletronico e desativame, mas so ligeiramente, ja que os grupos "Me" adicionais nao estao diretamente ligados ao carbona carbonilico. dilsopropilcelol'la ALDEIDOS E CETONAS a,j3-INSATIJRADOS Aldeidos e cctonas ct,[3-insaturndos sao menos reativos diante dos ataques de nucle6fllos no carbono carbonllico se mmparados aos compostos saturados correspondentes devido ao efeito de conjuga~ao. liga<;ao C=C pouco reativa dlante de eletrt\filos / o• acentuado (reage com nucle6filos) 0 o+ reduzldo se comparado ao composto niio insaturado CAPITULO 5 Heterociclos Nitrogenados A maioria das simeses de heterodclos nitrogenados envolve rea<;oes de substitui<;ao e/ou condensa<;ao de nitro- genic nucleofilico com haletos difuncionais ou compostos carbonilicos. Alguns dos reagentes nitrogenados mais comuns sao mostrados a seguir. Fontes de Nitrogenio 0 0 0 ~R1 )(jl 1 1) HONO, RONO R • R R 2) Zn/AcOH z+ R-N=N=N 6, hv, [Cu ] -Nz N2: H2N-NHz, R-NH-NH2, 0 SH )l HzN NH2 H2NANH N ·R-N=N=N 3· azidas ~-Nj nitreno Ts-r ... NH "·'' 2 · . . Y:~ R H2NANH 18 Heterociclos Nirro enados As cadeias carb6nicas presentes em heterociclos indicam possiveis precursores de cadeia aberta e sao usadas como base para classificar os heterociclos em sistemas 1,2- a 1,6-difuncionais. 1,1 diaziridinas ,,2 ~N- aziridinas 1,3 Sistemas 1,2- a 1,6-Difuncionais triazinas yN) ~N \ imidaz6is pirazinas J=N _JNH )Jf-~[=o azetidinas, -onas piraz6is, -onas pirimidinas, -onas 'A ;QH 1,6 pirr6is piridinas 3a2 1 0 N- 4 5 6 0 adipimidas 0 2~NH 3l_; 4 Y-lactamas piridinonas 302 10 N- 4 5 6 e-lactamas 1 ?' N 2 II N 4 piridazinas Y-lactamas Vista que compostos 1,2- a 1,6-difuncionais podem ser sintetizados por procedimentos gerais, e vantajoso considerii- los como possiveis materiais de partida para a sintese de heterociclos de tres a sete membros. 1,2-heterociclos po- dem ser preparados de compostos 1,2-difuncionais, como olefinas ou dibrometos; compostos 1,3-difuncionais, tais como 1,3-dibrometos ou compostos 1,3-clioxo, poclem ser converticlos em 1,3-heterociclos. Muitas sinteses de heterociclos podem ser propostas empregando apenas reagentes contendo nitrogenio. A regiosseletividade nao e urn problema nestas rea,oes, descle que os rea gentes de nitrogenio rea jam simetricamen- te. AI em clisso, os estados de oxida,ao clos aromas do anel no heterociclo a ser sintetizado silO determinados pelo HettJrocfcl(}S NffroR,enados 19 aduto, e urn outro fato importante e que a forma~ao de sistemas heterociclicos (imidaz6is, pirr6is e piridinas) e termodinamicamente favorecida, sendo freqi.ientemente obtidos em condi~6es de rea~ao acida ou oxidativa, A seguir, estao apresentados alguns sistemas heterociclicos que podem ser preparados pelos metodos discutidos, Compostos 1,2- a 1,6-Dieletrof'ilicos 1,2 X + R-N=N=N }-R~ }-R H+N ~N H N N ' ' H H 1,3 ( Br (: 1 + H,N-Tos- N-Tos Na/AmOH /"NH Br -2HBr y H 0 [~:·]_.~-· 1,4 H 0 + H2N-R -=H;C) 0 NH2 N I + I - N 0 NH2 -2H20 MeRO:;~ 1,5 MeO:;C MeO:;~ + NH20H- R N-OH -2 H,O Me02C 1,6 0 1) Os/Me2S 2) oxida\(iio 3) SOCiliPY CCOCI 1) + NH3,-2 HCI COCI 2) UAIH4 CAPfTIJLO 6 Oxirana As oxiranas (ep6xidos) sao compostos que contem um and saturado de tres membros constituido de urn atomo de oxigenio e dois atomos de carbono. Sao largameme distribu1das na natmeza e tern inreresses industrial, sintetico e bioquimico. 0 D As oxiranas sao tambem conhecidas como ep6xidos e encomramos muitos produtos naturais contendo aneis ep6xidos. hormlinio juvenil da mariposa esfinge Ep6xidos sao eteres, mas, devido ao anel de tres membros, rem propriedades adversas a dos eteres adclicos. 0 anel de rres membros for~a os atomos, fazendo com que o 5ngulo media interno seja de 60°, consideravelmente menor que o iingulo rerraedrico nom1al de 109,5°. Esta molecula altameme rensionada tern como rea~ao caracteristica a abertura do anel em presenp de condicoes acida ou basica. ?Hi -C-C- I ~ Estas rea~oes sao importantes, ja que muiros farmacos que contem o anel ep6xido sao rambem muito rearivos, seja in vivo seja in vitro. Tais fannacos devem reagir com um nude6filo (Nu) na presen,;a de acido ou devem reagir com uma base que atue como nucle6ftlo, formando um composro de cadeia abe11a. Quando esses farmacos, conrendo aneis oxirimicos, sao administrados a pacientes, o anel oxiriinico reage com biopolimeros, como as protetnas, destruindo celulas. Podem encontrar uso na quimioterapia para tratamemo do cancer, mas normalmente sao muito t6xicos. Algumas estruturas de f:innacos, contendo o anel oxirilnico, sao mostradas a seguir. SiNTESE OH 0 OH dinemicina A (antibi6tico, antitumoral) 6xido de 10, 11-carbamazepina (anliconvulsivante) 0 .,,,,,OMe l 0 0~0H 0 fumagilina (antibi6tico) A prepara~o de aneis oxiranicos e a facilidade de abertura do anel tern tornado este heterociclo urn impo11ante in- termediario em sintese organica. Arualmente, o principal objetivo em sintese e desenvolver rea~oes que sejam enantio-, diastereo-, regio- e quimiosseletivas. A seguir, descreveremos alguns dos mewdos disponiveis para a simese de oxiranas. Via haloidrinas A rea(:iio de uma olefma com acido hipo-haloso CCI,+ H,O HOC! ou Br2 + H20 ~ HOBr) forma a haloidrina anti como produto principal. 0 tratamento posterior da haloidrina com uma base, como hidreto de s6dio (NaH), gera o alco6xido que, ao assumir a conforrna(:iio anti ao halogenio (no carbono adjacente), leva a forma('ao da oxlrana por ataque nucleofillco aquele carbono. Esta orienta('ao ami perrnlte o deslocamento do haleto, forrnando a oxirana via urn processo S"2. Mecanismo Forma~ao da haloidrina A natureza S"2 da cicliza(:ao limita a rea,ilo para haletos primi<rios e secundarios, devendo este estar anti ao grupo hidroxila para haver a forma,ao da oxirana. Epoxida~ao induzida por per6xidos 0 metodo mais comum de conversao de uma olefina em ep6xido envolve o uso de per6xidos, que sao fontes de "oxigenio detrofilico" e reagem por intera,ao com a liga('ao n de um alqueno. Exist em tres categorias principals de per6xidos usados para a epoxida,ao: peroxido de hidrogenio, hidroperoxido de alquila e peroxhiddos. HO-OH per6xido de hidrogenio RO-OH hidroper6xido de alquila peroxiacidos A seguir, sao mostrados alguns per6xidos empregados na sequencia da habilidade de converter alquenos em ep6xidos: t-BuO-OH < HO-OH < QCI O < ~OOH C~H Na fomla,ao do ep6xido, uma base de Lewis Co alqueno) coordena como "oxigenio eletrofilico", gerando um oxi- genio carregado negativamente. A divagem heterolitica transfere este oxigenio para a base de Lewis, e a transferencia Iibera o proton pelo subproduto (H20 do per6xido de hidrogenio, um iilcool do hidroperoxido de alquiJa e tun acido carboxillco do peroxiiicido ). 22 Oxirana RO-OH Exemplo R = ~ (m-CPBA)/solvente organico Cl Epo:xida~ao de Julii-Colonna Ep6xidos quirais sao importantes "blocos de constru~ao" nas industrias farmaceuticas, agroqulmicas e de fragran- cias, devido a sua reatividade. No momenta, a slntese assimetrica de ep6xidos envolve o uso de complexos de metais de transis:iio. A rea~iio de Julia-Colonna emprega poliamino acidos quirais, por exemplo, poli-l-alanina (R = CH,) au poli-L-Ieucina (R = CH,CH(CHJ2), para a oxidas:ao de cetonas <>,[3-insaturadas, tais como chalconas, a flm de sintetizar ep6xidos com excelente estereocomrole. RHiliYVIY~H \~ H R 0 H R /n 0 CsHs~CsHs cbalcona poii·L·Ieucina ou poli-L-alanina condiyiies anteriores: Hp, aq., NaOH aq., C,H,Me, poli-L-alanina 1 dia, 85% e 93% ee condiglies novas: 1,8-diazabiciclo[5.4.0]undec-7-eno, ureia·H,O,, THF, Si02-poli-L-Ieucina, 30 min, 90%, 94% ee Recentemenre, foi observado que a reas:ao de Julia-Colonna ocorre muito mais rapidamente sob condis:oes nfro- aquosas. Sob esta nova condi<;ao, os tempos de reas:ao para substratos como cbalcona foram reduzidos de dias para pouco mais de 20 minutos e tambem foi observado que acidos poliaminicos sao bern mais ativos, rna is resistenres, facilmeme recuperados e reciclados quando absorvidos sabre silica. Com estas duas modificas:oes, ampliou·se grandemente o niimero de materials de partida que podem ser submetidos a reas:ao de oxidar;ao de Julia·Colonna. A quiralidade do acido poliaminico e transferida para o produto, sendo o ep6xido (ZR, 35) gemdo com um excesso enanriomerico maior que 95%. 0 mecanisme de a,iio do catalisador nao esta elucidado, mas alguns experimentos realizados imroduzem "pon- tos de mura,ao" (similares aqueles usados durante o estudo de enzimas) ao Iongo da cadeia do polipeptideo, des- locando cinco resfduos com D-leucina, o produto obtido conduz ao ep6xido (25, 3R), normalmente formado usando poli-l-leucina. Este resultado sugere que e a regiao N-terminal do poliaminoacido que determina a estereoquimica do ep6xido resultante. A seguir, mostraremos algumas transforma(:oes possiveis com ep6xidos preparados pela rea(:ao de Julia-Colonna: 1 OH R~>lf>..~ Epoxida~ao assimetrica de Sharpless-Katsuki A epoxida.;ao de Sharpless, como e conhecida, convene a dup!a liga,ao de alco6ls alilicos ern ep6xidos, ernpregando urn complexo mct<ilico como catalisador (Ti(O-tl'r)4 tetra-lsoprop6xldo de tltiinio) e um indutor quiral (tartarato de dietila). A fonte oxldante e o per6xido de lerc-butila. 1-BuOOH Ti(0·1Pr), ~ OH EtoACO,Et OH L-dietil tartarato (L)-(+)-DET u,,,~OH A coordena~ao do ligante quiral dictil tartarato e a fonte oxidante (1-BuOOH) ao centro metalico forma especies cataliticamente ativas. Acredita-se que esta especie seja dimerica. 0 mecanisrno da epoxida~:ao de Sharpless, que e relativamente complexo, e mostrado a seguir. Mecanismo Ti(O·if'r), t-BuOOH 24 Oxirana A coordena~iio do substrata pode somente ocorrer em urn a orienta,ao, sem causar severas imera,oes estericas. Obser- va-se que a coordem:t<;ao na esquerda do complexo a proxima a dupla liga~o do oxigenio per6xido do ligante 1-BuOOH. A oxida~o ocorre someme pela face de baixo, levando a urn processo altamente enantiosseletivo. A seguir, alguns exem- plos da aplica,ao da epoxida,ao assimetrica de Sharpless: Ti(O-iPr), 1-BuOOH L-(+)-DET Ti(Q.iPr), 1-BuOOH L-(+)-DET Epoxida~ao assimetrica catalitica de Jacobsen 98%ee 0 80%,91% ee 0 catalisador de Jacobsen convene olefmas a ep6xidos quirais com excessos enantiomericos maJores que 9C¥Vo ee e algumas veies excedendo os 98% ee. Ainda hoje, a origem desta seletividade nao foi explicada. catalisador, oxidante (aditivo) 0 catalisador de Jacobsen e urn dos membros de uma classe de catalisadores que tern como estrutura geral urn ligame quiral (em verrnelho---estrurura 1) ligado ao manganes (lll). catalisador de Hu0 H Jacobsen ·)--{-N:c \ / Mn _ o'6p \_j/-1-Bu t-Bu 1-B~ !-B 1 2 0 catalisador de jacobsen e uma ferramenta conveniente e efetiva para a sintese estereosseletiva, como foi demonstra- do pelo seu uso na sintese da cadeia lateral chave no farmaco antidincer Paclitaxel~ (Taxol). a)Taxol CeHs b)Taxotere t-BuO 0 R()~NH 0 C6HsYo····· OH 0 OH A rea~o requer somente uma pequena porcentagem do catalisador, fazendo uso de urn oxidante de baLxo custo (NaOC!), urn simples aspecto que resulta em menos residuos quimicos. 0 mecanisme da rea,ao tern dais aspectos distintos: o modo de transferencia de oxigenio e o metoda de indu,ao quiral. Acredita-se que as transferencias de oxigenio ocorram em um cido catalftico de dais passos, similar ao meca- nisme aceito de epoxida,ao catalisada por porfirina-metal. Primeiramente, um oxidame transfere um ~tomo de oxige- nio para o catalisador de Mn(lll) e, em seguida, o oxigenio presumivelmente coordena-se ao metal que e, entao, trans- ferido para o alqueno. 0 NaCI (!) R"= L R ~ ~-... \7 0 NaOCI L A transferencia do oxigenio do catalisador para a olefina poderia ocorrer por diferemes mecanismos, incluindo um processo radicalar entre o oxigenio e a dupla liga,ao (A), emrega concertada do oxigenio (B) e a forma,ao de um imer- mediario metaloxetana (C). f(1L/\ '<:Y B "\ CsHs Me .0 / HYJ'H IN Mn 0 segundo aspecto do mecanisme de oxitb,;ijo - a causa da estereosseletividade na rea,ao- deve estar associado ao segundo pa;;.so do ciclo catalftico, em gue o oxigenio e transferido do complexo oxo-manganes para a olefina. Fundamental para esta estereossele(:ilo e a orienta,ao relativa entre catalisador ativado e a oleflna na fomla(:iio irreversivel da ligac;ilo. Rea~oes Aneis de tres membros, como os oxirflnicos, sao altamente tensionados. A abertura do anel constitui sua principal rea,;ijo e pode ocorrer sob condi<;oes acidas ou basicas. A seguir, mos<raremos algumas rea,oes de abertura de ep6xidos envolvendo reagentes acidos, basicos ou orga nomct:i I icos. Rea~ao de Grignard com ep6xidos Nucle6filos como -OH, -OR, HJj ou um reagente de Grignard (llMgX) atacam o atomo de carbono menos impedido. 0 alc6xido resuhante do ataque $"2 <!' protonado. (o~, C::,.r + R-MgX ~·-,.. alcool primario 26 Oxiraua Abertura de ep6xidos catalisada por acidos 0 oxigenio do ep6xido e protonado, facilirando o ataque por nucle6filos como agua ou alcool A protona~iio torna o ep6xido mais eletrofilico e cria um grupo de partida melhor (0-H). 0 gmpo de partida eo atomo de oxigenio protonado, que sai como uma especie neutra: alcooL H~ -f:l I I .. 'B Nu-C-C-OH + I I I I Nu-C-C-OH I I Tipicamente, o nucle6filo e desprotonado para formar um produto ncutro. Para ep6xidos n~o simetricos, existe ainda a questiio da regiosseletividade. Ceniirio 1 0 nuclc6filo ataca o iiromo de carbona mais substitufdo num angulo de 180° em rela('ao a liga~Cito C·O que se rompe. H le c:-o: Nu:2f Ceniirio 2 0 nude6filo ataca o litomo de carbona menos impedido do ep6xido em um imgulo de 180" em rela<;:ao a liga<;:ao C-0 que se rompe. Resultados experimenwis lllOS!!'aram que 0 cenario 1 prevalece nas condi('OCS em que nucle6filos fracos, como agua e alcool, s:1o empregados. Para analisar este tipo de rea~ao, devemos considerar o que acomece se quebrarmos cada uma das liga~6es C-0, como mostrado a seguir: + /OH ~ carbocation secundario quebra esta liga9ao quebra est a liga9ao H)-+ carbo cation primarlo Se o carbocation mais estavel <' favorecido (carbodtion secunchirio), entao o nucle6filo ataca o carbono mais substi- tuido do ep6xido, resultando no iilcool cujo carbono carbin6lico e menos substituido. Embora o carbocation nem sempre seja formado, 0 seu caniter e importante. Sob condi~6es acidas, o ep6xido & aberto por uma rea~ao tipo ''5,;1 ", com o nucleomo atac':lndo o carbono mais substituido. H I ~o It ~ Nu:~ Esta metodologia foi desenvolvida recentememe para a conversao de ep6xidos em bromofom1atos e faz uso de (C6H,)3Pllr2 (gerado de (C1H)3Pilr, em D:V!F). 1,5 eq. (C,H,), P/1 ,4 eq, Br, DMF, O"C, 15 min Mecanismo Br'- ':J ,,,f "o-y=N·Me2 H Empregando a metodologia mostrada anteriormente. porem substituindo-se Br, par 11 , o ep6xido e com•ettido no alqueno correspondente, provavelmeiite at raves da forma<;ao do diiodeto inst{lvel seguido pela desalogena.;:io do in- tcrmediiirio formado. 0 2 eq. (C6H5) 3 P/2 eq. I, 91% CAPITULO 7 Aziridina Desde sua descoberta por Gabriel (1888), as aziridinas tem atrafdo a atens:ao como materiais de partida para transfor- mas:oes sinteticas. A tensao do anel das aziridinas, 26-27 kcal!mol, confere a estes aneis a tendencia de abertura do anel e permite seu uso como precursores de uma variedade de compostos contendo nitrogenio. Aziridinas sao heterociclos saturados de tres membros contenclo um atomo de nitrogenio. Como outros aneis de tres membros, mis como ciclopropanos e ep6xidos, aneis aziridinicos sao altamente tensionados. A tensao no anel das aziridinas pode permitir sua conversao em intermedHirios sinteticos vantajosos que merecem Iugar de destaque no arsenal da qui- mica organica. H I N D Exemplos de produtos contendo o anel aziridfnico: trietilenomelamina (antitumoral) carboquona (antitumoral) mitomicina (antibi6tico antitumoral) Existe uma variedade de rotas pam sintetizar aziridinas, a maioria das quais depende cia disponibilidacle de materiois de panida enantiomericamente puros de fontes naturals (aminoacidos, carboidratos e hidroxiacidos) ou de transfonna- ci'Jes assimetricas de compostos comendo liga,oes duplas C=C ou N=C. SfNTESE As aziridinas e seus derivados sao intermedi5.rios vanrajosos para a sintese de moJeculas contendo aminas pela rea<;i'lo estereoespedfica de abertura do anel com cliferentes nucle6filos. Entre os nucle6filos emprcgados na rea(:aO de abertura do anel, estiio incluidos nao somente heteroatomos, tais como haletos, oxigenio e nitrogenio, mas tambem derivados carbani6nicos, como alquilcupratos e ilidas de f6sforo. A grande maioria das rotas de sinrese mencionadas na literatum sao baseadas em tres abordagens principals: (i) deslocamento nucleofilico pelo nitrogenio com remo<;iio do gmpo de partida na posi~iio a, (ii) adi~ao 1,2- de nitreno a olefinas e (iii) adic;:lin 1,2- de carbeno a iminas. I N I +:C X \ Azi1idi11a 29 A seguir, serao mostradas metodologias de sfntese que se baseiam nas abordagens mencionadas anteriormente. Via adi~ao de nitreno A aziridina,ao dire~1 de alquenos por nitrenos e uma reac;;!o bern estudada, particularmente usando alcoxicarbonilnitrenos. R02CN; base 1R1;\~ C02R I N R1A~ Nitrenos sao freq(ientemente gerados pela term6lise ou pir6lise de azidas organicas. o-\\ .. ()) .. I-\ N=N=N: No entamo, existem v{Irias limita\.Oes na aplica~ao desta metodologia em slntese clevido ~~ insen;;fto competitiva nas liga('6es C·H e da conversao do estado singleto do nitreno, inicialmente formado no estado tripleto, o qual nao reage estereoespecificamente com alquenos. H a R-N:+ y singleto A H b olefina cis \ I X-R-l.'f + trip leta olefina cis R-<c: aziridina cis H R-<ta ; b --R-<c: H aziridina cis cis6ide a \ I X-R-tj· + tripleto R-NfH ,. b ,,.a --R-N~ b aziridina trans H olefina cis trans6ide Mesmo quando o nitreno e gerado unicameme no estado singleto (adicionando estereoespecificamente), o decaimen- to para o nitreno tripleto (1/30 vezes mais cipido que a adirao) leva a perda de estereoespecificiclade. Porem, outros substituintes no nitreno podem reduzir a reatividade. estabilizar o estado singleto e aumentar a seletivi- dade da rea\.ao de aziridina~ao. N-(metanossulfonil)etoxicarbimidoil nitreno reage estereoespecificamente com ct~~-- e traHs- 4-metilpent-2-eno. hv, CH2CI2 1-Metoxiaziridinas podem ser obtidas estereoespecificamente de :dquenos, via rea,ao mediada por ion metoxinitrenlo. MeON+H t OMe I H N Me )D< CsH11 H (Me0)2NH + TMSOTf OMe I H N H ... ,.D.···· / '\. C6H11 Me Via adi~ao de Michael Varios metodos para a aziridina,ao direra de esteres e cetonas cr,f3-in&1Ulradas e compostos nitro esrao clisponiveis, os quais envolvem urn mecanismo de dois passos, com adi(Ciio de Michael inicial. Via 1 ,2-aminoal.cool 1,2-Aminoalco6is sao precursores na sintese de aziridinas, podendo a rea<;ao ser feita quando o gntpo fun clonal hidroxila e convertido em um born gmpo de partida. A rea,ao de deslocamento nucleofilico intramolecular pelo anion amida ou o par de eletrons da amina produz o and aziridinico. cicliza~o intramolecular X = grupo de partida H I N A R R1 1,2-Aminoalco6is enamiomericamente puros necessiirios para a versJo assim€£ricu das rea<;Oes de aziridinacao po- dem freqiientemente ser obtidos via redw;fto de aminoacidos e, em muitos casos, sao comercialmente disponiveis. A redu<;ao de N-Ts aminoacidos e dcscrita como uma alternativa para a prepara~ao de N-Ts aziridinas em um tmico passo. Esta rota permite a slntese enantiopura de JV.Ts aziriclinas partindo de uma serie de 2-amino{Jcidos. RYC02H NH2 DEA LiAIHJ R = alquil, benzil, CH20TBDPS, MeS(CH2l2 Ts I R~ TsCI, Et3N, DMAP N I OH P NHTs R Na linha de r:•ciocfnlo utilizada anteriormente, uma serie de N-Boc aziridinas foi prepamda, cmbora com alguns N-Boc amlnoako6is a fom1afao da aziridina nao renha sido observada R I OH HzN~ Via ep6xidos BocHN R ~OH Boc I N Rp A abertum regioespecifiea de ep6xidos porions azida vem sendo explorada para a sintese de azirldinas. A redu- s:ao da azida do azido (lkool, com trifenilfosfina pela reas;iio de Staudinger, produz primeiro uma imino fosforan;~ e entao urn interrnediario oxazafosfolina que, normalmenre, niio e isolado, com a dcliza,ao termica induzindo a for- rn<H~~ao cia aziridina. Quando os ep6xidos usados na reac;ao sao enantiomericamente puros, o acesso as aziridinas nao racemicas e possfvcL Como exemplo. 0 metodo foi aplicado na sfntese de toclos OS is6meros possiveis do acido IH-aziridino-2- carboxilico e acido aziridino-2,3-carboxilico. Mecanismo da rea~ao de Staudinger ~ e e ~ e 1 "-""--. 1 •• .;;._ . 1,. •• ® R-N-N-t'! . ..-.. R-N-N=v .PX3--. R-t-!-N=N-PX3 U fosfazida - lR~e ® J -N2 N=PX 1 , , 3 -.::.__; ... R-N=PX3 ' ' N.::N ET* Prepara~ao via ep6xidos A disponibilidade de ep6xidos enantiornericamente puros a partir de alco6is alflicos via epoxida~ilo assirnetrka de Sharpless permitiu a obteno;:ao rotineira de todos os estereoisilmeros de uma hidroximetilaziridina. R~OH ~OH EAS- EpoxidaQi'io Assimil!rica de Sharpless Sfntese via alquenos Atraves de uma sequencia reacional amiloga a metodologia anteriormente mencionada, sulfaros cic!icos obtidos de produtos de diidroxila~Cao <tSsimetrica de alquenos sao facilmente transformados em aziridin:ts. Dois caminhos sao possiveis para a conversao do sulfato ddico intermedifirlo nas azirldinas: ambos envolvem duas rea~Oes conse- cutivas de deslocamemo nuclcofflico, com a reaqao final sendo urn deslocamento intramolecular. 1) LiAIH4 2) KOH (20%) Rea~oes RNfi2, THF R'~R' NHR n-Buli ou UAIH4 j ou NaOH R I A combina,ao da tensao de Baeyer (na aziridina e estimada em torno de 111 kJ mol-') inerente em ancis heterociclos de tres membros e a eletronegatividade do heteroatomo induz a aziridina a participar de rea106es de abenum do ancl em condi(,:6es suaves. Devido i1 menor eletronegativiclade do nitrogenio, se compamdo ao oxigenio, as rea106es de abertum do anel nestes heterociclos sao menos propensas de acontecer que nas correspondentes oxiranas: Varias rea~oes das aziridinas sao rea~oes tfpicas de uma amina secund:'iria: Outras rea~oes 0 II HsCsNHS I N u C6H5N=S=O • acidos abrem o anel em vez de formarem sais, e a polimeriza~ao ocorre rapidamente: H l N u + HCI Aziridina 33 • o itxlometano nao fO<ma sais quaterniirios, mas abre o anel, eo produto de aberturn leva ao sal quaterniirio correspondeme: H I N u + CH3I • a7iridinas nao formam derivados nitrosados com NaNO,IHCI. 0 derivado nitronado da rea~ao de az!ridinas com NaNO/ HCI se decompoe para a olefina correspondeme: Forma~ao de aldefdos I NO H I + N /_\ A rea~ao entre aziridina e cloretos de iicido leva, ap6s tratamento com hidreto de litio e alumin!o (LiAlH4), a aldeidos. ~ 0 0 \iN~ N ~CI D + + Et3N 0°C + 0 E!:!~HCT LiAIH4 ~H Forma~ao de outros aneis heterocfclicos Derivados da aziridina se rearranjam para forrnar outros aneis heterocfdicos. Essas reas:oes sao catalisadas por KSCN, Nal ou aminas terciarias. Aminas primarias ou secundarias nao produzem os mesmos resultados. Ou [::N-H KSCN ou Nal ou (C4Hg)JN 02N~) (2-p-nitrofenil)2-oxazolina o-ttN~ Nal 0-{J R~ )=o R 1 ,3-!iazolina o-No 1 ,2,3-triazolina - -(oXR N R H 2-tia-1 ,3-tiazolidona 2,2-dialquil-1 ,3-oxazolidina Aziridina 35 Rea~ao com amina primana e secundaria Sais de aziridfnio Sais de aziridinas sao intermediarios em varias rea~oes. A rea~o do anel aziridinico e mais r;\pida nos sais, alem de varios rea gentes serem capazes de abrir o. anel quantitativamente. Rea~oes com reagentes acidos e bisicos Rea~oes com reagentes icidos e basicos se assemelham ilS da oxirana (ep6xido). AICb 0 + (::N-H -+N-H' Q-sH + ROH LiOEt 0 c(aEt I H pirrolidona CAPIWLO 8 Oxetana 0--c u A oxetana e urn Jiquido incolor, miscivel em agua e de p.e. 48'C. E obtida em 40\Yo de rendimento, aquecendo (3- cloropropii) acetato com uma solu~ao concentrada de KOH. Oxetanas ocorrem raramente na natureza. 0 a !cool diterpenico Paclitaxd" (taxol) foi isola do em 1971 da casca da Taxus brevifolia, arvore nativa da costa do Pacifico dos Estados Unidos, e sua estrutura elucidada. 0 composto, atualmente comercial, contem uma oxetana e mostra forte atividade antitumoral e antileucemica. paclitaxel (taxol) SiNTESE Para a sfntese de oxeranas, dois metodos sao vantajosos: cicliza~ao de alco6is 'Y-substituidos e rea~iio de Parerno-BDchi. Cicliza~ao de alco6is 'Y-substituidos Alco6is com urn born grupo de partida na posi~iio 'Y podem ser ciclizados formando oxetanas. Assim, a ciclodesidrogena~ao de "!-halo alco6is ocorre de forma similar a sintese de oxiranas a partir de alco6is fl-halogena- dos. Oxetanas podem ser preparadas de 1,3-diois via monoarenos sulfonados. I OH Em uma sfntese alternativa, o 1,3-diol dissolvido em THF e convertido no alco6xido de litio com n-BuLi. Se- gue-se a esta erapa a acli~ao de cloreto de tosila, sendo a cicliza~ao finalmente efetuada com n-BuLi. Rea~ao de Paterno-Biichi A forma~ao de oxetanas via a rea~iio de Paterno-Biichi ocorre atraves da rea~iio de cicloadi~'iio fotoquimica de urn c:omposto carbonilico a olefinas. -----------------------------.::OXI!tana 37 Rea~ao hv Mecanismo R~R1 cicloadi<;ao + n nao-estereoespecifica clc!oadir;ao estereoespecffica S, singleto T1 ""' tripleto R4ARa 0 mecanisme anterior pode ser descrito em cinco eta pas: dirradical ~ %-ti:: +outro Rs ~ regioisOmero 1) a carbonila (S,,) e excitada por urn f610n via absor<;ao nn' indo para o estado singleto correspondente (51); 2) a carbonila no estado singleto pode ser convertida para a carbonila no estado tripleto (T,); 3) quando a carbonil;~ singleto reage com o alqueno (principalmente no caso de aldeidos aliLiticos e eetonas, e neces· s:iria alta concentra<;ao para capturar o estado singleto eficientemenre), a fotocicloadi<;ao e estereoespecifica e a informa<;ao estereoquimica do alqueno e transferida para a oxetana; 4) na maioria das rea<;oes de Paterno-Btichi, e formada a carbonila no estado tripleto, a qual, pda adi,ao ao algueno, fornece o 1 ,4-dirmdical; 5) finalmeme, o 1,4-dirradical mais estavcl colapsa para formar a oxctana. 2-0xeranonas ou ~-lactonas sao preparadas pela ciclodesidmta<;ao de acidos ~-hidroxicarhoxilicos com cloreto de fenilsulfonila em piridina: 0 ~OH C6H5S02CI, piridina ~ 0 tJ OH Outro metodo e a cicloadi1:ao 12+2) de aldeldos a cetenos catalisada por acidos de l.cwis: 0 II + CH I R3 Oxetan-2-onas descarboxilam sob aquecimento, para formar olefinas. A simese de olefinas a partir de 5cidos ~-hidro xicarboxflicos ou de cetenos e aldeidos representa uma alternativa pam a reas;ao de Wittig. 2-0xeranonas sao mais reativas que -y- e o-lactonas, graps a rensao do anel. Sob tratamento com hidr6xido de s6dio, carboxilaros dos iicidos ~-hidroxicarboxilicos sao formados pelo awque dos ions hidr6xido ao grupo carbonila. 0 diceteno (4-metilenoxetan-2-ona) e formado pela dimeriza.;ao do ceteno que, por sua vez, e preparado pela pir6lise da acetona ou acido acetico. 0 composto e um intennedi:1rio industriaL 0 anel oxetana e aberto com EtOH, atraves de um ataque nucleofilico no grupo carbonila, levando a forma<;ao do acetoacctato de etila. 0 nucle6filo (etanol) ataca o atomo de carbono do grupo carbonila. 0 0 II II C 'I" C II II CH2 CH2 Abertura do diceteno Nu=EtOH Duas rea~oes sao de importancia geral: Abertura do anel por nucle6filos catalisada por acidos 0 0 N)Jvj~ Haletos de hidrogenio reagem com oxetanas, formando ~halo alco6is. A hidr6lise catalisada por acido produz 1,3-diois. Rea~ao
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