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Um Olhar sobre as Ciências Naturais no Ensino Fundamental

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Prática de Ensino em Ciências nos Anos Finais do Ensino Fundamental 
Alun@: Robson Luiz Pereira 
RGM: 20149751 
Polo: Poá 
Tutora: Andrea Charquesi 
 
Título 
Um Olhar sobre as Ciências Naturais no Ensino Fundamental 
 
Introdução 
baseando nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), que trazem os objetivos gerais do 
Ensino Fundamental, com a finalidade de ser uma base para a determinação de áreas e temas. 
Esses objetivos estão relacionados aos “aspectos cognitivo, afetivo, físico, ético, estético, de 
atuação e de inserção social, de forma a expressar a formação básica necessária para o 
exercício da cidadania e nortear a seleção de conteúdos”. Além do mais, tais objetivos do 
ensino fundamental estão de acordo com uma das principais preocupações dos PCNs: o 
respeito à diversidade social e à cultural, ou seja, levam-se em consideração as características 
de cada local. 
Relacionando com os (PCNs) a situação em que Pedro se encontra, primeiramente, o docente 
deve se articular promovendo a interface entre a área de Ciências Biológicas e outras 
disciplinas mobilizando funcionários, o espaço e equipamento escolar e a comunidade na 
solução dos conflitos construindo o saber integrado em ciências socioambientais, ecologia e 
humanidades. A conexão entre diferentes áreas da ciência revelam informações expressivas 
acerca de estruturas e processos da cultura e da natureza construindo diálogos 
contemporâneos. 
 
Desenvolvimento 
Promovendo a articulação entre Biologia e Artes pode-se abordar a temática do uso de drogas, 
problematizando a questão da exclusão social nos grandes centros urbanos, suas causas e 
consequências para a coletividade. Sabe-se que a cidade que acolhe sonhos das massas 
também promove a alienação, a exclusão, a desigualdade e a violência urbana. 
Problematizações sobre a questão das drogas iniciam-se com a discussão sobre sua origem e 
expansão, passando pela sua territorialização. A biologia auxiliará no contexto da atuação de 
entorpecentes, explicitando elementos de química e de saúde. Os danos neurológicos, e, 
portanto, biopsicossociais devem ser evidenciados. Por fim apresentam-se alternativas para o 
combate, a prevenção e a recuperação do uso. A arte urbana do grafite é uma questão 
relevante para sedimentar os conteúdos promovendo reflexões e transformações 
significativas. Como exemplo, o Conjunto IAPI, na capital mineira, coração da Cracolândia 
recebeu requalificação, com ênfase no grafite em sintonia com políticas públicas de 
assistência aos viciados da área. 
A Biologia se articula com a Filosofia trabalhando temas tão comuns como brigas entre 
familiares e também servidores públicos com má conduta no âmbito escolar. A violência 
domestica acomete inúmeros alunos e alunas em diferentes recortes espaciais de todo o país e 
em diferentes contextos de escolas urbanas e rurais. Abuso sexual, pedofilia, espancamento, 
feminicídio, cárcere privado, abandono de incapaz (crianças, deficientes e idosos) são temas 
que não podem ser negligenciados na escola. O corpo humano enquanto elemento físico e 
fisiológico que permite a vida em seus múltiplos aspectos deve se sintonizar com questões 
filosóficas do tempo presente. A violência física e psicológica, a depressão, o stress, a 
ansiedade, a tentativa de autoextermínio tem causas originadas num contexto familiar ou 
comunitário extremamente complexo e afetando inúmeros alunos, desenvolvendo 
adoecimento e medicalização. Promover a reflexão e debate, bem como o enfrentamento é 
uma alternativa mais viável para transformar realidades e vidas afetadas. Outra questão é a 
ética, no que se refere á conduta inadequada e por vezes criminosa de servidores públicos. A 
biologia se conecta á aspectos filosóficos no sentido de se entender e buscar elementos 
concisos para estas questões, num tempo em que a corrupção se consolida no país, com um 
Grande Mal entronizado na Presidência. O famoso jeitinho brasileiro de dar um jeito nas 
coisas, muitas vezes de forma ilícita deve permear as discussões e trabalhos. A recente 
mudança na legislação acerca do armamento traz perspectivas sombrias e doentias dos atuais 
gestores que governam o país, generalizando alienada entre a população. 
Os problemas ambientais e as epidemias tropicais, relacionadas à degradação ecológica são 
um contexto de diálogos interdisciplinares entre a Biologia e Geografia. A desconstrução das 
políticas públicas ambientais evidencia cenários nada favoráveis.A dengue associa-se às 
questões climáticas com alternâncias no regime pluvial ocasionadas por alterações humanas 
na dinâmica natural do planeta. A Dengue, a Zika, a Chikungunya são doenças que 
demostram que a falta de uma educação ambiental amplia patologias e desastres ecológicos, 
sem precedentes na história da humanidade. O antropoceno se consolida com um cenário de 
problemas que poderão enriquecer os conteúdos biológicos e geográficos. Lixo, 
desmatamento, extinção de espécies, alterações climáticas, epidemias, catástrofes, são temas 
que precisam ser problematizados gerando novas percepções e posturas por partes de alunos. 
Um diagnóstico no entorno da escola poderá evidenciar com provas científicas, os problemas 
mencionados mostrando aos alunos de que esta realidade não esta apenas nos noticiários, mas, 
sobretudo na realidade local. 
A Biologia em sintonia com os conteúdos de História pode trabalhar a questão do trabalho 
infantil, sua nuances evidenciando o Brasil no mundo, destacando os cenários e panoramas ao 
longo de diferentes períodos históricos. A criança envolveu-se no trabalho e no sustento de 
seu núcleo familiar, em momentos de guerras, epidemias, exclusão social, fome. Esta questão 
de vulnerabilidade social afeta o Brasil e o mundo. Porque não foi revertida como 
promulgaram encontros e tratados internacionalmente acordados entre as nações. Como foi o 
trabalho infantil na Pré-história, na Antiguidade, no Medievo, na Modernidade e nos tempos 
contemporâneos. Haverá mudanças? Como podemos direta e indiretamente contribuir para 
que mudanças concretas se efetivem? Quantas crianças e adolescentes são privados de uma 
vida com dignidade e qualidade? Quantos meninas e meninos do campo e da cidade 
trabalham em condições cruéis e desumanas? 
Os preconceitos culturais, preconceitos étnicos e preconceitos sexuais se caracterizam pela 
possibilidade de articular a Biologia e a Sociologia. Principalmente quando se deseja 
fortalecer e consolidar a democracia e os direitos humanos. O etnocentrismo e demais formas 
de preconceitos, intolerância, perseguição, violência, bullying devem ser pauta prioritária no 
contexto de alunos, funcionários e comunidade escolar visando reverter situações de 
desequilibro em sua maioria criminosas. O etnocentrismo, ou seja, a valorização de apenas 
uma realidade considerada superior a outras deve ser enunciado. Crimes pretéritos pautados 
nesta questão, perseguições, massacres e diásporas devem ser mapeados. A vulnerabilidade de 
alguns grupos como negros, indígenas, idosos, deficientes, homossexuais deve se explicita, 
buscando-se as prerrogativas que os resguardem em tempos de violência explicita, 
intimidação e apologia à intolerância. No contexto escolar, o preconceito se perpetua, quando 
gestões usam do termo hierarquia para intimidar, constranger, oprimir, obrigar, manipular 
aqueles que seriam considerados subordinados. A educação pressupõe processo de 
emancipação dos diferentes atores. Assim pais, funcionários e educando compõe uma rede em 
comum, onde ninguém esta abaixo ou acima de ninguém. 
Considerações Finais 
Assim as temáticas contemporâneas como brigas entre famílias, epidemias, preconceitos 
culturais, étnicos e sexuais, problemas ambientais,servidores públicos com má conduta, 
trabalho infantileuso de drogas atestam que novos diálogos precisam ser construídos fazendo 
com que as ciências socioambientais, façam a emergencial articulação entre ecologia e as 
humanidades motivando a construção de novos cenários, mas humanos e sustentáveis, para 
todos, sem distinções. Principalmente no Brasil, dos tempos sombrios, a educação deve se 
reafirmar fazendo com que o desmantelamento do poder público não se efetive, resistindo à 
pilhagem da democracia e lutando contra do desmonte da democracia. Que a ecologia e a área 
de humanidades sobrevivam e refaça um país de todos. É tempo de educadores lutarem e 
resistirem contra esse governo que não representa ninguém e nem nunca representará. 
 
 
Referências 
BARRETO, Leilane de Holanda. SEDOVIM, Waldelice Maria da Rocha. MAGALHÃES, 
Luiz Marconi Fortes. PERCEPÇÕES DE ALUNOS SOBRE PROBLEMAS AMBIENTAIS 
ESCOLARES. In: Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC – Florianópolis, SC – Julho/2006. 
Disponível em 
http://www.sbpcnet.org.br/livro/58ra/SENIOR/RESUMOS/resumo_3264.html. Acesso em 
11. Mai. 2019 
CARTA CAPITAL. DIÁLOGOS DA FÉ: Sobre discriminação, preconceito e outras 
expressões da desigualdade. Disponível em https://www.cartacapital.com.br/blogs/dialogos-
da-fe/sobre-discriminacao-preconceito-e-outras-expressoes-da-desigualdade/. Acesso em 11. 
Mai. 2019 
MOREIRA, André. VÓVIO, Claudia Lemos. MICHELI, Denise. Prevenção ao consumo 
abusivo de drogas na escola: desafios e possibilidades para a atuação do educador. In: 
Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 41, n. 1, p. 119-135, jan./mar. 2015. Disponível em 
http://www.scielo.br/pdf/ep/v41n1/1517-9702-ep-41-1-0119.pdf. Acesso em 11. Mai. 2019 
PAGANINI, Juliana. O trabalho infantil no Brasil: uma história de exploração e sofrimento. 
In: AmicusCuriae Vol.5, Nº.5 (2008), 2011. Disponível em 
http://periodicos.unesc.net/amicus/article/viewFile/520/514. Acesso em 11. Mai. 2019 
SILVA, Rosa Maria Aragão da. SILVA, Elias Liberato da. ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO. 
Disponível em 
http://repositorio.unilab.edu.br:8080/jspui/bitstream/123456789/265/1/Rosa%20Maria%20Ar
ag%C3%A3o%20da%20Silva.pdf. Acesso em 11. Mai. 2019 
Site Brasil Escola.VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. Disponível em 
https://educador.brasilescola.uol.com.br/sugestoes-pais-professores/violencia-domestica.htm. 
Acesso em 11. Mai. 2019

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