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Histologia da Tireoide e da Paratireoide – Michel – 03/10/17
HISTOLOGIA DA TIREOIDE
O modo de atuação dos hormônios pode ser classificado como: endócrino, parácrino e autócrino. No entanto, as glândulas endócrinas podem ser classificadas como:
Folicular: Células se organizam formando folículos. A glândula fica rodeada de vasos sanguíneos. Ex.: Tireoide.
Cordonais: Células se organizam em cordões. A glândula fica ao redor de vasos sanguíneos. Ex.: Paratireoide.
A tireoide apresenta dois lobos (um direito e um esquerdo) e um istmo. As paratireoides ficam localizadas atrás da tireoide (mas podem ocorrer variações do seu posicionamento).
A função da tireoide é produzir T3, T4 e calcitonina.
A tiroide é revestida por uma cápsula de tecido conjuntivo frouxo, que envia septos para o parênquima. 
A tireoide é uma glândula endócrina folicular. Por isso, é formada por milhares de folículos tireoidianos. As células que ficam ao redor do folículo são epiteliais ee podem ser chamadas de tireócitos ou células foliculares.
A cavidade desses folículos apresenta uma substância gelatinosa chamada coloide. Nesse coloide os hormônios tireoidianos ficam armazenados unidos a tireoglobulina.
A tireoide é a única glândula que:
Armazena sua secreção em forma de coloide.
Realiza a captação do iodo para produzir os hormônios tiroidianos. 
A tireoide é um órgão intensamente vascularizado por redes capilares sanguíneos fenestrados e linfa. Essa quantidade de capilares facilita o transporte dos hormônios das células tireoidianas para o sangue.
O iodo é tão importante para a produção de T3 e T4 que a falta de iodo reduz a formação desses hormônios. Assim, a redução da concentração de T3 e T4 aumenta a secreção de TSH pela hipófise. Esse aumento promove a intensificação da atividade da tireoide que produz tireoglobulina (que aumentam o volume do coloide), mas não aumentam a secreção de T3 e T4. Essa intensificação da atuação celular e aumento do coloide no folículo cria o bócio endêmico. 
O volume do coloide se dá, principalmente, pela quantidade de tireoglobulina ali armazenado. A influência de T3 e T4 nesse volume é bem menor.
Os folículos atuam de forma independente dos demais. Isso explica o motivo de ser fácil encontrar nódulos tireoidianos, que representam o aumento do número de poucos folículos de uma região, enquanto o restante da célula está normal. 
Os nódulos tireoidianos podem fazer com que os folículos da região tenham hipo ou hiperatividade.
Vale ressaltar que as características do corte histológico dependem da atividade dos folículos. 
O TSH atua estimulando:
Endocitose do coloide pelas células foliculares.
Captação de iodo.
Produção de tireoglobulina, T3 e T4.
Crescimento celular
Proliferação celular.
O coloide serve de armazenamento de tireoglobulina que por sua vez, apresenta hormônios tireoidianos, DIT e MIT.
O TSH favorece o aumento da atividade do folículo para produzir T3 e T4. Para isso, o coloide deve ser endocitado para interior da célula luminal.
A redução do TSH desfavorece esse processo de endocitose, logo o coloide se acumula no lúmen folicular.
O epitélio da glândula não é classificado conforme a classificação geral dos tecidos. Todas as células que revestem o folículo apresentam estrutura de epitélio simples (mas não classificamos!). O formato da célula (pavimentoso, cúbico ou cilíndrico) depende da atividade folicular.
A baixa intensidade da atuação folicular promove a redução do processo de endocitose do coloide. Assim, o coloide fica sendo armazenado dentro do lúmen folicular e as células foliculares ao redor do lúmen são achatadas e ficam com o formato pavimentoso.
A alta intensidade da atuação folicular promove o aumento do processo de endocitose do coloide para produzir mais hormônios tiroidianos. Isso reduz o volume do coloide presente no lúmen folicular, assim, as células foliculares ficam maiores (pois não são comprimidas pelo coloide), assumindo o formato cuboide ou cilíndrico.
É necessário saber essa variação de formato das células foliculares, no entanto, a glândula só deve ser classificada quanto a presença de folículos ou cordões de células, e não quando ao epitélio.
O hipotireoidismo e o hipertireoidismo podem interferir diretamente na atividade desses folículos. Geralmente, o hipertireoidismo é decorrente de uma maior produção de T3 e T4 pela tiroide e, para que isso ocorra, as células foliculares realizam a endocitose do coloide, assim, suas células não são achatadas e ficam com aspecto cuboide/cilíndrico. (Hipertireoidismo -> + produção hormonal -> - coloide -> Células Cuboides ou Cilíndricas).
Já no hipotireoidismo, a produção de T3 e T4 é extremamente reduzida. Assim, as células tendem a parar de realizar a endocitose do coloide (pois não produz hormônios), assim, o coloide fica armazenado no lúmen folicular e esmaga as células foliculares, que tendem a ficar com o formato pavimentoso. (Hipotireoidismo -> - produção hormonal -> + coloide -> Células Pavimentosas)
Acima, foi mostrada a variação do formato celular no hipotireoidismo e no hipertireoidismo, no entanto, tenha em mente que a variação no formato do epitélio folicular ocorre em indivíduos normais. Essa variação ocorre, pois, como já foi explicitado, os folículos atuam de modo independente. Assim, a quantidade de coloide no interior do lúmen folicular varia de folículo para folículo, assim como o formato momentâneo de seu epitélio.
O nódulo tireoidiano pode ter o folículo ativo ou inativo.
Tanto o hipotireoidismo quanto o hipotireoidismo aumenta o tamanho da glândula.
No hipertireoidismo há um aumento na produção hormonal (há excesso de T3 e T4). O TSH estimula a proliferação dos folículos, logo a glândula aumenta de tamanho pela elevação da multiplicação e suas células. Essa elevação de TSH tende a reduzir o coloide que é usado na síntese de T3 e T4. No entanto, a alta concentração de T3 e T4 não inibe a produção de TSH (há uma falha no feedback de alça longa), assim, o TSH continua elevado, continua estimulando a multiplicação celular e a célula segue seu crescimento.
No hipotireoidismo a baixa produtividade de iodo faz com que o coloide se acumule no folículo, isso faz com que os folículos aumentem de tamanho e pode gerar bócio. 
Hipertireoidismo: Aumento da tireoide por intensificação da multiplicação celular para dar conta da produção hormonal. Hipotireoidismo: Aumenta por acúmulo de coloide, devido a pouca produção hormonal.
Na tireoide há células parafoliculares (célula C), podem ficar em grupo ou separadas. Apresentam o citoplasma um pouco mais claro que o da célula folicular. As células parafoliculares atuam na produção de calcitonina. A calcitonina atua inibindo a retirada do cálcio do osso, favorecendo a ida do cálcio da corrente sanguínea para o osso. A calcitonina inibe a atividade do osteoclasto e promove o aumento da absorção de cálcio pelo osso. A calcitonina é liberada quando a concentração plasmática de cálcio cai.
Obs.: Se a concentração plasmática de cálcio cair: Aumenta a atividade do PTH que aumenta a atividade do osteoclasto. Se a concentração aumentar: A calcitonina é liberada, aumenta a incorporação óssea e reduz a atividade dos osteoclasto.
A tireoide tem muito pouco estroma – tecido conjuntivo frouxo que apresenta fibras importantes na sustentação das células foliculares e parafoliculares. O parênquima é constituído pelas células foliculares e parafoliculares. 
Imagem abaixo: A bola branca representa um folículo ativo, ela representa o processo de endocitose do coloide para a produção hormonal. O rosa é vaso sanguíneo que fica entre os folículos.
Imagem abaixo: Células parafoliculares – não compõe o folículo e apresentam citoplasma mais claro.
Imagem abaixo: Comparação do hipertireoidismo de Graves (esquerda) e do hipotireoidismo (direita).
 
Hiper: Pouco coloide no folículo e muitos processos de endocitose (branco). Hipo: Muito coloide e pouca endocitose.
HISTOLOGIA DA PARATIREOIDE
A função da paratireoide é produzir oparatormônio.
A paratireoide possui uma cápsula de tecido conjuntivo denso. Essa cápsula emite septos que divide a paratireoide e lobos.
Atentar que a paratireoide pode apresentar tecido de tireoide ao seu redor. Além disso, observe na imagem abaixo e a direita a presença de capilares sanguíneos fenestrados entre os cordões de células. 
A glândula paratireoide constitui uma glândula endócrina cordonal. Ou seja, suas células se organizam em cordões.
 
A paratireoide pode apresentar células principais e células oxífilas.
Células principais: predominantes, menores, forma poligonal, núcleo vesicular e citoplasma fracamente acidófilo. Secretam o paratormônio (liberação de Ca+2)
Células oxífilas: poligonais, maiores, apresentam o citoplasma mais claro que as células principais, com função desconhecida. Suspeita-se que são células que antes eram células principais ativas e, agora, secretou toda sua produção e, por isso, apresenta um citoplasma mais claro.
É comum observar tecido adiposo na cápsula e entre os cordões da paratireoide.
O paratormônio (PTH) se liga a receptores ósseos e produzem um fator estimulante de osteoclasto. Isso resulta na intensificação na reabsorção da matriz óssea e o aumento da liberação de cálcio no sangue.
Lembre-se que a calcitonina inibe os osteoclastos, diminuindo a reabsorção óssea e a concentração de cálcio no plasma.

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