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Saber ver Arquitetura - Análise de Leitura

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1 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA 
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO 
DEPARTAMENTO DE PROJETO, PATRIMÔNIO, HISTÓRIA E TEORIA 
TEORIA I 
__________________________________________________________________________ 
Professora: Carina Folena 
Aluna: Glaucy Hellen Herdy Ferreira Gomes Matrícula: 201333097 
 
Atividade 1 
Ao ler pela primeira ver o capítulo A ignorância da Arquitetura não concordei com a 
opinião geral do autor Bruno Zevi, especificamente quando diz que “não existe uma paixão 
pela arquitetura”, já que todo arquiteto formado ou em formação que conheço – grupo em que 
me incluo – demonstra amor pelo que faz e/ou estuda. Mas, lendo pela segunda vez e com 
outro olhar, percebi exatamente o que ele queria dizer com essa frase instigante: a arquitetura 
não demonstra ter apaixonados por estar sempre sendo comparada às outras artes, como se 
por si só ela não fizesse sentido algum, o que não é um fato, a arquitetura possui valor igual 
ou superior às outras artes, só não é compreendida corretamente. 
No início do capítulo, Zevi menciona que “não podemos fechar os olhos diante das 
construções”, ou seja, a arquitetura não pode ser retirada de nossas vidas pois estamos 
rodeados dela a todo tempo, sendo influenciados e norteados por ela. Esse trecho também 
me recorda que, antes de cursar arquitetura, não havia em mim o hábito de olhar atentamente 
para todas as construções – e para além do que elas nos mostram a priori – no decorrer dos 
caminhos em que eu percorresse, cotidianos ou não, além de ter senso crítico para perceber 
as diferenças e as verdades dos adjetivos “bonito” “diferente” “feio” “moderno” 
“contemporâneo” dentre outros agregados à elas. A partir dessa constatação, também posso 
concordar com mais uma frase do capítulo, que diz que “é necessário já ter interesse e notável 
boa vontade para estudar arquitetura”, pois já havia o interesse na área em mim antes mesmo 
do curso - já que a arquitetura em geral me comovia - mas também é preciso estudar o tema 
e conhece-lo antes de fazer um julgamento prévio – posso destacar como fato mais importante 
em meu caminhar no aprendizado em arquitetura o de não perceber a qualidade, quantidade 
e importância das construções em estilo Déco presente em Juiz de Fora antes de ter a “boa 
vontade” de me dedicar aos estudos sobre elas. 
2 
 
Discordo um pouco quando Zevi diz que “o público em geral se interessa por pintura, 
escultura, música e literatura e não por arquitetura” pois, acredito que a arquitetura comova 
as pessoas tanto quanto as outras artes, mas, concordo que não há interesse suficiente em 
estudar e se aprofundar no tema. O que todos conhecemos é somente aquilo que é mostrado, 
noticiado e gritado no nosso dia-a-dia, dou como por exemplo a arquitetura de Oscar 
Niemeyer, que é a mais conhecida pelas pessoas devido à sua grande veiculação na mídia e 
em revistas no geral, mas é pouco conhecida em sua concepção, história e necessidades, 
coisas que só aprendemos com um pouco de boa vontade e maior interesse no assunto (sou 
também um exemplo disso, já que antes de estudar arquitetura acreditava que Niemeyer havia 
projetado Brasília sozinho, não conhecendo ao menos a figura e importância de Lúcio Costa). 
Finalizando minhas percepções acerca do capítulo lido, notei que Bruno Zevi insiste 
que deve ser proposta “uma clareza de método” para saber ver a arquitetura e, quanto a isso, 
declaro que concordo totalmente, pois aprender arquitetura não é algo simples, não pode ser 
uma receita onde poderemos ler os ingredientes, cumprir o modo de preparo e ao final 
seremos exímios arquitetos isentos de projetar/construir qualquer barbaridade em nossas 
cidades. Não. Aprender arquitetura deve ser mais, deve ser além de comparações com os 
traços de Mondrian ou com a volumetria de Le Corbusier – como é muitas vezes ensinado. 
Aprender arquitetura deve ser saber além, é atender às necessidades do ser humano por 
espaço, conforto, comodidade, praticidade, pensamento sociológico, urbanístico e 
sustentável, além de apresentar estética, função e forma de acordo com cada uma das 
intenções propostas (ou não), além de outros inúmeros aspectos.

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