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Trabalho Transtorno Bipolar (1)

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA – UNAMA
Curso: Psicologia
Disciplina: Psicologia: entrevistas e Testes Projetivos
Profª: Daniele Graim
Alunos: Carolini Moulié Cidrini G. Berbat
	 Karla Oliveira
	 Josivel Souza
	 Gabriela 
	 Rodrigo Ferrari
	 Rafaela Pinheiro
Turno: Manhã Turma: ALC0120105NMB
Trabalho Pontuado: Transtorno Bipolar
Características Gerais
O Transtorno bipolar é um distúrbio psiquiátrico complexo, classificado como transtorno de humor. Tem por característica mais marcante a alternância, às vezes súbita, de episódios de depressão com os de euforia (mania e hipomania) e de períodos assintomáticos entre eles. As crises podem variar de intensidade (leve, moderada e grave), freqüência e duração. As flutuações de humor têm reflexos negativos sobre o comportamento e atitudes dos pacientes, e a reação que provocam é sempre desproporcional aos fatos que serviram de gatilho ou, até mesmo, independem deles. Em geral, essa perturbação do humor se manifesta tanto nos homens quanto nas mulheres, entre os 15 e os 25 anos, mas pode afetar também as crianças e pessoas mais velhas.
2 – Classificação:
De acordo com o DSM-5 e o CID-10, o transtorno bipolar pode ser classificado nos seguintes tipos:
Transtorno bipolar Tipo I = O portador do distúrbio apresenta períodos de mania e fases de humor deprimido. Tanto na mania quanto na depressão, os sintomas são intensos e provocam profundas mudanças comportamentais e de conduta, que podem comprometer não só os relacionamentos familiares, afetivos e sociais, como também o desempenho profissional, a posição econômica e a segurança do paciente e das pessoas que com ele convivem. O quadro pode ser grave a ponto de exigir internação hospitalar por causa do risco aumentado de suicídios e da incidência de complicações psiquiátricas.
Transtorno bipolar Tipo II = Há uma alternância entre os episódios de depressão e os de hipomania (estado mais leve de euforia, excitação, otimismo e, às vezes, de agressividade), sem prejuízo maior para o comportamento e as atividades do portador.
Transtorno bipolar não especificado ou misto = Os sintomas sugerem o diagnóstico de transtorno bipolar, mas não são suficientes nem em número nem no tempo de duração para classificar a doença em um dos dois tipos anteriores.
Transtorno ciclotímico = É o quadro mais leve do transtorno bipolar, marcado por oscilações crônicas do humor, que podem ocorrer até no mesmo dia. O paciente alterna sintomas de hipomania e de depressão leve que, muitas vezes, são entendidos como próprios de um temperamento instável ou irresponsável.
 O código atribuído para o diagnóstico do transtorno é F31, sendo usado um terceiro dígito para especificar o tipo e a gravidade do episódio atual.
3 - Causas
 	Quanto às possíveis causas efetivas do transtorno bipolar, estas ainda não foram determinadas, mas estudos demonstram que diversos fatores possam estar envolvidos: 
Fatores genéticos: pessoas com histórico de transtorno bipolar em familiares são mais suscetíveis à doença
Desequilíbrio entre os neurotransmissores
Alterações em diversas áreas do cérebro 
Fatores de risco psicológicos: é preciso levar em conta as experiências do sujeito, o seu modelo mental, como pensa sobre o acontecimento estressante quando ele ocorre.
4 - DIAGNÓSTICO
 	O diagnóstico do transtorno bipolar é clínico baseado no levantamento da história e no relato dos sintomas pelo próprio paciente ou por um amigo ou familiar. Em geral, o diagnóstico leva tempo para ser concluído, porque os sinais podem ser confundidos com os de doenças como esquizofrenia, depressão maior, síndrome do pânico, distúrbios da ansiedade. Daí a importância de estabelecer o diagnóstico diferencial antes de propor qualquer medida terapêutica.
4 - Sintomas 
Depressão: humor deprimido, tristeza profunda, apatia, desinteresse pelas atividades que antes davam prazer, isolamento social, alterações do sono e do apetite, redução significativa da libido, dificuldade de concentração, cansaço, sentimentos recorrentes de inutilidade, culpa excessiva, frustração e falta de sentido para a vida, esquecimentos, idéias suicidas.
Mania: estado de euforia exuberante, com valorização da auto-estima e da autoconfiança, pouca necessidade de sono, agitação psicomotora, descontrole ao coordenar as idéias, desvio da atenção, compulsão para falar, aumento da libido, irritabilidade e impaciência crescentes, comportamento agressivo, mania de grandeza. Nessa fase, o paciente pode tomar atitudes que reverterão em dano a si próprio e às pessoas próximas, como demissão do emprego, gastos descontrolados de dinheiro, envolvimentos afetivos apressados, atividade sexual aumentada e, em casos mais graves, delírios e alucinações.
Hipomania: os sintomas são semelhantes aos da mania, porém bem mais leves e com menor repercussão sobre as atividades e relacionamentos do paciente, que se mostra mais eufórico, mais falante, sociável e ativo do que o habitual. Em geral, a crise é breve, dura apenas uns poucos dias. Para efeito de diagnóstico, é preciso assegurar que a reação não foi induzida pelo uso de antidepressivos.
O Transtorno bipolar não tem cura, mas pode ser controlado. O tratamento inclui o uso de medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida, tais como o fim do consumo de substâncias psicoativas, (cafeína, anfetaminas, álcool e cocaína, por exemplo), o desenvolvimento de hábitos saudáveis de alimentação e sono e redução dos níveis de estresse.
A psicoterapia é um recurso importante no tratamento da bipolaridade, uma vez que oferece suporte para o paciente superar as dificuldades impostas pelas características da doença, ajuda a prevenir a recorrência das crises e, especialmente, promove a adesão ao tratamento medicamentoso que, como ocorre na maioria das doenças crônicas, deve ser mantido por toda a vida.
- Progressão ao longo do prazo/prognóstico do transtorno.
É perfeitamente possível ter uma vida normal mesmo tendo a doença. O tratamento para transtorno bipolar costuma durar por muito tempo, até mesmo anos. É feito por diversos especialistas de várias áreas – como psicólogos, psiquiatras e neurologistas. Primeiramente, a equipe médica, tenta descobrir quais são os possíveis desencadeadores da alteração de humor. Também podem ser investigados os problemas médicos ou emocionais que influenciam no tratamento. O transtorno bipolar não desaparece sozinho, por isso, o tratamento é imprescindível para garantir a qualidade de vida do paciente e levá-lo à recuperação. Contudo, os períodos de depressão e mania voltam a ocorrer na maioria dos pacientes, mesmo sob tratamento.
Algumas formas de tratamento do transtorno bipolar:
Hospitalização;
Uso diário de medicamentos para controle das alterações de humor;
Quando os sintomas já estão controlados, o tratamento avança e o foco passa a ser manter as alterações de humor do paciente estáveis;
Se o caso do paciente for de dependência física ou psíquica de substâncias como álcool, drogas ou cigarro, o tratamento também deverá também reabilitar o paciente desses vícios.
Os principais objetivos da terapia para transtorno bipolar são:
Evitar a alternância entre as fases
Evitar a necessidade de hospitalização
Ajudar o paciente a agir da melhor maneira possível entre os episódios
Impedir comportamento autodestrutivo e suicídio
Reduzir a gravidade e a freqüência dos episódios
A psicoterapia é outra parte vital do tratamento de transtorno bipolar. Neste sentido, vários tipos de terapia podem ser úteis. 
 Terapia cognitiva comportamental
 Psicopedagogia
 Terapia familiar.
O paciente com transtorno bipolar vai precisar fazer algumas mudanças em seu estilo de vida para parar e/ou diminuir com as oscilações de comportamento. Segue algumas medidas que poderão ajudar na recuperação e tornarão o prognóstico mais aceitável:
Abandono de vícios, como bebidas e uso de drogas;
Relacionar-se com pessoas positivas
Fazer exercícios físicos regularmente. A atividade física regular e moderadapode ajudar a estabilizar o humor.
Dormir o suficiente é essencial para controlar as oscilações de humor. 
	
Se não for tratado, transtorno bipolar pode levar a complicações graves, como:
Dependência física, química e psíquica de substâncias como álcool, cigarro e drogas
Problemas legais e com a justiça
Problemas financeiros
Problemas e tensões em relacionamentos e outras relações pessoais
Isolamento e solidão
Problemas profissionais e fraco desempenho no trabalho, na escola e nos estudos em geral
Suicídio.
Base neuropsicológica do Transtorno de Humor Bipolar
O transtorno de humor bipolar é um transtorno complexo que apresenta diversos quadros clínicos, modelos neurobiológicos e etiológicos que tem como objetivo explicar melhor o surgimento e manifestação da doença. Ainda que seja de difícil avaliação quanto a relação de causa e efeito entre o surgimento dos sintomas e os achados bioquímicos e moleculares descrito em pacientes bipolares, inúmeras alterações na função cerebral tem sido descritas em pacientes apresentando quadros de depressão e mania.
Sistema de neurorrecepetores: Estudos têm descrito alterações neuroquímicas no THB, por meio da avaliação de diversos hormônios, neurotransmissores e seus metabólitos. Estes estudos mostrado alterações na regulação dos sistemas noradrenérgico, serotonérgico, dopaminérgico e colinérgico. Essas aminas biogênicas são amplamente distribuídas no sistema límbico, da quais estão envolvidas na modulação do sono-vigília, do apetite, de funções endócrinas e de estados comportamentais, como irritabilidade e medo. Também tem sido sugerido que as alterações relacionadas a esses neurotransmissores monoaminérgicos possam ocorrer no THB em virtude de alterações na sensibilidade de seus receptores.
Estudos avaliando o metabolismo noradrenérgico em pacientes maníacos comparados com controles normais descrevem aumento nos níveis ligúricos do metabólito da noradrenalina, 3-metoxi-4-hidroxife-nilmetil-glicol (MHPG), e também elevação nos níveis urinários de noradrenalina. Quando utilizado o lítio, foi observada uma diminuição significativa desses marcadores nos pacientes maníacos. Outro neurotransmissor relacionado à biologia do THB é o ácidogama-aminobutírico (GABA). O ácido gama amino-butírico (GABA), principal neurotransmissor inibitório do sistema nervoso central, também parece estar envolvido no THB. O GABA modula a atividade de vários neurotransmissores, incluindo serotonina, dopamina e noradrenalina. A síntese do GABA inicia-se pela descarboxilação de seu precursor, o glutamato. Diminuição nos níveis de GABA tem sido descrita no cérebro, líquor e plasma de pacientes bipolares. Também a maioria dos estabilizadores do humor apresenta efeitos terapêuticos mediados por modulação gabaérgica. Além disso, achados de disfunções no metabolismo da dopamina no THB relacionam-se aos achados de indução de mania com o uso de estimulantes com propriedades dopaminérgicas e polimorfismos em genes como o dopamina beta-hidroxilase, entre outros achados. Com relação ao sistema serotonérgico, anormalidades em genes do sistema serotonérgico, assim como elevação de cálcio intracelular induzido por serotonina (5-HT), são achados neurobiológicos descritos na mania bipolar. Com relação à noradrenalina, o conceito geral relaciona-se com aumento no turnover noradrenérgico na mania e diminuição na depressão. Porém, a noradrenalina é metabolizada também perifericamente pelo sistema simpático, o que pode dificultar a caracterização desses achados como provenientes do SNC. Da mesma forma, a presença de polimorfismos em genes moduladores da formação de dopamina, como a dopamina beta-hidroxilase sugere a participação do metabolismo dopaminérgico na doença. Cabe lembrar que, por ser uma doença multifatorial e poligênica do ponto de vista biológico, esses achados relacionados a alterações em sistemas de neurotransmissão tornam-se pouco representativos se avaliados de forma isolada. Futuros estudos que busquem trazer novos conhecimentos sobre a inter-relação metabólica entre os diversos sistemas de neurotransmissão supostamente alterados no THB poderão propiciar melhor avaliação da importância desses achados. O estudo da possível relação entre as anormalidades observadas nesses sistemas de neurotransmissão e a manifestação clínica do THB também auxiliará na avaliação da influência de determinadas alterações bioquímicas na modulação tanto do humor como de funções cognitivas e neurovegetativas.
6 - Por que o paciente do quadro clínico se enquadra ou não nessa patologia? Justifique.
No momento de levantamento de hipóteses e perguntas iniciais, abriu-se a possibilidade da hipótese de transtorno bipolar, devido ao fato de apresentar sintomas como o envolvimento do paciente em atividades prejudiciais a sua vida, bem como episódios depressivos. 
No entanto, no transtorno bipolar, as alterações no comportamento do indivíduo, fazem com que ele oscile entre momentos de felicidade e depressão repentinamente. As chamadas "oscilações de humor" que significam alternâncias entre a mania (estado eufórico) para um estado depressivo. A freqüência é variada, assim como a intensidade do quadro. O paciente ilustrado não apresenta esta alternância do estado eufórico para o depressivo. Não há permanência no estado de euforia, mas os dados apontam para uma depressão grave, com risco de suicídio, sintomas de psicose e alucinações. 
Conclusão
Como dito anteriormente o transtorno bipolar não possui uma cura. Contudo, os cuidados básicos vão levar o paciente a uma vida normal; os medicamentos estabilizadores de humor podem ajudar a controlar os sintomas. O apoio da família e pessoas próximas torna-se imprescindível para o restabelecimento do paciente, sendo suporte nos períodos de crise ou de surto, apoio para tomar os medicamentos corretamente e ajudando na reinserção social logo que a crise seja controlada. Estarem atentos aos possíveis "gatilhos" desencadeadores de crises e, através de um diálogo construtivo, fazer com que o próprio paciente enxergue isto sem qualquer vergonha. Acompanhá-lo e incentivá-lo a um tratamento seguro e eficaz.
Referências
DE DEUS, PERSIO RIBEIRO GOMES. Transtorno bipolar: Sintomas, Tratamentos e Causas. Disponível em: <https://www.minhavida.com.br/saude/temas/transtorno-bipolar >. Acesso em: 02/03/2019.
DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais.2º edição.- Porto Alegre: Artmed,2008.
VITAL, MARCEL. Psiquiatra explica como identificar e tratar o transtorno bipolar. Disponível em: http://www.saude.al.gov.br/2017/01/09/psiquiatra-explica-como-identificar-e-tratar-o-transtorno-bipolar/. Acesso em: 02/03/2019.
KAPLAN & SADOCK. Compêndio de Psiquiatria. Ciência do Comportamento e Psiquiatria Clínica. 11ª edição. – Porto Alegre: Artmed, 2017.
RODRIGO MACHADO-VIEIRA; RODRIGO A. BRESSAN; BENÍCIO FREY; JAIR C. SOARES. As bases neurobiológicas do transtorno bipolar. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rpc/v32s1/24409.pdf

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