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TransTorno do EspEcTro 
auTisTa - TEa
curso sobre
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eTAPA 1 
QueM sÃo os AuTIsTAs? 
AsPecTos TeÓrIcos
AuTor: MArcelo MArTIns
orgAnIzAçÃo: AnA clArIsse AlencAr bArbosA
APoIo: nuAP - núcleo de APoIo PsIcoPedAgÓgIco, nIA - 
núcleo de InclusÃo e AcessIbIlIdAde e 
gruPo de APoIo educAcIonAl AuTIsMos
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HisTÓricas da 
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1 InTroduçÃo
Olá, estudante!
Estamos iniciando o curso livre “Transtorno do Espectro Autista – TEA”. 
Neste primeiro momento queremos que você possa familiarizar-se com uma 
compreensão melhor a respeito do conceito que envolve o TEA, e também com as 
características históricas da nomenclatura e definições do termo autismo. Ainda 
que esta etapa inicial seja mais teórica, ela é extremamente importante e nos 
facilitará na compreensão de muitos aspectos do TEA. 
Assim, convidamos você a trilhar este caminho na compreensão do 
Autismo. Vamos lá!
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2 coMPreensÕes do conceITo AuTIsMo
Autismo é um dos problemas atuais que mais tem levantado questiona-
mentos e intrigado famílias, pesquisadores, médicos, educadores e o mundo de 
uma forma geral. Mas, afinal, o que é autismo? 
Para Ana Elizabeth Cavalcanti, nada mais difícil de conceituar que o autis-
mo. Enquanto a neurologia o descreve como uma síndrome, enfatizando o déficit 
da capacidade afetiva, da comunicação e da linguagem, insistindo em sua deter-
minação puramente orgânica, a psiquiatria divide-se entre as tendências a con-
siderá-lo um distúrbio psicoafetivo ou uma doença geneticamente determinada 
(CAVALCANTI, 2007). 
Conforme Eliana Rodrigues Boralli Lopes, autismo é considerado uma síndrome 
comportamental com etiologias múltiplas e distúrbio de desenvolvimento, algumas 
vezes combinado com dificuldades de linguagem e alterações de comportamento. O 
autismo é caracterizado por um déficit na interação social que se demonstra através 
da dificuldade de relacionar-se com outras pessoas (LOPES, 1997). 
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O Transtorno do Espectro Autista trata-se de uma síndrome intrigante, com-
plexa e que, apesar de enormes avanços alcançados por meio de estudos, pesqui-
sas, descobertas etc. ainda carece de algumas respostas. Por isso, pode ser com-
parado a um grande quebra-cabeça. 
FIGURA 1 - QUEBRA-CABEÇA
FONTE: <http://bit.ly/2YLDBKp>. Acesso em: 18 jan. 2019
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Quebra-cabeça é um dos símbolos do Autis-
mo por causa da sua complexidade. A cor símbolo do 
Autismo é azul, por causa do fato de a incidência ser 
maior em meninos do que meninas (uma proporção de 
uma menina para quatro meninos).
Pesquisas apontam que o TEA afeta mais meninos que meninas. Ou seja, 
uma proporção de uma menina para quatro meninos. Conforme Carlo Schmidt, 
há maior severidade dos sintomas de autismo e deficiência mental em mulheres, 
ocorrendo em 36% destas, em comparação a 30% no caso dos homens (BLACHER; 
KASARI, 2016 apud SCHMIDT, 2017). 
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FIGURA 2 – PROPORÇÃO DE MENINAS E MENINOS
FONTE: Grupo Autismos, 2018. Acesso em 22.01.2018.
Quando vamos verificar a construção da palavra autismo, descobrimos que 
esta palavra deriva da junção de dois radicais gregos: “autos” e “ismo” (PEREIRA, 
1969). Se traduzido literalmente, a formação da palavra, com base na língua grega, 
em si, quer dizer “orientação para si mesmo, ou situação voltada para si mesmo”.
O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea define autismo como 
“fenômeno patológico mental, caraterizado pela tendência para o alheamento 
da realidade exterior e uma constante introspecção” (DICIONÁRIO, 2001, p. 37). 
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Outros dicionários da língua portuguesa, como o de Antônio Houaiss, 
seguem na mesma direção. Sendo assim, se aplicarmos estritamente o sentido 
da palavra na língua portuguesa, pode-se dizer que a pessoa com autismo é 
aquela pessoa que tem grande dificuldade de distinguir sua própria identidade 
e, de forma similar, a daqueles que estão ao seu redor. 
Abrindo mais o leque e consultando alguns autores e pesquisadores que 
estudam e escrevem sobre autismo, podemos observar alguns conceitos que 
cooperam para o nosso início de compreensão. 
Conforme Steiner (1998, p. 14), autismo é: 
Uma deficiência incurável que afeta a maneira como a pessoa se comunica 
e relaciona com quem está à sua volta. As crianças com autismo têm 
dificuldades em se relacionar com os outros de forma significativa. A sua 
capacidade de desenvolver amizades geralmente é limitada, bem como sua 
capacidade de compreender as expressões emocionais de outras pessoas. 
Algumas crianças, mas não todas, também apresentam dificuldades de 
aprendizagem. Todas as crianças com autismo têm dificuldades com a 
interação social, comunicação social e imaginação. Estas dificuldades são 
conhecidas como a ‘tríade de dificuldades´.
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A autora Adriana Yudit Chadarevian afirma que autismo é um transtorno 
de desenvolvimento em que se produzem alterações de diferentes gravidades 
em áreas como a linguagem e a comunicação, e no campo da convivência social 
e na capacidade de imaginação (CHADAREVIAN, 2009, p. 17). 
Christian Gauderer (1997, p. 3) destaca alguns aspectos que vão além do 
conceito e que apresentam de forma mais clara alguns dos “sintomas” do autismo. 
Segundo o autor, alguns destes “sintomas” são:
1. Distúrbios no ritmo de aparecimentos de habilidades físicas, sociais e 
linguísticas. 
2. Reações anormais às sensações. As funções ou áreas mais afetadas são: 
visão, audição, tato, dor, equilíbrio, olfato, gustação e maneira de manter o 
corpo. 
3. Fala e linguagem ausentes ou atrasadas. Certas áreas específicas do 
pensar, presentes ou não. Ritmo imaturo da fala, restrita compreensão de 
ideias. Uso de palavras sem associação com o significado. 
4. Relacionamento anormal com os objetos, eventos e pessoas. Respostas 
não apropriadas a adultos ou crianças. Objetos e brinquedos não usados 
de maneira devida. 
Na perspectiva de Gilberg, pode-se considerar que o autismo é uma sín-
drome comportamental com múltiplas etiologias e com um distúrbio de desen-
volvimento, caracterizado por um déficit na interação social, com perturbações de 
linguagem e alterações de comportamento (GILBERG, 1990).
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TE Autismo é um transtorno neurológico caracter-
izado por comprometimento da INTERAÇÃO SOCIAL, 
comunicação VERBAL e NÃO VERBAL e pelo compor-
tamento RESTRITO e REPETITIVO (GRUPO AUTISMOS, 
2018, p. 2).
A definição aceita pela National Society for Autistic Children e pela OMS 
é a seguinte: 
Autismo é uma síndrome presente desde o nascimento e se manifesta 
invariavelmente antes dos 30 meses de idade. Caracteriza-se por respostas 
anormais a estímulos auditivos ou visuais, e por problemas graves quanto à 
compreensão da linguagem falada. A fala custa a aparecer, e, quando isto acontece, 
nota-se ecolalia, uso inadequado dos pronomes, estruturas gramaticais imaturas, 
inabilidade de usar termos abstratos. Há também, em geral, uma incapacidade 
na utilização social, tanto da linguagem verbal como da corpórea. Ocorrem 
problemas muito graves de relacionamento social antes dos cinco anos de idade, 
como incapacidade de desenvolver contato olho a olho, ligação social e jogos 
em grupo. O comportamento é usualmente ritualístico e pode incluir rotinas de 
vida anormais, resistência a mudanças, ligação a objetos estranhos, e um padrão 
de brincar estereotipado. A capacidade para pensamento abstrato-simbólico ou 
para jogos imaginativos fica diminuída. A inteligência varia de muito subnormal, 
anormal ou acima. A performance é com frequência em tarefas que requerem 
memória simples ou habilidade visuoespacial, comparando-se com aquelas que 
requerem capacidade simbólica ou linguística (CAMPELO, 2016, p. 3).
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No ano de 1994 (data da publicação do DSM-IV, Manual Estatístico e 
Diagnóstico de Transtornos Mentais), Salomão Schwartzman destacou algumas 
características importantes na compreensão das crianças com autismo: 
Bastante comum encontrarmos, entre crianças autistas, movimentos repetitivos 
tais como flapping das mãos (movimentos de bater as asas); balanceio do corpo; 
girar em torno do seu eixo; ficar olhando para as mãos enquanto se movimentando; 
movimentos estereotipados dos dedos; hábito de morder as mãos ou de ficar 
puxando os cabelos. Estas crianças tentam impor rotinas a todas as atividades 
de vida diária e reagem, de forma muito veemente, a alterações (por vezes sutis) 
no ambiente. Uma simples alteração num percurso habitual, uma modificação na 
forma como os móveis são arranjados ou a modificação da disposição de alguns 
brinquedos podem desencadear uma reação intensa, aparentemente imotivada. 
Sua forma de brincar demonstra falta de criatividade, e utilizam-se dos brinquedos 
de forma peculiar e, às vezes, bizarra. É bastante frequente que explorem os 
objetos e brinquedos cheirando-os, levando-os à boca etc. Podem entreter-
se durante horas seguidas passando a mão sobre uma superfície qualquer ou 
repetindo a mesma tarefa, como montar um mesmo quebra-cabeças, ouvir uma 
mesma música ou assistir a um mesmo filme (SHWARTZMAN, 1994, p. 27). 
A figura na sequência exemplifica essas características comportamentais. 
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FIGURA 3 – CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS 
FONTE: <http://bit.ly/2TWCRhM>. Acesso em: 16 jan. 2018.
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O DSM-5 (versão mais atual do Manual Estatístico e Diagnóstico de 
Transtornos Mentais) descreve autismo da seguinte forma: 
O transtorno do espectro autista caracteriza-se por déficits persistentes na 
comunicação social e na interação social em múltiplos contextos, incluindo 
déficits na reciprocidade social, em comportamentos não verbais de 
comunicação usados para interação social e em habilidades para desenvolver, 
manter e compreender relacionamentos. Além dos déficits na comunicação 
social, o diagnóstico do transtorno do espectro autista requer a presença de 
padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. 
Considerando que os sintomas mudam com o desenvolvimento, podendo 
ser mascarados por mecanismos compensatórios, os critérios diagnósticos 
podem ser preenchidos com base em informações retrospectivas, embora a 
apresentação atual deva causar prejuízo significativo (DSM-5, 2013, p. 31).
Conforme estudos e pesquisas, o TEA pode se manifestar já nos primeiros 
meses de vida ou se apresentar após o período inicial de desenvolvimento apa-
rentemente normal seguido por regressão do desenvolvimento (autismo regres-
sivo), o que ocorre em cerca de 30% dos casos diagnosticados (CAMINHA, 2016). 
O tal hoje chamado de “Espectro” dos autismos ampliou-se tanto que a 
quantidade de sujeitos supostamente afetados multiplicou-se por dez em apenas 
20 anos, até atingir a frequência de uma criança em cada 100. Se incluirmos nesse 
espectro aqueles ditos “não especificados”, esse número cresce ainda mais. Em 
dez anos, o número de crianças que entraram em categorias psicopatológicas 
aumentou 35 vezes! Mas é no campo do autismo que o ritmo é mais intenso. 
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A OMS através do CID divulga que hoje a incidência é de 1 autista para 
cada 100 neurotípicos. Alguns outros órgãos chegam a colocar a porcentagem 
para 1 a cada 80 crianças, e outros ainda uma porcentagem menor. A última 
pesquisa foi realizada em 11 estados daquele país e organizada pelo Autism and 
Developmental Disabilities Monitoring (ADDM), utilizando registros da avaliação 
de crianças até oito anos de idade com diagnóstico de autismo, Asperger ou 
TGD-SOE (U.S. Department of Health and Human Services, 2014). O resultado 
confirmou que a cada mil nascidos, 14,7 crianças apresentam autismo, ou seja, 
uma pessoa com autismo a cada 68 (CHRISTENSEN et al., 2016 apud SCHMIDT, 
2017). A dificuldade de precisão se estabelece por causa de diversos fatores, por 
exemplo: quem se enquadra exatamente dentro deste espectro.
É importante lembrar que os casos de autismo têm sido relatados em 
todos os grupos étnicos, raciais e socioeconômicos.
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FIGURA 4 – Autism Society 
Nome original é Sociedade Nacional para Crianças Autis-
tas; o nome foi mudado para enfatizar que as crianças com autis-
mo crescem. 
FONTE: <http://bit.ly/2TUYGyn>. Acesso em: 28 jan. 2019.
FIGURA 5 – OMS
FONTE <http://bit.ly/2G09Yh4>. Acesso em: 28 jan. 2019.
 Organização Mundial da Saúde é uma agência especializada 
em saúde, fundada em 7 de abril de 1948 e subordinada à Organi-
zação das Nações Unidas. 
FONTE: <http://bit.ly/2FZswyb>. Acesso em: 28 jan. 2019.
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3 cArAcTerÍsTIcAs HIsTÓrIcAs dA 
noMenclATurA e deFInIçÕes de AuTIsMo
Visitando a história, descobre-se que a primeira vez que a palavra autismo 
aparece na literatura foi em 1906. Ela foi usada por Plouller ao introduzir o 
adjetivo autista na literatura psiquiátrica quando estudava pacientes que 
tinham diagnósticode demência precoce. Depois, em 1911, o psiquiatra Bleuler 
definiu o termo autismo como perda de contato com a realidade, causada pela 
impossibilidade ou grande dificuldade na comunicação interpessoal (CAMARGOS 
JUNIOR et al., 2005). 
No ano de 1943, um austríaco naturalizado americano chamado Léo Kanner, 
que naquele momento era psiquiatra infantil da John Hopkins University (E.U.A.), 
fez um trabalho que posteriormente se tornaria muito conhecido e relevante, 
denominado de: “Autistic Disturbance of Affective Contact” (“Distúrbio autístico 
de contato afetivo”). Nesse trabalho Kanner usou o termo autismo, empregado 
por Plouller, para descrever a qualidade de relacionamento daquelas crianças. 
A contribuição principal do trabalho de Kanner foi em diferenciar o autismo de 
outras psicoses graves na infância. 
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FIGURA 6 – LÉO KANNER
FONTE: <http://bit.ly/2CWO7W1>. Acesso em: 10 jan. 2019.
Tamanha foi a importância do trabalho de Kanner e todos os 
desdobramentos que vieram após ele, que o autor Gauderer salienta que, 
Em um período de dois anos, Kanner criou o substantivo e passou a falar 
em autismo primário (aquele que ocorre desde o nascimento) e secundário 
(aquele que se manifesta após alguns anos). Durante algum tempo chegou-se 
inclusive a chamar essa entidade de síndrome de Kanner, em sua homenagem, 
ressaltando-se sua seriedade, honestidade e, principalmente, flexibilidade. Ele 
considerou, a princípio, a causa dessa entidade como física, depois psicológica 
e, posteriormente, novamente física, sempre deixando bem claro que isto era 
resultado de teorias e que, como tal, pode mudar (GAUDERER, 1997, p. 06). 
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 Marion Leboyer ressalta também que 
A primeira definição de autismo foi dada por Leo Kanner em 1943 no artigo 
intitulado “Distúrbios autísticos do contato afetivo” (Autistic disturbances 
of affective contact). São chamadas autistas as crianças que têm inaptidão 
para estabelecer relações normais com o outro; um atraso na aquisição da 
linguagem e, quando ela se desenvolve, uma incapacidade de lhe dar um 
valor de comunicação. Essas crianças apresentam igualmente estereotipias 
gestuais, uma necessidade imperiosa de manter imutável seu ambiente 
material, ainda que deem provas de uma memória frequentemente notável. 
Contrastando com esse quadro, elas têm, a julgar por seu aspecto exterior, um 
rosto inteligente, e uma aparência física normal (LEBOYER, 1985, p. 9). 
Kanner descreveu o Autismo como “um distúrbio autista inato do contato 
afetivo”, tendo como aspecto relevante uma anormalidade social. Deu ênfase 
que este distúrbio se apresentava nos primeiros estágios do desenvolvimento 
(ROSENBERG, 2003). 
A partir deste momento na história houve diversas revisões do termo, 
baseadas nos resultados de numerosas investigações. O próprio Kanner revisou 
seu conceito várias vezes, mas sempre enquadrou o Autismo Infantil (AI) dentro do 
grupo de psicoses infantis. Mas, segundo alguns autores, além de uma síndrome, 
Kanner acabou criando um campo de controvérsias (CAVALCANTI, 2007). 
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Foi Kanner também quem desenvolveu o pensamento de que o problema 
advinha de um relacionamento entre mãe e filho. Este pensamento ficou conheci-
do como “mãe-geladeira”, ou uma “relação gélida”. Segundo Kanner, essas “carac-
terísticas” dos pais vão permanecer por muito tempo como um traço a ser levado 
em conta para o diagnóstico do “Autismo infantil precoce”. De acordo com Kanner, 
por mais de 30 anos estabeleceram-se ligações entre essa patologia e “pais in-
telectuais”, tanto em neuropsiquiatria como em psicanálise (CAVALCANTI, 2007). 
Entretanto, esta ideia tem sido descartada pela grande maioria dos 
estudiosos e pesquisadores da área. Tratando desta questão, o neuropediatra 
Fernando Gustavo Stelzer afirma:
Cabe finalizar esta seção destacando que não se defende mais ideias de que 
o autismo tenha qualquer origem psicogênica, como se acreditava no passado. 
Desta forma, as teorias psicogênicas, das “mães-geladeira” ou outras, que 
tinham por base a rejeição dos pais, especialmente da mãe, em relação à 
criança autista, não merecem qualquer menção como causa do autismo, por 
serem equivocadas e terem sido completamente abandonadas. Assim como 
estas hipóteses foram derrubadas, foi também o tratamento psicoterápico 
do autismo. Infelizmente, deve-se mencionar estas ideias neste texto, com a 
esperança de que não se repita mais este triste capítulo da história do autismo 
(STELZER, 2010, p. 25). 
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Colabora com este pensamento o psicanalista Éric Laurent, ao afirmar que 
“fazemos parte de uma geração de psicanalistas que já se livrou há um bom 
tempo da absurda hipótese de que o autismo seria culpa dos pais, especialmente 
das mães” (LAURENT, 2014). Schwartzman lembra que, graças a esta hipótese 
psicogênica, os pais de crianças autistas passaram a carregar a culpa pelo quadro 
da criança, e toda uma série de tratamentos foi e continua sendo utilizada partindo-
se desta hipótese etiológica que nunca chegou a ser claramente demonstrada 
(SCHWARTZMAN, 1994, p. 25). Segundo ele, nas últimas décadas esta visão tem 
sido rechaçada por grande parte dos autores que estudam autismo. 
Paralelamente aos estudos e pesquisas de Kanner, havia um outro 
estudioso austríaco que era médico psiquiatra e professor, chamado Hans 
Asperger (1906-1980), que também se debruçava na busca por um entendimento 
melhor das crianças que apresentavam estes problemas. 
Ele divergia de Kanner em alguns aspectos, mas trouxe grandes 
contribuições também na questão do TEA. Conforme Schmidt (2017, p. 222), 
assume- se que as diferenças entre as descrições realizadas por Hans Asperger 
diferem daquelas explicitadas no artigo de Kanner apenas por intensidade e 
frequência dos mesmos sintomas, sendo pertencentes predominantemente às 
mesmas áreas: sociocomunicativa e comportamental. 
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FIGURA 7– HANS ASPERGER 
FONTE: <http://bit.ly/2UhIBIe>. Acesso em: 28 jan. 2018.
 Em 1967, baseado na escola inglesa, O’Gorman organizou determinados 
critérios para um possível diagnóstico de autismo caracterizado por:
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Dificuldades em relacionar-se com as pessoas; complicado retardo mental; 
dificuldades no desenvolvimento da linguagem ou na manutenção da fala já 
aprendida; respostas diferenciadas a sons; maneirismos (exagero) ou distúrbios 
do movimento; grande resistência psicológica a mudanças (BIHR, 2003, p. 07). 
No ano de 1977, a “Board of Directors of the National Society Autistic 
Children”, também denominada de ASA, dos USA, deu a seguinte declaração 
resumida sobre autismo:O autismo é uma inadequacidade no desenvolvimento que se manifesta de 
maneira grave, por toda a vida. É incapacitante, e aparece tipicamente nos três 
primeiros anos de vida. Acomete cerca de 20 entre cada dez mil nascidos e é 
quatro vezes mais comum no sexo masculino do que no feminino. É encontrada 
em todo o mundo e em famílias de qualquer configuração racial, étnica e social. 
Não se conseguiu provar até agora qualquer causa psicológica no meio ambiente 
dessas crianças que possa causar autismo (GAUDERER, 1997, p. 22). 
O interesse e pesquisa em torno do tema autismo despertaram diversas 
eixos e áreas de estudos para conhecer melhor a temática. De acordo com 
Rosenberg, o autismo no início da década de cinquenta tornou-se objeto de 
investigação de diversas disciplinas (psicanálise, psiquiatria, neurociências, 
educação, psicologia) e até 1978 já haviam sido publicados 75 livros e 1.281 
artigos sobre o assunto (ROSENBERG, 2007). 
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Em 1979 houve um fato muito importante. Conforme o autor Ian Hacking, 
“o autismo estava associado à esquizofrenia infantil. Esses dois conceitos se 
separaram em 1979” (LAURENT, 2014). 
No ano de 1980, autismo foi considerado uma entidade clínica diferente 
e inserido na terceira edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos 
Mentais (DSM – III), quando foi revisado em 1987. Posteriormente, o DSM-IV-TR, 
publicado em 1994, enquadrou autismo na categoria de “Transtornos Globais do 
Desenvolvimento”, que se caracterizam por um comprometimento grave e global 
em diversas áreas do desenvolvimento: habilidades de interação social recíproca; 
habilidades de comunicação ou presença de estereotipias de comportamento, 
interesses e atividades (DSM-IV-TR, 2002). Conforme o DSM-IV-TR de 1994, o 
Transtorno Autista era assim caracterizado:
As características essenciais do Transtorno Autista consistem na presença de 
um desenvolvimento comprometido ou acentuadamente anormal da interação 
social e da comunicação e um repertório muito restrito de atividades e 
interesses. As manifestações do transtorno variam imensamente, dependendo 
do nível do desenvolvimento e da idade cronológica do indivíduo. O Transtorno 
Autista é chamado, ocasionalmente, de autismo infantil precoce, autismo da 
infância ou autismo de Kanner (DSM-IV-TR, 2002, p. 99). 
 
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Conforme já destacado, autismo se enquadrava dentro dos chamados 
TGD – Transtornos Globais do Desenvolvimento. O diagnóstico dos TGD era 
baseado em uma tríade de características na interação social, comunicação e 
comportamentos. 
Avançando na história, em 2013 foi publicado o Manual Diagnóstico 
e Estatístico de Transtornos Mentais - DMS-5 -, o mais atual. Nele, autismo é 
agora enquadrado dentro do chamado “Transtorno do Espectro Autista (ou do 
Autismo)” - TEA -, que por sua vez faz parte dos chamados “Transtornos do 
Neurodesenvolvimento”. 
Segundo o mesmo manual, o Transtorno do Espectro Autista somente 
é diagnosticado quando os déficits característicos de comunicação social são 
acompanhados por comportamentos excessivamente repetitivos, interesses 
restritos e insistência nas mesmas coisas (DSM-5, 2013, p. 31). 
Dessa forma, houve, nesta última edição do DSM-5, uma alteração na 
forma de compreensão destas características, conforme ressalta Caminha: 
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Enquanto do DSM-IV-R (1994), os critérios diagnósticos incluíam prejuízos 
na interação social, comportamento e comunicação, na proposta atual são 
enfatizadas duas destas características, ou seja, as desordens da interação 
e do comportamento. No que se refere ao comprometimento da interação, 
enfatizam-se os prejuízos persistentes na comunicação e na interação social 
em vários contextos, e no que tange ao comportamento, citam-se padrões 
repetitivos e restritos dos comportamentos, interesses ou atividades. Como 
mencionado acima, há referências à hipo e hiperatividade a estímulos 
sensoriais ou a intenso interesse nos aspectos sensoriais do ambiente (Grifo 
nosso) (CAMINHA, 2016, p. 47). 
As dificuldades sociais recebem destaque nesse novo formato, em que 
todos os três critérios para comunicação social agora devem ser preenchidos, 
e não apenas a metade dos itens da comunicação e um quarto dos itens da 
interação, conforme propunha o DSM-IV (SCHMIDT, 2017).
NO
TA A versão mais atual do DSM-5 apresenta as características centrais do autismo como perten-
centes a duas dimensões: a comunicação social e 
interação social e os comportamentos. Note que a 
comunicação e a interação social foram agrupadas.
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No DSM-5, o transtorno do espectro autista engloba transtornos 
antes chamados de Autismo infantil precoce, Autismo infantil, Autismo de 
Kanner, Autismo de alto funcionamento, Autismo atípico, transtorno global do 
desenvolvimento sem outra especificação, transtorno de Asperger (DSM-5, 
2014, p. 50-53). Todos eles agora fazem parte do TEA. 
FIGURA 8 - ESPECTRO AUTISTA
FONTE: disponível em: <http://bit.ly/2TVNIZi>. Acesso em 20.11. 2018.
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Os primeiros sinais do autismo, que anteriormente tinham seu aparecimento 
circunscrito até os três anos de idade, agora podem estar presentes ao longo do 
período da infância (SCHMIDT, 2017). 
Dentre as características relatadas no DSM-5, destaca-se uma delas que, 
apesar de ser descrita historicamente em diversas autobiografias e filmes sobre 
o autismo, apenas na última versão do manual é que passou a ser considerada 
como critério diagnóstico. Trata-se das alterações sensoriais que se manifestam 
como hiper ou hiporreatividade a estímulos do ambiente e que podem ocorrer 
em quaisquer modalidades dos sentidos, seja tátil, visual, olfativa ou auditiva 
(BARANEK et al., 2014 apud SCHMIDT, 2017). 
A figura na sequência faz uma comparação da antiga classificação do 
DSM-IV e o atual, o DSM-5, e compara também o CID-10, em vigência, com a 
projeção do CID-11 para 2022.
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FIGURA 9 – CLASSIFICAÇÃO DO AUTISMO
FONTE: disponível em:<http://bit.ly/2Udyowp>. Acesso em 22. 01. 2019. 
 
 Na próxima etapa do nosso curso você irá aprofundar seu conhecimento 
especificamente sobre o DSM-5. 
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 Percebe-se então que nos últimos 80 anos (especialmente nos últimos 50 
anos) houve um grande avanço em vários aspectos do que hoje é denominado 
TEA. Desde uma compreensão melhor do conceito “autismo”, sua nomenclatura e 
definições, passando por um entendimentomelhor das possíveis causas, assim 
como do diagnóstico e tratamento, que serão mais explorados nas próximas 
etapas do curso.
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reFerÊncIAs 
BIHR, Cleide. A educação especial e o autismo infantil: um estudo de caso 
a partir de uma abordagem etnográfica. São Leopoldo: 2003, p. 07, (Trabalho 
490) – Escola Superior de Teologia.
CAMARGOS Jr., Walter et al. Transtornos invasivos do desenvolvimento. 3. 
ed. Brasília: Terceiro Milênio, Corde, 2005. 
CAMINHA, Vera Lúcia Prudência dos Santos. [et al.] Org. Autismo: vivências e 
caminhos [livro eletrônico]. São Paulo: Blücher, 2016.
CAMPELO, Marilene Consiglio. Autismo: Transtorno Invasivo do 
Desenvolvimento. Instituto Indianápolis. Disponível em: http://www.
indianapolis.com.br/artigos/autismo-transtorno-invasivo-desenvolvimento/. 
Acesso em: 15 ago. 2016. 
CAVALCANTI, Ana Elizabeth; ROCHA, Paulina Schmidtbauer. Autismo: 
Construções e desconstruções. 4. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007.
CHADAREVIAN, Adriana Yudit. Torrentes de Vida: una forma diferente de ser 
padres. Uruguay: Montevidéu. Editorial ACUPS, 2009. 
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SCHMIDT, Carlo. Transtorno do Espectro autista: onde estamos e para onde 
vamos. Psicologia em estudo, Maringá, v. 22. p. 221-230, abr./ jun. de 2017. 
http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/PsicolEstud/article/view/34651/pdf.
DSM-IV-TR. Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. 
4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2002. 
(APA) American Psychiatric Association. Manual Diagnóstico e Estatístico de 
Transtornos Mentais - DSM-5.  5ª ed., Porto Alegre: Artmed, 2014 [Tradução: 
Maria Inês Corrêa Nascimento...et al.]
DICIONÁRIO da Língua Portuguesa Contemporânea. Lisboa: Academia das 
Ciências de Lisboa e Editorial Verbo, 2001. 
GAUDERER, Christian. Autismo e outros atrasos do desenvolvimento - guia 
prático para Pais e Profissionais. Rio de Janeiro: Livraria e Editora Revinter, 1997. 
GILBERG, C. et al. Under age 3 Years: A Clinical Study of 28 cases Referred for 
Autistic Symptons in Infancy. Jornal of Child Psychology and Psychiatry. 31, 
1990, 99-119.
GRUPO AUTISMOS. Austismo - causas, diagnóstico e tratamento. Timbó, SC. 
2018.
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LAURENT, Éric. A batalha do autismo: Da clínica à política. Rio de Janeiro: Jorge 
Zahar Editor Ltda., 2014. 
LEBOYER, Marion. Autismo Infantil: Fatos e Modelos. Campinas: Editora 
Papirus, 1985.
LOPES, Eliana Rodrigues Boralli. Autismo: Trabalhando com a criança e com a 
família. 2. ed. São Paulo: Edicon, 1997. 
PEREIRA, Isidro. Dicionário Grego-Português e Português-Grego. 4. ed. Porto: 
1969. 
ROSENBERG, Raymond. A evolução do autismo no mundo e no Brasil. In: Anais 
do VI Congresso Brasileiro de Autismo, São Paulo, 2003.
ROSENBERG, Raymond. Autismo: histórico e conceito atual. Temas sobre 
desenvolvimento, 1(1), 1991, p. 04. In: CAVALCANTI, Ana Elizabeth; ROCHA, 
Paulina Schmidtbauer. Autismo: Construções e desconstruções. 4. ed. São 
Paulo: Casa do Psicólogo, 2007. 
SCHMIDT, Carlo. Transtorno do Espectro autista: onde estamos e para onde 
vamos. Psicologia em estudo, Maringá, v. 22. p. 221-230, abr./ jun. de 2017. 
http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/PsicolEstud/article/view/34651/pdf.
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SCHWARTZMAN, José Salomão. Autismo Infantil. Brasília: Corde, 1994. 
STEINER, Carlos Eduardo. Aspectos Genéticos e Neurológicos do Autismo: 
Proposta de abordagem interdisciplinar na avaliação diagnóstica do Autismo 
e distúrbios correlatos. 1998. p. 14 (Dissertação) - Instituto de Biologia da 
Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 1998.
STELZER, Fernando Gustavo. Aspectos neurobiológicos do autismo. São 
Leopoldo: Editora Oikos, v. 2, Cadernos Pandorgas, 2010.
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Indicamos a você o site Autistologos.com que oferece várias dicas de livros, aplica-
tivos, músicas, filmes e outros itens que buscam auxiliar o autista em seu dia a dia. 
Para acessar o site clique aqui.
Como indicação de leitura para esta etapa, há o artigo intitulado Transtorno 
do Espectro autista: onde estamos e para onde vamos, do autor Carlo Schmidt. 
Clique aqui para ler o artigo.
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