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Beatriz Marinelli EXAME FISICO DO TÓRAX INSPEÇÃO DO TÓRAX Estática: deve-se observar a pele, alterações ósseas e musculares, tipo de tórax, biótipo, cicatrizes, lesões, abaulamentos, retrações, mamas. Tipos de tórax: Biotipos: Normolíneo : Ângulo de Charpy é igual a 90 graus; Longilíneo: Ângulo de Charpy é menor que 90 graus Brevilíneo: Ângulo de Charpy é maior que 90 graus Dinâmica: deve-se observar o movimento respiratório, tipo respiratório, ritmo respiratório. Beatriz Marinelli Ritmo respiratório: Eupneia: respiração de ritmo, frequência e amplitude normais. Nos adultos admite-se de 12 a 20 IRPM. Dispneia: respiração difícil, curta, trabalhosa, etc. Taquipneia: respiração rápida e pouco profunda. Bradipneia: respiração lenta Apneia: ausência de respiração. PALPAÇÃO Deve-se aquecer as mãos antes do exame e avaliar: Expansibilidade respiratória: O observador de pé, atrás do paciente, que se manterá de pé ou sentado, adaptará as mãos flacidamente sobre os ápices, com as extremidades dos polegares reunidos na apófise espinhosa da 7ª vértebra cervical, enquanto as extremidades dos dedos alcançarão as regiões supraclaviculares. (Manobra de Ruault). Fazer sempre anterior e posterior. Pode achar: Expansibilidade preservada; Expansibilidade diminuida (unilateral ou bilateral, localizada ou difusa, patológica ou fisiológica). Frêmito toracovocal: O examinador deverá pedir ao paciente que pronuncie as palavras “trinta e três” enquanto percorre com a região palmar dos dedos as regiões do tórax no sentido craniocaudal, comparando-se em regiões homólogas a intensidade das vibrações. Utilizar manobra facilitatória (cruzar os braços). Tem-se como possíveis achados: Aumentado; Diminuido; Abolido. Beatriz Marinelli Elasticidade: colocar uma mão no peito e outra no meio das costas e pedir pro paciente respirar fundo. PERCUSSÃO Deve-se iniciar a percussão do tórax pela sua face posterior, de cima para baixo, ficando o examinador atrás e à esquerda do paciente. Utilizar manobra facilitatória. Percute-se separadamente cada hemitórax. Numa segunda etapa, percute comparativa e simetricamente várias regiões. Hiperestenda o dedo médio da mão esquerda, designado como o dedo plexímetro, e comprima a articulação interfalangeana distal sobre a superfície a ser percutida. Com os demais dedos ligeiramente separados, sem contato com a superfície torácica. Pode ser observado: Som claro pulmonar: até o 4 espaçointercostal. Som timpânico: espaço de traube. Som submaciço: 4-5 espaço intercostals. Som maciço: do 5 em diante. AUSCULTA Para sua realização exige-se o máximo de silêncio. O paciente deve estar com o tórax despido e respirar pausada e profundamente, com a boca entreaberta, sem fazer ruído. Manobra facilitatória. Utilizando o estetoscópio a ausculta deve ser realizada de maneira simétrica, iniciando pela face posterior do tórax, passando para as faces laterais e anterior. Observa-se, em condições normais, murmúrio vesicular fisiologicamente distribuídos. Em condições patológicas, podemos observar: Estertores crespitantes: presentes em pneumonias ou congestão pulmonar. São finos e no fim da inspiração. Estrtores subcreptantes: grossos e no fim da expiração. Roncos: secreção nas vias aeras maiores. Bronquite. Sibilos Beatriz Marinelli Locais para percussão e ausculta: SINDROMES Percussão Palpação Ausculta Derrame Pleural Maciço Diminuída M.V diminuído Pneumonia ou outras condensações Maciço Aumentado M.V diminuído Pneumotórax Timpânico Diminuída M.V diminuído M.V: murmúrio vesicular; Outra condensação: abcesso. EDEMA AGUDO DE PULMÃO Inspeção - dispnéia, tiragem intercostal e supraclavicular, expectoração rósea. Palpação - sem anormalidades Percussão - som claro atimpânico Ausculta - estertores crepitantes ao final da inspiração DERRAME PLEURAL Inspeção - a traquéia pode estar desviada para o lado oposto nos grandes derrames. Palpação - expansibilidade diminuída; FTV diminuído ou ausente. Percussão - maciço a submaciço. Ausculta - MV diminuído ou ausente; por vezes atrito pleural PNEUMOTÓRAX Inspeção - dispnéia, cianose, tiragem intercostal desvio da traquéia para o lado contrário da lesão. Palpação - diminuição ou ausência da expansibilidade, FTV diminuído ou ausente. Percussão - timpanismo, hiperressonância. Ausculta - MV diminuído ou ausente; ausência ou diminuição da voz sussurrada Beatriz Marinelli CONDENSAÇÃO PULMONAR Inspeção - sem anormalidades Palpação - expansibilidade sem alterações; FTV aumentado Percussão - macicez na região isenta de ar Ausculta - estertores no final da inspiração na região envolvida, broncofonias (egofonia, pectorilóquia) ATELECTASIA Inspeção - a traquéia pode estar desviada para o lado comprometido. Palpação - expansibilidade diminuída; FTV geralmente ausente quando persiste o tampão brônquico. Percussão - macicez na região sem ar. Ausculta - MV ausente enquanto persiste o tampão brônquico ENFISEMA PULMONAR Inspeção - taquipnéia, expiração prolongada, tórax em tonel, dedos em baqueta de tambor. Palpação - diminuição da expansibilidade; FTV diminuído. Percussão - hiperressonância, limite inferior de ambos pulmões rebaixados. Ausculta - MV diminuído, prolongamento da expiração, ocasionalmente roncos, sibilos e estertores. ASMA BRÔNQUICA Inspeção - taquipnéia, expiração prolongada, por vezes com tiragem intercostal. Palpação - diminuição da expansibilidade; FTV diminuído. Percussão - hiperressonância ocasional. Ausculta - MV diminuído, prolongamento da expiração, roncos e sibilos OBS: Derrame pleural, pneumotórax desviam a traquéia para o lado contrário da lesão Atelectasia: desvia traquéia homolateral a lesão.
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