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Fatos Jurídicos

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Aspectos Introdutórios – Fatos Jurídicos
I – O direito se origina de um fato – ex facto ius oritur
I.1) Fatos do mundo dos fatos e o fatos do mundo do direito.
II – Conceito: Fatos jurídicos são os acontecimentos em virtude dos quais começam, se modificam ou se extinguem as relações jurídicas. Seus dois elementos constitutivos são a eventualidade e o preceito legal: a juridicização. Abordemos, pois, as três etapas do fenômeno – o nascimento, a modificação e a extinção dos direitos.
III – Nascimento e aquisição dos direitos.
III.1) Esclarecimentos terminológicos: diferença entre nascimento (sempre originária) e aquisição (que pode ser originária, coincidindo com o nascimento, ou derivada, hipótese na qual será translatícia, na transmissão integral do direito, ou constitutiva, na constituição de direito menor, como o usufruto a derivar da propriedade)
IV – Modificação dos direitos.
IV.1) Modificações subjetivas: Dá-se a modificação subjetiva quando o direito é transferido para outra pessoa. Analisa-se o direito em si, pois, quanto ao antigo sujeito, houve perda e, quanto ao novo, aquisição derivada. Há direitos que não se sujeitam à transmissão – os direitos personalíssimos. Outras modificações subjetivas podem ser a multiplicação de sujeitos ou a sua concentração.
IV.2) Modificações objetivas – Podem ser qualitativas, como ocorre no recebimento de aluguéis por meio de títulos pro soluto (que representam a quitação da obrigação primitiva, restando apenas o direito de cobrar os títulos) ou podem ser quantitativas, como ocorre na aluvião. 
Além das modificações objetiva e subjetiva, pode haver alteração na intensidade do vínculo jurídico. Ex: o locador a quem é oposto direito de retenção por benfeitorias (Código Civil, art. 1.219), embora não perca a faculdade de recuperação da coisa locada, tem-na suspensa enquanto não indenizar o locatário das despesas efetuadas na coisa .
V – Extinção e perda: Diferença é que, na primeira hipótese, desaparece o direito e, na segunda, ele é repassado para terceiro. A extinção pode ser subjetiva (morte de filho e a questão da legitimidade para propositura da ação de investigação de paternidade, que não poderá ser proposta, por exemplo, por sua esposa contra o sogro. Exceção feita aos netos por decisão judicial. Matéria decidida no STJ http://www.conjur.com.br/2010-abr-05/neto-pedir-reconhecimento-parentesco-avo-decide-stj), objetiva (decorre do perecimento do objeto sobre o qual recai o direito) e em razão do vínculo (decadência). Renúncia (renúncia não é inércia).
Classificação dos Fatos Jurídicos.
Quadro explicativo
Fato jurídico em sentido estrito
Ordinários e extraordinários (Caso fortuito e força maior)
Diferenças entre caso fortuito e força maior. Carlos Roberto Gonçalves ensina que caso fortuito é empregado para designar fato ou ato alheio à vontade das partes, mas derivado da atuação de terceiro, ao passo que a força maior diz respeito a acontecimentos naturais inevitáveis.
Para Cavalieri, caso fortuito pode ser caracterizado quando se tratar de evento imprevisível e, por isso, inevitável. Se tratar-se de evento inevitável, ainda que previsível, por se tratar de fato superior às forças do agente, como normalmente são os fatos da Natureza – como as tempestades, enchentes etc. – configurar-se-á a força maior. 
Na lição de Clóvis, caso fortuito é "o acidente produzido por força física ininteligente, em condições que não podiam ser previstas pelas partes", enquanto a força maior é "o fato de terceiro, que criou, para a inexecução da obrigação, um obstáculo, que a boa vontade do devedor não pode vencer", com a observação de que o traço que os caracteriza não é a imprevisibilidade, mas a inevitabilidade. (REsp 264.589/RJ, Rel. Ministro SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA, QUARTA TURMA, julgado em 14/11/2000, DJ 18/12/2000, p. 207).
Seja como for, é mais prudente traçar os requisitos da força maior ou do caso fortuito:
O fato deve ser necessário, ou seja, não há contribuição culposa da parte;
O fato deve ser superveniente e inevitável.
Ato-fato - conceito e exemplos

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