Buscar

8-Ato Ilícito

Prévia do material em texto

ATOS ILÍCITOS
Conceito
Aquele por ação ou omissão, negligência ou imprudência violar direito ou causar dano a outrem ainda que exclusivamente moral.
Ato voluntario, não no sentindo de ser doloso. É voluntario pois se for praticado por uma pessoa que não tem discernimento não é ilícito. A ilicitude envolve a omissão ou ação voluntaria.
Tem que ter consciência, mas não precisa estar voltado deliberadamente para praticar o ato ilícito.
Esse ato voluntario pode ser pode dolo ou culpa, mas tem que ser consciente.
Questão da imputabilidade.
Diferente do direito penal em que a sanção é circunscrita quando comete o ilícito, no direito civil não. EX: 932 – o pai responde pelo ato dos filhos.
Negligencia ou imprudência 
Se deliberadamente buscar isso será por dolo. 
Pouco importa no direito civil se é por dolo ou culpa, isso não agrava a sanção. A sanção no DC é reparação, a reparação é recomposição de prejuízos.
Consequência do ato ilícito: reparação civil – indenização
Elementos
Agente, conduta, nexo causal e dano. E na maior parte dos casos: culpa.
Por conta de um ato ilícito: indeniza.
Ilícito indenizativo: dever de indenizar os danos causados.
Ilícito caducificante: quando gera a perda de um direito.
Ilícito invalidante: quando gera a invalidade de um direito.
Nexo causal liga a conduta ao dano.
Excludentes
Dessa forma, não constituem atos ilícitos os atos praticados em legítima defesa, quando se revelar numa conduta necessária e moderada no intuito de evitar um malefício injusto, grave e iminente.
Outro caso seria o exercício regular de um direito, quando a lei autoriza o exercício de um direito, que é praticado dentro de suas finalidades e limites;
O perigo iminente, decorrente do estado de necessidade, também é outra situação excluída do rol dos atos ilícitos. Nesse caso, o agente, para proteger um bem jurídico seu, destrói ou deteriora coisa alheia ou lesa uma pessoa, no intuito de se proteger de perigo iminente. Exige-se que o perigo seja atual e inevitável, não provocado pelo agente causador do dano e que dele não se possa exigir o sacrifício do bem jurídico que se encontrava em perigo.
Análise do Código
TÍTULO III
Dos Atos Ilícitos
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
**Conceito de Ato Ilícito 
**Ter uma conduta antijurídica e causar dano
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
**Excludentes do ato ilícito 
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.
(...)
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se causou o dano (art. 188, inciso I).

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes