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ATO ILÍCITO E ABUSO DE DIREITO

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ATOS ILÍCITOS
CONCEITO
ELEMENTOS
EXCLUDENTES
TÍTULO III
Dos Atos Ilícitos
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.
(...)
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram.
Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.
Parágrafo único. A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se causou o dano (art. 188, inciso I).
Boa-fé objetiva
Histórico
Sua origem se encontra na fides romana. 
O direito romano era assentado sobre as ações, baseadas sempre em leis expressas. Todavia, o Pretor Quintus Mucius Scaevola criou novas ações, fundadas na fides, seguida da palavra bona. Surgiram assim a tutela, a sociedade, a fidúcia, etc.
Nova evolução: alguns institutos, como a usucaptio, passaram a exigir seu emprego apenas para aqueles que sabiam não prejudicar ninguém.
Direito canônico e Direito Alemão (True und Glauben) – tribunais alemães de comércio
Direito Português:
- culpa in contrahendo: deveres de cuidado para a celebração de contratos
- integração dos negócios
ARTIGO 239º - Código Civil Português
(Integração)
Na falta de disposição especial, a declaração negocial deve ser integrada de harmonia com a 
vontade que as partes teriam tido se houvessem previsto o ponto omisso, ou de acordo com os ditames da boa fé, quando outra seja a solução por eles imposta.
- abuso de direito
- revisão dos contratos
- complexidade das obrigações
ARTIGO 762º
(Princípio geral)
1. O devedor cumpre a obrigação quando realiza a prestação a que está
vinculado. 
2. No cumprimento da obrigação, assim como no exercício do direito correspondente, devem as partes proceder de boa fé.
 
Tutela da confiança:
- Pressupostos: - Uma situação de confiança
 Uma justificação para essa confiança
 Um investimento na confiança
 A imputação da situação de confiança criada à outra pessoa 
Primazia da materialidade subjacente:
Abuso de direito – A concepção clássica consubstanciada num velho adágio romano (qui suo iure utitur neminem laedit) era contrária à idéia de abuso de direito. Ora, se a ordem jurídica conferia a alguém determinados poderes na defesa do próprio interesse, parecia contraditório admitir que o exercício destas faculdades pudesse lesar terceiros. Esta realidade perdurou até os casos de Colmar e Compiègne.Correntes objetivista e subjetivista do abuso de direito.
Exceptio doli
Venire contra factum proprium
Suppressio/surrectio
Inalegabilidades formais
Tu quoque
Desequilíbrio no exercício – Exercício danoso inútil
 			 Dolo agit qui petit quod statim redditurus est
 Desproporcionalidade entre vantagem e sacrifícios

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