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3-Coação

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COAÇÃO
Conceito
É uma ameaça grave, iminente e capaz de causar tal medo ao coagido a ponto de leva-lo a celebrar negócios que normalmente não celebrariam.
Dá impressão que é um simples ameaçar, mas não é somente isso. Tem que ser capaz de gerar medo.
VIS ABSOLUTA X VIS COMPULSIVA
VIS ABSOLUTA:
Coação física 
Ocorre quando mecanicamente a vontade do coagido é integralmente substituída pela vontade de terceiro.
Não manifesta vontade, então o negócio é inexistente
VIS COMPULSIVA:
Coação moral
É anulável 
REQUISITOS DA COAÇÃO: 
a) deve ser a causa determinante do ato
Pra ter certeza que a ameaça foi grave só deve haver o contrato se houve ameaça
b) deve incutir temor justificado
Exemplo Mike Tyson
c) o temor deve dizer respeito a dano iminente
d) o dano deve ser considerável
e) o dano deve referir-se ao paciente, à família ou a terceiro, desde que justificável
A lei fala que se você for ameaçado ou sua família é coação, em questão de terceiros o caso deve ser analisado.
ANÁLISE DO CÓDIGO / ESPÉCIE
Seção III
Da Coação
Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.
Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com base nas circunstâncias, decidirá se houve coação.
**Requisitos para a anulação por meio de coação:
- Fundado temor
- Dano iminente e considerável
- Em face da pessoa, família ou seus bens (se não for pessoa da família do paciente, o juiz analisará com base nas circunstâncias).
Art. 152. No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade dela.
**Deve-se levar em consideração o sexo, a idade, a condição, a saúde o temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias para a constatação de coação.
Art. 153. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples temor reverencial.
**Descaracterização da coação: temor reverencial e ameaça de exercício normal de um direito.
Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou devesse ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderá solidariamente com aquele por perdas e danos.
** Se a parte a quem aproveite tivesse conhecimento ou devesse ter conhecimento da coação: o negócio jurídico é anulável e a parte beneficiada responderá solidariamente com o terceiro por perdas e danos.
Art. 155. Subsistirá o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o autor da coação responderá por todas as perdas e danos que houver causado ao coacto.
** Se a parte a quem aproveite não tinha conhecimento da coação: subsiste o negócio jurídico e o terceiro responde por perdas e danos.

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