Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Análise de Custos Análise de Custos Organizado por Universidade Luterana do Brasil Universidade Luterana do Brasil – ULBRA Canoas, RS 2017 Tarcísio Staudt Conselho Editorial EAD Andréa de Azevedo Eick Ângela da Rocha Rolla Astomiro Romais Claudiane Ramos Furtado Dóris Gedrat Honor de Almeida Neto Maria Cleidia Klein Oliveira Maria Lizete Schneider Luiz Carlos Specht Filho Vinicius Martins Flores Obra organizada pela Universidade Luterana do Brasil. Informamos que é de inteira responsabilidade dos autores a emissão de conceitos. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem prévia autorização da ULBRA. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei nº 9.610/98 e punido pelo Artigo 184 do Código Penal. ISBN: 978-85-5639-249-7 Dados técnicos do livro Diagramação: Marcelo Ferreira Revisão: Igor Campos Dutra Para esta disciplina, Análise de Custos, do Curso de Ciências Contábeis, está reservada como objeto a compreensão e o tratamento contábil que deve ser dado às organizações empresariais, de fins econômicos, respon- sáveis pela geração da riqueza. Nesse sentido, a disciplina está centrada na análise comportamental dos custos, a qual é uma das funções da ad- ministração de empreendimentos com fins lucrativos e não se excetuam as com fins econômicos. Sublinhe-se que o estudo da Contabilidade permite aos estudantes o desenvolvimento de habilidades capazes de potencializar suas perspectivas profissionais na área de custos. Assim, o conhecimento da Ciência Contá- bil tem como propósito a geração de informações aos usuários, especifi- camente no auxílio aos gestores. Destaca-se que a área de custos tem na sua base as informações que devem servir de apoio para o controle dos custos e à formação do preço de venda. Para tanto, a organização dos conteúdos tiveram a colaboração do Professor Jorge Steyer e da Professora Valmira Trapp Fernandes, os quais gentilmente disponibilizaram materiais e conhecimentos para a construção deste livro. O objetivo do estudo é a proposição de um livro texto que permita ao/a leitor/a adquirir o conhecimento teórico a partir dos conceitos apre- sentados e que possam dar suporte para o desenvolvimento de habilidades que permitam familiarização com o tema custos e sua análise. Há ainda o destaque que os segmentos são distintos: indústria, comércio e serviços. Isso requer amplitude de conhecimento em atividades, as quais se diferem internamente em cada segmento citado. Por isso, os saberes das áreas, distintas, são ramos da Contabilidade que apresentam perspectivas de ab- sorção de profissionais, sublinhe-se a área de custos. Apresentação Apresentação v Esta disciplina apresenta como problematização a identificação dos custos, fundamentalmente na qualificação e quantificação que estes re- presentam na customização dos produtos e bens, na perspectiva de seus respectivos preços de venda. A provável resposta que se busca com os conhecimentos dos conteúdos deste livro é pautada em duas visões: a pri- meira é a relevância do comportamento dos custos em âmbito interno – sua tendência; e a segunda, é a comparabilidade dos custos em períodos, comparativos – em âmbito interno e externo. Essa capacidade comparativa permite a concepção competidora econômica e financeira. Em relação à estrutura do livro, são Dez os capítulos. Sucintamente deve o/a leitor/a ater-se para três pontos: o primeiro é o entendimento teórico, em que os conceitos trazidos sobre custos são básicos e são ade- quados, independentemente da atividade e segmento; o segundo é que os sistemas de acumulação de custos, bem como os métodos de custeio, são formas de como são registrados os custos, e há a faculdade de utilizar o que melhor se adeque; e, o terceiro é a qualificação, expertise, que o profissional da área de custos tem para a geração da informação sobre os custos. Por fim, entende-se que o conteúdo desta disciplina não se esgo- ta em si, mas serve de auxílio para a ampliação do conhecimento sobre custos, área relevante para as organizações em sentido geral e específico. 1 Conceituação e Relevância da Contabilidade de Custos ........1 2 Registro Contábil dos Custos no Segmento Industrial ...........22 3 Sistemas de Acumulação de Custos .....................................56 4 Custo dos Produtos e Subprodutos ......................................88 5 Sistemas e Técnicas de Custeio .........................................112 6 Apuração da Margem de Contribuição e Fator de Limitação ..........................................................................152 7 Registro do Custo do Segmento Comercial e de Prestação de Serviço .........................................................175 8 Determinação do Custo Padrão.........................................210 9 Formação dos Preços de Custo e de Venda .......................236 10 Caracterização da Contabilidade Gerencial e Financeira ...271 Sumário Capítulo 1 Conceituação e Relevância da Contabilidade de Custos1 1 Doutor em Ciências Sociais na linha de pesquisa atores sociais, espaços e po- líticas públicas, com dois momentos de pesquisa e coleta de dados na Alemanha – UNISINOS. Mestre em Ciências Contábeis e Controladoria na linha de pesqui- sa, gestão financeira e sucessão em empresas familiares – UNISINOS. Graduado em Ciências Contábeis na linha de pesquisa gestão de empresas com ênfase na controladoria – FEEVALE. Tem experiência nas atividades: Públicas – ocupação de funções em Finanças, Administração e ministrante de cursos de aperfeiçoamento de servidores; Privadas – ocupação de cargos de gestão, custos, recursos humanos, coordenação de produção, compras, finanças e controladoria geral; Docência – Professor em Faculdades e Universidades ministrando aulas, expressivo número de orientações de trabalho de conclusão em graduação e pós-graduação, produção científica de artigos publicados em revistas nacionais e internacionais, capítulos de livros, artigos publicados em jornais e TV impressa. Experiência Internacional com Viagem de estudos à Alemanha 2007 e 2011 para observação, acompanhamento e controle de finanças públicas, especialmente finanças comunitárias e controla- doria geral municipal, em que foi verificada a participação das comunidades na construção das políticas públicas, a percepção e as representações dos sujeitos individuais nas alternativas em processos de sustentabilidade. Tarcísio Staudt1 2 Análise de Custos Introdução Neste capítulo, apresentamos a compreensão das áreas da Contabilidade: Financeira, de Custos e Gerencial. Dessa for- ma, a Contabilidade Financeira tem por finalidade registrar todos os fatos decorrentes das operações que se desenvolvem, de forma ininterrupta, durante um período; e, ao final desse período, elaborado o Balancete de verificação, o qual serve para a estruturação do Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício. Em relação à Contabilidade de Custos, que em harmonia com a Contabilidade Financeira, especificamente para fins de avaliação de estoques e cálculo do custo das vendas; e, serve- se dos mesmos dados e informações gerados pela Contabili- dade Financeira, originados com base em valores históricos de compras ou de produção. Essa área da Contabilidade dispõe de detalhamento em informações, o que contribui para a ati- vidade de planejamento operacional, com ênfase na prepa- ração do orçamento empresarial, no qual são estabelecidas metas e objetivos para o exercício seguinte. Para a Contabilidade Gerencial, a qual é resultante, fruto, da evolução da Contabilidade de Custos, a qual tem por fi- nalidade o aprimorar dados e informações através da análise detalhada dos custos. O objetivo é fornecer, a partir de da- dos, informaçõesmediante indicadores econômico-financeiros para capacitar e qualificar os resultados da gestão empresa- rial. A partir desses aspectos, e ainda em um ambiente globa- lizado e de alta competição, a Contabilidade Gerencial não considera somente os dados históricos para fins de preparação Capítulo 1 Conceituação e Relevância da Contabilidade de Custos 3 das suas informações, mas, sim, outros eventos que podem impactar em decisões. Por fim, abordam-se conteúdos que sejam pertinentes para a relevância que as Demonstrações Contábeis têm no ambien- te das empresas, sem subtrair ainda os conceitos dos aspectos fiscais e gerenciais, os quais devem estar aderentes aos Princí- pios e às Convenções de Contabilidade. Assim, a terminologia da atividade da Contabilidade de Custos é ampla, haja vista que no horizonte está a sua análise, enquanto fonte de infor- mação para a tomada de decisões. 1 Contextualização Histórica da Contabilidade e sua Evolução Reconhecida é a importância que as informações contábeis e de custos têm para o processo decisório nas organizações. Diante desse pressuposto, a Contabilidade de Custos tem sua origem com o surgimento dos sistemas produtivos, a partir da Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra, no final do século XVIII. Até então, só existia a Contabilidade Financeira, ainda atualmente denomina de: Geral. Esse marco histórico deu-se a partir da implantação de sig- nificativas modificações no sistema de produção, a manufatu- ra, ou seja, a transformação de matérias-primas em produtos novos. As empresas necessitavam de informações de custos diferentes daqueles fornecidas pela contabilidade financeira das empresas comerciais, na era mercantilista. No bojo das 4 Análise de Custos empresas está a resolução do problema, custos, em que cabia a solução das dificuldades relacionadas à mensuração mone- tária dos estoques e do resultado. Tanto Leone (2000, p. 52) quanto Martins (2009, p. 26) citam que: Custo é um gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços, é também um gasto, só que reconhecido como tal, ou seja, no momento da utilização dos fatores de produção (bens e serviços) para a fabricação de um produto ou execução de um serviço. Então, custo é consumo. Partindo da citação e avançando para a análise e gestão de custos, Silva e Lins (2010, p. 7) citam que é, Antes de tudo um investimento em recursos que está em processamento e que, em um período próximo, se trans- formarão, no caso da indústria, em bens manufaturados. [...] em outras palavras, custos são incorridos (consumi- dos) para produzir benefícios presentes ou futuros. Assim, a necessidade de informações para tomada de de- cisão fez com que a contabilidade de custos fosse requisitada com a finalidade de identificar o custo dos produtos para fins de avaliação dos estoques, dos produtos em elaboração e de produtos prontos. Diante disso, e, por consequência, o cus- to dos produtos vendidos requeria a mensuração do lucro na venda dos produtos e serviços industrializados pela empresa àquela época. Dessa forma, Megliorini (2012, p. 1) cita que a empresa apura seus custos visando: Capítulo 1 Conceituação e Relevância da Contabilidade de Custos 5 a) ao atendimento de exigências legais quanto à apu- ração de resultados de suas atividades e avaliação de estoques; b) ao conhecimento dos custos para a tomada de deci- sões corretas e o exercício de controles. Essas duas possibilidades citadas, apontam para dois mo- mentos: o primeiro trata do avanço histórico; com a internacio- nalização das empresas, surgiram demandas por indicadores para formação de preços dos produtos. No segundo momen- to, o crescimento das empresas, o aumento das distâncias en- tre os administradores e a localização dos ativos envolvidos no negócio, elevou a relevância da Contabilidade de Custos. Portanto, é uma ferramenta capaz de auxiliar no desempenho gerencial, principalmente no que tange às tomadas de deci- sões, além de atender ao objetivo de mensurar a rentabilidade de vários produtos e serviços produzidos pela empresa. A Contabilidade Financeira registra, e interpreta, em ter- mos monetários, as transações e os fatos de caráter financeiro e proporciona à Administração os fatos e números necessários ao preparo das demonstrações Contábeis periódicas como: Balanço e Demonstração de lucros e perdas, já a contabilida- de de custos analisa os elementos que compõe o custo de um produto ou serviço. Já a Contabilidade de Custos registra, apresenta e interpre- ta de forma significativa o material, a mão de obra e os custos dos gastos gerais envolvidos na manufatura e venda de cada produto. Nesse sentido, Crepaldi (2012, p. 6) discorre sobre o 6 Análise de Custos relacionamento entre a Contabilidade Financeira e de Custos, em que afirma: A Contabilidade Financeira é o processo de elabora- ção de demonstrativos financeiros para propósitos ex- ternos: pessoal externo à organização, como acionistas, credores e autoridades governamentais. Esse processo é muito influenciado por autoridades que estabelecem pa- drões, regulamentadores e fiscais, bem como por exigên- cia de auditoria de contadores independentes. A Contabilidade Gerencial é o ramo da Contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos aos adminis- tradores de empresa que os auxiliem em suas funções gerenciais. É voltada para a melhor utilização dos recur- sos econômicos da empresa, através de um adequado controle dos insumos efetuando por um sistema de infor- mação gerencial. A Contabilidade de Custos, cuja função inicial era de fornecer elementos para avaliação dos estoques e apura- ção do resultado, passou, nas últimas décadas, a prestar duas funções muito importantes na Contabilidade Ge- rencial: a utilização dos dados de custos para auxílio ao controle e para tomada de decisões. É hoje, talvez, a área mais valorizada no Brasil e no mundo. Tornou-se muito importante com a redução da taxa de inflação e a abertura econômica aos produtos estrangeiros. Forne- ce importantes informações na formação de preços das empresas. Capítulo 1 Conceituação e Relevância da Contabilidade de Custos 7 Em verificação à citação, nota-se que a Contabilidade de Custos contribui para o controle e o fornecimento de infor- mações para o estabelecimento de padrões, orçamentos e/ ou previsões. Após essas etapas citadas, ainda: acompanha os resultados alcançados, apresenta as variações entre valo- res previstos e realizados. Esses relatórios são relevantes para instruir a tomada de decisão sobre providências necessárias a serem determinadas pela organização em atividades opera- cionais. Para melhorar a compreensão na diferenciação conceitual e de concepção das áreas distintas, na ilustração a seguir, de- monstram-se as principais características da Contabilidade Fi- nanceira e Contabilidade Gerencial, sugeridas por Crepaldi (2012, p. 9). Elementos Básicos Contabilidade Financeira Contabilidade Gerencial Público-alvo Externo: acionistas, credores e autoridades fiscais. Interno: Funcionários, ge- rentes e executivos. Objetivo Reportar o desempenho passado com finalidades externas: contratos com pro- prietários e credores. Informar para tomada de decisões internas feitas por gestores e executivos: feed- back e controle do desem- penho das operações. Temporalidade Histórica; passada. Corrente; orientada para o futuro. Restrições Reguladas: regras direciona- das por princípios fundamen- tais de contabilidade e por autoridades governamentais. Sem regras estabelecidas: sistemas e informações determinados por gerentes para as necessidades estra- tégicas e operacionais. 8 Análise de Custos Tipo de infor-mação Medidas financeiras somente. Financeiras, medidas operacionais e físicas sobre: processos, tecnologias, fornecedores, clientes, com- petição. Natureza da informação Objetiva, auditável, confiá- vel, consistente, precisa. Mais subjetiva e de juízos, válidas, relevantes, acura- das. Escopo Altamente agregado; rela- tórios sobre a organização interna. Desagregado, de infor- mação a ações e decisões locais. A contabilidade Gerencial ainda é considerada como a base para a análise de custos, a qual somente poderá ser exe- cutada com eficiência através de um Sistema de Informação integrado com os dados contábeis que abrangem todos os recursos humanos, materiais e tecnológicos interligados. Se- guindo a visão de Ott (2004), ele observa que a contabilidade se perfila como o principal sistema de informação no sistema global de informação da empresa, pois fornece informações tanto para terceiros, por meio da contabilidade financeira, como para a tomada de decisões táticas e operacionais, que se originam na contabilidade de custos e na contabilidade ge- rencial. Diante dessa concepção, Ott (2004, p. 2) cita Iglesias Sán- ches (1995) e ilustra o inter-relacionamento existente entre a Contabilidade Financeira, Gerencial e de Custos, da seguinte forma: Capítulo 1 Conceituação e Relevância da Contabilidade de Custos 9 Em verificação, a ilustração identifica o Sistema de infor- mação Contábil que se estrutura em subsistemas específicos que têm por finalidade atender diferentes usuários das infor- mações. Nesse sentido, Padoveze (2013) considera que siste- ma de informação contábil, mesmo que necessariamente deva aderir às regulamentações contábeis e fiscais, deve ser estru- turado segundo abordagem gerencial. Se assim estruturado, irá atender às necessidades fiscais e tributárias, o que poderá não acontecer se sua estrutura atender apenas às necessida- des fiscais. 10 Análise de Custos 2 Enfoque e Abordagem dos Custos Em consideração à função da amplitude de objetivos e aplica- ções dos conceitos e informações de custos, faz-se necessário entendê-los em suas aplicações em dois pontos distintos: as- pectos fiscais e aspectos gerenciais dos custos. Em Relação à Abordagem Fiscal, todas as informações são utilizadas mediante registros contábeis sob o prisma do custo histórico. Para fins de mensuração contábil, os registros atendem a legislação comercial (Lei das Sociedades por Ações nº 6.404/76 e suas alterações) e, ainda, a legislação tributária (ICMS, IPI, IRPJ, PIS, COFINS). A Contabilidade Financeira está inserida nessa abordagem, registra todos os fatos com valores históricos das transações realizadas com terceiros e organiza todas as informações com fundamento nesse procedimento. Porém, na Abordagem Gerencial, têm-se condições de atender a maior gama de objetivos de caráter gerencial, para permitir a melhor mensuração e ajustar os valores dos custos passados para permitir a tomada de decisões futuras, enfatizando os elementos monetários e a movimentação físi- ca dos componentes de custos. Sob essa abordagem, além das considerações que se pode fazer em relação ao custo de produção, adicionam-se outros custos e despesas necessários para a comercialização, administração e também financeiros necessários para desenvolvimento normal das atividades do negócio. Ainda, na abordagem gerencial confere liberdade para a elaboração e análise dos dados e informações oriun- das das operações normais praticadas pela empresa. Não há a necessidade de enquadramento e obediência à Legislação Capítulo 1 Conceituação e Relevância da Contabilidade de Custos 11 Societária, Legislação Fiscal, Normas e Princípios. Essa análise busca fornecer informações relevantes capazes de elevar as vantagens competitivas das empresas. Na sequência, apresenta-se uma ilustração que trata da abrangência dos custos com vistas aos seus objetivos e fina- lidades. De forma que o/a leitor/a possa diferenciar sua re- levância em âmbito dos conhecimentos da contabilidade em contextos diversos. Abrangências dos Custos Objetivos e Finalidades Custos para Mensura- ção Contábil - avaliar estoques; - contabilizar o Custo das Mercadorias Vendidas, Custo dos Produtos Vendidos, os Custos dos Serviços Vendidos; - calcular as imobilizações próprias; - calcular os passivos ambientais: custos da qualida- de e da não qualidade. Custos para Apoio à Tomada de Decisões (Gestão): - formação de preços de vendas; - avaliação do desempenho dos produtos/serviços; - decisão de comprar, terceirizar ou produzir interna- mente; - Determinação da estrutura produtiva mais adequa- da em termos de custos fixos/variáveis; - Avaliação do desempenho de clientes e de ne- gociações específicas: gestão estratégica de custos (Custeio – ABC, análise de valor, cadeia de valor, BSC – Balanced Scorecard). Custos para Planeja- mento - elaboração do orçamento geral da empresa; - estudo de viabilidade econômico-financeira; - análise de investimento; - custo meta (target cost). 12 Análise de Custos Custos para Controle - determinação dos gestores dos custos controláveis (por produto, departamento, responsabilidade) e das bases de comparação/estimativa; - utilização de técnicas de redução de custos (TOC, ABC, BSC): As perspectivas do BSC – Balanced Scorecard: > perspectiva Financeira; > perspectiva dos Clientes; > perspectiva dos processos internos; > perspectiva do Aprendizado e crescimento. Depois de compreendido a abrangência dos custos, seus objetivos e finalidades, pode-se então avançar conceitualmen- te para as DEFINIÇÔES DE CUSTOS, em que o propósito é de uniformizar o entendimento sobre o significado dos diversos termos, de uso comum, que são encontrados nessa área. Des- sa forma, elaborou-se uma ilustração, na qual se apresentam as principais terminologias utilizadas pela área de custos e sua respectiva conceituação. Terminologia Definição Conceitual Custos Pagatórios São aqueles representados por desembolso de valo- res monetários. Custos Calculatórios São aqueles representados por cálculos e adicionado ao custo do produto, exemplificando: depreciações, juros sobre os estoques, encargos sobre itens do patrimônio, juros sobre capital próprio. Custo de produção (ou manufatura) Corresponde à soma dos custos incorridos no pro- cesso de manufatura em um determinado período, os básicos são: materiais diretos, mão de obra direta e custos indiretos de fabricação (CIF). Capítulo 1 Conceituação e Relevância da Contabilidade de Custos 13 Custo da produção acabada Equivale à soma dos custos incorridos na produção acabada dentro de um determinado período (registro de entrada no estoque de produtos prontos). Custo do produto vendido Corresponde à soma dos custos incorrido na fabrica- ção de um produto e que agora está sendo vendido (registro de saída do estoque de produtos prontos). Custos primários Constituem a soma das Matérias-primas e da Mão de Obra DIRETOS, consumidos no processo de pro- dução de um bem ou serviço. Custo de transforma- ção Também denominado de “custo de conversão”, equi- vale à soma de todos os esforços empregados pela empresa no processo de fabricação de um determi- nado produto ou serviço e são representados pela Mão de Obra direta mais os CIF – Custos Indiretos de Fabricação (ou GGF – Gastos Gerais de Fabrica- ção), tais como: energia elétrica consumida, gastos com manutenção, aluguéis, depreciações, assistência técnica e outros. Custo fixo Ocioso Corresponde à diferença entre o Nível de Atividade máxima instalada em relação ao Nível de Atividadeno qual a empresa está operando agora. Dá a ideia de nível de ocupação das instalações. Custo Ocioso = Capacidade Máxima Instalada – Capacidade Atual em uso. Gastos Representa um sacrifício financeiro (desembolso de dinheiro) que a entidade faz para comprar um produ- to ou serviço, tais como matérias-primas, Mão de Obra, tanto para ser aplicado na produção, quanto na distribuição, na administração, como honorários da diretoria, bem como a aquisição de máquinas e equipamentos, entre outros. 14 Análise de Custos Investimento É um gasto ativado (formação do Ativo) em função da vida útil do bem, ou em relação aos benefícios atribuíveis a futuros períodos, tais como máquinas, equipamentos, veículos, bem como despesas pré- -operacionais. Custo É um gasto atribuído a um bem ou serviço consumi- do na produção (manufatura) de outros bens ou ser- viços. Exemplificando, temos: Matéria-prima direta, Mão de Obra direta, Custos Indiretos de Fabricação (CIF), que são necessários para a produção de um produto que a empresa estima vender para os seus clientes. Os custos podem ser identificados como: a) custo de fabricação; e b) custo de aquisição/compra (custo histórico). Despesas É um gasto havido com bens e serviços utilizados direta ou indiretamente para a obtenção de receita. Exemplos mais comuns são as despesas administrati- vas, comerciais e financeiras. Perdas Corresponde aos bens e serviços consumidos de forma anormal ou involuntária. Não agregam valor. São gastos não eficientes, como, por exemplo: deterioração de alguns itens do estoque motivados por alguma contingência especial. Normalmente, representa um prejuízo para a empresa. Capítulo 1 Conceituação e Relevância da Contabilidade de Custos 15 Desperdícios É o esforço econômico que não agrega valor ao produto. Representa gastos sem aproveitamento. Engloba as ineficiências normais do processo. Por exemplo: se um processo trabalha comumente com um índice de 1% de peças defeituosas, e, em um dado período, 5% dos itens produzidos for defei- tuosos, a perda anormal equivale a 4%, enquanto os desperdícios totalizam 5%. Não se trata de uma terminologia técnica de custos, porém sua utilização é ampla quando se fala em gestão ou redução de custos. Fabricação É o processo pelo qual as matérias-primas são trans- formadas em produtos prontos por meio da utiliza- ção de tecnologia industrial. Matéria-prima É o material básico que integra fisicamente o produto pronto. A matéria-prima sempre será um custo vari- ável direto. Mercadorias São os produtos prontos, adquiridos pelas empresas comerciais e varejistas, que passam a tê-los como objeto de comercialização, de acordo com os seus ramos de negócios. Insumo (Input) É a combinação dos fatores da produção (matéria- -prima, Mão de Obra, energia, e outros) que são consumidos no processo de fabricação de determina- do volume de bens ou serviços, isto é, esses fatores são insumidos, são necessários para a produção de determinado volume de produção. Produtos Prontos Equivalem a bens em condições de consumo final pela população ou destinados ao consumo industrial, em que eles figuram como matéria-prima ou com- ponentes prontos para dar seguimento ao fluxo de produção de uma linha de montagem, por exemplo. 16 Análise de Custos Produtos em fase de fabricação Equivalem aos produtos que ainda estão demandan- do atividades complementares para sua conclusão. Teremos vários estágios dos Produtos em Fase de Fabricação acumulados ao longo do processo de industrialização dentro da fábrica. Receitas Correspondem ao movimento econômico, repre- sentado pelas vendas de mercadorias, produtos ou serviços. Tem como fato gerador o documento fiscal (nota fiscal, ou contrato). A Nota Fiscal sempre irá indicar a quantidade vendida, multiplicada pelo Res- pectivo preço de vendas unitário e indicará o valor da receita. As receitas têm como efeito aumentar a Situação Patrimonial Líquida. Custos Fixos Custos de manufatura que permanecem constantes quando os níveis de produção aumentam ou dimi- nuem. Custos variáveis Custos de manufatura que variam proporcionalmente às mudanças no volume de produção, ou nível de atividade. Inclui a mão de obra direta, matérias-pri- mas diretas e eventualmente alguns tipos de Custos Indiretos de Fabricação (CIF). As definições apresentadas são fundamentais e relevantes para o entendimento e análise de custos dos produtos, serviços e dos custos em empresas comerciais. Essa análise permite às empresas tomadas de decisões com maior nível de segurança, ampliando as possibilidades competitivas das empresas frente às novas exigências e de um mercado com mudanças cada vez mais aceleradas. Capítulo 1 Conceituação e Relevância da Contabilidade de Custos 17 Recapitulando Neste capítulo, foram abordadas as áreas da Contabilidade: Financeira, de Custos e Gerencial. Para a Contabilidade Fi- nanceira, verificou-se que sua finalidade é o registro dos atos e fatos decorrentes das operações que ocorrem de forma ininter- rupta, durante um período. Ao final desse período, serve para a elaboração do Balancete de verificação, que é utilizado para a estruturação do Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício. No que concerne à Contabilidade de Custos, identificou-se que ela ocorre em conjunto com a Contabilidade Financeira. Notou-se que a avaliação de estoques e cálculo do custo das vendas, parte da primeira área da Contabilidade, a financeira, em que se serve dela para a origem dos valores que compõem a quantificação das compras e da produção. Destacou-se que ela é relevante ferramenta para a atividade de planejamento operacional, com ênfase na preparação do orçamento em- presarial, com vistas às metas e aos objetivos para exercício posterior. Em relação à Contabilidade Gerencial, mostrou-se que ela tem por finalidade o aprimoramento das informações, me- diante a análise detalhada dos custos, em que o objetivo é a apresentação de indicadores econômico-financeiros para ca- pacitar e qualificar os resultados da gestão empresarial. Desta- cou-se sua relevância na atual conjuntura e ambiente em que as empresas estão inseridas, a globalização e a competição. 18 Análise de Custos Ao término do capítulo, verifica-se que os conteúdos tra- tam da relevância que as Demonstrações Contábeis têm para outras áreas adjacentes como a fiscal e gerencial, as quais necessitam aderência aos Princípios e às Convenções de Con- tabilidade. Portanto, as terminologias das diversas áreas da atividade de Contabilidade ampliam horizontes em se tratando da análise de custos, especificamente para o auxílio na toma- da de decisões. Referências BRASIL. Lei das Sociedades Por Ações – Lei nº 6.404, de 15/12/1976, e alterações posteriores pela Lei nº 11.638/07 e Lei nº 11.941/09. Disponível em: <http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03>. Acesso em: 18 out. 2016. CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial. 6. ed. São Paulo. Atlas. 2012. LEONE, George Sebastião Guerra. Custos: Planejamento, Implantação e Controle. 3. ed. São Paulo. Atlas, 2000. MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 15. ed. São Paulo. Atlas. 2009. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Pau- lo. Atlas. 2009. MEGLIORINI, Evandir. Custos: Análise e Gestão. 3. ed. São Paulo. Pearson, 2012. Capítulo 1 Conceituação e Relevância da Contabilidade de Custos 19 OTT, Ernani. Contabilidade gerencial estratégica: inter-relacio- namento da contabilidade financeira com a contabilidade gerencial. In: Revista de Administração e Contabilida-de. Unisinos, São Leopoldo, maio/agosto, p. 35-46, 2004. PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade de Custos-Teoria, Prática, Integração com Sistemas de Informações (ERP). São Paulo. Cengage Learning. 2013. SILVA, Raimundo Nonato Sousa; LINS, Luiz dos Santos. Ges- tão de Custos: Contabilidade, Controle e Análise. São Paulo. Atlas, 2010. VANDERBECK, Edward J.; NAGY, Charles F. Contabilidade de Custos. 11. ed. São Paulo. Thomson Pioneira. 2003. VICECONTI, Paulo; NEVES, Silvério das. Contabilidade Bási- ca. 16. ed. São Paulo. Saraiva. 2014. Atividades 1) Assinale a alternativa que melhor identifica a finalidade que a Contabilidade de Custos proporciona à empresa: a) auxílio em tomada de decisões; b) demissão e admissão de funcionários; c) vantagem competitiva; d) desvantagens competitivas; e) aumento de lucros. 20 Análise de Custos 2) Analise a seguinte afirmação e assinale a alternativa a que se refere: O seu objetivo é planejar e colocar em prática um sistema de informação para organizações com ou sem fins econô- micos. a) Contabilidade de custos. b) Empresa em geral. c) Área de marketing. d) Área de compras. e) Área da produção. 3) Qual é o ramo da contabilidade que tem por objetivo for- necer instrumentos aos administradores de empresas auxi- liando-os em suas funções gerenciais: a) Contabilidade Financeira; b) Contabilidade Administrativa; c) Contabilidade Gerencial; d) Contabilidade de Custos; e) Controllers. 4) A principal diferença entre Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial está ligado à/ao(s): a) objetivo empresarial; b) formação profissional do contador; Capítulo 1 Conceituação e Relevância da Contabilidade de Custos 21 c) direcionamento dos resultados; d) métodos utilizados; e) ramo de atividade da empresa. 5) A contabilidade enquanto sistema de registro e gerencia- mento de dados serve-se de diversos subsistemas. Com base nessa afirmação, identifique a alternativa que não representa um subsistema contábil: a) contabilidade por unidades de negócios; b) contabilidade financeira; c) custos e orçamentos; d) gestão de impostos; e) pesquisa de marketing. Tarcísio Staudt1 Capítulo 2 Registro Contábil dos Custos no Segmento Industrial1 1 Doutor em Ciências Sociais na linha de pesquisa atores sociais, espaços e po- líticas públicas, com dois momentos de pesquisa e coleta de dados na Alemanha – UNISINOS. Mestre em Ciências Contábeis e Controladoria na linha de pesqui- sa, gestão financeira e sucessão em empresas familiares – UNISINOS. Graduado em Ciências Contábeis na linha de pesquisa gestão de empresas com ênfase na controladoria – FEEVALE. Tem experiência nas atividades: Públicas – ocupação de funções em Finanças, Administração e ministrante de cursos de aperfeiçoamento de servidores; Privadas – ocupação de cargos de gestão, custos, recursos humanos, coordenação de produção, compras, finanças e controladoria geral; Docência – Professor em Faculdades e Universidades ministrando aulas, expressivo número de orientações de trabalho de conclusão em graduação e pós-graduação, produção científica de artigos publicados em revistas nacionais e internacionais, capítulos de livros, artigos publicados em jornais e TV impressa. Experiência Internacional com Viagem de estudos à Alemanha 2007 e 2011 para observação, acompanhamento e controle de finanças públicas, especialmente finanças comunitárias e controla- doria geral municipal, em que foi verificada a participação das comunidades na construção das políticas públicas, a percepção e as representações dos sujeitos individuais nas alternativas em processos de sustentabilidade. Capítulo 2 Registro Contábil dos Custos no Segmento Industrial 23 Introdução Neste capítulo, trabalha-se a integração da Contabilidade de Custos com a Contabilidade Financeira. Necessário se faz lembrar que as primitivas atividades econômicas iniciaram com a compra e venda de artigos, pressupõe-se que havia a origem do setor primário e outros advindos das atividades de artesanato. Assim, o serviço contábil era processado por regis- tros das relações externas de uma unidade comercial. Com o advento das atividades de industrialização, em larga escala, constatou-se a necessidade de maior ênfase na contabilidade voltada para a tomada de decisão, com o uso de registros como meio de ampliar o controle sobre o processo industrial. A integração da Contabilidade de Custos com a Contabi- lidade Financeira significa que os valores gerados a partir da escrituração de todos os fatos resultantes das operações nor- mais, realizadas com o ambiente externo, também passaram a ser usados pela Contabilidade de Custos. Dessa forma, servia para processar os cálculos e a mensuração dos custos, princi- palmente para a avaliação dos estoques. Assim, tanto a Con- tabilidade Financeira, quanto a Contabilidade de Custos estão em obediência aos princípios e normas contábeis. E, ainda, também, em observação à Legislação Comercial e Societária, bem como a Legislação Fiscal. Doravante, no processamento das apropriações dos custos, deve ser de acordo com o méto- do de Custeio por Absorção, o qual é aceito pela Legislação Fiscal para as empresas tributadas pelo Lucro Real. Destaca-se que os principais usuários dos relatórios de cus- tos são os empresários, diretores, gerentes e outros executivos 24 Análise de Custos das empresas. As atividades de controle dos custos tornaram- se relevantes para o gerenciamento e o crescimento das em- presas. Atualmente, o mercado está amplamente competitivo, pois aumentar o preço dos produtos vendidos, provavelmente sofre retração dos mercados consumidores. Dessa forma, os relatórios gerenciais de custos são ferramentas de significativa relevância para a administração das organizações. Portanto, no desenvolvimento deste capítulo, busca-se o entendimento e o raciocínio necessário para a compreensão e aprendizagem através de exercícios práticos, ilustrativos de algumas situações que normalmente ocorrem no desempenho das atividade vinculadas à função do Contador de Custos. 1 Empresas Industriais Empresa industrial é todo o estabelecimento que adquire um conjunto de máquinas e equipamentos, instalações, veículos, ferramentas, dispositivos, dentre outros e também matérias- -primas, que são objeto de transformação em produtos pron- tos/acabados. A empresa industrial agrega o valor dos custos de transformação às matérias-primas, gerando riqueza para o setor industrial, e também aumentando o PIB do País. Podem-se exemplificar alguns ramos da indústria: química, plástica, petrolífera, petroquímica, eletroeletrônica, de alimen- tos e bebidas, têxtil e de calçados, mineração, siderúrgicas, de laminação de aço, metalúrgicas, celulose e papel, de la- ticínios, móveis, materiais de construção, tintas, corantes, im- Capítulo 2 Registro Contábil dos Custos no Segmento Industrial 25 pressão de livros, indústria pesada, que fabrica material de infraestrutura, máquinas e ferramentas pesadas, entre outros. Diante dessa diversidade de ramos distintos da indústria, há a relevância do custo integrado à Contabilidade, o qual se revela como um sistema em que as empresas industriais controlam os produtos prontos e em elaboração, através do controle permanente dos estoques com suporte nos custos de produção incorridos. Esse sistema baseia-se nos princípios contábeis e os valores atribuídos aos produtos se apoiam na escrituração contábil. Assim, veja-se o que o Regulamento do Imposto de Renda Nº 3000/99, (RIR) define: Art. 289. O custo das mercadorias revendidas e das ma- térias-primas utilizadas será determinado com base em registro permanente de estoques ou no valor dos esto- ques existentes, de acordo com o Livro de Inventário,no fim do período de apuração (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 14). § 1º O custo de aquisição de mercadorias destinadas à revenda compreenderá os de transporte e seguro até o estabelecimento do contribuinte e os tributos devidos na aquisição ou importação (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 13). § 2º Os gastos com desembaraço aduaneiro integram o custo de aquisição. § 3º Não se incluem no custo os impostos recuperáveis através de créditos na escrita fiscal. 26 Análise de Custos Em verificação da citação, compreende-se que, além do próprio custo da mercadoria e as matérias-primas, todos os demais custos necessários para que os bens estejam dispo- níveis para a comercialização ou transformação integram a composição do custo. Diante disso, a mesma norma, Regula- mento do Imposto de Renda Nº 3000/99, (RIR) define o custo de produção: Art. 290. O custo de produção dos bens ou serviços ven- didos compreenderá, obrigatoriamente (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 13, § 1º): I – o custo de aquisição de matérias-primas e quaisquer outros bens ou serviços aplicados ou consumidos na pro- dução, observado o disposto no artigo anterior; II – o custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de supervisão direta, manutenção e guarda das instala- ções de produção; III – os custos de locação, manutenção e reparo e os en- cargos de depreciação dos bens aplicados na produção; IV – os encargos de amortização diretamente relaciona- dos com a produção; V – os encargos de exaustão dos recursos naturais utili- zados na produção. Parágrafo único. A aquisição de bens de consumo even- tual, cujo valor não exceda a cinco por cento do cus- to total dos produtos vendidos no período de apuração Capítulo 2 Registro Contábil dos Custos no Segmento Industrial 27 anterior, poderá ser registrada diretamente como custo (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 13, § 2º). Pode-se então, a partir da citação, ligar os dois pontos que ocorrem na atividade industrial: o primeiro trata da aquisição de mercadorias e matérias-primas; e o segundo refere-se aos demais custos que compõe o processo de transformação. A soma desses dois é que resulta na composição do custo de pro- dução. No entanto, para a contabilidade de custos, no ramo industrial, o Regulamento do Imposto de Renda Nº 3000/99, (RIR) dá tratamento às quebras e perdas, que devem ser re- conhecidas e tratadas da seguinte forma: Art. 291. Integrará também o custo o valor (Lei nº 4.506, de 1964, art. 46, incisos V e VI): I – das quebras e perdas razoáveis, de acordo com a natureza do bem e da atividade, ocorridas na fabricação, no transporte e manuseio; II – das quebras ou perdas de estoque por deterioração, obsolescência ou pela ocorrência de riscos não cobertos por seguros, desde que comprovadas: a) por laudo ou certificado de autoridade sanitária ou de segurança, que especifique e identifique as quantidades destruídas ou inutilizadas e as razões da providência; b) por certificado de autoridade competente, nos casos de incêndios, inundações ou outros eventos semelhantes; 28 Análise de Custos c) mediante laudo de autoridade fiscal chamada a certifi- car a destruição de bens obsoletos, invendáveis ou dani- ficados, quando não houver valor residual apurável. Depois de serem compreendidas essas três primeiras defi- nições conceituais: custo integrado à contabilidade, custo de produção, quebras e perdas, torna-se interessante o entendi- mento sobre os critérios para avaliação de estoques, em que o Regulamento do Imposto de Renda Nº 3000/99, (RIR) apresenta o seguinte tratamento: Art. 292. Ao final de cada período de apuração do im- posto, a pessoa jurídica deverá promover o levantamento e avaliação dos seus estoques. Art. 293. As mercadorias, as matérias-primas e os bens em almoxarifado serão avaliados pelo custo de aquisi- ção (Lei nº 154, de 1947, art. 2º, §§ 3º e 4º, e Lei nº 6.404, de 1976, art. 183, inciso II). Art. 294. Os produtos em fabricação e acabados serão avaliados pelo custo de produção (Lei nº 154, de 1947, art. 2º, § 4º, e Lei nº 6.404, de 1976, art. 183, inciso II). Concernente ao Art. 294, que trata dos produtos acabados e em fabricação, os estoques podem ser avaliados conforme os seguintes parágrafos: § 1º O contribuinte que mantiver sistema de contabili- dade de custo integrado e coordenado com o restante da escrituração poderá utilizar os custos apurados para avaliação dos estoques de produtos em fabricação e acabados (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 14, § 1º). Capítulo 2 Registro Contábil dos Custos no Segmento Industrial 29 § 2º Considera-se sistema de contabilidade de custo in- tegrado e coordenado com o restante da escrituração aquele: I – apoiado em valores originados da escrituração contá- bil (matéria-prima, mão de obra direta, custos gerais de fabricação); II – que permite determinação contábil, ao fim de cada mês, do valor dos estoques de matérias-primas e outros materiais, produtos em elaboração e produtos acabados; III – apoiado em livros auxiliares, fichas, folhas contínuas, ou mapas de apropriação ou rateio, tidos em boa guar- da e de registros coincidentes com aqueles constantes da escrituração principal; IV – que permite avaliar os estoques existentes na data de encerramento do período de apropriação de resultados segundo os custos efetivamente incorridos. Chama-se a atenção que a norma refere-se ao estoque total, porém há um dado relevante que deve ser considerado: o custo médio de cada tipo de produto. Assim, o Regulamento do Imposto de Renda Nº 3000/99, (RIR) preceitua o seguinte: Art. 295. O valor dos bens existentes no encerramento do período de apuração poderá ser o custo médio ou o dos bens adquiridos ou produzidos mais recentemente, admitida, ainda, a avaliação com base no preço de ven- da, subtraída a margem de lucro (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 14, § 2º, Lei nº 7.959, de 21 de dezembro de 1989, art. 2º, e Lei nº 8.541, de 1992, art. 55). 30 Análise de Custos Utilizando-se desse critério, citado no Art. 295, é comum esse uso dessa avaliação. Então, pode-se lançar mão desse critério, arbitrário. Há ainda outro critério citado pelo Art. 296 sobre a valoração dos estoques, que diz: “Se a escrituração do contribuinte não satisfizer às condições dos §§ 1º e 2º do art. 294, os estoques deverão ser avaliados (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 14, § 3º)”: I – os de materiais em processamento, por uma vez e meia o maior custo das matérias-primas adquiridas no período de apuração, ou em oitenta por cento do valor dos produtos acabados, determinado de acordo com o inciso II; II – os dos produtos acabados, em setenta por cento do maior preço de venda no período de apuração. § 1º Para aplicação do disposto no inciso II, o valor dos produtos acabados deverá ser determinado tomando por base o preço de venda, sem exclusão de qualquer parcela a título de Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Ser- viços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações – ICMS. § 2º O disposto neste artigo deverá ser reconhecido na escrituração comercial. Partindo dessa citação, exemplifica-se o que normalmente é utilizado como critério de valoração dos estoques. Suponha- se que o Preço de Venda unitário de determinado produto seja 120,00 reais. Então: Capítulo 2 Registro Contábil dos Custos no Segmento Industrial 31 a) para os produtos acabados, utiliza-se do critério de valoração dos estoques em 70% do Preço de Venda; b) para os produtos em fabricação, 56% do Preço de Venda ou 80% do valor dos produtos acabados, pois o resultado é o mesmo. Logo: c) o preço médio dos produtos acabados é: 120,00 mul- tiplicados por 70% resultam em 84,00reais; d) o preço médio dos produtos em fabricação é: 120,00 multiplicados por 56% resultam em 67,20 reais, ou ainda, tomado o valor dos produtos acabados que é: 84,00 multiplicados por 80% resultam os mesmos 67,20 reais; ou ainda, e) conforme, conforme Inciso I, do Art. 296, citado an- teriormente: uma vez e meia o maior custo das ma- térias-primas adquiridas: suponha-se que o custo da matéria-prima tenha sido 45,00 reais multiplicado por uma vez e meia (1,5) resultam em 67,50 reais. Este último critério citado na letra e não é verificado com tanta frequência, pois ele é um critério isolado e pode distor- cer-se facilmente em virtude da oscilação dos preços pratica- dos no mercado. Um fator importante a ser considerado no estabelecimento de um sistema de custo, além do aspecto de sua integração com a contabilidade geral, está relacionado com a natureza dos insumos a serem apropriados como custo de produção que deve atender o que determina a legislação. Dessa forma, no próximo tópico apresenta-se o fluxo dos cus- 32 Análise de Custos tos industriais, em que são apresentados exercícios de fixação para os conteúdos abordados neste tópico. 2 Fluxo dos Custos nas Indústrias Para a compreensão da análise dos custos que compõem os produtos industriais, é relevante entender a dinâmica do flu- xo dos custos nesse segmento. A complexidade dos custos na indústria requer minucioso estudo envolvendo planejamento, controle e análise para que estes possam ser utilizados na ges- tão do processo operacional e, como consequência, tragam benefícios significativos à empresa. Essa compreensão do fluxo dos custos nas empresas é con- teúdo recorrente também na Disciplina de Gestão de Custos, em que se estudam três classificações básicas: o custo com materiais, o custo com mão de obra e os custos indiretos de fa- bricação. Estes são os elementos considerados, a priori, funda- mentais para o custo na produção da indústria. Dessa forma, ele representa o valor de todos os bens e serviços consumidos no processo produtivo em um determinado período. Assim, re- sumidamente, Martins (2009) apresenta os três elementos bá- sicos formadores do custo de produção, conforme ilustração: Elemento de Custo Definição Conceitual Matérias-primas – MP São todos os materiais integrantes do produto aca- bado que possam ser convenientemente atribuídos a unidades físicas específicas. Capítulo 2 Registro Contábil dos Custos no Segmento Industrial 33 Mão de Obra Direta – MOD É toda mão de obra que se relaciona nitidamente com os produtos, e que seja facilmente identificado com o produto final. Custo Indireto de Fabricação – CIF São todos os custos de fabricação, exceto MP e MOD, como: materiais indiretos, mão de obra indireta, depreciações dentre outros. Para que a gestão de custos seja eficaz, necessário se faz conhecê-los para então associá-los ao processo de manufa- tura. Partindo da ilustração anterior, o fluxo desses custos está representado na ilustração seguinte: O fluxo apresentado requer o entendimento de como se obtém o valor do consumo de matéria-prima, mão de obra direta, custos indiretos de fabricação, dos produtos em ela- boração, dos produtos prontos, para posteriormente à venda apurar e contabilizar o custo dos produtos vendidos – CPV. Assim, o consumo de matéria-prima em unidades monetárias (transferência de Matérias-primas para a produção, ou seja, para Produtos em Elaboração) é calculado desta forma: con- 34 Análise de Custos sumo de matéria-prima = Estoque Inicial + Compras – Esto- que Final, ou seja, consumo de MP = EI + C – EF. Para o Custo da Produção do Período – CPP utiliza-se a soma dos custos incorridos na produção do período. Na ob- tenção desse custo, somam-se os valores gastos com materiais diretos, com mão de obra direta e com os custos indiretos de fabricação aplicados na produção do período, sem considerar o valor do Estoque Inicial e Final dos Produtos em Elaboração. Tem-se assim a fórmula: CPP = MP + MOB + CIF. Em relação ao Custo da Produção Acabada no Período – CPAP – compreende o estoque inicial de produtos em elabo- ração – EIPE mais o custo de produção do período, menos o estoque final de produtos em elaboração – EFPE. A fórmula é a seguinte: CPAP = EIPE + CPP – EFPE. Por fim, os Custos dos Produtos Vendidos – CPV: Compreen- de os custos incorridos na fabricação dos produtos que estão sendo vendidos. Pode conter custos de produção de outros períodos. É obtido pela operação: estoque inicial de produtos acabados (EIPA) mais custo da produção acabada no período (CPAP) menos estoque final de produtos acabados (EFPA). Re- sulta, assim, a seguinte fórmula: CPV = EIPA + CPA – EFPA. Na sequência, é apresentado o desenvolvimento do cál- culo do Custo de Produção do Período, o Custo da Produção Acabada do Período e o Custo dos Produtos Vendidos como forma de consolidação do aprendizado dos conteúdos ilustra- dos. Capítulo 2 Registro Contábil dos Custos no Segmento Industrial 35 Exercício nº 1 Enunciado: O exercício proposto buscou valores extraídos da escrituração da Contabilidade Financeira de determinada indústria com valores de saldos iniciais, gastos incorridos e valores finais referentes a um determinado mês: a) Estoque Inicial de Matéria-prima. b) Estoque Inicial de Produtos em Elaboração. c) Estoque Inicial de Produtos Prontos. d) Compra de matéria-prima. e) Mão de obra direta do período. f) Custos Indiretos de Fabricação. g) Estoque final de Matéria-prima. h) Estoque final de Produtos em Elaboração. i) Estoque final de Produtos Prontos. R$ 100.000,00 R$ 150.000,00 R$ 200.000,00 R$ 600.000,00 R$ 700.000,00 R$ 350.000,00 R$ 150.000,00 R$ 180.000,00 R$ 250.000,00 A partir desses dados ilustrados, pede-se para calcular: I – O Custo de Produção do Período (CPP). II – O Custo da Produção Acabado do mês. III – O Custo da Produção Vendida no mês. Ressaltamos que o conhecimento do valor do consumo de matéria-prima é premissa imprescindível para a resolução. O custo da mão de obra e dos custos indiretos foi estudado em Gestão de Custos. Dessa forma, nos exercícios propostos, as informações referentes à MOD e CIF foram fornecidas. Veja-se a resolução na ilustração a seguir: Primeira Etapa: Consumo de matéria-prima = EI + C – EF. Estoque Inicial de Matéria-prima R$ 100.000,00 (+) Compras no período R$ 600.000,00 (–) Estoque final de Matéria-prima R$ 150.000,00 36 Análise de Custos = Consumo de Matéria-prima no período R$ 550.000,00 Observação: foi desconsiderado o efeito tributário sobre as compras. Segunda Etapa: Custo de Produção do Período (CPP) Matéria-prima direta consumida R$ 550.000,00 (+) Mão de Obra Direta R$ 700.000,00 (+) Custos Indiretos de Fabricação – CIF R$ 350.000,00 = Total do CPP R$ 1.600.000,00 Observação: Não se considera estoque inicial nem final. Terceira Etapa: Custo dos Produtos Acabados (Prontos) Custo de Produção do Período R$ 1.600.000,00 (+) Estoque Inicial de Produtos em Elaboração R$ 150.000,00 (-) Estoque Final de Produtos em Elaboração R$ 180.000,00 = Custo dos Produtos Acabados R$ 1.570.000,00 Observação: Considera estoque inicial (+) e final (-). Quarta Etapa: Custo dos Produtos Vendidos (EI + P – EF = CPV) Estoque Inicial de Produtos Prontos R$ 200.000,00 (+) Produtos Prontos (acabados no período) R$ 1.570.000,00 (-) Estoque final de Produtos Prontos R$ 250.000,00 = Custo dos Produtos Vendidos R$ 1.520.000,00 Observação: Considera estoque de período anterior inicial (+) e final (-). Capítulo 2 Registro Contábil dos Custos no Segmento Industrial 37 Exercício nº 2 Enunciado: No mês de março do ano XXXX, a empresa Beta S/A do ramo industrial metalúrgicoapresentou as seguintes informações, extraídas do seu balancete de verificação: Contas Valores Depreciação de Equipamentos Industriais R$ 20.000,00 Aquisição de Equipamento para fábrica R$ 65.000,00 Compras líquidas de matéria-prima R$ 22.000,00 Depreciação de móveis em Administração R$ 13.000,00 Energia Elétrica Fábrica R$ 60.000,00 Mão de obra direta R$ 110.000,00 Mão de obra indireta R$ 8.000,00 Receita de Vendas R$ 1.400.000,00 Materiais Indiretos R$ 37.000,00 Remuneração dos Vendedores R$ 30.000,00 Salários da Administração R$ 52.000,00 Seguros de Fábrica R$ 6.000,00 Informações complementares: Estoques finais (31/03/XXXX) Fevereiro/XXXX Março/XXXX Matéria-prima R$ 74.000,00 R$ 60.000,00 Produtos em elaboração R$ 57.000,00 R$ 52.000,00 Produtos prontos R$ 37.000,00 R$ 60.000,00 A partir desses dados, determine: a) Qual o Custo com Materiais Diretos (matéria-prima)? b) Qual o Custo de Produção do período? 38 Análise de Custos c) Qual o Custo da produção Acabada no período? d) Qual o Custo dos Produtos Vendidos? Veja-se a resolução na ilustração a seguir: Primeira Etapa: Custo com materiais diretos (matéria-prima) Estoque inicial de matéria-prima R$ 74.000,00 (+) Compras líquidas do período R$ 22.000,00 (–) Estoque final de Matéria-prima R$ 60.000,00 = Custos com Materiais Diretos (Matéria-prima) R$ 36.000,00 Observação: foi desconsiderado o efeito tributário sobre as compras. Segunda Etapa: Custo de Produção do Período (CPP) Materiais diretos (matéria-prima) R$ 36.000,00 (+) Mão de Obra Direta R$ 110.000,00 (+) Custos Indiretos de Fabricação – CIF: = soma os abaixo Depreciação de Equipamentos Industriais R$ 20.000,00 Energia Elétrica Fábrica R$ 60.000,00 Mão de Obra Indireta R$ 8.000,00 Materiais Indiretos R$ 37.000,00 Seguros de Fábrica R$ 6.000,00 = Custo de Produção do Período R$ 277.000,00 Observação: Não se considera estoque inicial nem final. Terceira Etapa: Custo da Produção Acabada no período Estoque Inicial de Produtos em Elaboração R$ 57.000,00 (+) Custo de Produção do Período R$ 277.000,00 (-) Estoque Final de Produtos em Elaboração R$ 52.000,00 Capítulo 2 Registro Contábil dos Custos no Segmento Industrial 39 = Custo da Produção Acabada R$ 282.000,00 Observação: Considera estoque inicial (+) e final (-). Quarta Etapa: Custo dos Produtos Vendidos (EI + P – EF = CPV) Estoque Inicial de Produtos Prontos R$ 37.000,00 (+) Custo da Produção Acabada R$ 282.000,00 (-) Estoque final de Produtos Prontos R$ 60.000,00 = Custo dos Produtos Vendidos R$ 259.000,00 Observação: Considera estoque de período anterior inicial (+) e final (-). Exercício nº 3 Enunciado: No mês de agosto do ano XXXX, a Contabilidade Financeira de uma indústria apresentou as seguintes informações: Contas Valores Aquisição de Novo Equipamento Industrial R$ 98.100,00 Compras de Matéria-Prima R$ 3.600,00 Depreciação de Máquinas Industriais R$ 27.000,00 Depreciação de Móveis e Utensílios do Escritório R$ 22.500,00 Energia Elétrica da Fábrica R$ 112.500,00 Mão de obra direta R$ 9.000,00 Mão de obra indireta R$ 180.000,00 Materiais Indiretos Consumidos na Fábrica R$ 810.000,00 Receita de Vendas R$ 1.666.500,00 Salário de Vendedores R$ 18.000,00 Salários da Administração R$ 900,00 40 Análise de Custos Seguros de Fábrica R$ 1.800,00 Informações complementares: Estoques finais Julho Agosto Matéria-prima R$ 90.000,00 R$ 72.000,00 Produtos em elaboração R$ 54.000,00 R$ 72.000,00 Produtos prontos R$ 54.000,00 R$ 72.000,00 Com base nessas informações, determine: a) Qual o Custo com Materiais Diretos? b) Qual o Custo Fabril? c) Qual o Custo de Produtos Vendidos da indústria? Veja-se então a resolução na seguinte ilustração: Primeira Etapa: Custo com materiais diretos (matéria-prima) Estoque inicial de materiais diretos R$ 90.000,00 (+) Compras do período R$ 3.600,00 (–) Estoque final de materiais diretos R$ 72.000,00 = Consumo de materiais diretos R$ 21.600,00 Observação: foi desconsiderado o efeito tributário sobre as compras. Segunda Etapa: Custo Fabril Consumo de materiais diretos R$ 21.600,00 (+) Mão de Obra Direta R$ 9.000,00 (+) Custos Indiretos de Fabricação – CIF: = soma os abaixo Depreciação de Máquinas Industriais R$ 27.000,00 Energia Elétrica Fábrica R$ 112.500,00 Capítulo 2 Registro Contábil dos Custos no Segmento Industrial 41 Mão de Obra Indireta R$ 180.000,00 Materiais Indiretos Consumidos na Fábrica R$ 810.000,00 Seguros de Fábrica R$ 1.000,00 = Custo Fabril R$ 1.161.900,00 Observação: Não se considera estoque inicial nem final. Terceira Etapa: Custo dos Produtos Vendidos Estoque Inicial de Produtos em Processo (Elaboração) R$ 54.000,00 Estoque Inicial de Produtos acabados R$ 54.000,00 Produção de Produtos Prontos R$ 1.161.900,00 (-) Estoque Final de Produtos em Processo (Elaboração) R$ 72.000,00 (-) Estoque Final de Produtos Acabados R$ 72.000,00 = Custo dos Produtos Vendidos R$ 1.125.900,00 Observação: Considera estoque inicial (+) e final (-) de ambos. Exercício nº 4 Enunciado: Determinada indústria apresenta os seguintes valores extraídos do balancete de verificação (Razão) referente a um determinado período: Contas Valores Custo com mão de obra direta R$ 60.000,00 Despesas com salários da administração R$ 45.000,00 Matéria-prima consumida R$ 210.000,00 Despesas financeiras R$ 30.000,00 Custos com manutenção de máquinas R$ 50.000,00 Comissões sobre vendas R$ 55.000,00 Custos com depreciação da fábrica R$ 25.000,00 Despesas com material de expediente R$ 3.000,00 42 Análise de Custos Custo com materiais auxiliares da produção R$ 10.000,00 Custos com seguro da fábrica R$ 7.000,00 Despesas de pró-labore da diretoria R$ 25.000,00 Custos com energia elétrica-fábrica R$ 49.000,00 Despesas com energia elétrica R$ 21.000,00 Despesas com expedição de produtos R$ 28.000,00 Despesas com comunicação R$ 2.000,00 Aluguel de máquinas da produção R$ 10.000,00 TOTAL R$ 630.000,00 Observe as seguintes premissas básicas: a) A empresa industrial fabrica Quatro (4) produtos (A, B, C, D); b) Não há estoque final de Matéria-prima nem de Produ- tos Prontos. Consumo de matéria-prima: A = 15%; B = 20%; C = 30%; D = 35%. Os percentuais devem ser aplicados ao valor total de matéria-prima consumida no perío- do. c) O custo com mão de obra direta por produto obedece aos seguintes percentuais: A = 15%; B = 20%; C = 30%; D = 35% aplicados sobre o custo total de mão de obra direta. d) Chaves de Rateios e apropriações:  Custos Indiretos de Fabricação: A = 20%; B = 30%; C = 25%; D = 25%. Capítulo 2 Registro Contábil dos Custos no Segmento Industrial 43 e) A receita pela venda de toda a produção é de R$ 850.000,00 dividida por produto da seguinte forma: A = R$ 153.000,00; B = R$ 90.000,00; C = R$ 350.000,00; D = R$ 257.000,00. Com base nesses dados e informações, a atividade pro- posta contempla a visão da integração da Contabilidade de Custos com a Contabilidade Financeira. Para tanto, pede-se: a) Classificar os valores contábeis desse período em:  Custos diretos com Matéria-prima e Mão de Obra di- reta;  Classificar os Custos Indiretos de Fabricação;  Classificar as despesas operacionais em: comerciais, administrativas e financeiras. b) Calcular o Custo de Produção de cada produto do período: c) Estruturar a Demonstração do Resultado do Exercício – DRE, considerando:  ICMS de 17,0%;  PIS de 0,65%;  COFINS de 3,0%;  CSLL de 9,0%;  IRPJ de 15,0%. 44 Análise de Custos d) Identifique qual dos Quatro (4) produtos apresenta o pior resultado (negativo).e) Qual produto proporciona a maior margem bruta so- bre vendas? Para melhor compreensão dos conteúdos, neste exercício, a resolução de cada item apresenta uma ilustração individual. Assim, seguem as etapas: Primeira Etapa: Classificação das Contas (ver letra A) Custos Diretos: VALOR TOTAL Matéria-prima R$ 210.000,00 Mão de Obra direta R$ 60.000,00 R$ 270.000,00 Custos Indiretos de Fabricação: Custos com Manutenção R$ 50.000,00 Custos de Depreciação de fábrica R$ 25.000,00 Custo com Material Auxiliar da Produção R$ 10.000,00 Seguro de Fábrica R$ 7.000,00 Custo com Energia Elétrica da Fábrica R$ 49.000,00 Aluguel de Máquinas da Produção R$ 10.000,00 RS 151.000,00 Despesas Comerciais: Despesas com Comissões R$ 55.000,00 Despesas com Expedição R$ 28.000,00 R$ 83.000,00 Despesas Administrativas: Salários da Administração R$ 45.000,00 Material de Expediente R$ 3.000,00 Pró-labore da Diretoria R$ 25.000,00 Despesas com Energia Elétrica R$ 21.000,00 Capítulo 2 Registro Contábil dos Custos no Segmento Industrial 45 Despesa com Comunicação R$ 2.000,00 R$ 96.000,00 Despesas Financeiras: Despesas Financeiras R$ 30.000,00 R$ 30.000,00 Segunda Etapa: Custo de Produção de cada produto (através de rateios e apropria- ções), totalmente vendidos (ver letra B) Custo Produ- ção/ Produtos A em R$ B em R$ C em R$ D em R$ Total Matéria-prima Direta 31.500,00 42.000,00 63.000,00 73.500,00 210.000,00 Mão de Obra Direta 9.000,00 12.000,00 18.000,00 21.000,00 60.000,00 Custo Ind. Fa- bricação – CIF 30.200,00 45.300,00 37.750,00 37.750,00 151.000,00 Custo total 70.700,00 99.300,00 118.750,00 132.250,00 421.000,00 Terceira Etapa: Estruturação da Demonstração do Resultado do Exercício – DRE, do período (ver letra C) – os valores expressos em R$ 1,00 Contas /Produtos por área da Conta- bilidade Contabilidade De Custos Financeira Prod – A Prod – B Prod – C Prod -D TOTAL RECEITA OPERAC. BRUTA 153.000,00 90.000,00 350.000,00 257.000,00 850.000,00 (-) DEDUÇÕES DA RECEITA 31.595,00 18.585,00 72.275,00 53.071,00 175.525,00 ICMS 26.010,00 15.300,00 59.500,00 43.690,00 144.500,00 PIS 994,50 585,00 2.275,00 1.670,50 5.525,00 COFINS 4.590,00 2.700,00 10.500,00 7.710,00 25.500,00 RECEITA OPERAC. LÍQUIDA 121.406,00 71.415,00 277.725,00 203.930,00 674.475,00 (-) C. P. V. 70.700,00 99.300,00 118.750,00 132.250,00 421.000,00 LUCRO BRUTO 50.706,00 (27.885,00) 158.975,00 71.680,00 253.475,00 (-) DESPESAS OPERA- CIONAIS 179.000,00 Despesas comerciais x x x x 83.000,00 46 Análise de Custos Despesas Adminis- trativas x x x x 96.000,00 RES. antes do Res. Financ. 74.475,00 Despesas Financeiras x x x x 30.000,00 RES. antes dos Impostos x x x x 44.475,00 Provisão para CSLL x x x x 4.002,75 Provisão para IRPJ x x x x 6.671,25 RES. antes das Participações 33.801,00 Para a resolução da Quarta Etapa (ver letra D), utiliza-se das informações apresentadas na Demonstração do resultado do Exercício – DRE anterior e identifica-se que o Produto “B” é o que gerou resultado negativo, ou seja, prejuízo (ver linha da Conta Lucro Bruto – primeira coluna; e, após – terceira coluna). Registra-se que esse fato não seria percebido pela Contabilidade Financeira, que, por sua vez, a Contabilidade de Custos analisa isoladamente cada produto e confirma a situação individual de cada produto. Na resolução da Quinta Etapa (ver letra E), em que se de- seja saber qual produto gera maior margem de lucro bruto, verifica-se que o Produto “C” apresentou essa situação. Para tanto, visita-se novamente a Demonstração do resultado do Exercício – DRE anterior – primeira coluna na linha Lucro Bruto e, na sequência, na quarta coluna, está o resultado da maior margem apresentada pelo produto, repita-se “C”. Reforça-se que essa é uma das principais relevâncias da Contabilidade de Custos, comparada à Contabilidade Financeira, em identificar a contribuição de cada produto para a margem de lucro. Capítulo 2 Registro Contábil dos Custos no Segmento Industrial 47 Recapitulando O capítulo que ora se finda tratou da identificação da contabi- lidade, tanto de Custos, quanto Financeira para a informação em empresas industriais. Assim, trabalhou-se o texto em dois momentos distintos: no primeiro, abordaram-se os conceitos sobre empresas industriais, em que, de forma geral, é rele- vante segmento de produção de bens, haja vista tratar-se de transformação de bens, a priori, em novos produtos. No se- gundo momento, tratou-se do fluxo dos custos em empresas industriais. Para a consolidação do conhecimento sobre o segmento industrial, foi desenvolvido uma série de exercícios, os quais têm o propósito de fixação dos conteúdos teóricos a partir da resolução prática de fatos contábeis que ocorrem nos proces- sos operacionais, em que a Contabilidade necessita dar con- ta em seus registros. Para tanto, foram trazidas à discussão a comparabilidade de duas áreas distintas da Contabilidade: a de Custos e a Financeira. Por fim, neste capítulo, foram abordados os temas referen- tes ao custo integrado à contabilidade. Apresentou-se a Legis- lação referente ao custo integrado, como é calculado o valor do consumo de matéria-prima, custos de produção, produtos em elaboração e produtos prontos. Foram elaborados e re- solvidos vários exercícios para que o/a leitor/a se aproprie do conhecimento com segurança e balizamento. 48 Análise de Custos Referências BRASIL. Lei das Sociedades Por Ações – Lei nº 6.404, de 15/12/1976, e alterações posteriores pela Lei nº 11.638/07 e Lei nº 11.941/09. Disponível em: <http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03>. Acesso em: 18 out. 2016. ______. Decreto Nº 3000, de 26 de março de 1999. Regu- lamenta a tributação, fiscalização, arrecadação e adminis- tração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3000.htm>. Acesso em: 19 jul. 2016. CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial. 6. ed. São Paulo. Atlas. 2012. LEONE, George Sebastião Guerra. Custos: Planejamento, Implantação e Controle. 3. ed. São Paulo. Atlas, 2000. MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 15. ed. São Paulo. Atlas. 2009. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Pau- lo. Atlas. 2009. MEGLIORINI, Evandir. Custos: Análise e Gestão. 3. ed. São Paulo. Pearson, 2012. OTT, Ernani. Contabilidade gerencial estratégica: inter-relacio- namento da contabilidade financeira com a contabilidade gerencial. In: Revista de Administração e Contabilida- de. Unisinos, São Leopoldo, maio/agosto, p. 35-46, 2004. Capítulo 2 Registro Contábil dos Custos no Segmento Industrial 49 PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade de Custos-Teoria, Prática, Integração com Sistemas de Informações (ERP). São Paulo. Cengage Learning. 2013. SILVA, Raimundo Nonato Sousa; LINS, Luiz dos Santos. Ges- tão de Custos: Contabilidade, Controle e Análise. São Paulo. Atlas, 2010. VANDERBECK, Edward J.; NAGY, Charles F. Contabilidade de Custos. 11. ed. São Paulo. Thomson Pioneira. 2003. VICECONTI, Paulo; NEVES, Silvério das. Contabilidade Bási- ca. 16. ed. São Paulo. Saraiva. 2014. Atividades 1) Determinada indústria, que utiliza todas as suas máquinas e equipa- mentos para a elaboração de três produtos distintos, em seu último balancete, apresentava, entre outras, as seguintes contas: – Depreciação de Máquinas e equipamentos da unidade fabril 4.450,00 Reais. – Mão de Obra direta da Produção 29.200,00 Reais. – Comissões de vendedores 9.350,00 Reais. – Mão de obra da supervisão e Movimentação da unidade fabril 6.900,00 Reais. – FGTS sobre Mão de Obra direta da Produção 2.300,00Reais. – Depreciação dos bens da área Administrativa 850,00 Reais. 50 Análise de Custos – Matéria-prima direta consumida 78.700,00 Reais. – Salários da área administrativa 19.300,00 Reais. – Previdência Social sobre mão de obra da unidade fabril 9.050,00 Reais. No conjunto de contas de resultado apresentados, o total de valores de Custos e de Despesas são, respectivamente: a) R$ 123.400,00 e R$ 34.000,00; b) R$ 123.400,00 e R$ 31.800,00; c) R$ 128.300,00 e R$ 29.500,00; d) R$ 130.600,00 e R$ 29.500,00; e) R$ 131.450,00 e R$ 28.650,00. 2) No mês de junho do ano XXXX, a Rota Firme S/A, empresa do ramo industrial metal-mecânico apresentou as seguintes informações contá- beis: - Depreciação de Equipamentos Industriais R$ 44.000,00 - Aquisição de Equipamentos para Fábrica R$ 160.000,00 - Compras de matéria-prima R$ 40.000,00 - Depreciação de Móveis da Administração R$ 34.000,00 - Energia Elétrica da Fábrica R$ 165.000,00 - Mão de Obra Direta R$ 200.000,00 - Mão de Obra Indireta R$ 14.000,00 Capítulo 2 Registro Contábil dos Custos no Segmento Industrial 51 - Receitas de Vendas R$ 2.900.000,00 - Materiais Indiretos R$ 78.000,00 - Remuneração dos Vendedores R$ 28.000,00 - Salários da Administração R$ 22.000,00 - Seguros da Fábrica R$ 12.000,00 Estoques Finais Maio/XXXX Junho/XXXX - Matéria-Prima R$ 150.000,00 R$ 120.000,00 - Produtos em Ela- boração R$ 88.000,00 R$ 130.000,00 - Produtos Prontos R$ 82.000,00 R$ 118.000,00 Com base nesses dados, assinale a alternativa que determina: os Cus- tos com Materiais Diretos, o Custo de Produção, o Custo dos Produtos Vendidos, respectivamente: a) R$ 54.000,00; R$ 541.000,00; R$ 529.000,00. b) R$ 70.000,00; R$ 583.000,00; R$ 547.000,00. c) R$ 70.000,00; R$ 583.000,00; R$ 505.000,00. d) R$ 78.000,00; R$ 671.000,00; R$ 503.000,00. e) R$ 78.000,00; R$ 571.000,00; R$ 619.000,00. 3) A empresa apresentou os seguintes saldos no mês de fevereiro do ano de 2003: (Q11CFC/03) - Depreciação de Equipamentos Administrativos R$ 38.000,00 - Depreciação de Equipamentos de Fábrica R$ 64.000,00 52 Análise de Custos - Energia Elétrica Consumida na Fábrica R$ 160.000,00 - Mão de Obra Direta R$ 40.000,00 - Mão de Obra Indireta R$ 140.000,00 - Materiais Diretos (Compras) R$ 560.000,00 - Materiais Indiretos R$ 18.000,00 - Receita Líquida de Vendas R$ 1.365.000,00 - Salário da Equipe de Administração R$ 18.000,00 - Salário da Equipe de Vendas R$ 28.000,00 - Seguro das Instalações Fabris R$ 8.000,00 Posição dos Estoques - Estoques 31.01.2003 28.02.2003 - Matéria-prima R$ 120.000,00 R$ 75.000,00 - Produtos em Elaboração R$ 180.000,00 R$ 65.000,00 - Produtos Acabados R$ 220.000,00 R$ 90.000,00 Com base nesses dados, indique a alternativa que concentra, respecti- vamente: os Custos de Produção, os Custos dos Produtos vendidos, o Lucro Operacional Bruto. a) R$ 1.027.000,00; R$ 1.272.000,00; R$ 82.000,00. b) R$ 1.033.000,00; R$ 1.272.000,00; R$ 82.000,00. c) R$ 1.035.000,00; R$ 1.278.000,00; R$ 80.000,00. Capítulo 2 Registro Contábil dos Custos no Segmento Industrial 53 d) R$ 1.035.000,00; R$ 1.280.000,00; R$ 85.000,00. e) R$ 1.017.000,00; R$ 1.282.000,00; R$ 90.000,00. 4) Determinada sociedade industrial em um momento do mês em curso, possui a seguinte relação de contas e respectivos valores contábeis registrados no período: Contas Valores – R$ Seguro da fábrica 1.200,00 Consumo de material de escritório 430,00 Compra de matérias-primas 25.000,00 Salários e encargos da Mão de Obra da fábrica 10.960,00 Propaganda e publicidade 1.150,00 Matéria-prima consumida na produção 12.600,00 Aluguel da fábrica 2.300,00 Energia elétrica da fábrica 1.980,00 Depreciação de Máquinas e equipamentos da fábrica 3.700,00 Serviços de assistência pós-vendas 650,00 Salários e encargos da Mão de Obra da produção 3.900,00 Dias parados por inundação da fábrica 1.000,00 Adicional de insalubridade da Mão de Obra da fábrica 860,00 Depreciação de veículos da área de vendas 1.200,00 Juros e despesas financeiras 2.200,00 Adicional de periculosidade da Mão de Obra da fábrica 1.300,00 TOTAL 70.430,00 Classifique e assinale a alternativa que indica a sequência correta de valores correspondentes aos INVESTIMENTOS, aos CUSTOS, às DESPESAS e às PERDAS, respectivamente: 54 Análise de Custos a) R$ 12.600,00; R$ 51.200,00; R$ 4.980,00; R$ 1.650,00. b) R$ 25.000,00; R$ 38.800,00; R$ 5.630,00; R$ 1.000,00. c) R$ 26.200,00; R$ 37.600,00; R$ 4.830,00; R$ 1.800,00. d) R$ 37.600,00; R$ 26.200,00; R$ 4.480,00; R$ 2.150,00. e) R$ 38.800,00; R$ 37.600,00; R$ 2.150,00; R$ 1.000,00. 5) Considere as informações contábeis a seguir, e após calcule o Custo dos Produtos Acabados e o Custo dos Produtos Vendidos em 30/06/ XXXX. Registros Contábeis do segundo trimestre do ano XXXX Aquisição de Matérias-primas R$ 3.150,00 Custo de Mão de Obra R$ 630,00 Custos com Água e Energia da Fábrica R$ 150,00 Depreciação da fábrica R$ 680,00 Despesas Administrativas R$ 1.100,00 Despesas com vendas R$ 590,00 Estoque de Matéria-prima em 01/04/XXXX R$ 380,00 Estoque de Matéria-prima em 30/06/XXXX R$ 250,00 Estoque de Produtos Acabados em 01/04/XXXX R$ 1.100,00 Estoque de Produtos Acabados em 30/06/XXXX R$ 900,00 Estoque de Produtos Semiacabados em 01/04/XXXX R$ 760,00 Estoque de Produtos Semiacabados em 30/06/XXXX R$ 420,00 Manutenção de Fábrica R$ 370,00 Mão de Obra Indireta R$ 1.260,00 Seguro de Fábrica R$ 170,00 Capítulo 2 Registro Contábil dos Custos no Segmento Industrial 55 Suprimentos da Fábrica R$ 54,00 Vendas R$ 10.500,00 Assinale a alternativa que indica, respectivamente, o Custo dos Produ- tos Acabados e o Custo dos Produtos Vendidos: a) R$ 7.080,00; R$ 7.184,00. b) R$ 6.964,00; R$ 7.134,00. c) R$ 6.934,00; R$ 7.238,00. d) R$ 6.984,00; R$ 7.164,00. e) R$ 6.934,00; R$ 7.134,00. Tarcísio Staudt1 Capítulo 3 Sistemas de Acumulação de Custos1 1 Doutor em Ciências Sociais na linha de pesquisa atores sociais, espaços e políti- cas públicas, com dois momentos de pesquisa e coleta de dados na Alemanha – UNISINOS. Mestre em Ciências Contábeis e Controladoria na linha de pesqui- sa, gestão financeira e sucessão em empresas familiares – UNISINOS. Graduado em Ciências Contábeis na linha de pesquisa gestão de empresas com ênfase na controladoria – FEEVALE. Tem experiência nas atividades: Públicas – ocupação de funções em Finanças, Administração e ministrante de cursos de aperfeiçoamento de servidores; Privadas – ocupação de cargos de gestão, custos, recursos humanos, coordenação de produção, compras, finanças e controladoria geral; Docência – Professor em Faculdades e Universidades ministrando aulas, expressivo número de orientações de trabalho de conclusão em graduação e pós-graduação, produção científica de artigos publicados em revistas nacionais e internacionais, capítulos de livros, artigos publicados em jornais e TV impressa. Experiência Internacional com Viagem de estudos à Alemanha 2007 e 2011 para observação, acompanhamento e controle de finanças públicas, especialmente finanças comunitárias e controla- doria geral municipal, em que foi verificada a participação das comunidades na construção das políticas públicas, a percepção e as representações dos sujeitos individuais nas alternativas em processos de sustentabilidade. Capítulo 3 Sistemas de Acumulação de Custos 57 Introdução No universo industrial, existem sistemas de acumulação de custos, que determinam dois tipos de Custeio, que são: cus- teamento da produção por Ordem de Produção e por Pro- cesso de Produção Contínuo. Esses dois métodos de custeio são comuns
Compartilhar