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Negócio Jurídico - Introdução e Classificação

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Negócio Jurídico: Introdução e Classificação
Conceito
Diferenças em relação aos demais fatos jurídicos
O ato volitivo envolve três momentos: solicitação (ativação exógena), deliberação (elaboração interior) e ação (resposta). Assim, uma reflexão que se pode fazer é sobre qual dos dois últimos momentos seria o mais importante, a fase de elaboração (vontade interior) ou a resposta (vontade declarada), nos levando a dois conjuntos de teorias: subjetivas X objetivas
O posicionamento do Código Civil. O problema do predomínio da vontade ou da declaração como elemento determinante da eficácia do negócio jurídico manifesta-se principalmente em matéria de interpretação e de erro. Quanto à primeira, o art. 112 do Código Civil, estabelecendo a regra geral, dispõe que “nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciadas do que ao sentido literal da linguagem", em uma aparente opção pela teoria da vontade, o que faz compreensível a tendência doutrinaria por essa tese. Creio, porem, ser mais acertado dizer que o sistema do Codigo Civil de 2002, tomando como ponto de partida a declaração de vontade (na qual a intenção se consubstancia) e como critério de interpretação a boa-fé e os usos do lugar (art. 113), optou pela concepção objetiva e, consequentemente, pela teoria da declaração. No artigo 110 também parece abraçar a concepção objetiva. Já em matéria de erro, é dominante a teoria subjetiva.
CLASSIFICAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO
CLASSIFICAÇÃO DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS
Quanto ao número de PARTES – unilaterais: quando há apenas uma manifestação de vontade (ex.: testamento, renúncia); bilaterais: quando existem manifestações de vontades de duas partes, formadoras do consenso (ex: compra e venda, locação, prestação de serviços); plurilaterais: quando se conjugam, no mínimo, duas vontades convergentes, direcionadas para a mesma finalidade (ex.: contrato de sociedade).
Quanto ao exercício de direitos – negócios de disposição: quando permitem a alienação ou renúncia ao próprio direito (ex.: doação); negócios de administração: admitem apenas a simples administração e uso do objeto cedido (ex.: comodato e mútuo)
Quanto às vantagens patrimoniais – gratuitos: há vantagens apenas para uma das partes (ex.: doação pura); - onerosos: há vantagens para as duas partes (ex.: empreitada, compra e venda). Estes podem ser comutativos (há um equilíbrio subjetivo entre as prestações pactuadas, pois as vantagens auferidas pelos declarantes equivalem-se entre si – locação, em que à cessão de uso do bem corresponde o pagamento do aluguel) e aleatórios (a prestação de uma das partes está condicionada à sorte, à álea – compra e venda de coisas futuras, de uma safra por exemplo); - neutros: destituídos de atribuição patrimonial específica. (ex.: instituição voluntária do bem de família), - bifrontes: tanto podem ser gratuitos como onerosos, a depender da intenção das partes (ex.: o contrato de depósito é, em princípio, gratuito, embora possa ser convencionada remuneração do depositário). 
Quanto à forma – formais ou solenes: exigem, para a sua validade, a observância da forma legalmente exigida (ex.: casamento); não-formais ou de forma livre: revestimento exterior é livremente pactuado, sem prescrição legal (ex.:doação de bem móvel). Esta é a regra geral (art. 107).
Quanto ao momento de produção de efeitos – inter vivos: produzem os seus efeitos com as partes ainda vivas; mortis causa: pactuados para produzir efeitos após a morte do declarante. (ex.: testamento).
Quanto à existência – podem ser principais: existentes por si mesmos (compra e venda, mútuo); acessórios: existência pressupõe a do principal (penhor, fiança)
Quanto ao conteúdo – patrimoniais: relacionados com bens ou direitos verificáveis pecuniariamente (negócios reais, obrigacionais); extrapatrimoniais: referentes a direitos sem conteúdo econômico (direitos de personalidade). 
Quanto à enunciação da causa – causais (quando a causa deva ser enunciada) e abstratos (quando não se enuncia a causa de emissão)
Quanto à previsão legal – típicos e atípicos
Quanto à composição estrutural - simples (unitários), complexos (combinação de atos que ‘por si’ não teriam efeitos, como a compra e venda de imóvel entre ascendente e descendente) e coligados (contratos para se montar um posto de gasolina)

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